A armadilha da sobotagem
Simone Demolinari
É grande o número de pessoas que desconsideram a existência do
autoboicote. Acham absurdo a ideia de atentar contra a própria felicidade. Não
veem lógica nesse pensamento. A ideia parece mais improvável ainda quando essa
sabotagem vem em forma de aparente alegria. De fato não é fácil perceber a dor
por trás da euforia, contudo, é preciso observar nosso comportamento com mais
atenção. Alguns excessos podem sinalizar uma falta, assim como a necessidade
excessiva de sentir prazer pode significar uma sabotagem a felicidade.
Para entendermos melhor nossos mecanismos psíquicos, precisamos entender dois princípios descritos por Freud: prazer e realidade.
– O princípio do prazer tem como propósito dominante a busca da satisfação imediata.
Indivíduos que são regidos por esse princípio têm dificuldade de suportar sacrifícios em prol da recompensa futura, com isso tendem a boicotar a própria felicidade. São impulsivos e imediatas. Fazem hoje e resolvem amanha. Preferem prejudicar a saúde, o sono e as economias financeiras para não se privarem de um prazer momentâneo. São capazes de ficar numa festa até tarde, mesmo sabendo que acordam cedo. Gastam dinheiro, mesmo sabendo que precisam economizar. Planejam iniciar uma atividade física, mas não conseguem acordar uma hora mais cedo. Querem emagrecer, mas não conseguem parar de comer. A dificuldade em tolerar o sacrifício é tão grande que acabam fracassando no primeiro obstáculo. Se autoconcedem prazeres colocando de lado o objetivo principal. Se autoenganam dizendo a frase: “eu mereço”. “Comi uma caixa de chocolate porque estava na TPM”, “Fumei porque estou cheio de problemas”, as justificativas são intermináveis. Um comportamento sabotador e pueril onde almeja-se o resultado final, sem trilhar o caminho devido.
Quem vive governado pelo princípio do prazer, costuma ser exímio procrastinador. Empurra a obrigação o máximo possível. Adia prazo, prorroga compromisso, deixa para o último minuto o que poderia ter feito com antecedência. Jogam contra si a maior parte do tempo fazendo gol contra.
– O princípio da realidade tem como base a obtenção do prazer através do merecimento.
São indivíduos mais maduros emocionalmente, com maior capacidade de tolerar o sacrifício em prol de um bem maior. Jogam no seu próprio time. Abrem mão do prazer imediato para ganhar lá na frente. São comedidos e estão sempre ponderando o custo/benefício da situação. Carregam consigo o lema “plantar para depois colher”. Não são dados a excessos momentâneos. São consequentes e sabem que essa é a melhor forma de cuidar bem de si. Regem-se pela disciplina e posturas construtivas sem que isso faça deles pessoas chatas.
O princípio da realidade permite que o indivíduo conquiste seus objetivos encarando o mundo de forma real e serena mesmo com suas mazelas e contradições.
Os que vivem no princípio do prazer, aparentemente são mais felizes, mas no fundo estão muito insatisfeitos com suas condutas autodestrutivas e pior, sabotadoras da felicidade.
Para entendermos melhor nossos mecanismos psíquicos, precisamos entender dois princípios descritos por Freud: prazer e realidade.
– O princípio do prazer tem como propósito dominante a busca da satisfação imediata.
Indivíduos que são regidos por esse princípio têm dificuldade de suportar sacrifícios em prol da recompensa futura, com isso tendem a boicotar a própria felicidade. São impulsivos e imediatas. Fazem hoje e resolvem amanha. Preferem prejudicar a saúde, o sono e as economias financeiras para não se privarem de um prazer momentâneo. São capazes de ficar numa festa até tarde, mesmo sabendo que acordam cedo. Gastam dinheiro, mesmo sabendo que precisam economizar. Planejam iniciar uma atividade física, mas não conseguem acordar uma hora mais cedo. Querem emagrecer, mas não conseguem parar de comer. A dificuldade em tolerar o sacrifício é tão grande que acabam fracassando no primeiro obstáculo. Se autoconcedem prazeres colocando de lado o objetivo principal. Se autoenganam dizendo a frase: “eu mereço”. “Comi uma caixa de chocolate porque estava na TPM”, “Fumei porque estou cheio de problemas”, as justificativas são intermináveis. Um comportamento sabotador e pueril onde almeja-se o resultado final, sem trilhar o caminho devido.
Quem vive governado pelo princípio do prazer, costuma ser exímio procrastinador. Empurra a obrigação o máximo possível. Adia prazo, prorroga compromisso, deixa para o último minuto o que poderia ter feito com antecedência. Jogam contra si a maior parte do tempo fazendo gol contra.
– O princípio da realidade tem como base a obtenção do prazer através do merecimento.
São indivíduos mais maduros emocionalmente, com maior capacidade de tolerar o sacrifício em prol de um bem maior. Jogam no seu próprio time. Abrem mão do prazer imediato para ganhar lá na frente. São comedidos e estão sempre ponderando o custo/benefício da situação. Carregam consigo o lema “plantar para depois colher”. Não são dados a excessos momentâneos. São consequentes e sabem que essa é a melhor forma de cuidar bem de si. Regem-se pela disciplina e posturas construtivas sem que isso faça deles pessoas chatas.
O princípio da realidade permite que o indivíduo conquiste seus objetivos encarando o mundo de forma real e serena mesmo com suas mazelas e contradições.
Os que vivem no princípio do prazer, aparentemente são mais felizes, mas no fundo estão muito insatisfeitos com suas condutas autodestrutivas e pior, sabotadoras da felicidade.
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