Jornal Hoje em Dia
O maior problema do Brasil, hoje, é a
falta de dinheiro. Seja por parte da população, seja por parte dos governos. No
caso da população é difícil conseguir um rendimento a mais para suprir a
diminuição dos recursos. Já no caso dos governantes, a solução mais tentadora é
sempre o aumento dos impostos. E isso mesmo nos tempos atuais, de aguda
retração na economia e com os trabalhadores com seu poder aquisitivo em queda.
No caso do governo federal, por
exemplo, a tábua de salvação, como demonstra a presidente Dilma Rousseff sempre
que tem oportunidade de falar em público, é a recriação da Contribuição
Provisória sobre Movimentações Financeiras, a CPMF, ou imposto do cheque. Esta,
se não fosse o Congresso, que a extinguiu em 2007, estaria vigendo até hoje,
apesar de em seu próprio nome estar a expressão “provisória”.
Ela havia sido criada ainda nos anos
90, no governo de Fernando Henrique Cardoso, a pretexto de financiar o serviço
de saúde pública. Mas, ao longo dos anos, seus recursos foram sendo carreados
para outros fins, como o caixa único do governo. Enfim, se um governo consegue
abocanhar mais um naco da renda dos contribuintes, dificilmente ele abrirá mão
dele.
É por isso que há uma grande
mobilização da sociedade civil contra a recriação da CPMF. Um outro caso que
chama a atenção são as chamadas bandeiras das contas de energia. A vermelha, a
mais alta, que vem vigorando há vários meses, representa o acréscimo de R$ 4,50
a cada 100 quilowatts-hora consumidos pela população.
E tão cedo ela não será revogada, já
que os especialistas do setor alegam que os reservatórios ainda não estão no
nível ideal, apesar da chuvarada da últimas semanas. A justificativa é de que a
geração de energia vem sendo feita, além das hidrelétricas, pelas
termoelétricas, que gastam algum tipo de combustível para funcionar,
encarecendo bastante o preço do quilowatt.
Aparentemente, o risco de apagão no
fornecimento está descartado, já que os reservatórios hoje estão com mais de
37% de seu nível ideal, quando, em janeiro passado, pela grande estiagem
ocorrida, registravam apenas 16%. Com a recessão econômica, o consumo
industrial também vem caindo.
O que vale agora é a vigilância dos
consumidores, para que a bandeira vermelha não seja eternizada.
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