Economia
mineira perde R$ 7,95 bilhões com greve
Luciana Sampaio
Moreira
Uma perda R$ 7,95
bilhões para a indústria e economia mineira e de R$ 491 milhões na arrecadação
do Estado. A siderurgia mineira está abafando os altos fornos e, no setor de
laticínios, 80% da produção de leite diária é descartada. Os bancos já estão
“travando” o crédito e o nível de inadimplência está nas alturas. Esse é o balanço
da greve dos caminhoneiros para o setor produtivo, segundo o presidente da
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio
Roscoe. A perda leva em conta insumos desperdiçados e a produção
paralisadas em várias plantas.
Ontem, após reunião
com representantes de 139 sindicatos patronais, a entidade divulgou a carta
“Vai faltar pão! Estamos na iminência do caos”, na qual exige a desobstrução
das estradas e a normalização do transporte de carga, para o restabelecimento
das linhas de produção do setor e o abastecimento da sociedade.
“Entendemos as
razões que geraram a mobilização dos caminhoneiros, mas é preciso haver juízo
no processo. É preciso saber a hora de sair antes que eles passem de heróis a
vilões”, advertiu o dirigente, cinco dias após assumir a presidência da
Federação.
Flávio Roscoe disse, ainda, que a interrupção da cadeia produtiva de diversos setores é fato e que há perdas que serão irreversíveis. “Não se restabelece o fluxo da produção de um dia para o outro. Uma ave que morre é o resultado de 40 dias perdidos de produção. Um suíno corresponde a quatro ou cinco meses”, exemplificou. Ele previu, ainda, um cenário de ruptura institucional.
Flávio Roscoe disse, ainda, que a interrupção da cadeia produtiva de diversos setores é fato e que há perdas que serão irreversíveis. “Não se restabelece o fluxo da produção de um dia para o outro. Uma ave que morre é o resultado de 40 dias perdidos de produção. Um suíno corresponde a quatro ou cinco meses”, exemplificou. Ele previu, ainda, um cenário de ruptura institucional.
“O governo federal
tem que tomar uma posição de força e o Estado tem que ajudar. O que está em
jogo não é a arrecadação tributária, mas o tamanho do Estado que, com toda essa
carga, já não se sustenta. O que devemos discutir é a redução do tamanho do
Estado, o fim dos privilégios e a reforma da Previdência do setor público”,
afirmou.
Segundo Roscoe, caso
os desafios macroeconômicos do Brasil não sejam enfrentados de fato, corre-se o
risco de greves em cascata que apenas transferirão os impostos para outra
categoria. “Quem não puder fazer chantagem, vai pagar a conta”, enfatizou o
dirigente.
Ele também disse que
a política de preços de combustíveis baseada no dólar não é adequada para o
país e que os empresários não podem ser considerados culpados pelo governo.
CDL-BH
Em nota, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) reafirmou que o movimento promovido pelos caminhoneiros é resultado da gestão pública inoperante e que a alta constante dos combustíveis e dos impostos penaliza a sociedade.
Em nota, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) reafirmou que o movimento promovido pelos caminhoneiros é resultado da gestão pública inoperante e que a alta constante dos combustíveis e dos impostos penaliza a sociedade.
A Associação de
Shoppings em Minas informou que o comércio nos malls do Estado tiveram uma
“queda de 70% desde o agravamento da greve, gerando perdas irreparáveis aos
lojistas e trabalhadores do segmento”.
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