Presidente
catalão pede mobilização separatista nos próximos meses
Agence France Presse
Em uma conferência
na qual deveria falar da futura estratégia de seu governo, o presidente
independentista catalão, Quim Torra, pediu "uma marcha pelos direitos
civis, sociais e nacionais da Catalunha (...), uma mobilização multitudinária,
diversa e transversal"
O presidente
independentista catalão, Quim Torra, pediu nesta terça-feira (4) a suas bases
que se mobilizem durante os próximos meses, que devem trazer momentos agitados
nesta região espanhola pelo aniversário da tentativa de separação e o
julgamento contra os seus ex-dirigentes.
Em uma conferência
na qual deveria falar da futura estratégia de seu governo, o líder regional
pediu "uma marcha pelos direitos civis, sociais e nacionais da Catalunha
(...), uma mobilização multitudinária, diversa e transversal".
Quase um ano após o
referendo ilegal sobre a autodeterminação em 1º de outubro e a declaração
fracassada de independência no dia 27 daquele mês, o separatismo continua no
poder nesta região nordeste de 7,5 milhões de habitantes, divididos quase
igualmente sobre a questão.
Nos últimos meses
foi iniciado um diálogo com o novo governo espanhol de Pedro Sánchez, que, na
segunda-feira, propôs para a Catalunha um referendo sobre um estatuto de
autonomia que amplie o autogoverno regional.
"Presidente
Sánchez, o debate na sociedade catalã não é sobre um estatuto", respondeu
Torra, pedindo novamente a convocação "de maneira acordada de um referendo
de autodeterminação".
De Madrid, a
porta-voz do governo espanhol, Isabel Celaá, repreendeu o uso de um discurso
vitimista "exclusivamente para separatistas", mas insistiu na
necessidade de diálogo e negociação.
A conferência
acontece uma semana antes do Dia da Catalunha, em 11 de setembro, importante
data na reigão que deverá ser palco de uma manifestação independentista, desta
vez no centro de Barcelona, sob o lema "Façamos a República
Catalã".
Torra solicitou
manter estas mobilizações até a sentença do tribunal contra a cúpula
separatista pela tentativa de secessão, que deve começar no final do ano e pode
acarretar em longas penas de prisão.
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