segunda-feira, 7 de setembro de 2015

RECOMPENSA PARA QUEM VENDE PRODUTOS PRIMÁRIOS



  

Jornal Hoje em Dia




Os efeitos do abalo na economia chinesa já estão sendo sentidos pelas empresas brasileiras, e as mineiras em particular. De certa forma, os exportadores nacionais dormiram em berço esplêndido com o crescimento disparado da produção dos chineses, permanentemente ávidos por matérias-primas. Como esse é o perfil de nossas vendas externas, o chamado dever de casa não foi feito internamente.

E qual seria esse dever de casa? É a superação da eterna dependência do Brasil e de Minas à venda de produtos primários, as chamadas commodities, como minério de ferro, soja, café e carnes. O país precisa desenvolver a sua indústria para o desenvolvimento de produtos com maior valor agregado, produtos acabados.

Por falta de investimentos e incentivos do governo, o setor vem, ao contrário, retrocedendo. Pontos de estrangulamento não têm sido atacados pelo poder central, que é quem detém a maior parte dos recursos, haja vista a arrecadação tributária, que absorve 37% do Produto Interno Bruto (PIB). Uma indústria dinâmica potencializa os efeitos multiplicadores em toda a cadeia econômica.

Mas, como não se muda esse quadro do dia para a noite – para a China deixar de ser um país praticamente feudal e se tornar a segunda economia do mundo foram necessários mais de 30 anos –, o Brasil continuará sendo dependente das vendas das commodities. Que não estão nada boas.

Em Minas, as exportações de minério de ferro – que respondem por 80% de nossas vendas para o país asiático – caíram quase que à metade no período de janeiro a julho. Isso é praticamente uma catástrofe, porque é o principal produto de exportação de Minas, cuja receita chegou a 2,1 bilhões de dólares no primeiro semestre. Vale ressaltar que em igual período do ano passado esse valor fora de 4,5 bilhões de dólares.

Conforme explica a reportagem, há uma estratégia em andamento para estimular as vendas para um ainda incipiente mercado consumidor chinês, mas que está em desenvolvimento pelo país. Afinal, trata-se de uma população de mais de 1 bilhão e 300 milhões de habitantes. Minas planeja exportar produtos alimentícios, como mel e carnes, e couro. Não é muito, mas em tempo de crise, todas as iniciativas são válidas.

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