Simone Demolinari
Se perguntarmos às pessoas o que
almejam da vida, boa parte irá responder: “ser feliz”. Esta é a busca mais
comum do ser humano.
Freud, em seu tratado sobre “O Mal Estar na Civilização”, afirma que a necessidade de nos tornarmos pessoas felizes é um impositivo do princípio do prazer que trazemos desde a origem, contudo, isso não pode ser plenamente realizado. Mesmo a felicidade sendo uma conquista difícil, não deixamos de empreender esforços para alcançá-la, seja através do lazer, do consumo, da conquista amorosa, de filhos ou da realização profissional. Ainda assim, tais projetos não garantem a sensação de estar bem consigo. Mesmo estando com todos os objetivos alcançados, ainda assim podem existir angústias que afetam sobremaneira o estado de animo. São elas:
Ausência de controle sobre os fatos – Não conseguimos conhecer nem controlar nosso futuro. Não conseguimos garantir o sentimento das pessoas que nos cercam. Temos que lidar com as incertezas, com as dúvidas e com a finitude da existência. Tudo isso dá uma grande sensação de desamparo. Indivíduos que não lidam bem com essa impotência tendem a se tornar autoritários, ciumentos e dominadores, tudo no afã de minimizar o sofrimento.
Insegurança financeira – Sob o compromisso de garantir “o amanhã”, muitos avançam o limite físico e emocional. Dobram turno, fazem “bico”, imigram, correm riscos, suportam a pressão. A possibilidade de não ter condição de se sustentar é angustiante e aumenta à medida que se tem filhos. Pela necessidade do dinheiro, muitas pessoas abrem mão de sonhos para trabalhar naquilo que lhes rende mais – com isso, forma-se uma outra fonte de angústia: trabalhar com o que não se gosta.
Conflitos nas relações – Aqui, podemos destacar as relações afetivo-amorosas e familiares. Casais unidos pelo atrito vivem insatisfeitos, tristes, se sentindo incompreendidos ou explorados. Queixam-se da infelicidade da vida a dois, mas raramente caminham na direção de resolve-la. Creditam na conta do “amor” o que deveriam creditar ao medo ou ao comodismo. Já nas relações familiares entre pais e filhos, a queixa maior é a sensação de abandono. Filhos que não se sentem amparados pelos pais que por vezes mais criticam que apoiam e pais que se frustram pelo filho não atender suas expectativas.
Medo da solidão – Parece que este medo está presente mesmo quando se está rodeado de pessoas, está mais ligado à ansiedade do que à real possibilidade de isso acontecer. Há quem, por medo dessa solidão, se casa, idealizando a alma gêmea ou inventando-a à sua maneira. Casam-se com quem gostariam que o outro fosse. Por medo da solidão, retornam a ela quando a união termina.
Pessoas mais maduras emocionalmente são mais livres. Já se libertaram da necessidade de controlar o mundo e os outros. Vivem o presente e, quando são surpreendidas pelo destino, toleram melhor as frustrações sem culpa e sem despender energia desnecessária. Os mais evoluídos no campo emocional gostam e admiram a si próprios e têm real dimensão do seu valor – por isso, a opinião alheia não lhes causa nem vaidade nem desconforto, assim como acontecimentos alheios à sua vontade.
O amor e a segurança em si são fontes geradoras de resignação e paz de espírito, e isso é o que mais se aproxima da sensação de felicidade.
Freud, em seu tratado sobre “O Mal Estar na Civilização”, afirma que a necessidade de nos tornarmos pessoas felizes é um impositivo do princípio do prazer que trazemos desde a origem, contudo, isso não pode ser plenamente realizado. Mesmo a felicidade sendo uma conquista difícil, não deixamos de empreender esforços para alcançá-la, seja através do lazer, do consumo, da conquista amorosa, de filhos ou da realização profissional. Ainda assim, tais projetos não garantem a sensação de estar bem consigo. Mesmo estando com todos os objetivos alcançados, ainda assim podem existir angústias que afetam sobremaneira o estado de animo. São elas:
Ausência de controle sobre os fatos – Não conseguimos conhecer nem controlar nosso futuro. Não conseguimos garantir o sentimento das pessoas que nos cercam. Temos que lidar com as incertezas, com as dúvidas e com a finitude da existência. Tudo isso dá uma grande sensação de desamparo. Indivíduos que não lidam bem com essa impotência tendem a se tornar autoritários, ciumentos e dominadores, tudo no afã de minimizar o sofrimento.
Insegurança financeira – Sob o compromisso de garantir “o amanhã”, muitos avançam o limite físico e emocional. Dobram turno, fazem “bico”, imigram, correm riscos, suportam a pressão. A possibilidade de não ter condição de se sustentar é angustiante e aumenta à medida que se tem filhos. Pela necessidade do dinheiro, muitas pessoas abrem mão de sonhos para trabalhar naquilo que lhes rende mais – com isso, forma-se uma outra fonte de angústia: trabalhar com o que não se gosta.
Conflitos nas relações – Aqui, podemos destacar as relações afetivo-amorosas e familiares. Casais unidos pelo atrito vivem insatisfeitos, tristes, se sentindo incompreendidos ou explorados. Queixam-se da infelicidade da vida a dois, mas raramente caminham na direção de resolve-la. Creditam na conta do “amor” o que deveriam creditar ao medo ou ao comodismo. Já nas relações familiares entre pais e filhos, a queixa maior é a sensação de abandono. Filhos que não se sentem amparados pelos pais que por vezes mais criticam que apoiam e pais que se frustram pelo filho não atender suas expectativas.
Medo da solidão – Parece que este medo está presente mesmo quando se está rodeado de pessoas, está mais ligado à ansiedade do que à real possibilidade de isso acontecer. Há quem, por medo dessa solidão, se casa, idealizando a alma gêmea ou inventando-a à sua maneira. Casam-se com quem gostariam que o outro fosse. Por medo da solidão, retornam a ela quando a união termina.
Pessoas mais maduras emocionalmente são mais livres. Já se libertaram da necessidade de controlar o mundo e os outros. Vivem o presente e, quando são surpreendidas pelo destino, toleram melhor as frustrações sem culpa e sem despender energia desnecessária. Os mais evoluídos no campo emocional gostam e admiram a si próprios e têm real dimensão do seu valor – por isso, a opinião alheia não lhes causa nem vaidade nem desconforto, assim como acontecimentos alheios à sua vontade.
O amor e a segurança em si são fontes geradoras de resignação e paz de espírito, e isso é o que mais se aproxima da sensação de felicidade.
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