quinta-feira, 30 de maio de 2019

PROCURADOR AMEAÇA DONALD TRUMP SOBRE A INVESTIGAÇÃO DA INTERFERÊNCIA DA RÚSSIA NAS ELEIÇÕES AMERICANAS


Procurador diz que Trump não sai isento da investigação sobre a Rússia






O procurador especial dos Estados Unidos, Robert Mueller, afirmou nesta quarta-feira, 29, que seu relatório da investigação de um suposto conluio da campanha eleitoral de Donald Trump com a Rússia, em 2016, não exonerou o presidente de responder por crimes. Disse, contudo, que a Constituição do país o impede de fazer qualquer acusação formal contra o republicano.
“Se tivéssemos a confiança de que o presidente não cometeu um crime, nós teríamos dito isso”, afirmou Mueller em seu primeiro pronunciamento desde que começou, há dois anos, a apuração sobre as interferências de Moscou nas eleições americanas de 2016.
“Acusar o presidente por um crime… não era uma opção que podíamos considerar”, disse ele a repórteres. “Concluímos que não poderíamos chegar a uma determinação nem de um jeito nem de outro sobre o presidente ter cometido um crime.”

Mueller disse que o relatório escrito “fala por si só” e que o escritório especial para a apuração do caso será oficialmente fechado. Com isso, ele também anunciou sua renúncia do Departamento de Justiça.
“Sob a política do Departamento [de Justiça], um presidente não pode ser acusado de um crime federal enquanto estiver no cargo”, disse. “Isso é inconstitucional”, frisou.
O procurador afirmou ainda que não acha adequado falar mais sobre o caso à imprensa, por isso não aceitaria perguntas dos jornalistas. Mueller já ocupou anteriormente o comando do FBI.
O relatório da investigação sobre a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 foi concluído em março, após uma investigação de 20 meses.
“Espero que esta seja a última vez que eu fale sobre este assunto”, disse ele. “Eu mesmo estou tomando essa decisão – ninguém me disse se posso ou se devo testemunhar ou falar mais sobre esse assunto”, completou.
Mueller terminou sua declaração, reiterando “que houve esforços múltiplos e sistemáticos para interferir em nossas eleições” e que “essa alegação merece a atenção de todos os americanos”. Trata-se exatamente do tópico que os congressistas democratas insistem em investigar, com base no texto integral do relatório.
Reação do presidente
Logo após a conclusão do pronunciamento do procurador, o presidente Donald Trump reagiu afirmando que nada mudou e que “o caso está encerrado”.
“Havia evidência insuficiente e, portanto, no nosso país, uma pessoa é inocente”, disse Trump em uma publicação no Twitter. “O caso está encerrado.”
Repercussão da investigação
O mais esperado relatório sobre a interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016 chegou às mãos do secretário de Justiça dos Estados Unidos, William Barr, em 22 de maio.
No documento, Mueller detalhou que Trump fez diversas tentativas de interferir na sua investigação e chegou, inclusive, a tentar demiti-lo de seu posto. Não concluiu, contudo, se as ações seriam suficientes para acusar Trump criminalmente por obstrução de justiça.
A investigação resultou também em acusações contra 32 indivíduos e três empresas russas, que respondem por ataques de hackers a computadores do Partido Democrata e por crimes financeiros, entre outros delitos.
Após receber o relatório, Barr divulgou um sumário de quatro páginas com suas próprias e seletivas conclusões. Três semanas depois, tornou público o relatório completo de 448 páginas público, a pedido do Congresso.
Em seu parecer, o secretário de Justiça também afirmou não ter encontrado provas de conluio com a Rússia durante a campanha eleitoral de Trump. Quanto ao crime de obstrução de Justiça, Barr citou as palavras de Mueller: “este relatório não conclui que o presidente cometeu um crime, tampouco o isenta.”
Membros do Partido Democrata criticaram Barr por sua decisão e exigiram que o relatório completo de Mueller fosse publicado. Mesmo após sua revelação, convocaram o titular da pasta de Justiça a depor no Comitê Judiciário do Senado em 1º de maio. Ali, ele foi criticado por atuar como “o advogado do presidente” e por ser “parcial”. Alguns congressistas pediram, inclusive, sua renúncia.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

PAPA É CONTRA O ACORDO COM TRAFICANTES PARA DIMINUIR A VIOLÊNCIA


Papa Francisco se opõe a acordo com narcotráfico para reduzir violência

Agência Brasil





Francisco disse que o México deve buscar "saídas políticas" para seus problemas,

O papa Francisco se opôs à ideia de que as autoridades do México deveriam fazer um pacto com o narcotráfico, tendo em vista a redução da violência no país, atingido pelo crime organizado.
O pontífice disse que o México deve buscar "saídas políticas" para seus problemas, além de acordos políticos entre os diversos setores e partidos. Embora tenha observado que não poderia dar recomendações ao governo do presidente Andrés Manuel López Obrador, afirmou que é preciso ser criativo na política.
"Para mim, soa ruim", disse Francisco quando questionado sobre um eventual acordo entre o narcotráfico, em entrevista à emissora Televisa transmitida nessa terça-feira. "É como se eu, para ajudar a evangelização de um país, fizesse um pacto com o diabo."
No violento estado de Guerrero, um sacerdote católico, Salvador Rangel, se reuniu com poderosos narcotraficantes visando a apaziguar a violência que atinge a região. Antes de assumir a Presidência em dezembro, López Obrador foi uma das poucas figuras públicas a apoiar o bispo.
Assim como há quatro anos, o papa avaliou que "o diabo realmente tem ressentimentos contra o México", acrescentando que essa é sua opinião como "homem do povo". Em 2015, Francisco disse que os conflitos e a violência que assolam o país são um castigo do diabo devido à tradicional devoção católica no país.
O México vive há 12 anos em um espiral de violência, que resultou na morte de milhares de pessoas e deixou milhares desaparecidas, ao passo que o crime organizado segue expandindo suas atividades a amplas regiões do país.
López Obrador disse que não vai combater a violência com mais violência e que vai se concentrar nos motivos que levam milhares de jovens a ampliar a rede do narcotráfico, que lhes oferece trabalho e oportunidades.

Trump

Na entrevista, o papa Francisco afirmou ainda que está disposto a dizer ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pessoalmente, que é errado construir muros nas fronteiras, e alertá-lo a não retomar uma política de separação de famílias.
Ele também minimizou as críticas de católicos ultraconservadores que o chamam de herege.
Francisco, que já se opôs a Trump em temas ligados à imigração, debateu a situação na fronteira EUA-México com Valentina Alazraki, repórter veterana do Vaticano que é mexicana.
"Não sei o que está acontecendo com esta nova cultura de defender territórios construindo muros. Já conhecemos um, aquele em Berlim, que trouxe tantas dores de cabeça e tanto sofrimento", disse.
"Separar crianças dos pais vai contra a lei natural, e aqueles cristãos... não se faz isso. É cruel. Está entre as maiores crueldades. E para defender o quê? Territórios, ou a economia de um país ou sabe lá o quê", disse, acrescentando que tais políticas são "muito tristes".
Indagado se diria a Trump a mesma coisa se o presidente estivesse sentado diante dele, em vez da repórter, Francisco respondeu: "O mesmo. O mesmo porque o digo publicamente... eu até disse que aqueles que constroem muros acabam sendo prisioneiros dos muros que constroem".

O BRASIL ALÉM DE DIMINUIR A QUANTIDADE DE IMPOSTOS PRECISA TAMBÉM DIMINUI-LOS


O Brasil precisa reduzir seus impostos
Tiago Mitraud








Nesta quinta-feira (30) acontece o Dia Livre de Impostos, em que lojistas de diversas cidades vão ofertar produtos com descontos equivalentes aos valores das taxas de tributação. A iniciativa irá demonstrar como o bolso dos consumidores brasileiros seriam poupados se não fossem os altos tributos que incidem sobre bens e serviços no país.
O Doing Business, estudo do Banco Mundial, aponta que os tributos recolhidos pelo governo atingem cerca de 65% dos lucros das empresas em seu segundo ano de operação. A arrecadação total hoje no Brasil é de quase um terço do PIB, o que nos torna o país com a segunda carga tributária mais alta da América Latina - atrás apenas de Cuba.
Como se já não bastasse a alta carga, nosso sistema tributário é extremamente complexo. Também de acordo com o Doing Business, temos o 6º pior sistema do mundo. Uma empresa de médio porte no Brasil gasta quase 2 mil horas por ano apenas para lidar com o pagamento de tributos, enquanto a média da América Latina e do Caribe é 330 horas (comparação feita pela OCDE). Neste quesito, estamos na última colocação mundial.
Portanto, além de pesar diretamente no preço final de produtos, os tributos também aumentam muito o custo de operação das empresas, que diminuem sua produtividade ao serem obrigadas a investir horas e horas em questões tributárias e em recursos preciosos na contratação de advogados e escritórios de contabilidade.
Ao fim do dia, isso significa que o próprio governo cria barreiras para quem mais pode gerar empregos no país, dificultando a geração de renda e inibindo o crescimento econômico. Não restam dúvidas de que, além da Previdência, outra grande reforma que o Brasil precisa é a Tributária. A PEC 45/19, que trata desse tema, já está em tramitação no Congresso e teve sua constitucionalidade aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara na última quarta (22) e agora segue para ser debatida em Comissão Especial.
A essência desta PEC é consolidar 5 tributos em apenas 1 - os federais IPI, PIS e Confins, o estadual ICMS e o municipal ISS se juntariam no IBS (Imposto sobre Operações com Bens e Serviços). Desta forma, simplificaria muito nosso complexo sistema tributário, abrindo espaço para um aumento de produtividade e oferta de emprego no país.
Ainda precisamos de outras mudanças para reduzir a carga tributária no Brasil, como a diminuição do tamanho do setor público, mas este já é um grande avanço. Por ora, comemoremos o Dia Livre de Impostos e o andamento da Reforma Tributária. Certamente já são grandes passos para tornar nossa economia mais livre e, consequentemente, mais próspera para todos os brasileiros.
                                                          

PRODUTOS IMPORTADOS TERÃO A MAIOR TAXAÇÃO DO MUNDO

  Brasil e Mundo ...