terça-feira, 13 de dezembro de 2016

A ELEIÇÃO DE TRUMP PREOCUPA O MUNDO



Trump e Brexit devem tornar 2017 um dos mais difíceis anos para decisões

Estadão Conteúdo 






O presidente republicano eleito Donald Trump

A eleição do republicano Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) tornaram 2017 um dos anos mais incertos e difíceis desde a Guerra Fria, de acordo com o RiskMap 2017, relatório anual da Control Risks, usado como referência por órgãos reguladores e líderes empresariais. "Os resultados inesperados nas eleições nos EUA e no referendo sobre o Brexit, que surpreenderam o mundo, afetaram o equilíbriO", disse Richard Fenning, CEO da Control Risks. Para ele, "2017 se tornou um dos anos mais difíceis para as empresas tomarem decisões estratégicas desde o fim da Guerra Fria".

A Control Risks afirma que, para as empresas, a diferença entre mercados internos aparentemente seguros e mercados estrangeiros repletos de desafios tornou-se insignificante. Segundo a consultoria, uma eventual quebra de regulamentações importantes nos EUA pode provocar uma transformação no cenário regulatório global. A consultoria identificou alguns riscos globais para 2017. Entre eles, estão as ameaças terroristas persistentes; o populismo político evidenciado por Trump e pelo Brexit; a segurança cibernética cada vez mais complexa; uma possível quebra de regulamentações dos EUA; a intensificação das pressões geopolíticas motivadas por nacionalismo, vácuos de poder e conflitos por procuração; e a militarização de confrontos estratégicos por acidentes ou erro de cálculo. "Até o fim de 2017, saberemos se a economia global aguentou ou não os choques e a turbulência de 2016, se os EUA optaram por uma nova definição de como exercer seu poder e se o grande experimento da globalização continua no caminho certo", disse Fenning.
  

 

China está 'seriamente preocupada' por Trump questionar política de China única

O governo da China afirmou estar "seriamente preocupado" com o questionamento pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, do apoio dos EUA à ideia, considerada crucial para Pequim, de que China e Taiwan estão unidas pela "política de uma China única".

Falando à rede Fox News no domingo, Trump explicou por que aceitou um telefonema com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, mais cedo neste mês: "Eu não sei por que temos de estar vinculados à política da China única a menos que nós façamos um acordo com a China tendo de fazer outras coisas", afirmou o empresário.

"O lado chinês tomou nota dos relatos relevantes e estamos seriamente preocupados com isso", afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira em Pequim.

Trump disse que a tática chinesa para o câmbio e tarifas, a presença militar no Mar do Sul da China e o apoio chinês ao programa nuclear da Coreia do Norte são áreas nas quais o governo chinês trabalha contra os objetivos dos EUA.

O tabloide chinês nacionalista Global Times afirmou que o presidente eleito "estava tão confuso quanto uma pequena criança" na política externa. "A política da China Única não é algo que pode ser comprado ou vendido", afirmou a publicação.

O regime de Pequim considera Taiwan uma província separatista desde que os nacionalistas liderados por Chiang Kai-shek estabeleceram um governo ali em 1949, escapando após anos de guerra civil. O apoio de Washington ao princípio da "China Única" e a retirada do reconhecimento diplomático do governo de Taiwan foram condições para o restabelecimento das relações diplomáticas entre EUA e China em 1979. Fonte: Dow Jones Newswires.



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