Manoel Hygino
O país ainda não sabe, nem avaliou
como imprescindível a importância fundamental do sistema filantrópico de saúde
no país, num ambiente e tempo em que males adentram os lares incessantemente,
sejam o dos pobres ou dos miseráveis, sejam os dos ricos e poderosos. Os
recentes registros de mortes confirmados por dengue, um indesejável novo
recorde, revelam o Brasil que não se desejava para os brasileiros. Sem falar no
Zika vírus que atormenta mais que o aparecimento do espectro do rei assassinado
ao príncipe Hamlet, descrito por Shakespeare.
Em meio ao panorama sombrio, de que a mídia dá cotidiano relato, a ação humana – ou sobrehumana das filantrópicas, passa silenciosamente, a não ser por algum acidente de percurso. As filantrópicas, as Santas Casas, realizam com eficiência missão sublime, sem contar com o indispensável apoio do poder público em termos financeiros. Tanto é verdade que muitas delas, coagidas pelas circunstâncias adversas, vão fechando gradativamente suas portas.
Saulo Levindo Coelho, presidente do Conselho Consultivo da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil, entidade de que já foi presidente, considera que o governo pode fazer mais do que faz em favor do setor. A CMB, aliás, enviou a todos os parlamentares no Congresso Nacional, aos ministérios da Saúde, Planejamento e Fazenda, e para a Casa Civil da presidência da República, uma nota pública a respeito.
O documento chama a atenção – mais uma vez- para a situação calamitosa da saúde. Apenas em 2015, 218 hospitais sem fins lucrativos, com 11 mil leitos e 39 mil postos de trabalho, foram fechados por causa da falta de financiamento da Saúde. Segundo a CMB, a dívida do segmento filantrópico ultrapassa R$ 21 bilhões.
O segmento, sem fins lucrativos, é responsável, hoje, por mais de 50% dos atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), mais de 60% dos transplantes e tratamentos de câncer realizados no país e por ser a única unidade de saúde na maioria dos municípios com menos de 30 mil habitantes. As entidades têm mantido sua missão histórica de cuidar e atender os mais necessitados, a despeito dos obstáculos que enfrentam.
A confederação, em nome de suas 15 federações estaduais e de 2.100 hospitais que representa, adverte para o descaso dos gestores e as perspectivas sombrias por que passa o setor, sobrecarregado ainda com o fenômeno da dengue e microcefalia.
Saulo Coelho, provedor da Santa Casa de Belo Horizonte, instituição mantenedora do maior hospital geral do estado e integrante do maior complexo de saúde de Minas, se manifesta extremamente preocupado, se o poder público não socorrer a rede. A grande verdade é que o país não sobrevive sem o sistema filantrópico de saúde.
No entanto, parece existir uma insensibilidade, em torno do desafio de atendimento aos que recorrem ao Sistema. Inúmeros serão os que se verão nas circunstâncias de usar agora o SUS e as instituições que o servem. Isso porque cresce incessantemente o número de baixas no mercado de trabalho e os contratos com os planos de saúde, por motivos sabidos. Para onde ir? Para as filantrópicas, que prestam - sem que as pessoas saibam ou queiram saber – os melhores serviços à sociedade brasileira, desde a fundação da primeira destas casas: em 1538, em Olinda, trinta e oito anos após o descobrimento.
Em meio ao panorama sombrio, de que a mídia dá cotidiano relato, a ação humana – ou sobrehumana das filantrópicas, passa silenciosamente, a não ser por algum acidente de percurso. As filantrópicas, as Santas Casas, realizam com eficiência missão sublime, sem contar com o indispensável apoio do poder público em termos financeiros. Tanto é verdade que muitas delas, coagidas pelas circunstâncias adversas, vão fechando gradativamente suas portas.
Saulo Levindo Coelho, presidente do Conselho Consultivo da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil, entidade de que já foi presidente, considera que o governo pode fazer mais do que faz em favor do setor. A CMB, aliás, enviou a todos os parlamentares no Congresso Nacional, aos ministérios da Saúde, Planejamento e Fazenda, e para a Casa Civil da presidência da República, uma nota pública a respeito.
O documento chama a atenção – mais uma vez- para a situação calamitosa da saúde. Apenas em 2015, 218 hospitais sem fins lucrativos, com 11 mil leitos e 39 mil postos de trabalho, foram fechados por causa da falta de financiamento da Saúde. Segundo a CMB, a dívida do segmento filantrópico ultrapassa R$ 21 bilhões.
O segmento, sem fins lucrativos, é responsável, hoje, por mais de 50% dos atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), mais de 60% dos transplantes e tratamentos de câncer realizados no país e por ser a única unidade de saúde na maioria dos municípios com menos de 30 mil habitantes. As entidades têm mantido sua missão histórica de cuidar e atender os mais necessitados, a despeito dos obstáculos que enfrentam.
A confederação, em nome de suas 15 federações estaduais e de 2.100 hospitais que representa, adverte para o descaso dos gestores e as perspectivas sombrias por que passa o setor, sobrecarregado ainda com o fenômeno da dengue e microcefalia.
Saulo Coelho, provedor da Santa Casa de Belo Horizonte, instituição mantenedora do maior hospital geral do estado e integrante do maior complexo de saúde de Minas, se manifesta extremamente preocupado, se o poder público não socorrer a rede. A grande verdade é que o país não sobrevive sem o sistema filantrópico de saúde.
No entanto, parece existir uma insensibilidade, em torno do desafio de atendimento aos que recorrem ao Sistema. Inúmeros serão os que se verão nas circunstâncias de usar agora o SUS e as instituições que o servem. Isso porque cresce incessantemente o número de baixas no mercado de trabalho e os contratos com os planos de saúde, por motivos sabidos. Para onde ir? Para as filantrópicas, que prestam - sem que as pessoas saibam ou queiram saber – os melhores serviços à sociedade brasileira, desde a fundação da primeira destas casas: em 1538, em Olinda, trinta e oito anos após o descobrimento.

Nenhum comentário:
Postar um comentário