Jornal Hoje em Dia
Mais uma vez a consequência mais cruel
da recessão mostra que continua se agravando. O desemprego vem aumentando no
país e também em Minas. Os dados do Ministério do Trabalho mostram que em
janeiro foram perdidos quase 100 mil postos de trabalho formais no território
nacional. Em Minas, o saldo entre contratações e demissões foi de menos 16,4
mil vagas. Em todo o ano passado foram fechados no país 1,5 milhão de empregos.
Nos números de janeiro, quem mais
demitiu foi o comércio, muito em função das rescisões de trabalhadores
temporários que ocorrem no fim do ano. O setor de serviços, que costuma reagir
bem às crises, o que não vem ocorrendo agora, foi o segundo em demissões,
seguido por indústria de transformação (siderurgia, metalurgia, petroquímica e
bens de consumo) e construção civil.
Só a agricultura, um oásis em meio à
ruína, consegui gerar mais empregos.
Analistas dizem que esse quadro deve
continuar neste ano. O desemprego é um período que provoca baixa na autoestima
pelo impacto financeiro e perda da renda, além de a pessoa ficar,
repentinamente, com uma grande quantidade de tempo disponível e sem ter o que
fazer. Mas especialistas recomendam que, apesar do natural impacto psicológico,
é a hora de se pensar em novas oportunidades.
Psicólogos do trabalho recomendam que
o preferível é evitar ficar lamentando sobre o fato de se estar desempregado. O
desemprego pode ser uma chance de melhorar a qualificação profissional e
procurar a reciclagem dos conhecimentos. Para aqueles com menor formação
educacional, talvez o caminho seja o do aprendizado em um curso técnico ou
profissionalizante diferente daquela área em que o trabalhador atuava.
Para os que têm formação em nível
superior, um curso de pós-graduação é uma boa alternativa para melhorar ou
aperfeiçoar os conhecimentos em áreas de interesse. Minas Gerais tem inúmeras
faculdades de bom nível que proporcionam alternativas em diversos setores. O
dinheiro a ser despendido nesse projeto não será um gasto, mas um investimento.
A recessão não vai durar para sempre.
O Brasil é maior do que essa situação de adversidade. Então, será melhor estar
preparado para quando houver uma reversão desse quadro.

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