Em milagre em
meio a tragédia, goleiro sobrevive a desabamento de ponte na Itália
Estadão Conteúdo
Davide Capello, foi
um dos sobreviventes à queda de parte da Ponte Morandi, em Génova
Na última
terça-feira, a ponte Morandi, em Gênova, na Itália, despencou e deixou ao menos
39 mortos no colapso. No local do acidente estava o goleiro Davide Capello, ex-atleta
do Cagliari e que atualmente joga pelo Legino Calcio, clube amador da cidade da
região da Ligúria.
"Devo ter caído uns 20 metros, meu carro ficou destruído. Eu consegui descer e telefonar para os bombeiros, depois liguei para minha família. Foi chocante. Sinto que nasci de novo. Fui tocado por um milagre", desabafou o jogador de 36 anos em entrevista ao jornal italiano La Repubblica.
"Estava passando pela ponte quando, num certo ponto, vi a estrada à minha frente colapsar. Eu também caí. Fiquei preso com o carro em ferragens e por isso não despenquei", contou o goleiro ao canal de TV italiano Sky Tg24.
Davide Capello também descreveu que não se lembra de ter visto um raio ou algo atingir a ponte, mas que no momento do acidente chovia bastante. "Só tenho uma memória na cabeça: a estrada a cair", afirmou o goleiro italiano.
Resgate
"Devo ter caído uns 20 metros, meu carro ficou destruído. Eu consegui descer e telefonar para os bombeiros, depois liguei para minha família. Foi chocante. Sinto que nasci de novo. Fui tocado por um milagre", desabafou o jogador de 36 anos em entrevista ao jornal italiano La Repubblica.
"Estava passando pela ponte quando, num certo ponto, vi a estrada à minha frente colapsar. Eu também caí. Fiquei preso com o carro em ferragens e por isso não despenquei", contou o goleiro ao canal de TV italiano Sky Tg24.
Davide Capello também descreveu que não se lembra de ter visto um raio ou algo atingir a ponte, mas que no momento do acidente chovia bastante. "Só tenho uma memória na cabeça: a estrada a cair", afirmou o goleiro italiano.
Resgate
Trabalhando com
equipamentos pesados, as equipes de resgate escalaram os pedaços de concreto
com cães farejadores durante toda a noite e seguiram no início do dia, em busca
de sobreviventes ou corpos. Segundo Borrelli, mais de 1.000 atendentes de
emergência estão no local. Enquanto isso, investigadores trabalham para
determinar de quem é a responsabilidade pela tragédia.
A ponte, de 1967,
foi considerada inovadora à época de sua inauguração pelo uso de concreto ao
redor dos cabos, mas uma reforma era necessária, especialmente porque o tráfego
sobre a estrutura estava mais pesado do que os projetistas inicialmente
previram.
O especialista
Antonio Brencich, da Universidade de Gênova, havia anteriormente chamado a
ponte de "falha de engenharia".
Uma mulher cuja
identidade não foi divulgada disse que estava em pé, abaixo da ponte, e a
estrutura desmoronou como se fosse um monte de farinha. Especialistas em
engenharia, observando que a ponte tinha 51 anos, disseram que a corrosão e o
clima podem ter influenciado em seu colapso.
A sociedade italiana
de engenharia CNR disse que estruturas que datam da época em que a Ponte
Morandi foi construída já ultrapassaram seu tempo de vida útil. O grupo pediu
um "Plano Marshall" para reparar ou substituir dezenas de milhares de
pontes e viadutos construídos nos anos 1950 e 1960. Além disso, a CNR afirmou
que simplesmente atualizar ou reforçar as pontes seria mais caro do que
destruí-las e reconstruí-las com nova tecnologia.
Mehdi Kashani,
professor associado em mecânica estrutural na Universidade de Southampton, no
Reino Unido, disse que a pressão de "cargas dinâmicas", como tráfego
pesado ou ventos fortes, podem ter causado danos em partes da ponte.
O ministro italiano
dos Transportes e Infraestrutura, Danilo Toninelli, disse que há um plano
pendente de gastos na casa dos 20 milhões de euros em licitações para trabalhos
de segurança significativos na ponte.
Embora a causa do
desabamento ainda não tenha sido determinada, disputas políticas se
intensificaram ao redor da questão. Toninelli, populista do Movimento 5
Estrelas, usou o Facebook para a ameaçar que o Estado, se necessário, assumiria
o controle direto da empreiteira responsável pela ponte se a empresa não puder
cuidar adequadamente das estradas e pontes pelas quais é responsável.
A rádio estatal
italiana informou que alguns legisladores do 5 Estrelas questionaram em 2013 a
sensatez de um programa ambicioso e caro para a reforma da infraestrutura,
considerando um possível desperdício. No site do partido, o texto que falava
sobre o assunto foi removido na terça-feira, após o acidente.
Poucas horas depois
do colapso, o ministro Salvini tentou tirar a culpa do novo governo populista
do país, prometendo não deixar que a União Europeia (UE) pare os esforços para
tornar segura a infraestrutura do país. O bloco atualmente enfrenta sobrecarga
com dívidas públicas.
Gênova é uma cidade
propensa a enchentes e autoridades alertaram que os destroços do desmoronamento
devem ser removidos o mais rápido possível. Alguns dos pedaços da ponte caíram
no leito seco de um rio que pode inundar quando a estação chuvosa recomeçar, em
poucas semanas.
No Vaticano, o papa
Francisco fez preces pelas vítimas do acidente. Falando a fiéis na Praça de São
Pedro, o pontífice expressou "proximidade espiritual" com as vítimas,
os feridos e suas famílias, além das centenas de pessoas que foram forçadas a
sair de suas casas na área do desmoronamento.
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