Orion Teixeira
Sob a batuta do ministro Jaques Wagner
(PT), da Casa Civil, o governo Dilma Rousseff (PT) vai reencontrando o caminho
do equilíbrio interno e da governabilidade possível nesse momento em que
consegue respirar e sair da turbulência política. É visível que o ambiente
político mudou, o discurso também – no caso da presidente Dilma Rousseff (PT)
voltou ao tom belicoso de sempre, como se ouviu, nesta terça-feira (22), na
Bahia –, mas ainda é cedo para o governo cantar vitória.
Ministros já estão até falando em reformas da previdência, tributária e trabalhista com ares de governo novo. A política confunde e, muitas vezes, é construída em cima de ilusões e de marketing, sustentáveis ou não. O que ela não perdoa é quando o otimista engana a si próprio.
Vamos por partes. A batalha do impeachment não está vencida, embora seus defensores tenham saído derrotados, mas os fatos que o geraram ainda rondam o governo numa soma cruel de impopularidade, ingovernabilidade, falta de apoio político e de confiança, crise econômica etc. Tudo somado, não configura crime de responsabilidade como é tipificado o impedimento, mas vai tentar governar em um ambiente desse. 2015 está acabando, e Dilma quer esquecê-lo.
Aí está o seu desafio, esquecer e fazer esquecer. A trégua obtida por ela, ou o renascimento de seu governo no dizer de Jaques Wagner, tem prazo de validade. Funciona como estágio probatório, que, no caso dela, é de três a quatro meses. Até lá, terá que mostrar resultados. O primeiro deles, o mais imediato e cobrado, é o da economia. Estamos no clima natalino no qual a maioria não quer saber de confusão, mas quando janeiro chegar com a conta dos festejos, pagamento de IPTU e IPVA e aumento de impostos (ICMS), o humor será outro.
Logo em seguida, vem fevereiro, trazendo deputados e senadores de volta ao Legislativo, com a mala cheia de pressão e descontentamento de seus eleitores. Se a economia não apresentar perspectivas novas e soluções visíveis, será difícil à presidente “enterrar”, como deseja, o pedido de impeachment em sua reentrada.
O segundo fator que pode agravar o quadro, como já foi dito aqui, é o eleitoral. A partir do início de abril, quando começam a se delinear pré-candidaturas a prefeito, a situação pode ficar incontrolável. O terceiro fator é jurídico-policial. Quando você acha que acalmou, aparece a Polícia Federal batendo a porta de alguém.
Intervenção no PMDB
Depois de tentar em vão trocar o líder do PMDB na Câmara, o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, esvaziou o secretário-geral nacional, deputado federal mineiro Mauro Lopes, ao nomear o ex-ministro Elizeu Padilha, seu fiel escudeiro, como secretário-executivo da legenda. Motivo, Lopes não é da turma do impeachment.
Ministros já estão até falando em reformas da previdência, tributária e trabalhista com ares de governo novo. A política confunde e, muitas vezes, é construída em cima de ilusões e de marketing, sustentáveis ou não. O que ela não perdoa é quando o otimista engana a si próprio.
Vamos por partes. A batalha do impeachment não está vencida, embora seus defensores tenham saído derrotados, mas os fatos que o geraram ainda rondam o governo numa soma cruel de impopularidade, ingovernabilidade, falta de apoio político e de confiança, crise econômica etc. Tudo somado, não configura crime de responsabilidade como é tipificado o impedimento, mas vai tentar governar em um ambiente desse. 2015 está acabando, e Dilma quer esquecê-lo.
Aí está o seu desafio, esquecer e fazer esquecer. A trégua obtida por ela, ou o renascimento de seu governo no dizer de Jaques Wagner, tem prazo de validade. Funciona como estágio probatório, que, no caso dela, é de três a quatro meses. Até lá, terá que mostrar resultados. O primeiro deles, o mais imediato e cobrado, é o da economia. Estamos no clima natalino no qual a maioria não quer saber de confusão, mas quando janeiro chegar com a conta dos festejos, pagamento de IPTU e IPVA e aumento de impostos (ICMS), o humor será outro.
Logo em seguida, vem fevereiro, trazendo deputados e senadores de volta ao Legislativo, com a mala cheia de pressão e descontentamento de seus eleitores. Se a economia não apresentar perspectivas novas e soluções visíveis, será difícil à presidente “enterrar”, como deseja, o pedido de impeachment em sua reentrada.
O segundo fator que pode agravar o quadro, como já foi dito aqui, é o eleitoral. A partir do início de abril, quando começam a se delinear pré-candidaturas a prefeito, a situação pode ficar incontrolável. O terceiro fator é jurídico-policial. Quando você acha que acalmou, aparece a Polícia Federal batendo a porta de alguém.
Intervenção no PMDB
Depois de tentar em vão trocar o líder do PMDB na Câmara, o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, esvaziou o secretário-geral nacional, deputado federal mineiro Mauro Lopes, ao nomear o ex-ministro Elizeu Padilha, seu fiel escudeiro, como secretário-executivo da legenda. Motivo, Lopes não é da turma do impeachment.
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