Devagar, parando
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini
O Governo terá que
se desdobrar em 2018, ano de eleição, para aprovar seis medidas já previstas no
Orçamento que, entre aumento de receitas e diminuição de gastos, representam R$
23 bilhões – 15% da meta fiscal prevista. O problema é que das seis medidas, apenas
uma está pronta para ser votada – e encontra resistências: a PEC da reforma da
Previdência. Outras três sequer começaram a tramitar, porque aguardam a
instalação das comissões que vão discuti-las. Entre elas está a polêmica MP
805, que aumenta a contribuição previdenciária de servidores.
Contra o tempo
Ainda que consiga
articular o apoio para aprovar todas essas matérias, o Palácio precisa ficar de
olho no tempo: a MP 805 só teria efeito prático três meses após a aprovação.
Clima natalino
O ministro Dyogo
Oliveira, do Planejamento, admite falta de espaço na pauta, mas diz não estar
preocupado: “todo final de ano os deputados fazem aquele esforço extra”.
E o lavrador que
se..
Faltou cadeira no
cafezinho para os deputados atentos na TV ao jogo do Grêmio no Mundial de
Clubes. No plenário, vazio, discutia-se a renegociação de dívidas rurais.
Alívio municipal
O deputado Alfredo
Kaefer (PSL-PR) ganhou o apoio de peso da Confederação Nacional dos Municípios,
uma das entidades mais ouvidas pelo Congresso – a representativa dos prefeitos.
A CNM apoia a emenda aglutinativa apresentada por Kaefer no texto enxuto da reforma
da Previdência, na qual as alíquotas das administrações municipais não ficam
vinculadas à definida pela União.
Agora é ministro
Após pedir o
indiciamento do ex-PGR Rodrigo Janot na CPMI da JBS, o deputado e futuro
ministro Carlos Marun (PMDB-MS) diminuiu o tom: admitiu que há trechos “duros”
em seu relatório e que pode fazer alterações.
Fast-office
Pediu chegou. É
assim que o Executivo federal quer que sejam as licitações para compra de
material de escritório em 2018. O chamado “just in time” vai fazer com que as
fornecedoras de material entreguem, diariamente, o que cada órgão vai precisar.
PHS na fila
O presidente do PHS
no Estado do Rio, Sandro Matos, aprovou o lançamento de candidatura própria do
partido a governador. O nome será anunciado em Janeiro.
‘Nanico’ grande
O PHS do Rio segue
na contramão de partidos que perdem votos e filiados. Contabiliza 1,4 milhão de
votos no Estado com sua nominata.
Surpresa boa
A concessão de
parcelamento de dívidas tributárias, o Refis, deu resultado. As receitas da
União saltaram dos R$ 3,5 bilhões, previstos em novembro, para R$ R$ 5,2
bilhões. “Uma surpresa”, indica a Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada
ao Senado.
Refis, o vitalício
Do senador Paulo
Paim (PT-RS), ao criticar “propaganda enganosa” da reforma da Previdência:
“Fazem essa reforma agora. Depois vem para cá o tal Refis e perdoa os grandes
devedores – os empresários grandes”.
Demissões
Abastecia com dados
de federações de trabalhadores, a bancada do PT na CPMI da JBS quer saber se
procedem as informações de demissões do grupo investigado. Há dados, não
confirmados pela holding, de milhares de demissões nos frigoríficos e fábricas
no Brasil – menos nos Estados Unidos, onde operam forte.
Retaliação gourmet
O tradicional
restaurante Piantella vive um fenômeno de ‘desaparecimento’ de fotos de
políticos do PT (em suas paredes, o ambiente é repleto de imagens de
parlamentares flagrados no Congresso). É retaliação de alguns frequentadores.
Uma foto de José Dirceu foi localizada atrás do vaso sanitário de um toillet.
Mal na fita
Em outro dia, os
garçons do Piantella encontraram um quadro com a foto de Lula da Silva coberta
por guardanapos.
Caixa Preta
Continua o mistério
da assessoria e direção da Caixa, que não divulgaram a lista e valores dos
patrocínios dos últimos dois anos. Nem pela Lei de Acesso à Informação.
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