Trump e
Brexit devem tornar 2017 um dos mais difíceis anos para decisões
Estadão
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O presidente republicano eleito Donald Trump
A eleição do republicano Donald Trump à
presidência dos Estados Unidos e a saída do Reino Unido da União Europeia (UE)
tornaram 2017 um dos anos mais incertos e difíceis desde a Guerra Fria, de
acordo com o RiskMap 2017, relatório anual da Control Risks, usado como
referência por órgãos reguladores e líderes empresariais. "Os
resultados inesperados nas eleições nos EUA e no referendo sobre o Brexit, que
surpreenderam o mundo, afetaram o equilíbriO", disse Richard Fenning, CEO
da Control Risks. Para ele, "2017 se tornou um dos anos mais difíceis para
as empresas tomarem decisões estratégicas desde o fim da Guerra Fria".
A Control Risks afirma que, para as empresas, a diferença entre mercados internos
aparentemente seguros e mercados estrangeiros repletos de desafios tornou-se
insignificante. Segundo a consultoria, uma eventual quebra de regulamentações
importantes nos EUA pode provocar uma transformação no cenário regulatório
global. A consultoria identificou alguns riscos globais para 2017. Entre
eles, estão as ameaças terroristas persistentes; o populismo político
evidenciado por Trump e pelo Brexit; a segurança cibernética cada vez mais
complexa; uma possível quebra de regulamentações dos EUA; a intensificação das
pressões geopolíticas motivadas por nacionalismo, vácuos de poder e conflitos
por procuração; e a militarização de confrontos estratégicos por acidentes ou
erro de cálculo. "Até o fim de 2017, saberemos se a economia global
aguentou ou não os choques e a turbulência de 2016, se os EUA optaram por uma
nova definição de como exercer seu poder e se o grande experimento da
globalização continua no caminho certo", disse Fenning.
China está 'seriamente preocupada' por Trump questionar política de China única
O governo da China afirmou estar "seriamente
preocupado" com o questionamento pelo presidente eleito dos Estados
Unidos, Donald Trump, do apoio dos EUA à ideia, considerada crucial para
Pequim, de que China e Taiwan estão unidas pela "política de uma China
única".
Falando à rede Fox News no domingo, Trump explicou por que aceitou um telefonema com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, mais cedo neste mês: "Eu não sei por que temos de estar vinculados à política da China única a menos que nós façamos um acordo com a China tendo de fazer outras coisas", afirmou o empresário.
"O lado chinês tomou nota dos relatos relevantes e estamos seriamente preocupados com isso", afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira em Pequim.
Trump disse que a tática chinesa para o câmbio e tarifas, a presença militar no Mar do Sul da China e o apoio chinês ao programa nuclear da Coreia do Norte são áreas nas quais o governo chinês trabalha contra os objetivos dos EUA.
O tabloide chinês nacionalista Global Times afirmou que o presidente eleito "estava tão confuso quanto uma pequena criança" na política externa. "A política da China Única não é algo que pode ser comprado ou vendido", afirmou a publicação.
O regime de Pequim considera Taiwan uma província separatista desde que os nacionalistas liderados por Chiang Kai-shek estabeleceram um governo ali em 1949, escapando após anos de guerra civil. O apoio de Washington ao princípio da "China Única" e a retirada do reconhecimento diplomático do governo de Taiwan foram condições para o restabelecimento das relações diplomáticas entre EUA e China em 1979. Fonte: Dow Jones Newswires.
Falando à rede Fox News no domingo, Trump explicou por que aceitou um telefonema com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, mais cedo neste mês: "Eu não sei por que temos de estar vinculados à política da China única a menos que nós façamos um acordo com a China tendo de fazer outras coisas", afirmou o empresário.
"O lado chinês tomou nota dos relatos relevantes e estamos seriamente preocupados com isso", afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira em Pequim.
Trump disse que a tática chinesa para o câmbio e tarifas, a presença militar no Mar do Sul da China e o apoio chinês ao programa nuclear da Coreia do Norte são áreas nas quais o governo chinês trabalha contra os objetivos dos EUA.
O tabloide chinês nacionalista Global Times afirmou que o presidente eleito "estava tão confuso quanto uma pequena criança" na política externa. "A política da China Única não é algo que pode ser comprado ou vendido", afirmou a publicação.
O regime de Pequim considera Taiwan uma província separatista desde que os nacionalistas liderados por Chiang Kai-shek estabeleceram um governo ali em 1949, escapando após anos de guerra civil. O apoio de Washington ao princípio da "China Única" e a retirada do reconhecimento diplomático do governo de Taiwan foram condições para o restabelecimento das relações diplomáticas entre EUA e China em 1979. Fonte: Dow Jones Newswires.
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