Márcio Doti
Quando o governador Fernando Pimentel
faz lei para enfiar nos gastos do Estado o dinheiro dos depósitos judiciais e,
a maioria que o apoia e aprova a norma e a atitude, pode-se dizer que faltou
limite. Faltou saber exatamente o papel que deve desempenhar um governante,
mesmo diante da oportunidade de obter mais dinheiro para seus projetos. Ninguém
pode tudo. E todos que são elevados a essa condição de governante precisam
saber exatamente o que devem ou não fazer. Uma delas é não se apossar de um
dinheiro que tem dono, como é o caso do dinheiro dos depósitos judiciais.
De igual modo, é um erro quando a
presidente da República se apodera de R$60 bilhões do FGTS (Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço), um dinheiro que pertence aos trabalhadores. A presidente
jamais deveria ter tido a ideia e muito menos a audácia de concordar e aprovar
o desrespeito, ao invés de usar seus ministros, membros decisivos do conselho
curador do FGTS, para, com o poder de voto, aprovar a garfada. Uma operação que
reuniu mais dinheiro para a presidente Dilma gastar no ano eleitoral e sem
obrigação de devolver porque a operação autorizada é a fundo perdido.
Várias foram as operações praticadas na execução do orçamento da União ao ponto de render à presidente as reprovações de contas e as recriminações por parte do Tribunal de Contas da União. Foram muitos os malabarismos que ainda não livraram Dilma Rousseff de se defrontar com as leis que desrespeitou segundo o relator do TCU, faltando que o assunto seja decidido pelo plenário da corte de contas. Juntam-se os feitos às pedaladas fiscais, também malfeitos incompatíveis com o cargo de tamanha envergadura.
Várias foram as operações praticadas na execução do orçamento da União ao ponto de render à presidente as reprovações de contas e as recriminações por parte do Tribunal de Contas da União. Foram muitos os malabarismos que ainda não livraram Dilma Rousseff de se defrontar com as leis que desrespeitou segundo o relator do TCU, faltando que o assunto seja decidido pelo plenário da corte de contas. Juntam-se os feitos às pedaladas fiscais, também malfeitos incompatíveis com o cargo de tamanha envergadura.
E juntam-se todos para demonstrar
ainda mais que em busca de dinheiro, nossos governantes, a começar pela
presidente, são capazes de desrespeitar qualquer lógica, princípio ou norma
ética para obter mais dinheiro. Foi assim que de um orçamento que se pretendia
ser superavitário no ano passado, o governo encerrou o ano com um rombo de R$52
bilhões.
Os que se colocam diante disso com desânimo, um acentuado desalento, devem ser compreendidos. Mas, também, devem deduzir que alguma coisa virá em socorro da aflição dos tantos que não suportam mais tantos erros, tantos malfeitos, tamanho desrespeito pelo dinheiro e pelos milhões de brasileiros que esses governantes deveriam representar e passam a ideia de fazê-lo, embora não seja verdade.
Os que se colocam diante disso com desânimo, um acentuado desalento, devem ser compreendidos. Mas, também, devem deduzir que alguma coisa virá em socorro da aflição dos tantos que não suportam mais tantos erros, tantos malfeitos, tamanho desrespeito pelo dinheiro e pelos milhões de brasileiros que esses governantes deveriam representar e passam a ideia de fazê-lo, embora não seja verdade.
Os governantes devem ser os primeiros
a fazer cumprir as leis e jamais os primeiros a descumpri-las. E também é
verdade que diante dos erros e dos desrespeitos, deveriam vir em socorro do
interesse público as instituições dos estados e da República. Não deve e não
pode haver um conluio que perdoe, que inocente, que minimize ou desqualifique
as práticas condenáveis. Talvez sejam esses os fatos mais graves, os
componentes mais inaceitáveis. A República é um todo cuja defesa deve vir de
toda parte para que não se transforme nisso que aí está.
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