Opinião Jornal Hoje em Dia
O vírus da zika, que agora tira o sono
dos brasileiros, sobretudo das mulheres grávidas pelo risco de microcefalia no
bebê, e dos demais países americanos, foi descoberto há não muito tempo. Em
1947, os cientistas conseguiram isolá-lo de um macaco rhesus em Uganda, país do
centro-leste da África. Esse macaco foi encontrado na floresta de Zika, daí o
nome do vírus. Os primeiros contágios de humanos foram relatados a partir de
1968. Até 1981 foram contabilizados casos de infecção humana em pelo menos seis
países africanos.
No Brasil, ele surgiu a partir de
2014, e os pesquisadores apontam a Copa do Mundo de futebol, que atraiu pessoas
de diversas partes do mundo, inclusive da África, como a origem dessa “importação”.
A transmissão mais comum se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti, que é o
seu vetor.
Entretanto, ontem as agências
internacionais informaram que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)
dos Estados Unidos investiga um caso de transmissão por via sexual em 2013, que
foi relatado pelo jornal “The New York Times”. Mas não ocorreu em território
norte-americano. Trata-se de um homem do Taiti, na Polinésia Francesa, que foi
exposto durante um surto de zika. O vírus foi detectado em seu sêmen depois que
já não era mais encontrado no sangue.
Outro caso citado pelo jornal foi de
um biólogo norte-americano infectado com o zika quando viajou ao Senegal, no
oeste da África. O homem desenvolveu os sintomas uma semana após retornar aos
EUA. Entretanto, sua esposa também contraiu a doença, depois que os dois
mantiveram relações sexuais.
A se confirmar esse novo tipo de
transmissão do vírus, será um desastre, já que, no caso do Brasil, nem mesmo
conta do mosquito as autoridades têm dado. Não sem atraso, o governo decidiu
convocar as Forças Armadas para essa verdadeira guerra. São pelo menos 220 mil
homens e mulheres das três Armas. Um reforço e tanto, mas que precisa ir a
campo o quanto antes.
O Ministério da Saúde não tem números
consolidados, mas acredita que até 1,5 milhão de pessoas possa ter contraído o
vírus em 2015. Felizmente, nem sempre os sintomas se manifestam na pessoa
contaminada. Mas ninguém pode confiar de que não terá a doença. O lema da
população tem que ser o de estar sempre alerta.

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