Lua 'some' neste sábado e
astrônomos aproveitam para pesquisar o céu
DA AGÊNCIA BRASIL
De repente, durante a noite, você olha para o céu e não encontra sequer
um traço da Lua. Essa noite sem Lua pode até servir como elemento poético em
diferentes músicas, mas o fenômeno é real e seu ápice ocorrerá nesse mês, na
noite deste sábado (9).
Calma, a Lua não vai sumir de verdade. O início da Lua Nova fará com que
ela desapareça do nosso olhar temporariamente. Por volta das 23h30 (horário de
Brasília), a Lua se posicionará exatamente entre o Sol e a Terra e não receberá
nenhuma incidência significativa de luz solar. Assim, teremos a impressão de
que ela vai se apagar do céu.
O "sumiço" da Lua não inspira somente cantores sertanejos.
Para o mundo científico, é um momento excelente para pesquisar o universo
porque o brilho da Lua não ofusca os instrumentos de observação.
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Lua vai se
posicionar exatamente entre o Sol e a Terra na noite deste sábado
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De acordo com o presidente da Anra (Associação Riograndense de
Astronomia), professor Antônio Araújo Sobrinho, é claro que a Lua não some. O
"sumiço" da Lua é algo comum durante a fase da Lua Nova. Nesse
período, explica o cientista, é que devemos mirar os telescópios para o céu com
o intuito de observar melhor outros corpos celestes.
"Muita gente acredita que a fase da Lua Cheia é a melhor fase para
se usar o equipamento. Pelo contrário, para ver a Lua, sem telescópio é ótimo.
Mas os melhores detalhes tanto da Lua quanto de outros planetas ocorre nas
fases de Lua Minguante ou Lua Crescente", explica.
Para aproveitar o suprassumo do que os outros astros podem oferecer, é
muito melhor uma noite sem a Lua visível. "A luz que reflete durante a Lua
Cheia ofusca muito as lentes dos telescópios. E a vantagem da noite sem Lua é
observar todos os demais astros com mais detalhes".
O professor Antônio Araújo também dá outra dica aos amantes do universo:
o fenômeno da noite sem Lua será estratégico para observar o planeta Vênus e os
anéis de Saturno.
Tudo bem que os dois podem ser vistos a olho nu e a conjunção
(sobreposição visual dos dois), que começou nesta quinta-feira (7), já é um
grande espetáculo à parte, mas a falta de Lua será uma mão na roda para que
"até mesmo telescópios de pequeno porte consigam ver os detalhes desses
dois astros", confirma Araújo.
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