sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

FALTA DE EDUCAÇÃO




Jornal Hoje em Dia





A educação é o sustentáculo de qualquer sociedade que se queira desenvolvida. É intrínseca a correlação do ensino de qualidade com o desenvolvimento econômico de uma nação. No entanto, isso não quer dizer apenas que se gaste enormes quantias de dinheiro no sistema de educação para que ele se torne melhor. O gasto, na verdade, tem que ser bem gerido e bem direcionado, com racionalização e eficiência.
E os especialistas são coincidentes em dizer que o essencial é privilegiar a formação básica dos estudantes, o que os tornará cidadãos de excelência no futuro. Países que passaram por essa experiência adquiriram a chancela de desenvolvidos ao longo dos anos. Japão, Coreia do Sul, Cingapura, Taiwan e China são exemplos disso.
E o gasto deles com educação não é exagerado. A China, por exemplo, segunda maior economia do mundo, gasta 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB). É certo que o PIB chinês é astronômico, mas sua população também o é, com mais de 1,3 bilhão de habitantes.
O Brasil ainda engatinha em termos de educação. Provavelmente tentando mudar essa situação, foi criado o Plano Nacional de Educação (PNE), em 2014, que prevê que os gastos públicos com ensino cresçam de 6% para 10% do PIB até 2024. Só que, conforme dizem especialistas, será mantida a tradição brasileira de expansão sem qualidade.
E os bons exemplos que já existem no país correm o risco de retroceder. Conforme mostra reportagem nesta edição, a Prefeitura de BH está planejando uma redução drástica no Programa Escola Integrada. Nesse sistema, crianças e adolescentes do ensino fundamental passam 9 horas na escola, recebendo a educação formal e também lazer, arte e cultura.
Esse tipo de ensino é adotado nos países do Primeiro Mundo, porque representa a formação completa do aluno como futuro profissional e cidadão. Na capital são atendidos cerca de 60 mil estudantes pelo sistema integral. A PBH, pela redução dos recursos em função da crise, pretende reduzir esse contingente em 30%, conforme informou uma fonte que pediu anonimato.
Será que o prefeito Marcio Lacerda tem a exata compreensão do retrocesso que essa medida representará? Haverá um grave dano pedagógico e social em uma iniciativa de tanto êxito como esta.


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