Paulo Guedes
pede que empresários dos EUA invistam no Brasil
Agência Brasil
Guedes disse que o país carece de infraestrutura e espera por ampliação
de negócios com seus parceiros tradicionais
O ministro da Economia, Paulo Guedes,
afirmou nesta segunda-feira (18), em conferência na Câmara de Comércio dos
Estados Unidos, em Washington, nos Estados Unidos, que o Brasil está em busca
de parcerias econômicas e que abrirá seu mercado para investimentos externos. O
discurso foi realizado no evento "Brazil Day", organizado pelo
conselho empresarial Brasil e Estados Unidos, e Guedes aproveitou a ocasião
para convidar os empresários do país a investirem em projetos brasileiros.
"Vocês podem ir lá ajudar a
financiar nossas rodovias, ir atrás de concessões de petróleo e gás. Daqui a
três, quatro meses, vamos vender o pré-sal. Todos vão estar lá: chineses,
americanos, noruegueses", afirmou. O ministro faz parte da comitiva do
presidente Jair Bolsonaro, que está em visita oficial aos EUA e amanhã terá um
encontro bilateral o líder norte-americano Donald Trump.
Citando a forte presença chinesa na
economia nacional, atualmente o maior comprador de produtos brasileiros, Guedes
disse que o país carece de infraestrutura e espera por ampliação de negócios
com seus parceiros tradicionais. "Com problemas seríssimos em
infraestrutura, os chinenes querendo entrar, temos minerais, terra arável,
então, claro, eles querendo entrar e nós olhando para os nossos parceiros",
acrescentou.
Guedes fez um balanço da política
econômica das últimas décadas e apontou o crescimento dos gastos públicos como
uma herança problemática do país. "A expansão descontrolada de gastos
públicos durante 40 anos produziu a sequência de crises na taxa de cambio,
inflação altíssima e, mais recentemente, o que podemos chamar de bola de neve
do endividamento", disse.
Segundo ele, o Brasil "constrói
uma Europa a cada ano", ao pagar dívida de mais de US$ 100 bilhões anuais,
em referência ao Plano Marshall, que foi um projeto de investimento dos Estados
Unidos para a reconstrução dos países aliados da Europa nos anos seguintes à
Segunda Guerra Mundial.
Reforma
Guedes ressaltou que, em menos de 60 dias de gestão, o governo enviou o projeto de reforma da Previdência do país e enfatizou a necessidade da mudança. "Já estamos quebrando antes do envelhecimento da população, temos que fazer com sabedoria no sentido de quem ganha mais paga mais, reconhecendo que a Previdência tem um princípio de não deixar ninguém para trás, mas não pode ser uma fábrica de privilégios", argumentou.
Guedes ressaltou que, em menos de 60 dias de gestão, o governo enviou o projeto de reforma da Previdência do país e enfatizou a necessidade da mudança. "Já estamos quebrando antes do envelhecimento da população, temos que fazer com sabedoria no sentido de quem ganha mais paga mais, reconhecendo que a Previdência tem um princípio de não deixar ninguém para trás, mas não pode ser uma fábrica de privilégios", argumentou.
O ministro da Economia defendeu também
a privatização de empresas estatais e ativos públicos, como forma de reduzir a
dívida acumulada de R$ 4,3 trilhões. "Não só as empresas estatais não
estão funcionando com eficiência, mas prejudicando o crescimento de investimento
privados. os investimentos públicos em colapso, por causa de seu próprio peso
no orçamento", apontou.
Para Guedes, a eleição de Bolsonaro
mostrou que a democracia brasileira é "estável" e
"vibrante" e elogiou o perfil do presidente. "Nossa democracia
nunca esteve sob perigo, o presidente tem 30 anos de experiência no Congresso
Nacional e se recusa a jogar o jogo que contaminou nossa política. Em vez da
política de varejo, comprando apoio político, usando estatais, agora não,
presidente eleito faz uma aliança entre conservadores e liberais. É uma aliança
com princípios e valores, não é sobre dinheiro", afirmou.

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