Ex-senador Gim Argello
recebeu propina para atrapalhar CPI, diz delator
Por indicação da base do governo, Gim atuou como vice-presidente da CPI
mista da Petrobras e teve papel de destaque, presidindo reuniões e oitivas.
Segundo O Globo, empreiteiro disse ter dado dinheiro ao petebista para que as
investigações não fossem adiante
Gim Argello ao centro
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O ex-senador Gim
Argello (PTB-DF) recebeu propina para atrapalhar as investigações da CPI da
Petrobras no ano passado, segundo informou o dono das construtoras UTC e
Constran, Ricardo Pessoa, no acordo de delação premiada firmado com a
Procuradoria-Geral da República (PGR). As informações são do jornal O Globo.
Por indicação da
base do governo, Gim atuou como vice-presidente da CPI mista e teve papel de
destaque presidindo reuniões e oitivas. Além da suposta ação do petebista na
CPI da Petrobras, o empreiteiro, conforme relato de O Globo, também
afirmou que um parente de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) vendeu
informações privilegiadas.
Gim participou das
duas CPIs da Petrobras que funcionaram durante o ano passado. Ele foi
vice-presidente da comissão mista e também participou da CPI exclusiva do Senado.
Todas as empreiteiras foram poupadas dos trabalhos da comissão. Gim não foi
localizado pelo jornal para dar a sua versão sobre o caso.
O ex-senador atuou
como um dos principais articuladores da base governista no primeiro mandato da
presidenta Dilma Rousseff (PT). Durante o ano passado, rompeu com a base e
subiu no palanque ao lado do ex-governador José Roberto Arruda (PR) contra o
candidato do PT, Agnelo Queiroz, que tentava a reeleição ao Palácio do Buriti.
Gim tentava a reeleição ao Senado. Mas não se reelegeu.
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