José Antônio Bicalho
Os jornais de hoje trazem a trágica
notícia de que a venda de automóveis em janeiro foi a pior desde 2003. A
situação, porém, é ainda mais dramática para as montadoras. Quando avaliada a
performance isolada de cada marca, verificamos que se andou mais que 13 anos
para trás. Vamos aos números. Utilizarei os dados de licenciamento, que mostram
mais a realidade de mercado do que os de produção, que são influenciados pelas
necessidades de ajuste dos estoques.
De acordo com o relatório mensal da Anfavea (entidade que congrega as montadoras), em janeiro foram licenciados 130,1 mil automóveis e comerciais leves (vans, picapes e furgões). O volume representa queda de 37,5% na comparação com janeiro do ano passado. E olha que naquele mês as vendas já tinham caído 19,6% na comparação com janeiro de 2014. O fato é que as vendas de janeiro último caíram a quase metade dos 255,4 mil vendidos no mesmo mês de 2014.
De acordo com a Anfavea, nunca houve um primeiro mês de ano tão fraco em vendas desde 2003, quando foram licenciados no país 94,6 mil automóveis. Está certo, mas apenas para os números globais de vendas. A questão é que, naquele ano, se o bolo era menor, existiam também menos concorrentes para dividi-lo. Eram apenas nove marcas com atividade industrial ou comercial estruturada no país (excluo duas com vendas inexpressivas). Neste ano já são quinze.
De acordo com o relatório mensal da Anfavea (entidade que congrega as montadoras), em janeiro foram licenciados 130,1 mil automóveis e comerciais leves (vans, picapes e furgões). O volume representa queda de 37,5% na comparação com janeiro do ano passado. E olha que naquele mês as vendas já tinham caído 19,6% na comparação com janeiro de 2014. O fato é que as vendas de janeiro último caíram a quase metade dos 255,4 mil vendidos no mesmo mês de 2014.
De acordo com a Anfavea, nunca houve um primeiro mês de ano tão fraco em vendas desde 2003, quando foram licenciados no país 94,6 mil automóveis. Está certo, mas apenas para os números globais de vendas. A questão é que, naquele ano, se o bolo era menor, existiam também menos concorrentes para dividi-lo. Eram apenas nove marcas com atividade industrial ou comercial estruturada no país (excluo duas com vendas inexpressivas). Neste ano já são quinze.
Então, vamos aos números das marcas,
comparando-os aos daquele longínquo janeiro de 2003, para mostrar que a
situação é ainda mais grave do que se pinta. Primeiro a Fiat, por ser mineira e
por liderar o ranking de vendas há 14 anos (apesar de em janeiro ter perdido
esse posto para a GM). No mês passado, a Fiat vendeu 18,0 mil veículos (excluo
as vendas da Chrysler porque em 2003 a montadora não fazia parte do grupo
italiano). Isso é bem menos que 24,2 mil vendidos naquele janeiro de 2003.
Todas as demais grandes montadoras
apresentam a mesma tendência: GM (25,4 mil em janeiro de 2003 contra 24,9 mil
em janeiro de 2016), Volkswagem (21 mil contra 16,4 mil) e Ford (10,8 mil
contra 9,8 mil). A questão é que há 13 anos ainda não haviam chegado ao Brasil
a Mitsubishi, a Hyundai, a Nissan, a Subaru e outras.
Não consegui junto à Anfavea toda a
série histórica para dizer, por exemplo, há quanto tempo a Fiat não tinha um
mês tão fraco em vendas. Mas é tempo a perder de vista.

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