Estadão Conteúdo
A deputada Mariana
Carvalho, segunda secretária da Câmara, lê em Plenário a denúncia do
procurador-geral contra o presidente Temer
A possibilidade de a
Câmara dos Deputados autorizar a investigação e, consequentemente, poder
afastar o presidente Michel Temer por um prazo de até 180 dias fez o presidente
da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se descolar do Palácio do Planalto.
"O presidente
da Câmara é presidente da Câmara, não de um governo. Não cabe ao presidente da
Casa cumprir o papel de defensor de uma agenda porque essa não é uma agenda da
Casa. Meu papel no caso da denúncia é ser o árbitro desse jogo. Não é ser defensor
de uma posição ou de outra. Não tem como ter uma posição nem para um lado nem
para outro", disse Maia ao Estado na sexta-feira (30).
Caso Temer seja
afastado, Maia assume a Presidência. Antes disso, é preciso que a Câmara
autorize abertura de processo no Supremo Tribunal Federal (STF) e o plenário da
Corte aceite a denúncia. Temer seria, então, afastado do posto.
Aliados do
presidente da Câmara têm afirmado que, se for necessário, Maia estará preparado
para uma eventual transição. Não vai, segundo eles, agir para derrubar o
presidente.
Por outro lado, Maia
é alvo de inquérito sigiloso no STF baseado em mensagens trocadas entre ele e o
empresário Léo Pinheiro, dono da OAS, sobre uma doação de campanha em 2014.
Maia nega prática de qualquer
irregularidade.
irregularidade.
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