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abuso sexual, padre brasileiro é expulso do clero no Paraguai
Há queixas de
estupro e masturbação contra o ex-padre
Jean Rogers Rodrigo de Sousa, de 45
anos, é suspeito de abuso sexual contra religiosas
ESTADÃO CONTEÚDO
Às vésperas do encontro da Igreja
Católica que discutirá abuso sexual, um padre brasileiro, que havia sido
transferido para o Paraguai, foi expulso nesta quarta-feira (20) do clero, sob
suspeita de abusos no Brasil. Segundo a Diocese de Ciudad del Este, Jean Rogers
Rodrigo de Sousa "foi dispensado de suas obrigações clericais" pelo
papa Francisco, conforme comunicado assinado ontem pelo monsenhor Guillermo
Steckling.
Quando Sousa era seminarista, em
1998, foi responsável por fundar dois institutos, que posteriormente
constituíram a Fraternidade Arca de Maria, com sacerdotes e leigos dos dois
sexos. Em 2006, houve acusações de mulheres já adultas, ex-freiras, ligadas à
organização em várias cidades - que estariam sendo importunadas pelo então
padre por Skype. Há queixas de estupro e masturbação. Hoje, o ex-sacerdote não
tem mais ligação com a Arca de Maria.
Após passar por várias
circunscrições, acabou na Diocese de Ciudad del Este. Há um ano, ele já havia
sido suspenso de cerimônias e proibido de usar seu hábito até o fim da
investigação. Meses depois, o jornal Folha de S.Paulo conseguiu contato com o
religioso, que negou as acusações e disse ser alvo de "calúnia por 11
mulheres". À época, as vítimas alegaram não ter buscado a Justiça por medo
de expor as famílias A reportagem não localizou Sousa na noite de quarta-feira.
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São Paulo
Ainda nesta quarta, continuava a
coleta de informações sobre a mais recente intervenção do Vaticano em uma
diocese brasileira, com denúncias de suposto abuso de coroinhas por um padre e
suposto desvio de dinheiro de fiéis por um bispo no interior paulista. Os
crimes teriam sido registrados em Americana, Araras e Limeira, no interior
paulista.
Um dos envolvidos é o padre Pedro
Leandro Ricardo, de 50 anos, suspeito de fraude e acusado por quatro jovens de
ataques sexuais na época em que serviam ao altar. Em vídeo, ele disse ser
vítima de "boataria".
O outro investigado é d. Vilson
Oliveira, bispo de Limeira, suspeito de fraude e de ser omisso em relação às
denúncias de abuso. O religioso não vai se pronunciar. A apuração cabe ao
enviado do papa Francisco, o bispo de Lorena (SP), d. João Inácio Muller.
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