sábado, 17 de outubro de 2015

EMPREENDEDORISMO 5



EMPREENDEDORISMO 5 

TEXTOS DO LIVRO – O NEGÓCIO DO SÉCULO XXI  – DE ROBERT T. KIYOSAKI 



Um círculo de amigos que compartilham seus sonhos e valores

Pode ser difícil ouvir isso, mas se você quiser criar uma economia diferente talvez precise mais de novos amigos do que de obter um novo emprego.
Por quê? Porque, mesmo que eles amem você e mesmo que não seja de propósito, os amigos com quem está saindo agora podem estar impedindo que você siga em frente.
Você pode já ter ouvido que sua renda tende a ser aproximadamente igual à média da renda de seus cinco amigos mais próximos. E, sem dúvida alguma, você já ouviu o ditado “Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”. Isso vale para os ricos, os pobres e para a classe média. Em outras palavras, os ricos se relacionam com os ricos, os pobres, com os pobres, e a classe média sai com a classe média.
Meu Pai Rico sempre dizia: “Se você quer ficar rico, precisa criar uma network com aqueles que são ricos ou que podem ajudá-lo a se tornar rico.”
Muitas pessoas passam a vida saindo e se relacionando com pessoas que as impedem de avançar financeiramente. Em um negócio de marketing de rede, você sai com pessoas que estão lá para ajudá-lo a se tornar mais rico.
Pergunte a si mesmo: “Será que o povo com quem saio está empenhado em me tornar mais rico? Ou eles estão mais interessados em que eu continue sendo empregado?”
Você pode descobrir que existem amigos ou familiares que não entendem ou não simpatizam com sua decisão de participar do marketing de rede ou pode até mesmo tentar ativamente desanimá-lo. Você pode ter amigos que dirão que você está louco, que é um otário ou que está cometendo um grande erro. Você pode até mesmo perder amigos. Hesito em escrever essa sentença porque soa pesado. Mas é por isso que é dura. É a realidade.
E veja: isso nada tem a ver com marketing de rede em si. O que realmente está acontecendo aqui é que você está fazendo uma mudança sísmica na vida, de viver no quadrante E ou A para passar a viver no quadrante D. Isso não significa apenas mudar de emprego, é mais como mudar-se para um país diferente, mudar de religião ou de partido político.
O marketing de rede não só possibilita uma educação em negócios, como também oferece um mundo totalmente novo de amizades – amigos que estão indo na mesma direção que você e que compartilham os mesmos valores essenciais.
O poeta inglês John Donne escreveu: “Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é uma parte do continente, parte do todo.” Ele disse isso em 1623, e é mil vezes mais verdadeiro no mundo incrivelmente interligado de hoje. Você não pode ficar rico caso se isole; você é o reflexo da comunidade de pessoas com as quais se relaciona, conversa, trabalha e se diverte.
Isso é verdade em todos os aspectos da vida, mas é especialmente verdadeiro e especialmente relevante no marketing de rede, porque, quando você constrói um negócio dessa natureza, está realmente construindo em torno de si uma poderosa comunidade de novos amigos que estão aprendendo os mesmos tipos de valores e habilidades do mundo real do empreendedorismo que você.
Esta é também uma das grandes vantagens de um negócio de marketing de rede: em vez de estar rodeado por pessoas que estão competindo com você pela próxima promoção, aqui sua empresa está cheia de pessoas que estão tão comprometidas com seu sucesso quanto você, porque seu sucesso é o que garante o sucesso delas. São boas as chances de que algumas se tornem seus melhores novos amigos. Na verdade, de acordo com a Direct Selling Association (DSA), muitas pessoas que se unem a empresas de marketing de rede e ali permanecem classificam a rede social a que pertencem como uma prioridade ainda maior do que a renda que recebem.
É isso: o marketing de rede não proporciona apenas uma boa educação em negócios; também possibilita um mundo totalmente novo de amigos – amigos que estão indo na mesma direção que você e que compartilham com você os mesmos valores essenciais.
Thomas Edison foi um dos heróis de meu Pai Rico. As pessoas hoje se lembram dele, com frequência, como o inventor da lâmpada, mas isso não é verdade. Edison não inventou a lâmpada; o que ele fez foi melhorá-la e aperfeiçoá-la. Mais importante ainda: percebeu que poderia transformá-la em um negócio.
Depois de abandonar a escola (porque seus professores achavam que ele não era inteligente o suficiente para ter sucesso lá), Edison se empregou como vendedor de doces e revistas nas ferrovias. Logo, ele passou a imprimir o próprio jornal e, em um ano, contratou uma equipe de meninos para vender doces juntamente com seu jornal. Ele passou de empregado a empresário.
O poder não está no produto; o poder está na rede. Se você quiser ficar rico, a melhor estratégia é encontrar um meio de construir uma rede forte, viável, com possibilidade de crescimento.
O jovem Edison cansou de vender jornais e aprendeu a enviar e receber mensagens em código Morse, para que pudesse conseguir um emprego como operador de telégrafo. Logo ele se transformou em um dos melhores operadores de telégrafo que havia – e foi então que ele aprendeu o segredo que faria dele milionário. Como operador, ele viu o que havia transformado a invenção do telégrafo em um sucesso: o sistema de linhas, postes, pessoas qualificadas e as estações de retransmissão. Era o poder de uma rede.
Ainda que Edison seja famoso por mexer com o bulbo e aperfeiçoar o filamento que tornou a lâmpada mais prática, seu verdadeiro golpe de gênio foi criar uma empresa que colocava linhas elétricas que permitiram que a lâmpada penetrasse na sociedade. A empresa fundada por Edison faria dele um multimilionário. Foi chamada de General Electric – a GE. O que fez da empresa de Edison tão revolucionária não foi a lâmpada em si, mas o sistema de linhas elétricas e as estações de retransmissão que acendiam as lâmpadas. Foi a rede.
Meu Pai Rico me disse: “As pessoas mais ricas do mundo constroem redes. Todos as outras procuram por emprego.”
Dos magnatas do transporte e barões da ferrovia até Sam Walton, Bill Gates e Jeff Bezos, as grandes fortunas do mundo foram feitas por aqueles que descobriram como construir redes. Sam Walton não fabricou produtos para as pessoas; construiu a rede de distribuição que entrega as mercadorias. Bill Gates não construiu computadores; construiu o sistema operacional que roda nesses computadores. Jeff Bezos não entrou na publicação de livros; criou a Amazon, a rede on-line que faz a entrega dos livros.
Naturalmente, a maioria de nós não é Thomas Edison, Sam Walton ou Bill Gates, nem nunca será. Sim, sempre haverá um punhado de pioneiros incrivelmente criativos em cada geração, que criarão novas redes de bilhões de dólares a partir do zero, como aqueles homens fizeram, mas não é uma ambição razoável para dezenas de milhares de pessoas, muito menos para milhões.
É por isso que o marketing de rede é tão brilhante. As empresas que compõem a indústria do marketing de rede já oferecem a milhões de pessoas, exatamente como você, a oportunidade de construir as próprias redes, em vez de passar a vida trabalhando para as redes de outras pessoas.
É atribuída a Robert Metcalfe, o fundador da 3Com e um dos criadores da Ethernet, a criação de uma equação que define o valor das redes:  
V = N2

  Em outras palavras, o valor econômico de uma rede é igual ao número de usuários da rede ao quadrado.
Colocando a Lei de Metcalfe em vocábulos mais simples, isso significa que, à medida que você adiciona usuários, o valor da rede aumenta geometricamente. Em outras palavras, o valor econômico de uma rede sobe exponencialmente, não numericamente.
O clássico modelo de negócios da Era Industrial funcionava como um império. Era controlado por um poderoso “governo” central que mantinha sua identidade fortemente centralizada, não importa o quanto crescesse.
Na década de 1950, um novo tipo de negócio surgiu e manteve sua coerência não por meio de um controle de todas as suas partes em um único escritório central, mas, em vez disso, usando o modelo de uma rede. Essa ideia foi tão revolucionária que muitos a criticaram e o Congresso dos Estados Unidos esteve a apenas 11 votos de declará-la ilegal. Mas ela sobreviveu e hoje é responsável por mais de 3% das vendas no varejo americano e está florescendo ao redor do globo. Algumas de suas marcas mais famosas incluem Ace Hardware, Subway e, claro, a mais famosa de todas elas: o McDonald’s.
Esse modelo negocial radical é chamado de franquia ou franchise. A franquia é um tipo de rede de negócios em que múltiplos proprietários de negócios trabalham todos a partir de um mesmo projeto. Em um senti-do muito pragmático, pode-se dizer que todos compartilham dos mesmos valores.
Mas as franchises foram apenas um passo no processo de desenvolvimento de redes no mundo empresarial.  Isso não é apenas uma questão de pagar uma comissão de maneira diferente, ou de transferir a responsabilidade de marketing para outra pessoa. É realmente uma maneira totalmente diversa de olhar para um negócio – que reflete uma economia da Era da Informação, através de redes, e não uma economia que centraliza, de propaganda de massas da Era Industrial.
Depois das franchises, o próximo passo no desenvolvimento de negócios em rede começou nos anos 1960, acelerando-se nas décadas de 1970 e 1980. Em vez de uma rede de empresas franqueadas, esse modelo se construiu através de uma rede de indivíduos franqueados. Em certo sentido, você poderia chamar isso de “franquia pessoal”. Como o modelo de franquia original, esse novo tipo de negócio também ficou na mira de uma série de críticas; ainda assim, apesar de seus críticos, sobreviveu e prosperou. Esse modelo é chamado de marketing de rede.
E, a propósito, a verdade sobre as franchises é que, como proprietário de uma franquia, você é parte de uma rede – mas não possui a rede; você é dono apenas do seu negócio em particular. Como proprietário de um marketing de rede você não só constrói a rede, como também tem a própria rede, isso lhe dá uma tremenda alavancagem financeira.
Em outras palavras, como proprietário de um marketing de rede, você pessoalmente passa a aproveitar o poder da Lei de Metcalfe. Como? Isso não acontece apenas se filiando a uma empresa de marketing de rede. É como ser o único a possuir um telefone. Para aproveitar o poder da Lei de Metcalfe, você tem de fazer a rede crescer, duplicando-se em alguém mais como você: um sócio. No momento em que há dois de você, o valor econômico de sua rede é elevado ao quadrado. Quando há três de você, o valor econômico de sua rede vai de quarto para nove. Quando as duas pessoas que você trouxe também trazem mais duas pessoas cada, o valor econômico de sua rede começa a parecer um foguete decolando para a lua. Você está trabalhando aritmeticamente, mas seu valor econômico está crescendo de forma exponencial.
Em linguagem simples, a Lei de Metcalfe significa que uma rede funciona como uma alavanca: permite que você alavanque seu tempo e esforço.
Arquimedes, o engenheiro da Grécia antiga creditado com a descoberta do princípio da alavancagem, declarou: “Dê-me um ponto de apoio e uma alavanca e moverei a Terra.” Para demonstrar o poder praticamente sem limites da alavancagem, ele montou um elaborado sistema de cordas e polias, e amarrou a essa vasta matriz de cordas uma frota inteira de navios de guerra gregos. Quando tudo estava pronto e a multidão que assistia ficou em silêncio, Arquimedes pegou um pedaço de madeira e puxou com toda a força – e toda a frota de navios começou a se mover na água! Este é o poder de uma rede. Através da matriz de cordas, Archimedes pôde realizar uma façanha que normalmente necessitaria da força combinada de vários milhares de remadores. E o que exatamente era a matriz de cordas? Uma rede.
Essa é a força fenomenal que faz espalhar rumores: uma pessoa conta algo a três, que, por sua vez, contam a outras três, que dizem a mais três, e logo todo mundo na cidade sabe sobre o que se falou. É assim que as tendências da moda se espalham. E essa é a estratégia central de uma empresa de marketing de rede: aproveitar o poder da Lei Metcalfe para duplicar seus esforços através de uma rede de pessoas.


O marketing de rede é um dos modelos de negócio que mais crescem no mundo hoje, mas a maioria das pessoas ainda não se deu conta disso. Por que não? As pessoas podem ver o produto – produtos de cuidados pessoais ou serviços de telecomunicações, financeiros e legais –, mas não percebem que isso não é realmente o negócio. O verdadeiro business não é o produto, mas as redes através das quais o produto viaja – não o bulbo da luz de Edison, mas a rede elétrica.
As pessoas ainda não compreendem o valor do marketing de rede porque é invisível: ele não é material, é virtual. Você não pode ver com os olhos, porque há muito pouco para se ver. É um modelo de negócio genuinamente da Era da Informação: para compreender seu valor, não é suficiente abrir os olhos, você precisa abrir a mente. Não há arcos dourados, nem sereias verdes acenando-lhe para entrar em seu local de negócios. O business do marketing de rede explodiu em todo o mundo, mas as massas muitas vezes ainda não o veem.
Empresas como a General Motors e a General Electric são da Era Industrial. As franquias – McDonald’s, Subway, UPS, Ace Hardware e outras – são empresas de transição que surgiram como pontes para a passagem da Era Industrial para a Era da Informação. Empresas de marketing de rede são genuinamente da Era da Informação das empresas, porque não lidam com terra e materiais, fábricas e funcionários, mas com informação pura.Como participante de uma empresa de marketing de rede, você talvez pense que seu trabalho consiste em demonstrar e vender um produto. Não é. Seu trabalho é comunicar informações, para contar uma história poderosa e construir uma rede.
CONTINUA

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