Márcio Doti
Eram quase 20 horas da última
quarta-feira, quando a direção da Procuradoria-Geral de Justiça Militar recebeu
telefonema do Ministério Público Federal solicitando o uso de uma sala no
segundo andar para “um atendimento”. Segundo o jornal Estado de São Paulo, no
dia seguinte, funcionários surpresos se depararam com o ex-presidente Lula.
Iria depor como “informante” sobre o esquema de corrupção da Petrobras. A
autorização para o depoimento foi dada pelo relator da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal, ministro Teori Zawascki.
Nem Ministério Público e nem defesa falaram sobre o que Lula depôs, mas durou duas horas. O que se sabe é que, além disso, ele estava intimado pela Polícia Federal para depor na última quinta-feira, na sede do órgão, em Brasília. E que também tem outras declarações a fazer, inclusive, perante a Justiça Italiana sobre seu relacionamento com Valter Lavitola, operador de negócios do ex-primeiro ministro da Itália, Sílvio Berlusconi. E outros processos em países onde teria intermediado contratos para a Construtora Odebrecht.
Nem Ministério Público e nem defesa falaram sobre o que Lula depôs, mas durou duas horas. O que se sabe é que, além disso, ele estava intimado pela Polícia Federal para depor na última quinta-feira, na sede do órgão, em Brasília. E que também tem outras declarações a fazer, inclusive, perante a Justiça Italiana sobre seu relacionamento com Valter Lavitola, operador de negócios do ex-primeiro ministro da Itália, Sílvio Berlusconi. E outros processos em países onde teria intermediado contratos para a Construtora Odebrecht.
Aqui em Minas, o governador Fernando
Pimentel vive aos sobressaltos, às voltas com as operações Acrônimo e Zelotes
da Polícia Federal. A Operação Acrônimo foi criada por sua causa, para apurar
suspeitas de caixa dois e lavagem de dinheiro. Começou quando a Polícia Federal
encontrou uma maleta com R$110 mil, em avião de propriedade de seu amigo
Benedito Oliveira, no Aeroporto de Brasília, logo após o primeiro turno das
eleições. A Polícia Federal já esteve algumas vezes em Belo Horizonte cumprindo
mandados de busca e apreensão em escritório de outro amigo, de quem foi sócio,
Otílio Prado. Esteve também em escritório que serviu à primeira dama, Carolina
de Oliveira. Dados da Operação Acrônimo foram postos à disposição do TRE onde
corre ação em que Pimentel teria extrapolado em R$10 milhões o teto de gastos
de campanha. É investigado, também, e citado em relatórios da Polícia Federal,
segundo o jornal Estado de São Paulo, por facilidades concedidas à empresa
Caoa, fabricante de veículos Hyundai e que teria obtido inclusão no Inovar
Auto, programa que rende redução de IPI. É investigado, mais uma vez, por suspeita
de ter aberto portas no Ministério da Saúde para Benedito Oliveira, acusado de
superfaturamento e fraude em mais de R$200 milhões em contratos.
A Operação Acrônimo conseguiu
interceptar uma série de mensagens trocadas entre Benedito Oliveira, o presidente
da Caoa, Antonio Santos Maciel, e o então ministro sucessor de Pimentel na
pasta do Desenvolvimento, que descreve todo o esforço do amigo de Pimentel
junto ao ministro Mauro Borges para a assinatura da portaria pleiteada pelo
presidente da Caoa, o que finalmente foi feito e está assinalado em mensagem do
próprio Mauro.
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