domingo, 1 de janeiro de 2023

VICE-PRESIDENTE HAMILTON MOURÃO FEZ DISCURSO DE DESPEDIDA ONTEM

 

Em cadeia nacional de rádio e TV

História por CdB • Correio do Brasil

“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta”, criticou Mourão.

Por Redação – de Brasília

Em cadeia nacional de rádio e TV, na noite deste sábado, o presidente em exercício Hamilton Mourão (Republicanos) despede-se do mandato com um breve discurso, no qual não poupou críticas ao mandatário Jair Bolsonaro (PL), que se evadiu na última sexta-feira para a Flórida (EUA).

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, não citou Bolsonaro, mas deixou seu recado aos extermistas que o seguem© Fornecido por Correio do Brasil

— Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por fomentar um pretenso golpe — torpedeou.

Ao fim do pronunciamento, Mourão foi vaiado e xingado pelos bolsonaristas que restaram acampados à espera de um golpe de Estado, em frente do QG do Exército em Brasília.

Leia a íntegra do discurso de Mourão:

“Brasileiras e brasileiros, boa noite!

“No momento em que concluímos mais um ano pleno de atividades e de intensos engajamentos de toda a ordem, na condição de Presidente da República em exercício, julgo relevante trazer uma palavra de esperança, de estímulo e de apreço ao povo brasileiro, especialmente na ocasião em que o nosso governo conclui o período constitucional de gestão pública do País, iniciado em 1º de janeiro de 2019.

“Vislumbro que os acontecimentos políticos, econômicos e sociais que têm marcado a presente quadra da nossa História seguirão impactando a vida da gente brasileira nos próximos anos, tornando a caminhada ainda mais desafiadora, visto que o mundo ainda se ressente da pandemia da Covid-19 e a economia mundial sofre as consequências da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

“O Governo que ora termina, ao longo de quatro anos, fez entregas significativas na Economia, no avanço da digitalização da gestão pública, na regulamentação da tecnologia da informação, na privatização de estatais, tendo promovido uma eficaz e silenciosa reforma administrativa, não recompletando vagas disponibilizadas por aposentadoria, além da renovação de nosso modelo previdenciário e ainda potencializou o agronegócio e vários campos do conhecimento humano.

“Juntos, trabalhamos duramente contra a pandemia, auxiliando os mais necessitados, apoiando as empresas na manutenção dos salários de empregados e desonerando suas folhas de pagamento.

“Apoiamos governos estaduais e municipais com recursos, médicos e medicamentos, independentemente da posição política ou ideológica dos chefes do Executivo, permitindo que seus governos os direcionassem para as áreas onde aquela administração achasse conveniente.

“Trabalhamos e entregaremos ao próximo governo um país equilibrado, livre de práticas sistemáticas de corrupção, em ascensão econômica e com as contas públicas equilibradas, projetando o Brasil como uma das economias mais prósperas e com resultados mais significativos pós-pandemia, no concerto das nações.

“Tais iniciativas permitiram pleitear o ingresso do país na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, o que possibilitará a melhoria ao acesso a mercados e a novas parcerias. Cabe destacar que o OCDE tem como princípios básicos a Democracia e o Livre Mercado.

“Nem todas as empreitadas obtiveram o sucesso que almejávamos. Na área ambiental, por exemplo, tivemos percalços, embora tenhamos alcançado reduções importantes no desmatamento da Amazônia, a região ainda necessita de muito trabalho e de cuidados específicos, engajando as elites e as comunidades locais, cortejadas permanentemente pela sanha predatória oriunda dos tempos coloniais.

“Dirijo-me agora aos apoiadores de nosso governo, aqueles que credibilizaram nosso trabalho por meio do voto consignado às nossas propostas, sobretudo nas últimas eleições. Muito obrigado por seu voto! Desejo concitá-los a lutar pela preservação da democracia, dos nossos valores, do estado de direito e pela consolidação de uma economia liberal, forte, autônoma e pragmática e que nos últimos tempos foi tão vilipendiada e sabotada por representantes dos três poderes da República, pouco identificados com o desafio da promoção do bem comum.

“A falta de confiança de parcela significativa da sociedade nas principais instituições públicas decorre da abstenção intencional desses entes do fiel cumprimento dos imperativos constitucionais, gerando a equivocada canalização de aspirações e expectativas para outros atores públicos que, no regime vigente, carecem de lastro legal para o saneamento do desequilíbrio institucional em curso.

“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por fomentar um pretenso golpe.

“A alternância do poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada. Aos eleitos, cumpre o dever de dar continuidade aos projetos iniciados e direcionar seus esforços para que, à luz de suas propostas, o País tenha assegurada uma democracia pujante e plural, em um ambiente seguro e socialmente justo.

“Aos que farão oposição ao governo que entra, cumprirá a missão de opor-se a desmandos, desvios de conduta e a toda e qualquer tentativa de abandono do perfil democrático e plural, duramente conquistado por todos os cidadãos. Buscando-se a redução das desigualdades por meio da educação isenta e eficaz, criando oportunidades iguais a todos os brasileiros.

“Destaco que a partir do dia 1º de janeiro de 2023 mudaremos de governo, mas não de regime! Manteremos nosso caráter democrático, com Poderes equilibrados e harmônicos, alternância política pelo sufrágio universal, pessoal, intransferível, secreto, buscando sempre maior transparência e confiabilidade.

“Tranquilizemo-nos! Retornemos à normalidade da vida, aos nossos afazeres e ao concerto de nossos lares, com fé e com a certeza de que nossos representantes eleitos farão dura oposição ao projeto progressista do governo de turno, sem, contudo, promover oposição ao Brasil. Estaremos atentos!

“Na condição de Presidente da República em exercício, finalizo estas palavras apresentando-lhes os meus melhores votos de um ano de 2023 pleno de saúde, felicidades e muitas realizações. Que o nosso amado Brasil continue sua caminhada na direção de seu destino-manifesto, tornando-se a mais próspera e bem-sucedida democracia liberal ao Sul do equador.

“Feliz ano novo, êxito pessoal e prosperidade para cada um de nós que formamos esta grande nação! Muito obrigado!

Boa noite!”

COM O NOVO GOVERNO NÃO TEREMOS MAIS PRIVATIZÕES E REFORMAS DO ESTADO

 

Novo governo

Por
Célio Yano – Gazeta do Povo
e

Por
Isabella Mayer de Moura – Gazeta do Povo


O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).| Foto: Sebastião Moreira/EFE.

Lula foi eleito presidente do Brasil com uma agenda focada em questões sociais. Promessas como acabar com a fome, “incluir o pobre no Orçamento e o rico no Imposto de Renda”, fazer com que o “povo volte a comer picanha” foram feitas pelo então candidato durante a campanha. O Bolsa Família de R$ 600 foi o carro-chefe das propostas do petista.

Para além da pauta social, Lula prometeu uma série de políticas já bem conhecidas de seus governos anteriores, como retorno de programas de infraestrutura e a retomada da reforma agrária, e a reversão de políticas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a exemplo das relativas à aquisição de armas de fogo.

Na economia, o petista prometeu uma participação maior do Estado como fomentador do crescimento econômico do país, além de sinalizar o abandono da atual política de controle de gastos do governo. Relembre, a seguir, 16 promessas feitas por Lula para o seu terceiro mandato.
Não concorrer à reeleição
Lula prometeu, durante a campanha, que não tentará a reeleição. Pouco antes do segundo turno, postou em suas redes sociais que seria “um presidente de um mandato só”, referindo-se à nova temporada no Palácio do Planalto, que ele já comandou por outros dois mandatos.

Uma afirmação com o mesmo conteúdo foi feita também durante o primeiro turno. Em um evento, Lula disse: “Todo mundo sabe que não é possível um cidadão com 81 anos querer a reeleição. Todo mundo sabe. A natureza é implacável”. Lula tem, hoje, 77 anos.

Fim do orçamento secreto
O presidente eleito prometeu acabar com as emendas de relator, batizadas de “orçamento secreto”, mas sequer terá que lidar isso com no seu governo. Em 19 de dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucionais as emendas de relator. A maioria dos ministros entendeu que elas não cumpriam os requisitos de isonomia, legalidade, moralidade, publicidade, impessoalidade e eficiência que devem ser aplicados aos gastos públicos.

Fim das privatizações
Lula se posicionou contra as privatizações de estatais. “Não vamos privatizar a Petrobras, os Correios, o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica. O Estado vai voltar a ser indutor da economia. E financiar o micro, pequeno e médio empreendedorismo”, disse Lula durante a campanha.

No caso dos Correios, há um projeto de privatização em tramitação, mas a proposta de venda acabou travada no Congresso e não há interesse do PT em dar seguimento ao projeto. Também não há intenção do novo governo em desestatizar a Dataprev, que gere a base de dados do INSS, e o Porto de Santos. O Ministério da Infraestrutura do governo Bolsonaro já havia feito estudos de viabilidade para a venda de ambas as empresas, mas a equipe de Lula não deve levar esses planos adiante. Marcio França (PSB), futuro ministro dos Portos e Aeroportos, confirmou que o governo Lula não vai prosseguir com a privatização do Porto de Santos.

Além disso, processos de venda de refinarias da Petrobras – iniciados na gestão Bolsonaro, mas sem fechamento de contratos – foram paralisados a pedido do governo de transição. As alienações já realizadas, porém, não devem ser revistas pelo novo governo. 

Também devem ser mantidas sob controle do governo federal as empresas EBC, Nuclep, PPSA e Conab.

Mudança na política de preços e dividendos da Petrobras 
O petista também indicou que pretende acabar com a política de preços internacionais da Petrobras. “Não teremos o preço da gasolina dolarizado”, disse Lula em várias ocasiões da campanha, referindo-se ao atrelamento do preço dos combustíveis fósseis no Brasil aos preços do barril de petróleo no mercado internacional. 

A equipe de transição do petista também estuda mudar a política de dividendos da Petrobras, diminuindo o percentual de lucro que é repassado para os acionistas da empresa. O objetivo seria usar parte desse dinheiro para investimentos com foco na ampliação da capacidade de refino da companhia.

Simplificação da tributação e isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

O PT promete tratar a reforma tributária como uma prioridade na economia. “Vamos fazer os muito ricos pagarem imposto de renda, utilizando os recursos arrecadados para investir de maneira inteligente em programas e projetos com alta capacidade de induzir o crescimento, promover a igualdade e gerar ganhos de produtividade”, diz o programa de governo de Lula apresentado ao TSE.

O petista também defendeu, durante a campanha, a tributação sobre lucros e dividendos e a taxação de grandes fortunas, mas entende que o tema enfrenta resistência no Congresso.

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reafirmou que a reforma tributária será prioridade do novo governo e disse que, para isso, deve aproveitar a tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 45/2019 que já trata do tema. Bernard Appy, autor intelectual da PEC, será secretário especial para a reforma tributária. A proposta de Appy propõe a unificação do IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins em um único, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

“Há duas PECs sobre reforma tributária tramitando. Vou conversar com o Appy, que formulou a proposta que mais avançou (PEC 45/2019). Vamos mexer nela para aprovar. Ela precisa ser negociada. Vou manifestar opiniões sobre mudanças específicas que eu faria. Quero conversar com o Appy sobre esses pontos, para facilitar a aprovação do texto”, afirmou Haddad ao site Metropoles.

Até o momento, sabe-se que a intenção do novo governo é fazer a reforma em duas fases: reduzir a tributação sobre o consumo e simplificar a tributação federal com a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Nacional, aproveitando as discussões que já estão ocorrendo no Congresso em torno deste tema com a PEC 45; e mudar a tributação de renda e de patrimônio.

Neste segundo aspecto, Lula prometeu isentar do Imposto de Renda pessoas com salário de até R$ 5 mil por mês – atualmente, a isenção vale para quem ganha até R$ 1.903,98.

Bolsa Família de R$ 600
Durante a campanha, Lula disse que vai manter o valor de R$ 600 pagos atualmente aos beneficiários do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família. Além desse valor, o candidato do PT prometeu um adicional de R$ 150 por crianças de até seis anos para as famílias beneficiadas pelo programa.

Lula deve cumprir essa promessa assim que assumir, já que o PT negociou com o Congresso a abertura de um espaço de quase R$ 170 bilhões no Orçamento de 2023, além do limite do teto de gastos. A emenda foi promulgada em 21 de dezembro. Com isso o pagamento de R$ 600 e o adicional de R$ 150 estão garantidos a partir de janeiro.

Aumento real do salário mínimo
A discussão sobre o reajuste do valor do salário mínimo foi uma das pautas que dominou a agenda dos dois candidatos nos últimos dias da campanha do segundo turno. Lula, que em seu governo deu ganho real ao mínimo, se comprometeu a retomar a política de concessão de reajustes acima da inflação. Esta é outra promessa que foi atendida via PEC fura-teto, com a articulação do governo de transição.

O Orçamento de 2023, aprovado em 22 de dezembro pelo Congresso, já prevê um salário mínimo de R$ 1.320. Os R$ 18 a mais do que a proposta enviada ao Congresso pelo governo de Jair Bolsonaro representam um aumento real de 2,7% e um custo adicional aos cofres públicos de R$ 6,8 bilhões.

A volta do PAC e do Minha Casa Minha Vida
Lula prometeu resgatar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para retomar obras de infraestrutura que estão paradas em todo o país. “O PAC foi construído com empresários, com governadores e com prefeitos. É o que eu pretendo retomar a partir do dia 1.º de janeiro se a gente ganhar as eleições”, disse Lula. O petista indica ainda que pretende retomar o programa Minha Casa Minha Vida, de subsídio à compra de imóvel por famílias de baixa renda.

Negociação de dívidas
Uma das principais promessas do PT durante a campanha foi o “Desenrola Brasil”, um programa de renegociação de dívidas para famílias que recebem até três salários mínimos.

Eles propuseram a criação de um fundo garantidor da União de R$ 7 bilhões para renegociar dívidas de 68 milhões de pessoas. “Esse fundo é um garantidor em última instância. A empresa vai dar o deságio, esse recurso não será repassado para pessoa física e será em último caso para a empresa se aquela repactuação não for honrada”, disse Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo de Lula, durante a campanha. O programa, porém, foi pouco mencionado durante o governo de transição.

Revogação do teto de gastos
Lula também tem como base de suas propostas a revogação do teto de gastos a partir de 2023. Um primeiro passo já foi dado, também com a aprovação da PEC fura-teto, que previu a substituição da regra por um novo arcabouço fiscal que precisa ser aprovado até agosto do próximo ano.

Nem Lula e nem Haddad indicaram qual âncora fiscal pretendem adotar, mas o presidente eleito prometeu construir, juntamente com o Congresso Nacional, uma proposta alternativa mantendo a responsabilidade fiscal. Além disso, Lula indicou que a regra fiscal precisa ser factível e que privilegie investimentos.

Fortalecimento da Farmácia Popular e volta do Mais Médicos
O PT promete fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e retomar políticas como o programa Mais Médicos – mas, desta vez, sem restabelecer a parceria com a ditadura cubana. Também fazem parte das promessas o fortalecimento do programa Farmácia Popular e a reconstrução e fomento ao que o partido chama de “complexo econômico e industrial da saúde”.

O plano de governo do PT também diz: “É urgente dar condições ao SUS para retomar o atendimento às demandas que foram represadas durante a pandemia, atender as pessoas com sequelas da covid-19 e retomar o reconhecido programa nacional de vacinação”.

Fortalecimento do Prouni e Fies

Lula prometeu o fortalecimento da educação básica, da creche à pós-graduação, coordenando ações articuladas e sistêmicas entre a União, estados, Distrito Federal e municípios, retomando metas do Plano Nacional de Educação. O plano de governo, no entanto, não apresenta propostas detalhadas de como pretende superar o “grave déficit de aprendizagem”. Lula também disse que seu governo vai fortalecer o Prouni e o Fies, com objetivo de ampliar o acesso ao ensino superior.

Regulação da mídia
Lula defende a regulação da mídia, mas vem tentando dizer que isso não seria uma forma de tentar censurar críticas ao governo se ele for eleito. Durante entrevista ao podcast Flow, afirmou que é preciso “chamar a sociedade para discutir” a regulação da mídia, mas disse ser “inimigo da censura”. “

Tem canal de televisão que só fala asneira, grosseria, só ofende. Tem que ter uma regulamentação, a última regulamentação de mídia eletrônica foi em 1962. A gente pode fazer como a legislação inglesa, a americana; ninguém quer uma regulamentação como em Cuba”, disse. Uma proposta que deve vir do PT é a regulação de plataformas digitais, como Facebook e Youtube, com foco na restrição de conteúdos considerados inverídicos.

A “volta” do estatuto do desarmamento
Lula promete “retomar o Estatuto de Desarmamento”, tornando mais difícil a posse de armas para cidadãos. A revogação de decretos do presidente Jair Bolsonaro, que flexibilizaram a quantidade e o tipo de armas que podem ser compradas por civis, deve ser uma das primeiras ações do novo governo na área de Justiça e Segurança Pública.

O novo governo também estuda a implantação de um programa de compra de armas que, após a revogação do decreto, se tornariam ilegais. 

Ainda na segurança pública, o petista pretende fazer acordos com países vizinhos para o combate ao tráfico de drogas. Ele também disse que pretende recriar o Ministério da Segurança Pública, atualmente vinculado ao Ministério da Justiça, em um segundo momento de seu governo, além de criar um Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).

Desmatamento zero

Lula se comprometeu a promover a transição ecológica das cidades com investimentos em transporte público, habitação, saneamento básico e equipamentos sociais. Além disso, o petista diz que uma das prioridades será a liberação de recursos do Fundo Amazônia de forma rápida. O plano de governo do PT prevê ainda o combate ao crime ambiental, com a promessa de desmatamento zero.

“Retomada” da reforma agrária
Este não foi um assunto muito abordado durante a campanha de Lula para não criar atritos com o agronegócio, mas uma “retomada da reforma agrária” está nas diretrizes de governo que o petista apresentou à Justiça Eleitoral quando se candidatou.

“Nós temos que começar a perguntar quanto nos custou não fazer as coisas nesse país. Quanto custou não alfabetizar o povo na década de 30 ou 40? Quanto custou a esse país não fazer a reforma agrária quando já tinha sido feita no mundo inteiro?”, publicou Lula em suas redes sociais em agosto.

A intenção do PT é voltar a incorporar terras ao Programa Nacional da Reforma Agrária, que, segundo a sigla, foi desmontado pelo governo Bolsonaro, que apostou na titulação de terras. “Tem muitas terras públicas, pequenas áreas próximas às grandes cidades, que podem servir para a reforma agrária sem criar conflito com o agronegócio”, disse o fim de novembro o deputado Pedro Uczai (PT-SC), coordenador do núcleo de Desenvolvimento Agrário do governo de transição de Lula.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/fim-das-privatizacoes-reforma-tributaria-e-outras-14-promessas-de-lula/
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LULA E ALCKMIN TOMAM POSSE NOS CARGOS HOJE


Desfile, shows, juramento: como será a cerimônia de posse de Lula e Alckmin
Por
Wesley Oliveira – Gazeta do Povo
Brasília

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, durante anúncio de novos ministros que comporão o governo.


O presidente eleito Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin tomam posse neste domingo, 1º de janeiro de 2023| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Doze anos depois de ter deixado o cargo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) toma posse neste domingo, 1º de janeiro, como presidente da República para exercer um terceiro mandato de quatro anos. A cerimônia deve ser marcada por um roteiro institucional e com “poucas alterações”, segundo integrantes da transição. Um grande esquema foi armado para garantir a segurança de 700 jornalistas brasileiros e estrangeiros, 120 representantes de governos estrangeiros, 2 mil convidados, e um público externo estimado entre 150 mil e 300 mil pessoas.

“Todo mundo está convidado para o ato da posse. Por favor, domingo estejam aí, que não vai ter barulho. Não fique preocupado com barulho. Quem ganhou tem o direito de fazer uma grande festa popular aqui em Brasília”, afirmou Lula na última quinta-feira (29). O evento começa pela manhã com apresentações musicais em dois palcos instalados na Esplanada dos Ministérios.

A programação da posse de Lula está marcada para começar às 13h30, com a chegada de autoridades e representantes ao Congresso Nacional. Às 14h30 está prevista a saída da Catedral Metropolitana de Brasília do cortejo que levará Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios rumo ao prédio do Congresso.

Historicamente, o desfile do presidente eleito é feito no tradicional Rolls-Royce, pertencente à Presidência da República. No entanto, Lula vem sendo aconselhado pela equipe de segurança a usar um veículo blindado depois que um homem foi preso acusado de tentar explodir uma bomba próximo ao aeroporto de Brasília.

De acordo com integrantes da transição, todo o esquema de segurança passou por revisões e a definição sobre o desfile em carro aberto só vai ocorrer no dia da posse. Além da segurança, questões climáticas podem afetar o cronograma definido até o momento.

O Rolls-Royce, que leva os presidentes eleitos para a cerimônia de posse em Brasília, tem 66 anos e foi usado pela primeira vez em 1953, por Getúlio Vargas durante as comemorações do Dia do Trabalho, em 1º de maio daquele ano. O primeiro evento de posse com participação do carro foi com Juscelino Kubitschek, em 1956, ainda no Rio de Janeiro. De lá pra cá, o veículo já levou Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT), Dilma Rousseff (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

No Congresso Nacional, Lula, Alckmin e suas respectivas esposas devem ser recebidos pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). De acordo com o cronograma previsto pela transição, esse desfile deve demorar cerca de 10 a 15 minutos.

PT e movimentos sociais vão ajudar na segurança da posse de Lula 

A organização do evento tem mantido diversas informações sobre sigilo por questão de segurança. Além da prisão do suspeito de acionar uma bomba, o esquema de segurança passou por revisões nos últimos dias depois que manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal e atearam fogo em quatro ônibus na capital federal. Na última quinta-feira (29) a PF prendeu 11 suspeitos de participação por esses atos de vandalismo.

Apesar disso, integrantes do governo garantem que o planejamento de segurança prevê diversos cenários e que o evento irá ocorrer normalmente. “Extremistas não impedirão a festa da posse de Lula. Não há o que temer em relação à posse. Ela vai acontecer normalmente, porque há um planejamento para isso”, afirmou o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

O esquema de segurança para a região da Esplanada será o mesmo utilizado durante as últimas manifestações do Sete de Setembro e do segundo turno das eleições. As equipes de segurança do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Militar do Distrito Federal pretendem manter a região isolada e com acesso controlado até o dia da posse. O cronograma prevê ainda o uso de detectores de metal, esquadrão antibombas, agentes à paisana, snipers e barreiras antidrones.

Nesta semana, Dino se reuniu com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para pedir a ampliação do número de agentes da Polícia Militar durante o evento. De acordo com o emedebista, toda a força policial da capital será utilizada para garantir a segurança da posse presidencial. Além da Polícia Militar, integrantes da Polícia Civil do DF e do Corpo de Bombeiros também serão escalados.

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“Toda a polícia militar do Distrito Federal estará mobilizada. Teremos 100% do efetivo nas ruas. Além disso, teremos agentes da PCDF [Polícia Civil] também no apoio, infiltrados durante todo o movimento, principalmente pelos últimos acontecimentos. Vai dar tudo certo”, indicou Ibaneis Rocha.

A Polícia Federal, a Força Nacional de Segurança e a Polícia Rodoviária Federal também farão a segurança do evento.

Além disso, diretórios do PT e lideranças dos movimentos sociais e sindicatos têm feito reuniões com o objetivo de criar uma “força” paralela que garanta a segurança do evento.

Juramento de Lula será feito em cerimônia do Congresso Nacional 
Pontualmente às 15 horas será aberta a sessão solene da posse no Congresso Nacional, com a execução do hino nacional, feito o juramento de respeito à Constituição e a leitura e assinatura do termo de posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos. Em seguida haverá pronunciamentos de Lula e do presidente do Congresso Nacional. Essa parte da cerimônia deve durar cerca de uma hora.

A solenidade tem previsão constitucional e o rito está descrito no Regimento Comum do Congresso. Entre as atribuições da Secretaria Legislativa do Congresso Nacional (SLCN), está a elaboração do encaminhamento da sessão, a produção do termo de posse e a organização da Mesa.

A sessão da posse é presidida pelo presidente do Congresso, cargo ocupado atualmente pelo senador Rodrigo Pacheco. A Mesa também deve ser composta pelo presidente da República e vice eleitos, pelo presidente da Câmara, pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, pelo primeiro secretário e outras autoridades. Após prestar o compromisso constitucional previsto no artigo 78, o presidente eleito é declarado empossado pelo presidente da Mesa.

Na sequência, Lula e Alckmin irão estrear o terceiro volume do Livro Histórico de Posse Presidencial. Os livros guardam os termos de posse desde o início da República — o primeiro foi assinado em 1891 pelo Marechal Deodoro da Fonseca. O segundo, aberto para a assinatura de Café Filho, em 1954, registraria, em 2003 e 2007, as assinaturas de Lula e seu vice José Alencar. Atualmente, os livros estão guardados no Arquivo do Senado Federal, e podem ser acessados on-line.

Entrega da faixa presidencial no Palácio do Planalto 
Após a sessão no Congresso Nacional, Lula seguirá para o Palácio do Planalto, por volta das 16h20, onde deve subir a rampa e fazer um discurso no Parlatório para o público presente na Esplanada dos Ministérios. O local é onde, tradicionalmente, ocorre a passagem da faixa presidencial. Neste ano, no entanto, não haverá a participação do presidente Jair Bolsonaro, que se negou a participar e viajou para os Estados Unidos na última sexta-feira (30), antes mesmo do fim do seu mandato.

Sem Bolsonaro, a tarefa caberia oficialmente ao presidente em exercício Hamilton Mourão (Republicanos), mas este também já rejeitou a possibilidade de participar do ato. A líderes petistas, o presidente da Câmara, Arthur Lira, tem sinalizado que, se necessário, ele próprio poderia passar a faixa. O presidente da Câmara é o terceiro na linha sucessória do Planalto, depois de Bolsonaro e de Mourão.

Por enquanto, não há confirmação de como a faixa será passada. Uma ala do PT defende que representantes do povo façam esse gesto, colocando o artefato que simboliza a democracia em Lula.

Organizadora do evento, a futura primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, pretende subir a rampa do Planalto ao lado de Lula e com a cadela Resistência. O animal foi adotado por Janja durante o período em que Lula esteve preso em Curitiba.

A ideia, segundo Janja, é que o gesto simbolize a “resistência” do petista nos 580 dias que ficou preso em Curitiba por ordem da Justiça. Antes de ser levada para a casa pela futura primeira-dama, o animal vivia junto a militantes na “Vigília Lula Livre”, acampamento montado em um terreno ao lado da sede da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula ficou detido.

Rito da posse de Lula inclui coquetel com chefes de Estado

Após a troca de faixa, Lula seguirá para o Itamaraty, onde irá confraternizar com os chefes de Estado que confirmaram presença na posse. Ao todo, estão confirmadas 65 delegações de chefes e vices-chefes de Estado, de Governo e de Poder, além de ministros de negócios estrangeiros e enviados especiais. O evento contará ainda com a presença de representantes de organismos internacionais.

“A presença de 30 chefes de Estado e chefes de Governo demonstra a importância que esses países estão dando para a posse do presidente Lula e a volta do Brasil ao cenário internacional como um parceiro relevante. Países de todos os continentes estarão presentes”, disse o embaixador Fernando Igreja, responsável pelos trâmites relativos à posse, ressaltando a importância da confirmação da presença de quase todos os países da América do Sul, além de representantes da América Central, da África e do Oriente Médio.

Os 19 chefes de Estado confirmados são: o rei da Espanha e os presidentes da Alemanha, Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Guiné Bissau, Honduras, Paraguai, Peru, Portugal, Suriname, Timor Leste, Togo e Uruguai. Representando o presidente do México, virá a primeira-dama, Beatriz Gutiérrez Müller. Confirmaram a presença os vices-presidentes da China, de Cuba, de El Salvador e do Panamá.

Os chefes de Governo confirmados são da República de Guiné, Mali, Marrocos e São Vicente e Granadinas. Também confirmaram presença vices-primeiros ministros do Azerbaijão e da Ucrânia. Entre os chefes de Poder, virão ao Brasil presidentes do Conselho da Federação (Rússia), da Assembleia Nacional Popular (Argélia), Assembleia Consultiva Islâmica (Irã), Senado e Assembleia Nacional (República Dominicana), Assembleia da República (Moçambique), do Senado da Jamaica e da Guiné Equatorial, e do Parlamento Nacional (Sérvia).

Igreja registra ainda a vinda de 11 chanceleres (Turquia, Costa Rica, Palestina, Guatemala, Gabão, Zimbábue, Haiti, Nicarágua, África do Sul, Camarões e Arábia Saudita) e 16 enviados especiais, entre eles, União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido, Japão, França e Organização das Nações Unidas.

Entre os organismos internacionais, estarão no país o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o secretário-geral da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Ilan Goldfajn, e a secretária-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica.

Ainda de acordo com Igreja, os Estados Unidos ainda não confirmaram quem representará o país na cerimônia. Entre aliados de Lula, há a expectativa de que o país seja representado pela vice-presidente Kamala Harris ou o secretário de Estado, Antony Blinken.

Portaria libera entrada de Maduro no Brasil para a posse de Lula

Faltando menos de 48 horas para a posse de Lula, o governo de transição conseguiu junto ao governo do presidente Jair Bolsonaro a revogação da medida que impedia a entrada do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, no Brasil. Publicada nesta sexta-feira (30), a portaria interministerial revoga outra decisão de agosto de 2019 que proibia a entrada do venezuelano e de outras autoridades do país caribenho no Brasil.

A proibição, assinada pelo então ministro da Justiça Sergio Moro, estabelecia o “regramento para efetivação de impedimento de ingresso no país de altos funcionários do regime venezuelano, que, por seus atos, contrariam princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos”. A norma estava baseada no entendimento do governo Bolsonaro de não reconhecer o governo de Maduro.

Com a volta de Lula ao Palácio do Planalto, o Brasil pretende reconhecer o ditador Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. Desde 2019, Bolsonaro passou a reconhecer o autointitulado Juan Guaidó como presidente da Venezuela. Ele era à época presidente da Assembleia Nacional e opositor do chavismo e, em 23 de janeiro daquele ano, se autointitulou presidente da Venezuela com o apoio de países como Estados Unidos, Paraguai, Equador e Colômbia, além da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Futuro ministro das Relações Exteriores, o embaixador Carlos Vieira afirmou que Lula determinou que o Brasil restabeleça relações com o governo de Maduro. Contudo, isso só será possível após Lula tomar posse em 1º de janeiro. “Vamos enviar encarregado de negócios para reabrir a embaixada. Posteriormente vamos enviar um embaixador para Caracas”, disse Vieira.

Com a revogação da portaria, a expectativa é de que Nicolás Maduro possa embarcar para o Brasil e acompanhar a cerimônia de posse de Lula no próximo domingo.

Organizadores da posse de Lula esperam 300 mil pessoas na Esplanada 
Além do rito institucional, os integrantes da transição organizam para a posse de Lula uma série de shows de artistas que se apresentarão em um palco montado na Esplanada dos Ministérios. A expectativa é de que o festival conte com a presença de 300 mil pessoas. Batizada de Festival do Futuro, a apresentação começará por volta das 10 horas do domingo e seguirá até 3 horas da segunda-feira (2).

Os shows musicais estão previstos para começar após o evento no Planalto. Eles serão distribuídos em dois palcos, que levam os nomes das cantoras Elza Soares e Gal Costa. As duas artistas brasileiras faleceram neste ano. Mais de 20 artistas irão se apresentar, entre eles Pablo Vittar, Ludmilla, Gilberto Gil, Duda Beat, Zelia Ducan, Martinho da Vila e outros.

Para bancar o evento, o PT lançou uma campanha de arrecadação de recursos online com valores entre R$ 13 e R$ 1.064. Segundo o partido, o valor arrecadado vai ajudar no transporte e logística do grande público, no alojamento e acolhimento, na montagem da estrutura dos shows e atrações do Festival do Futuro e no reforço da segurança.


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PAPA BENTO XVI DEIXA UM LEGADO DE VIDA PARA TODOS NÓS

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo


Bento XVI, quando ainda exercia o pontificado, em viagem a Cuba em março de 2012.| Foto: EFE/Alejandro Ernesto

Na manhã deste sábado, dia 31 (madrugada no horário brasileiro), o Vaticano confirmou o falecimento do papa emérito Bento XVI, aos 95 anos, e cujo estado de saúde havia se agravado repentinamente nos últimos dias. Os católicos perdem um líder que esteve no centro da vida eclesial por quase três décadas e meia, somando-se seu pontificado e o período à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, no papado de João Paulo II; e o mundo perde um dos maiores intelectuais de seu tempo, cujas reflexões devem servir de guia não só para os que compartilham da fé católica, mas para “todos os homens de boa vontade”, como tantos papas costumam direcionar alguns de seus documentos.

Resumir a trajetória de Bento XVI à frente da Igreja Católica como “o papa que renunciou” é uma simplificação enorme e que não lhe faz justiça. Sim, a renúncia de 2013, inédita em muitos séculos, foi um ato de enorme coragem, humildade e desprendimento da parte de alguém que julgou não ter mais as condições de exercer a função para a qual tinha sido escolhido oito anos antes. Mas seu pontificado, embora curto para os padrões atuais – nos últimos 100 anos, apenas João XXIII e João Paulo I governaram a Igreja por menos tempo que Bento XVI –, foi repleto de contribuições para a teologia católica, como o aprofundamento da correta compreensão que se deve dar ao Concílio Vaticano II (do qual ele participou como perito) ou do verdadeiro sentido da liturgia católica. Dedicou-se com afinco a mostrar que a fé era algo perfeitamente razoável no mundo moderno. Acima de tudo, para os católicos a mensagem de seu pontificado foi a de que o cristianismo não era a mera adesão intelectual a um corpo de ideias, mas o encontro pessoal e a amizade com Jesus Cristo.

Sim, existem verdades objetivas e o homem é capaz de atingi-las por meio da razão

O que mais nos interessa aqui, no entanto, é um tema central do pensamento de Joseph Ratzinger e que transcende completamente os limites do catolicismo: o do respeito pela verdade. O cardeal que não se furtou a participar de debates célebres, por exemplo com os filósofos Jürgen Habermas e Paolo Flores d’Arcais (ambos publicados no Brasil), no início dos anos 2000, via com muita preocupação como se espalhavam pelo mundo os ares de uma pós-modernidade que negava o papel essencial da verdade. Todo o empenho intelectual se transformava em simples “batalhas de discursos” igualmente válidos, em que as ideias se impunham menos pela sua capacidade de explicar a realidade que pela persuasão ou mesmo pela força – o que se aplicava também à religião, e era a isso que Bento XVI se referia no tão incompreendido discurso de Ratisbona, em que suas palavras foram distorcidas e causaram furor no mundo islâmico.

Quando, na célebre homilia da missa que abria o conclave de 2005, Ratzinger denunciou um “relativismo que nada reconhece como definitivo e que deixa como última medida apenas o próprio eu e as suas vontades”, e que era visto como “a única atitude à altura dos tempos hodiernos”, ele chamava a atenção para o grande engano de um mundo que recusava a existência de verdades e padrões morais objetivos; um mundo em que, nas palavras imortais do personagem Ivan Karamazov, de Dostoievski, “tudo é permitido” – não só permitido, como até mesmo elogiado.

VEJA TAMBÉM:
Convicções da Gazeta: O poder da razão e do diálogo
Política, economia e uma sociedade mais fraterna (editorial de 10 de outubro de 2020)
O futuro da liberdade no Ocidente (editorial de 3 de dezembro de 2017)


O jovem Ratzinger fora testemunha em primeira mão de como essa mentalidade se concretizara nos horrores do nazismo, assim como seu predecessor João Paulo II o havia sido do comunismo na Polônia, mas não é preciso que um sistema totalitário se implante para que fiquem evidentes os males do relativismo: o esgarçamento do tecido social, o florescimento do individualismo e do hedonismo, e a intolerância com qualquer crença em princípios universais e com a manifestação nessa crença. Este é o momento em que o castelo de cartas do relativismo desmorona e sua incoerência intrínseca fica evidente: o relativista diz que a verdade absoluta não existe e tudo é questão de pontos de vista, que devem ser igualmente respeitados – mas esse ponto de vista é imposto justamente como se fosse verdade absoluta, enquanto o ponto de vista segundo o qual existem verdades absolutas não recebe respeito algum e é denunciado como “fundamentalismo”, afirmava o cardeal Ratzinger.

Sim, existem verdades objetivas e o homem é capaz de atingi-las por meio da razão. Ao tornar-se arcebispo, em 1977, Joseph Ratzinger escolhera a expressão latina “cooperatores veritatis” (“colaboradores da verdade”) em seu lema episcopal, e levou a cabo com maestria a função autoatribuída. Sua mensagem precisa ecoar com mais força neste mundo que encara a desejável pluralidade de ideias como um fim em si mesmo, e não como o ponto de partida a partir do qual a razão humana se empenhará com todas as suas forças para separar o joio do trigo. O legado do intelectual Bento XVI merece e precisa ser levado adiante mesmo por quem não compartilha da mesma fé do religioso Bento XVI.


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A ESQUERDA QUER QUE TODOS SEJAM IGUALMENTE POBRES

 

Artigo
Por
Ben Shapiro – Gazeta do Povo
the Daily Signal


A esquerda quer que os seres humanos sacrifiquem o bem-estar e a prosperidade em nome do culto da igualdade, o que significa mais miséria para todos| Foto: Pixabay

Nesta semana, o The New York Times publicou uma longa reportagem sobre as deficiências do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) do Reino Unido. Há muito estimado como uma joia da coroa da política governamental de esquerda, o NHS tem sido afligido por enormes deficiências de recursos, exigindo racionamento de infraestruturas e cuidados críticos. Atualmente, os cidadãos têm esperado até 12 horas por ambulâncias.

“É uma situação limite que, segundo especialistas, revela um colapso do pacto entre os britânicos e seu reverenciado Serviço Nacional de Saúde, de acordo com o qual o governo forneceria serviços de saúde responsáveis e eficientes, em sua maioria gratuitos, em todos os níveis de renda”, afirmou o jornal.

Só pode haver uma desculpa para esse fracasso retumbante em servir à prosperidade de seus cidadãos: a fantasia da igualdade. Este, de fato, é o toque de trombeta da esquerda: que os seres humanos sacrifiquem o bem-estar e a prosperidade em nome do culto da distribuição igualitária de recursos.

É o que diz Klaus Schwab, chefe do Fórum Econômico Mundial, em seu livro ‘The Great Narrative’: devemos deixar de lado medidores econômicos como o produto interno bruto em favor de “o que mais importa: ação climática, sustentabilidade, inclusão, cooperação global, saúde e bem-estar”. Na verdade, diz Schwab, “poderemos até descobrir que conseguiremos viver em tal cenário de maneira bastante feliz!”

O objetivo final seria acabar com “a desigualdade e a injustiça que a sustenta”, consagrando a “prestação universal de assistência social”, o que exigiria que os governos “reescrevam algumas das regras do jogo e aumentem permanentemente seus papéis”.

Já aqui nos Estados Unidos, Jamelle Bouie, colunista do The New York Times, diz o mesmo quando argumenta a favor da nacionalização governamental de toda a riqueza e da sucessiva redistribuição dessa riqueza per capita… a cada geração. Isso equivaleria a uma ruptura completa dos direitos de propriedade – e isso, por sua vez, significaria o fim da inovação, uma vez que as sociedades que dispensam os direitos de propriedade e as margens de lucro regridem à estagnação e, então, ao colapso econômico. Mas pelo menos teremos alcançado o objetivo de Bouie: igualdade!

De fato, os membros da esquerda política estão constantemente pedindo aos cidadãos que simplesmente reenquadrem por completo suas perspectivas sobre a prosperidade. Jerusalem Demsas, escrevendo no The Atlantic, pede aos norte-americanos que repensem se vale a pena buscar a casa própria, explicando: “Pressionar mais e mais pessoas para terem casa própria na verdade prejudica nossa habilidade de melhorar as condições de moradia para todos”.

Em vez de todos aspirarem a comprar casas e alguns terem sucesso, Demsas pede “investimento público em moradias de qualidade para aluguel”, bem como “políticas de estabilização de aluguel” por parte do governo. Nada disso tornará mais fácil para qualquer um ter uma casa própria, mas tornará todos mais iguais em sua locação patrocinada pelo governo.

Toda a agenda econômica do presidente Joe Biden é construída em torno da noção de mediocridade econômica enraizada em uma autoproclamada justiça superior. Paul Waldman, do The Washington Post, postulou nesta semana que Biden havia lançado uma “revolução da política econômica” baseada na luta contra a “desigualdade”. Isso exigiria “uma intervenção mais ativa do governo na economia”.

E todos aprenderemos a amar tal intervenção, porque será feita em nome de um valor maior: a igualdade. Não igualdade de direitos, mas igualdade de resultados; não igualdade de valor, mas igualdade de recursos. O problema com essa filosofia é que ela remove o incentivo para tudo o que gera prosperidade: trabalho, criatividade, resiliência, responsabilidade. E remover esse incentivo significa mais miséria para todos.

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O GOVERNO ATUAL FEZ REFORMA AGRÁRIA SEM PRECISAR TOMAR TERRA DE NINGUÉM

 

Avanços e retrocessos

Por
Marcos Tosi – Gazeta do Povo

INVASÃO MST – PONTA GROSSA – 06 FEVEREIRO 2010 – PARANÁ – Grupo de sem-terra invadiu 33 alqueires da fazenda do ex-coronel da Polícia Militar, Waldir Copetti Neves, na região do Botuquara, em Ponta Grossa. A fazenda já havia sido invadida pelo mesmo grupo de sem-terra em 2005 e 2007 – foto Henry Milléo / Agência de Notícias Gazeta do Povo


Sem-terras conversam com policiais militares durante invasão de fazenda em Ponta Grossa (PR), em 2010| Foto: Henry Milléo / Arquivo Gazeta do Povo

Imagine uma política de reforma agrária em que os candidatos a um pedaço de terra se submetam a processo de seleção pública, convocado por edital, com total transparência e publicidade dos critérios para aprovação?

Muitos brasileiros talvez não saibam, mas esse é o sistema adotado pelo Incra desde 2019, com 66 editais publicados e 3.580 vagas para lotes de reforma agrária em 19 estados. No total, 897 famílias já foram assentadas sob tais critérios no Ceará, Minas Gerais, Paraíba e Santa Catarina. O velho modelo em que o governo apenas reagia às invasões, depredações e negociata de lotes foi aposentado ainda no governo de Michel Temer, quando o Tribunal de Contas mandou suspender as desapropriações de imóveis rurais, a seleção de famílias e a concessão de crédito, diante de um mar de irregularidades herdadas das administrações petistas. À época, o TCU apontou que 580 mil famílias (de um total de 960 mil) assentadas apresentavam indícios de irregularidade no ingresso ao programa de reforma agrária ou não cumpriam os requisitos exigidos por lei.

Após o freio de arrumação, o atual governo retomou a reforma agrária, mas com premissas totalmente diferentes. O Incra dedicou-se a separar o joio do trigo – foram depurados do programa empresários, políticos e até pessoas mortas – e passou a identificar as famílias em conformidade com os critérios exigidos pela Lei 8.629/1993, como a experiência anterior com a terra, seja como pequeno proprietário, trabalhador rural, parceiro, arrendatário ou posseiro. As invasões, na comparação com governos petistas, praticamente foram zeradas. No governo Bolsonaro, a média nunca chegou sequer a duas invasões por mês, enquanto nos governos do PT atingiu picos de quase 30 invasões por mês.

Fonte: Incra| Marcos Garcia Tosi
Titular terras “causa ojeriza” ao MST e à Contag
Uma etapa que antes nunca chegava – a da titulação da propriedade para os assentados – ganhou destaque na atual administração. O governo Bolsonaro deve encerrar o mandato com quase 450 mil títulos de propriedade emitidos, mais do que todo o volume concedido no período de administrações petistas. “O MST e a Contag sempre tiveram ojeriza a isso. Por que se você titula a terra e dá uma estrutura para o assentado, você tira a pessoa da dominação política. E dominação política faz parte do MST, ele vive de fazer dominação dos pobres”, diz Xico Graziano, ex-deputado federal e presidente do Incra no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, nos anos 90.

Pois a ordem na casa começou a ser perturbada, imediatamente após o resultado das eleições presidenciais. O Movimento dos Sem-Terra (MST), que forma a militância campesina do Partido dos Trabalhadores (PT), aproveitou um dos primeiros feriados pós-eleição (o MST sempre prefere os feriados) para invadir duas fazendas no interior da Bahia. E mentindo sobre o suposto abandono de uma das propriedades, que pertence à FERBASA, maior produtora de ferroligas do país.

A senha para início das invasões tinha sido dada pelo líder do movimento, João Pedro Stedile. Em vídeo, analisando o momento político, Stedile conclamou o retorno dos antigos métodos de desestabilização: “Na história da humanidade, nunca houve mudanças sem a pressão popular. Se o segredo é esse, nós devemos continuar organizando o povo para realizar as mobilizações e pressão popular para que haja mudanças”.

Antes da eleição, em entrevista ao podcast Três por Quatro, Stedile tinha sido mais direto. “Acho que a vitória do Lula, que se avizinha, trará uma consequência natural, um reânimo para retomarmos as grandes mobilizações de massa, que não é só passeata, é quando a classe trabalhadora recupera a iniciativa na luta de massas, então ela passa a atuar na defesa dos seus direitos de mil formas, fazendo greve, ocupações de terra, ocupação de terreno, mobilizações, como foi no grande período de 1978 a 1989”.

Lula sabe que MST não invade apenas terra improdutiva
Nada mais desconectado da nova realidade brasileira. Graziano é taxativo: “Não existe mais terra ociosa no Brasil, não tem mais área improdutiva, obviamente, com as exceções de sempre. Se esses malucos invadirem propriedade rural, será em fazenda produtiva”. Graziano lembra que Lula disse na campanha eleitoral que o MST só invade terra improdutiva. “Mentira. Ele sabe que não é verdade”, rebate. Colocar reforma agrária como um item prioritário na pauta do país seria uma decisão anacrônica. Já foram destinados à reforma agrária 90 milhões de hectares e sua própria implementação “assustou fazendeiro relapsos” no passado, pondera o ex-deputado. O cenário mudou com a transformação capitalista da agricultura brasileira, sua modernização tecnológica e salto de produtividade, na esteira do Plano Real, que estabilizou a economia e atacou a especulação do capital fundiário.

“Reforma agrária é um processo já encerrado na história da civilização. Não tem mais. Começou lá na época de Roma antiga e acabou nos anos 60. O Brasil fez uma reforma agrária fora de época e essa é a principal razão pela qual é um tremendo insucesso. Espalhamos favelas pela zona rural, porque hoje é o mundo da tecnologia, não adianta enxada e vontade para trabalhar um pedacinho de terra. Não é isso que garante qualidade de vida e renda no campo. Então, esse ciclo está encerrado”, enfatiza o ex-dirigente do Incra.

No Paraná, um dos estados mais agitados por invasões de terra nos anos 90 e início dos anos 2.000, a Federação da Agricultura (FAEP) disse acreditar que o governo eleito tem ciência de que o setor agropecuário segura há anos a balança comercial do país. E que não irá permitir “a rotina do campo passe por desordem”. “Sobretudo, esperamos que os produtores rurais do Paraná e do Brasil tenham segurança jurídica para continuar produzindo alimentos”, disse, em nota, a federação. Tom parecido adotou a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), que posicionou-se afirmando que é preciso um governo “do país, acima de tudo”, que proporcione “segurança jurídica para o produtor, defendendo-o das invasões de terra, da taxação confiscatória ou desestabilizadora ou dos excessos da regulação estatal”.

04-09-2001-S‹o Jose dos Pinhais-agricultura familiar. foto-Antonio Costa.

| Antonio Costa / Arquivo Gazeta do Povo


Seleção hoje é feita longe das invasões
Atualmente, com a chamada Plataforma de Governança Territorial, a seleção dos candidatos à reforma agrária ocorre longe de invasões e acampamentos. “Com essa ferramenta, a gente pode efetivamente recepcionar de maneira impessoal, sem intermediários, as famílias que almejam serem beneficiárias do programa. Conseguimos qualificar a demanda, saber quantas famílias são, quem se enquadra ou não nos requisitos, e onde está concentrada a maior demanda para essa política”, explica Giuseppe Serra Seca Vieira, diretor de Desenvolvimento e Consolidação de Assentamentos do Incra.

Com a informatização do processo, o Estado pode identificar as demandas e decidir, em cima de dados objetivos, onde precisa intervir para criar um novo projeto de assentamento. “Não há dependência da pessoa ser indicada por ninguém, ou ser parte da lista de alguém. Ela busca se inserir no processo por meio dos editais abertos, um sistema público, sem custo para o cidadão e impessoal”, destaca Vieira.

A mesma plataforma que organiza eletronicamente a fila de interessados também possibilita aos assentados requerer uma análise para titulação das terras, independentemente da anuência de qualquer movimento, seja MST, Contag ou Pastoral da Terra. Quem encontra alguma dificuldade de acessar os meios digitais pode ser ajudado pelos servidores do Incra ou de prefeituras conveniadas – mas essa ajuda se limita ao preenchimento dos formulários, não envolvendo nenhuma tutela ou “patrocínio” da causa.

Interessados em lotes de já podem se inscrever on-line
Até aqui, as inscrições tinham de ser feitas presencialmente em locais e datas indicadas nos editais. Desde o dia 1º de novembro, no entanto, o processo ficou mais ágil, e qualquer interessado pode fazer um pré-cadastro on-line. A partir do CPF o sistema verifica se a pessoa atende aos critérios de elegibilidade, cruzando dados de diversas bases governamentais. E todo o processo é público, ou seja, qualquer um pode conferir a relação dos inscritos, os pedidos de inscrição indeferidos, a pontuação classificatória e relação de candidatos aprovados.

Para o pouco que ainda restar de reforma agrária, Graziano diz que o atual sistema adotado pelo Incra, de editais para seleção pública de interessados em trabalhar na terra, representa um avanço significativo. “Todo o processo sempre foi feito sem qualquer capacidade de planejamento, o pessoal invade e você tem que resolver o problema da invasão. Isso é um processo completamente diferente do que invadir e colocar na terra gente que não tem capacidade, não tem preparo no mundo da tecnologia para evoluir. Acho elogiável”, sublinha.

Graziano pontua que chegou a propor um modelo parecido, de inscrição pelos Correios, nos anos 90, para que houvesse seleção e capacitação das pessoas em escolas de agronomia, antes da entrega de qualquer terra. Mas o que acabou prevalecendo nos anos seguintes foi a indústria da reforma agrária. “Havia uma sacanagem geral, em termos de negociata mesmo. Tinha gente grossa envolvida nesse processo, ganhando dinheiro comprando terra, vendendo terra para reforma agrária. Mas como é difícil de provar, é difícil escrever isso também”.

Amigo de Lula foi condenado por negociata com o Incra
Ainda que o ex-deputado não aponte nomes, um dos beneficiários das negociatas com o Incra teria sido o pecuarista José Carlos Bumlai, compadre de Lula, que segundo perícias contratadas pelo Ministério Público Federal vendeu uma fazenda em Corumbá (MS) para o Incra com superfaturamento de R$ 7,5 milhões. Bumlai acabou condenado pela Operação Lava Jato, em 2016, a 9 anos e dez meses de prisão, por corrupção passiva, entre outros crimes, inclusive um empréstimo fraudulento de R$ 12,17 milhões, dinheiro que teria sido repassado integralmente ao Partido dos Trabalhadores.

Em seu site, o MST dá conta da existência de 80 mil militantes em acampamentos precários espalhados pelo país. Apesar das invasões recentes na Bahia, João Pedro Stedile tem dito que o foco, no momento, está na articulação de sete mil comitês populares, “articulados em sindicatos, mandatos, movimentos populares e partidos”. “É importantíssimo que esses comitês se reúnam e tenham vida própria. E o que fazer lá no comitê? Discutir um plano de emergência para o governo Lula”, disse Stedile. Seja o que for o tal “plano de emergência”, se trouxer a reboque invasões e baderna no campo, terá de atropelar, também, conquistas institucionais e civilizatórias dos últimos anos. Para Graziano, se as invasões retornarem, “ficará claro ser um movimento anti-histórico”.


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PODEMOS TER ESPERANÇA COM O NOVO GOVERNO?

 

Lula ganhou uma nova chance na Presidência, mas seu governo, que começa hoje, só será bem-sucedido se abandonar velhos dogmas que só atrasaram o desenvolvimento do País

Por Notas & Informações – Jornal Estadão

O início de um novo governo sempre inspira a renovação da esperança de milhões de brasileiros por tempos mais venturosos para o País. Neste começo de ano, em particular, as expectativas em relação ao futuro próximo são diretamente proporcionais ao assombro manifestado pela maioria dos eleitores nas urnas diante de múltiplos retrocessos havidos no passado recente.

Este jornal não é indiferente a essa aspiração coletiva e deseja sorte, sabedoria e temperança ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A faina que se descortina para o novo chefe de Estado e de governo exigirá dele atributos de liderança política que, seguramente, não foram testados em seus mandatos anteriores.

Ao fim e ao cabo, o eventual sucesso do governo Lula significará que mazelas renitentes em áreas sensíveis como educação, saúde e distribuição de renda, entre outras, se não podem ser superadas nos próximos quatro anos, terão sido ao menos mitigadas pelas escolhas feitas pelo novo mandatário. E tudo que for feito com responsabilidade e espírito republicano pelo novo governo para recolocar o País no trilho do desenvolvimento e, principalmente, melhorar a qualidade de vida de milhões de nossos concidadãos decerto será celebrado nesta página.

Lula dará um passo fundamental para fazer de seu terceiro mandato presidencial uma história escrita por mais êxitos do que fracassos se, desde o início, compreender sinceramente que seu triunfo eleitoral não representou uma vitória exclusiva sua ou dos petistas nem tampouco uma chancela da maioria da sociedade à integra da retrógrada agenda política e econômica do PT.

Se os petistas acharem que ganharam a eleição sozinhos, cometerão um erro fundamental que pode pôr a perder, mais do que a governabilidade de Lula, o desenvolvimento do País. É tudo que não desejamos.

Em incontáveis ocasiões, Lula fez questão de deixar clara sua preocupação com o atendimento das necessidades dos cidadãos mais vulneráveis. É louvável que o presidente da República ponha no topo de seu rol de prioridades a criação das condições para a melhora da qualidade de vida de tantos brasileiros, milhões dos quais não conseguem nem sequer fazer três refeições por dia. Porém, há duas formas de atender a essa demanda mais que premente: a demagógica, fugaz; e a responsável, duradoura.

O PT já governou o País por quase 14 anos. São sobejamente conhecidas as medidas desastrosas que o partido já adotou para tratar daquelas mazelas sociais. A política petista, populista e eleitoreira, sobretudo durante o segundo mandato de Lula e no de sua sucessora, Dilma Rousseff, levou o Brasil à ruína. Seus efeitos são sentidos ainda hoje.

Presumindo que dinheiro é recurso infinito, ou seja, que brota no chão ao sabor das vontades do governante, o PT conseguiu provocar a pior recessão econômica em muitas décadas e realizou a proeza de praticamente dizimar todas as conquistas sociais das próprias administrações petistas. É difícil imaginar que os petistas, famosos por não aprenderem nada nem esquecerem nada, tenham tirado as lições corretas do desastre que provocaram, mas, como foi dito, é tempo de esperança.

Espera-se – talvez em vão, o tempo dirá – que Lula, uma vez empossado, enfim desça do palanque e governe o Brasil com seriedade e equilíbrio. O presidente gosta de repetir a cantilena de que responsabilidade fiscal é inimiga da responsabilidade social. Nada mais errado, por uma questão elementar: não se pode cuidar verdadeiramente dos mais pobres sem dinheiro para sólidas políticas públicas de transferência de renda e geração de empregos.

É mais que hora de novas ideias para solucionar velhos problemas. Não faltam excelentes propostas para desenvolver o Brasil a partir de novas abordagens sobre políticas públicas nas áreas de educação, saúde, agronegócio, indústria e preservação ambiental, entre tantas outras. Universidades, partidos políticos e organizações da sociedade civil têm contribuído para esse esforço nacional com estudos que têm tudo para levar o País a bom porto.

Lula deve estabelecer as prioridades imbuído desse espírito de renovação, com coragem para abandonar velhos dogmas que só atrasaram o desenvolvimento do País.

NETWORKING FACILITA OS NEGÓCIOS

Redação StartSe

Como usar o Networking e rede de contatos como estratégia para promover um negócio? Neste post vamos falar como você pode usar isso na sua carreira!

O ser humano só está no topo da cadeia alimentar devido a sua capacidade de se comunicar com outros de sua espécie. Estamos falando do poder das relações sociais.

E não é apenas na vida pessoal que os relacionamentos são importantes. Desde o início de nossas carreiras profissionais, estamos desenvolvendo habilidades de comunicação que nos fazem criar novas oportunidades de negócio.

Aprendemos que, para nos tornarmos empreendedores de sucesso, precisamos ser protagonistas da nossa própria carreira, estar atentos o tempo todo às tendências de mercado e as preferências e mudanças de hábito do consumidor.

Estamos sempre falando com pessoas, conhecendo novos produtos e serviços: fazendo networking. O networking é uma das estratégias mais baratas e eficientes de se fazer negócios.

No Vale do Silício, por exemplo, o networking é usado como principal estratégia para startups conseguirem chegar ao topo.

Ao conhecer pessoas de diferentes perfis e contextos culturais, ganhamos novas formas de enxergar o mundo, nos tornamos pessoas mais criativas e formamos grupos que ajudam a fomentar o ecossistema da inovação e do empreendedorismo.

Com as novas tecnologias e a internet, criamos redes de contato realmente poderosas e eficientes, capazes de compartilhar informações relevantes em poucos segundos para qualquer parte do planeta.

Podemos participar de eventos, webinars, grupos de WhatsApp ou contribuir com nosso conhecimento em fóruns de discussão em redes sociais, ampliando infinitamente estas redes de contato.

Fato é que quanto mais avançada a sua capacidade de networking, maior a probabilidade de conseguir boas oportunidades de trabalho, parcerias, investimentos e clientes.

Por isso, se você deseja começar sua própria startup ou está pensando em estratégias para promovê-la no mercado, o networking, sem dúvida é uma ótima forma de fazer isso.

Mas afinal, quais são as formas de fazer networking e como se beneficiar desta rede de contatos poderosa? Continue lendo este post!

O QUE É NETWORKING E PARA QUE SERVE?

A arte de fazer conexões com outras pessoas é bem antiga. A palavra Networking vem do inglês e significa ‘capacidade de estabelecer uma rede de contatos’.

O objetivo do networking é muito bem definido: promover a interação entre pessoas, formando um sistema de suporte no qual todos compartilham informações e serviços de interesse em comum.

Ela serve para trocar informações relevantes e construir um relacionamento com pessoas que têm interesses em comum.

Da comunidade focada em discutir novidades de tecnologia e varejo eletrônico no Facebook até os grupos de moda feminina ou produtos naturais no WhatsApp.

Existem diversas formas de fazer networking.

VANTAGENS DO NETWORKING

Criar novas oportunidades profissionais e de carreira

Encontrar parceiros ou investidores

Prospectar leads e novos clientes para ampliar vendas

Aumentar o awareness e a influência da sua empresa no mercado

Desenvolver novas habilidades técnicas ou sociais

Aprimorar projetos em andamento

Formar alianças ou grupos de ajuda mútua

7 DICAS PARA FAZER UM BOM NETWORKING

1. PARTICIPE DE EVENTOS

Com tantas mudanças ocorrendo na Nova Economia, eventos são uma fonte muito rica de informação relevante e atualizada sobre mercados de consumo.

Independente do seu nicho de negócio, os eventos são a oportunidade perfeita para criar novas conexões profissionais, conhecer empresas, tendências e técnicas diferentes.

Pesquise por eventos e conferências na sua cidade e programe-se para assistir às palestras que achar mais interessante (não se esqueça de levar seu cartão de visitas!).

Também vale a pena interagir com os palestrantes: faça perguntas, apresente-se pessoalmente e adicione-os nas redes sociais para acompanhar seus conteúdos e contribuir com comentários.

Se o evento possuir área de exposição, vale a pena dar uma passada nos estandes para conhecer mais sobre os fornecedores, o que fazem, como vendem seus produtos e serviços.

Tipos de eventos

Eventos sobre empreendedorismo

Meetups, Congressos, Simpósios e Seminários sobre tendências em tecnologia

Conferências de segmentos em alta como Fintechs e Law Tech

Programas internacionais

Eventos com foco em gestão e inovação

Programas de imersão para executivos

Eventos de Gestão de Marketing

Eventos sobre Cultura da Inovação

Eventos sobre Transformação Digital

Por que participar de eventos?

Descobrir novas soluções para os problemas da sua startup ou empresa

Manter-se atualizado sobre as mudanças do seu mercado e consumidor

Fazer benchmarking de concorrentes

Firmar novas parcerias

Contratar novas ferramentas e softwares

Fazer novos contatos e networking

Encontrar novos clientes

Tirar dúvidas com palestrantes, mentores e especialistas do seu nicho de atuação

Desenvolver novas habilidades

Para ter insights para criar novos produtos e serviços

2. INSCREVA-SE EM WEBINARS

O webinar é uma aula online (ao vivo ou previamente gravado) com duração média de 40 minutos a 1 hora.

Este formato de conteúdo vem crescendo muito nos últimos anos: 25% das marcas que possuem uma estratégia de marketing de conteúdo utilizam o webinar para divulgar produtos e serviços.

Entre as inúmeras vantagens, está a de ser mais econômico, tanto para quem organiza o evento, quanto para quem o assiste.

Por ser online, ele dispensa os altos custos com aluguel para realizar uma palestra, além de gastos com alimentação e transporte para os participantes.

Além disso, o webinar é bastante prático, por ser realizado online, você recebe a notificação por e-mail com a programação e um lembrete pouco tempo antes do início do evento.

Os webinars ou ‘seminários online’ são ótimas oportunidades de networking, por falarem de assuntos de interesse específicos e possuírem o sistema de chat online, no qual todos os participantes podem enviar perguntas e interagir entre si.

3. FAÇA CURSOS ONLINE E PRESENCIAIS

Cursos presenciais também ajudam a formar excelentes redes de contato.

A sala de aula, por mais tradicional que seja, é um ambiente muito propício para que as pessoas compartilhem o conhecimento que já adquiriram sobre um determinado assunto, além de favorecer a concentração, o foco e a disciplina nos estudos.

Por outro lado, se você é um empreendedor ou gestor com pouco tempo disponível, vale a pena investir em um bom curso online.

Mas lembre-se de que, o segredo para obter bons resultados com esta modalidade é ser disciplinado e eliminar as distrações ao estudar online.

Por isso, prepare um ambiente adequado, com boa iluminação e silêncio antes de começar.

Independente do formato ou do tema do curso, aproveite o tempo com os colegas de curso e com os professores para falar sobre suas aspirações profissionais ou apresentar a proposta da sua empresa ou startup.

Estes momentos são oportunidades perfeitas para fazer novos clientes, conhecer investidores ou encontrar parceiros estratégicos.

4. ESCREVA ARTIGOS PARA BLOGS E PORTAIS

Outra forma de estimular o networking é escrevendo artigos para portais de conteúdo ou criar posts para o seu blog ou parceiros.

Além de ser uma ótima estratégia de marketing de conteúdo, por gerar conteúdo exclusivo e qualificado a favor da reputação da sua marca, escrever artigos te torna mais conhecido no seu mercado.

E sabe qual é a melhor parte? Esta é uma das estratégias mais baratas e eficientes para começar a construir sua rede de contatos.

É muito simples começar: faça uma lista de portais de conteúdo e blogs do seu nicho de atuação que você considere estratégicos para o seu negócio.

Pode ser um blog ou site relevante, onde investidores ou seus clientes em potencial possam ter a chance de te encontrar.

Entre em contato com o editor-chefe ou o proprietário do canal por e-mail ou telefone e verifique se ele(a) aceita autores convidados.

Importante é não esquecer de monitorar os comentários, sugestões e feedbacks dos leitores após enviar os conteúdos.

Esta troca de experiências e opiniões é o que vai enriquecer o seu networking e abrir portas para aprofundar seu relacionamento com o público interessado.

Vantagens de escrever posts de blog e artigos

Contribui para aumentar a sua reputação diante de investidores

É uma ótima forma de gerar discussões relevantes acerca de um assunto

É uma excelente fonte de networking

Ajuda a otimização de buscas e SEO das suas estratégias de marketing e vendas

Atrai o interesse de leads e prospects qualificados

É uma estratégia de longo prazo (se forem atualizados, os posts não perdem valor com o tempo)

Contribui com as ações de marketing e vendas ao divulgar seus produtos e serviços de forma indireta

Te ajuda a entender quem é o seu público-leitor

5. GRUPOS EM REDES SOCIAIS

O Facebook e o Linkedin são as duas redes sociais mais usadas para networking. O Slack, ferramenta de comunicação corporativa também possui grupos de discussão e tem ganhado um grande número de adeptos.

Para qualificar ainda mais suas conexões, mantenha o seu perfil nas redes sempre atualizado e faça buscas específicas por perfis de seu interesse.

Ao adicionar alguém em uma rede social ou solicitar a entrada em um grupo envie uma mensagem personalizada contando um pouco sobre o motivo do pedido de contato.

Vantagens usar grupos em redes sociais como networking

Manter contato diário com comunidades de seu interesse

Fazer pesquisas de mercado ou enquetes

Criar oportunidades qualificadas para interagir com clientes e investidore

Divulgar o seu MVP (Mínimo Produto Viável) ou solicitar a opinião das pessoas sobre algum produto e serviço em desenvolvimento

Fazer benchmarking e tirar insights práticos para aplicar na sua startup

6. DAR AULAS E PALESTRAS

Preparar-se para uma aula ou palestra é uma forma de aprendizado única! Além da experiência em si, dar aulas e palestras te coloca em contato com pessoas de diferentes lugares, empresas e níveis corporativos.

Muita gente acaba pedindo conselhos após a apresentação, ou até mesmo entrando em contato por e-mail ou Linkedin para aprofundar o bate-papo. É daí que surge o networking qualificado e as oportunidades de ampliar negócios.

7. PARTICIPAR DE ASSOCIAÇÕES

As associações geralmente estão sempre atualizadas sobre as mudanças político-econômicas, legislativas e tendências de mercado.

Por isso, elas também são convocadas para opinarem sobre projetos de lei, consultas públicas, entre outras ações pertinentes ao governo e entidades do setor.

Pode ser muito interessante envolver-se com estas associações a fim de participar ativamente de tomadas de decisão importantes para o setor que a sua startup atua.

Lembre-se: o networking só vale a pena se você aprofundar os relacionamentos com a sua rede de contatos.

Do contrário você se tornará apenas um colecionador de telefones e perfis nas redes sociais.

Invista tempo de qualidade para trocar informações e experiências com as pessoas nos fóruns e grupos online, conferências e cursos.

Com certeza o retorno sobre este investimento será satisfatório.

A importância do bom site da Valeon para o seu negócio

Moysés Peruhype Carlech

Antigamente, quando um cliente precisava de um serviço, buscava contatos de empresas na Lista Telefônica, um catálogo que era entregue anualmente ou comprado em bancas de jornais que listava os negócios por áreas de atuação, ordem alfabética e região de atuação.

De certa forma, todos os concorrentes tinham as mesmas chances de serem encontrados pelos clientes, mas existiam algumas estratégias para que os nomes viessem listados primeiro, como criar nomes fantasia com as primeiras letras do alfabeto.

As listas telefônicas ficaram no passado, e, na atualidade, quando um cliente deseja procurar uma solução para sua demanda, dentre outros recursos, ele pesquisa por informações na internet.

O site da Valeon é essencial para que sua empresa seja encontrada pelos seus clientes e ter informações sobre a empresa e seus produtos 24 horas por dia.  Criamos uma marca forte, persuasiva e, principalmente, com identidade para ser reconhecida na internet. 

Investimos nas redes sociais procurando interagir com o nosso público através do Facebook, Google, Mozilla e Instagram. Dessa forma, os motivos pelos quais as redes sociais ajudam a sua empresa são inúmeros devido a possibilidade de interação constante e facilitado como o público-alvo e também a garantia de posicionamento no segmento de marketplaces do mercado, o que faz com que o nosso cliente sempre acha o produto ou a empresa procurada.

A Plataforma Comercial site Marketplace da Startup Valeon está apta a resolver os problemas e as dificuldades das empresas e dos consumidores que andavam de há muito tempo tentando resolver, sem sucesso, e o surgimento da Valeon possibilitou a solução desse problema de na região do Vale do Aço não ter um Marketplace que Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos e o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

CONTRATE A STARTUP VALEON PARA FAZER A DIVULGAÇÃO DA SUA EMPRESA NA INTERNET

Moysés Peruhype Carlech

Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver, gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados satisfatórios para o seu negócio.

Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.

Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?

Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto resulta em mais vendas.

Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?

A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas considerações importantes:

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

    valeonbrasil@gmail.com

 

30 ANOS DE ASSINATURA DO PLANO REAL E A REFORMA TRIBUTÁRIA ATUAL

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