Márcio Doti
Um náufrago se agarra a qualquer
pedaço de pau que encontra pela frente. É claro que há nisso um certo exagero.
Não se pode considerar a presidente Dilma como alguém naufragando, embora não
se possa negar que a sua situação continua sendo muito ruim, com números
altamente negativos na avaliação de pesquisas. Algo que não deve mudar em
função da economia que está longe de dar sinais de recuperação, a não ser o que
pretendem sugerir os discursos oficiais com promessas de redução nas contas de
energia elétrica e investimentos no setor. Além, é claro, da confissão de
tristeza da presidente Dilma por ter sido preciso submeter brasileiros aos
altos preços da conta de luz.
A gente sabe que aquilo aconteceu porque o governo foi incompetente ao lidar com o problema, pensou mais nos palanques do que no bolso dos brasileiros. O pedaço de pau, no caso, é o presidente do Senado, Renan Calheiros, que enquanto não foi atingido pela “Lava Jato”, apresentou ao governo, num jantar da presidente com os senadores, uma pauta com 27 itens que viriam a ser uma rota de sucesso diante das dificuldades econômicas.
A presidente Dilma, por sinal, estava irreconhecível, tais foram as gentilezas nas palavras com que comentou o encontro com os senadores e a importância da contribuição que oferecem ao governo com a pauta de sugestões. O ministro Levy prometeu estudar, o governo faz força para recompor suas relações com o Congresso, tem sucesso nas cortesias com o Senado, mas não tem com a Câmara dos Deputados onde o presidente Eduardo Cunha continua em posição de alerta, pronto para os próximos lances de briga.
Ontem foi a vez dos ministros dos tribunais superiores jantarem com a presidente. O ex-presidente Lula estará hoje em Brasília, onde tem encontro com o vice, Michel Temer, e por aí vão as articulações para tentar compor um novo quadro. Tudo isto exatamente na semana que antecede o domingo de protestos, segundo as convocações que estão sendo feitas pelas redes sociais.
O que não se pode confundir é todo esse apronto entre figuras que permutam boa vontade recíproca, enquanto à parte disso estão os avanços da operação “Lava Jato”, as dificuldades econômicas que não vão ceder com a facilidade pretendida, e as reações de uma população que reprova o governo, não confia, não acredita que seja capaz de reagir e que ainda guarda mágoas pelas mentiras do ano passado, nos palanques. Juntar isso tudo numa panela só, fica difícil saber se será doce, salgado, apimentado ou muito amargo.
Não se pode considerar a presidente Dilma como alguém naufragando, embora não se possa negar que a sua situação continua sendo muito ruim
A gente sabe que aquilo aconteceu porque o governo foi incompetente ao lidar com o problema, pensou mais nos palanques do que no bolso dos brasileiros. O pedaço de pau, no caso, é o presidente do Senado, Renan Calheiros, que enquanto não foi atingido pela “Lava Jato”, apresentou ao governo, num jantar da presidente com os senadores, uma pauta com 27 itens que viriam a ser uma rota de sucesso diante das dificuldades econômicas.
A presidente Dilma, por sinal, estava irreconhecível, tais foram as gentilezas nas palavras com que comentou o encontro com os senadores e a importância da contribuição que oferecem ao governo com a pauta de sugestões. O ministro Levy prometeu estudar, o governo faz força para recompor suas relações com o Congresso, tem sucesso nas cortesias com o Senado, mas não tem com a Câmara dos Deputados onde o presidente Eduardo Cunha continua em posição de alerta, pronto para os próximos lances de briga.
Ontem foi a vez dos ministros dos tribunais superiores jantarem com a presidente. O ex-presidente Lula estará hoje em Brasília, onde tem encontro com o vice, Michel Temer, e por aí vão as articulações para tentar compor um novo quadro. Tudo isto exatamente na semana que antecede o domingo de protestos, segundo as convocações que estão sendo feitas pelas redes sociais.
O que não se pode confundir é todo esse apronto entre figuras que permutam boa vontade recíproca, enquanto à parte disso estão os avanços da operação “Lava Jato”, as dificuldades econômicas que não vão ceder com a facilidade pretendida, e as reações de uma população que reprova o governo, não confia, não acredita que seja capaz de reagir e que ainda guarda mágoas pelas mentiras do ano passado, nos palanques. Juntar isso tudo numa panela só, fica difícil saber se será doce, salgado, apimentado ou muito amargo.
Não se pode considerar a presidente Dilma como alguém naufragando, embora não se possa negar que a sua situação continua sendo muito ruim

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