Márcio Doti
Por tudo que têm tentado, está claro
que a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha,
consideram que basta acomodar o jogo político e desaparece o risco para ambos
perderem seus postos. Dilma se livra do impeachment, cujo direito conquistou na
base das pedaladas, gastando muito mais do que podia e contrariando regras
constitucionais. Para o povo, ela já está fora há muito tempo, não apenas pelas
pedaladas no orçamento, mas também, pelo festival de mentiras entre os
discursos de campanha e o que vai sendo revelado desde a posse. E por ter
oferecido efetiva contribuição tanto no quadro horroroso de danos ao patrimônio
público quanto pelos fracassos administrativos.
Eduardo Cunha acha que pode posar de bom moço e conduzir um processo de impedimento da presidente, deixando para trás o rastro de malfeitos descobertos e acusados até por autoridades de outro país. E ambos pensam poder sair dessa, indo cada um para seu gabinete, e tocar a vida como se nada tivesse acontecido.
Só num país tão desarrumado, vítima de gafanhotos tão famintos, saqueado em sua essência de sociedade pretensamente organizada, que alguém pode alimentar a ilusão de que os cidadãos vão esquecer.
Basta passar os olhos nas poucas pesquisas de opinião pública que ainda se divulgam para perceber que o povo já deu bomba em todos esses que estão por aí. São condenados, no mínimo, ao desprezo e esquecimento.
E se não for assim, se tudo andar como absurdamente esperam que ande, a presidente e seu eventual substituto, então será muito difícil e mais demorado do que os três anos já previstos fazer com que o país ande para a frente.
Se formos incapazes de enxergar a lama em que estamos metidos, não devemos esperar que façam igual os de fora, dos quais precisamos para investimentos, contratos e negócios. Não serão loucos de enfiar as mãos na cumbuca e botar aqui seus recursos para se perderem na desordem da economia, no mau cheiro das regras descumpridas e no lixo da política.
São poucas as esperanças de que possa vir do Poder Executivo e do Poder Legislativo qualquer atitude que venha desfazer o mau conceito que desfrutam hoje esses dois poderes, justamente pelos inúmeros casos em que ofereceram à opinião pública o combustível do descrédito, da desconfiança e, pior ainda, do repúdio a tantas demonstrações de desrespeito e descaso pelo bem comum.
Poder Judiciário
Salva-se dessa situação, ainda que não completamente, o Poder Judiciário, ainda vítima da forma de preenchimento de seus cargos mais altos, onde prevalece a influência política. Ainda assim, é do Judiciário que tem vindo as mais contundentes demonstrações de compromisso com os princípios de Justiça.
Parece que acima de gratidão por escolhas, nos casos mais graves tem prevalecido o compromisso cego de decidir pelo que é justo. Ainda assim, cabe ao cidadão brasileiro cobrar dos que desvirtuam, dos que se desviam do interesse da sociedade brasileira. Estão indo tão longe que parecem zombar do povo.
Eduardo Cunha acha que pode posar de bom moço e conduzir um processo de impedimento da presidente, deixando para trás o rastro de malfeitos descobertos e acusados até por autoridades de outro país. E ambos pensam poder sair dessa, indo cada um para seu gabinete, e tocar a vida como se nada tivesse acontecido.
Só num país tão desarrumado, vítima de gafanhotos tão famintos, saqueado em sua essência de sociedade pretensamente organizada, que alguém pode alimentar a ilusão de que os cidadãos vão esquecer.
Basta passar os olhos nas poucas pesquisas de opinião pública que ainda se divulgam para perceber que o povo já deu bomba em todos esses que estão por aí. São condenados, no mínimo, ao desprezo e esquecimento.
E se não for assim, se tudo andar como absurdamente esperam que ande, a presidente e seu eventual substituto, então será muito difícil e mais demorado do que os três anos já previstos fazer com que o país ande para a frente.
Se formos incapazes de enxergar a lama em que estamos metidos, não devemos esperar que façam igual os de fora, dos quais precisamos para investimentos, contratos e negócios. Não serão loucos de enfiar as mãos na cumbuca e botar aqui seus recursos para se perderem na desordem da economia, no mau cheiro das regras descumpridas e no lixo da política.
São poucas as esperanças de que possa vir do Poder Executivo e do Poder Legislativo qualquer atitude que venha desfazer o mau conceito que desfrutam hoje esses dois poderes, justamente pelos inúmeros casos em que ofereceram à opinião pública o combustível do descrédito, da desconfiança e, pior ainda, do repúdio a tantas demonstrações de desrespeito e descaso pelo bem comum.
Poder Judiciário
Salva-se dessa situação, ainda que não completamente, o Poder Judiciário, ainda vítima da forma de preenchimento de seus cargos mais altos, onde prevalece a influência política. Ainda assim, é do Judiciário que tem vindo as mais contundentes demonstrações de compromisso com os princípios de Justiça.
Parece que acima de gratidão por escolhas, nos casos mais graves tem prevalecido o compromisso cego de decidir pelo que é justo. Ainda assim, cabe ao cidadão brasileiro cobrar dos que desvirtuam, dos que se desviam do interesse da sociedade brasileira. Estão indo tão longe que parecem zombar do povo.
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