Antipolíticos pode virar febre nas eleições
de 2018. Saiba
quem são os cotados
Pedro Ferreira
Hoje em Dia - Belo
Horizonte
Alexandre Kalil foi eleito com o slogan "chega de político"
A crise da política
brasileira, que leva cada vez mais lideranças de partidos ao banco dos réus,
tem pesado na escolha de prováveis nomes para as eleições de 2018 e pode
resultar em um número expressivo de candidatos antipolíticos.
Em Minas, muitos
partidos apostam em “candidatos debutantes”, sem qualquer bagagem na vida
pública, como forma de reconquistar a confiança e o voto dos eleitores. Vários
empresários estão na mira.
Já são ao menos oito donos de grandes empresas sondados e que já demonstraram intenção de disputar uma vaga, seja na Câmara Federal, na Assembleia, no Senado, ou, até mesmo, ao governo de Minas.
Já são ao menos oito donos de grandes empresas sondados e que já demonstraram intenção de disputar uma vaga, seja na Câmara Federal, na Assembleia, no Senado, ou, até mesmo, ao governo de Minas.
O partido Novo
começou processo de escolha de nomes com quatro indicações: Salim Mattar, da
Localiza, Modesto Araújo, da Drogaria Araújo, Romeu Zema, do grupo Zema, e o
consultor Vinicius Falconi.
Abrigo de caciques, o PMDB pode apostar em Josué Alencar, herdeiro da Coteminas. Ainda sem partido, Fabiano Lopes, do Consórcio Multimarcas, Pedro Lourenço, do Supermercados BH, e o também empresários Wander Silva fecham a lista, que tem potencial para crescer.
Abrigo de caciques, o PMDB pode apostar em Josué Alencar, herdeiro da Coteminas. Ainda sem partido, Fabiano Lopes, do Consórcio Multimarcas, Pedro Lourenço, do Supermercados BH, e o também empresários Wander Silva fecham a lista, que tem potencial para crescer.
“Está difícil apontar um político da atualidade que não esteja envolvido com esses escândalos novos. A gente tem que procurar candidato em algum lugar, alguém que tenha nossa admiração e que seja capaz de assumir esse desafio”, disse Bernardo Santos, presidente do Novo.
O fenômeno do “não
político” começou nas eleições do ano passado. O empresário Alexandre Kalil
(PHS), também ex-presidente do Atlético, adotou o slogan “chega de político” e
foi eleito. Em São Paulo, João Doria (PSDB) continua usando o mote do
antipolítico.
Sangue Novo
Empresários são
vistos como “mina de ouro” para alguns partidos, já que poderão investir
recursos próprios nas campanhas. Um desses “alvos” é o dono do Consórcio
Multimarcas de Veículos, Fabiano Lopes Ferreira. Sua única experiência política
foi como presidência do diretório municipal do PMDB em Itapecerica,
Centro-Oeste de Minas. “Já fui sondado por vários partidos para o cargo de
deputado federal. Agora é o momento certo dos não políticos. O país precisa,
mais do que nunca, de sangue novo”, conta o empresário, que diz conversar muito
com o deputado Dilzon Melo (PTB).
O Novo aposta em quatro empresários. Um deles é Salim Mattar, fundador e acionista da Localiza, líder no ramo de locação de veículos no país. “É um defensor das causas liberais e muito próximo do presidente nacional e fundador do Novo, João Dionísio Amoêdo”, disse Bernardo. Modesto Araújo, da terceira geração da Drogaria Araújo, é outro cotado. “Ele é filiado ao Novo e acredita muito na mudança política do país”, comenta Bernardo.
O consultor de
empresas Vicente Falconi é conhecido pelo modelo de gestão adotado pelo governo
Aécio Neves em Minas, no início dos anos 2000. “Professor Falconi é uma pessoa
que também se destaca muito na gestão.”
O quarto nome do Novo é Romeu Zema, da rede de lojas e de postos de combustível com seu sobrenome. “O Novo tem muita proximidade com o Zema. Temos um filiado da família dele que está tentando convencê-lo a participar”, completa Bernardo.
O quarto nome do Novo é Romeu Zema, da rede de lojas e de postos de combustível com seu sobrenome. “O Novo tem muita proximidade com o Zema. Temos um filiado da família dele que está tentando convencê-lo a participar”, completa Bernardo.
Velha Guarda
Partidos
tradicionais também estão abertos aos “estreantes” em 2018. “Mais importante do
que ser novo ou experiente no meio é a vontade de trabalhar em prol do bem
comum. Teremos nomes novos, e outros com maior bagagem política”, disse o
presidente do PMDB em Minas e vice-governador, Antônio Andrade.
O empresário Josué
Alencar seria a aposta do PMDB, ainda sem definição do cargo a concorrer. Ele é
filho do ex-presidente da República José Alencar, é herdeiro do império têxtil
Coteminas e foi candidato a Senador por Minas nas eleições de 2014, pelo PMDB,
e não foi eleito.
O empresário Pedro Lourenço de Oliveira, da rede de supermercados BH, e o ex-presidente da Federaminas, Wander Silva, seriam outras apostas, mas ainda sem partidos.
O empresário Pedro Lourenço de Oliveira, da rede de supermercados BH, e o ex-presidente da Federaminas, Wander Silva, seriam outras apostas, mas ainda sem partidos.
Já o PT investe na
“Velha Guarda”, mas diz estar aberto a novos nomes que tenham os mesmos ideais
do partido. A presidente do diretório em Minas, Cida de Jesus, afirmou, no
entanto, que a meta é reeleger o governador Fernando Pimentel e apostar em
candidatos já conhecidos como Patrus Ananias, Durval Ângelo e Reginaldo Lopes.
O Partido Novo
concorrerá pela segunda vez. Em 2016, elegeu quatro vereadores no país , um
deles Mateus Simões, em BH. Como não usa o fundo partidário, conta com doações
de R$ 28,23 mensais dos filiados para financiar campanhas. “É muito
insuficiente para fazer a campanha”, reclama Bernardo. Segundo ele, o candidato
não precisa ser rico, “mas que tenha capacidade de levantar fundos”.
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