Jornal Hoje em Dia
Após uma sessão que varou a madrugada,
na passagem de terça para quarta-feira, e não chegou a lugar nenhum, o
Congresso finalmente aprovou, na tarde de ontem, a manobra arquitetada pelo
governo para descumprir a meta fiscal orçamentária. Caso a medida não fosse
aprovada, o poder central fecharia o ano descumprindo a Lei de Responsabilidade
Fiscal, que limita os gastos dos poderes públicos.
É aquela história: “se a lei nos limita, mudemos a lei”. Antes da votação, a presidente da República e ministros se reuniram em palácio com os líderes dos partidos que formam a chamada base aliada do governo no Parlamento. Dessa conversa, o que se soube oficialmente foi que houve um apelo para que as bancadas fossem convencidas a votar a favor da mudança da meta.
O relator da matéria, deputado Hugo Leal, disse que fatores externos, como a queda no preço do petróleo afetaram a economia e fizeram com que o governo perdesse o controle. Na realidade, o que os especialistas apontam como causa foi o absoluto descontrole nos gastos oficiais. O deputado oposicionista mineiro Marcus Pestana (PSDB), que é economista, ironizou: “Meta é uma diretriz a ser seguida. É ridículo traçar uma meta em dezembro”, no final e não no começo do ano.
Outros disseram que o governo estava “limpando a cena do crime”. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que era um “esforço para acertar o passado e criar as bases para 2016”. Mas não dá para acreditar que um governo que nos últimos cinco anos vem cometendo desatinos na administração do país vá mudar de atitude.
Para se ter uma ideia desse desarranjo, no início deste ano o governo disse que encerraria 2015 com uma sobra de recursos (superávit) de R$ 55,3 bilhões. Parece que não contava – por obtusidade, certamente – com a queda da arrecadação de impostos provocada justamente pela ineficiência das políticas oficiais para a economia.
No final do ano, o que se vê é um rombo (déficit) nas contas da União de R$ 51,8 bilhões. Sem falar em outros R$ 57 bilhões acrescentados pela comissão de orçamento do Congresso por causa das chamadas pedaladas fiscais, quando o governo pega dinheiro de bancos oficiais, o que é irregular, para quitar suas obrigações.
Com todo esse estado de coisas, não é para causar surpresa o processo de impeachment aberto no Congresso.
É aquela história: “se a lei nos limita, mudemos a lei”. Antes da votação, a presidente da República e ministros se reuniram em palácio com os líderes dos partidos que formam a chamada base aliada do governo no Parlamento. Dessa conversa, o que se soube oficialmente foi que houve um apelo para que as bancadas fossem convencidas a votar a favor da mudança da meta.
O relator da matéria, deputado Hugo Leal, disse que fatores externos, como a queda no preço do petróleo afetaram a economia e fizeram com que o governo perdesse o controle. Na realidade, o que os especialistas apontam como causa foi o absoluto descontrole nos gastos oficiais. O deputado oposicionista mineiro Marcus Pestana (PSDB), que é economista, ironizou: “Meta é uma diretriz a ser seguida. É ridículo traçar uma meta em dezembro”, no final e não no começo do ano.
Outros disseram que o governo estava “limpando a cena do crime”. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que era um “esforço para acertar o passado e criar as bases para 2016”. Mas não dá para acreditar que um governo que nos últimos cinco anos vem cometendo desatinos na administração do país vá mudar de atitude.
Para se ter uma ideia desse desarranjo, no início deste ano o governo disse que encerraria 2015 com uma sobra de recursos (superávit) de R$ 55,3 bilhões. Parece que não contava – por obtusidade, certamente – com a queda da arrecadação de impostos provocada justamente pela ineficiência das políticas oficiais para a economia.
No final do ano, o que se vê é um rombo (déficit) nas contas da União de R$ 51,8 bilhões. Sem falar em outros R$ 57 bilhões acrescentados pela comissão de orçamento do Congresso por causa das chamadas pedaladas fiscais, quando o governo pega dinheiro de bancos oficiais, o que é irregular, para quitar suas obrigações.
Com todo esse estado de coisas, não é para causar surpresa o processo de impeachment aberto no Congresso.
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