sábado, 30 de março de 2019

COLUNA ESPLANADA DO DIA 30/03/2019


Pretensões antecipadas

·        Coluna Esplanada – Leandro Mazzini










As farpas públicas do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, têm endereço certo: o Palácio do Planalto, com vistas a 2022. Maia é o nome de aposta de seleto grupo de empresários bilionários e de um grande grupo de comunicação que, em suas avaliações, podem perder muito dinheiro com o poder nas mãos de Jair Bolsonaro. A agenda mais nacional que paulista do governador João Dória (PSDB), a linha independente do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), e o projeto de ascensão dentro do MDB do neófito Ibaneis Rocha, do DF, entram na jogada. Todos eles, aliados pero no mucho do presidente, podem surgir como opções ao Planalto em médio prazo.

Aposta no lucro
A Caixa lucra tanto no monopólio dos jogos no Brasil que decidiu abrir mais 7 mil lotéricas país adentro. Enquanto isso, sem jogos legalizados, o Brasil perde dinheiro.

Ascensão
Após uma vitória surpreendente sobre Cesar Maia (DEM), o senador Arolde de Oliveira ganhou mais destaque no partido. Vai comandar o PSD no Estado do Rio de Janeiro.

Ciclone tropical
A ‘chuva de verão’ citada como metáfora pelo presidente Bolsonaro na troca de farpas com Rodrigo Maia causou estrago maior. Dólar passou de R$ 4, com viés de alta ainda.

Aliás..
... a posição de Bolsonaro lembrou a do o ex-presidente Lula falando em ‘marolinha’ em relação à crise internacional de 10 anos atrás, que atingiu em cheio o Brasil.. da Dilma.

Muda, STF
Além da abertura da CPI da Lava Toga, senadores querem acelerar a tramitação da PEC 16/19, do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que estabelece mandatos de 8 anos para os futuros ministros da Corte. Hoje, o cargo de ministro é vitalício, com aposentadoria compulsória aos 75 anos. Em muitos países, há mandatos sem recondução.

Boleto
Chegaram ao STF mais seis Ações Diretas de Inconstitucionalidade para questionar a Medida Provisória 873/2019, editada pelo presidente Bolsonaro, que proíbe desconto da contribuição sindical direto da folha de pagamento, determinando sua quitação apenas por meio de boleto bancário. Já são 12 as ações que questionam a constitucionalidade.

Toga no cabide
Um personagem do meio jurídico tem circulado bem entre ministros do STJ e STJ – e desponta como cotado para togado de uma das Cortes. O desembargador federal Ney Bello. Ele reuniu a nata do Judiciário em jantar recente. Rendeu convite para palestrar, ao lado do ministro Gilmar Mendes, no Teatro CIEE, em São Paulo, dia 2 de abril.

Sinais
A ministra Damares Alves (e não Medina, como citamos) pediu a membros da Comissão da Anistia que até junho tenham respostas para os pedidos de Lula da Silva e Dilma Rousseff sobre direito a indenização. Se depender do atual Governo....

Socialista liberal
O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), o ‘Risadinha’ para os amigos, anda rindo à toa. Pode convencer em breve o empresário bilionário João Carlos Paes Mendonça a comprar o prédio do Hospital Psiquiátrico no bairro Tamarineira. Paes Mendonça, que investe em vários setores, quer espaço para novo shopping seu na capital.

Esplanadeira
. A Omega Geração atingiu produção anual recorde de  2.103,5 GWh  de energia em suas unidades no País, e o EBITDA ajustado2 foi de R$ 153,0 milhões no quarto trimestre de 2018, 31% acima do período anterior
.     O presidente do COB, Paulo Wanderley, e a gerente do Instituto Olímpico Brasileiro, Soraya Carvalho, participam da 9ª edição do Seminário de Gestão Esportiva Trajetórias de Sucesso na Indústria do Esporte, amanhã, em Botafogo
.    A empresária Yedda Maria Teixeira recebeu homenagem póstuma ( ela faria 104 anos)de amigos pelo seu aniversário.


sexta-feira, 29 de março de 2019

BANDA DE ROCK ALEMÃ RAMMSTEIN CAUSA NOVA POLÊMICA


Banda alemã causa polêmica com referência a campo nazista em clipe

Estadão Conteúdo










A banda Rammstein tem um histórico de polêmicas



A banda alemã de hard rock Rammstein gerou revolta de grupos judeus e políticos com um vídeo de divulgação da nova música Deutschland, no qual integrantes da banda aparecem vestidos como prisioneiros de um campo de concentração nazista.

No curto vídeo, disponível na internet, eles surgem vestidos com os uniformes listrados dos prisioneiros de campos de concentração e com nós de forca ao redor do pescoço.

"Com este vídeo, a banda passou dos limites", disse Charlotte Knobloch, sobrevivente do Holocausto e ex-presidente do Conselho Central de Judeus da Alemanha, ao jornal Bild. "A instrumentalização e a banalização do Holocausto, como mostradas nas imagens, é irresponsável."

O comissário antissemitismo do governo, Felix Klein, disse que o vídeo "é uma exploração de mau gosto da liberdade artística".

A banda Rammstein tem um histórico de polêmicas. Desde que surgiu em Berlim, em 1995, o grupo coleciona controvérsias em seus álbuns, que tratam de temas como sadomasoquismo, homossexualidade, incesto, necrofilia, piromania, canibalismo e violência sexual.

Em 2009, o governo proibiu a exibição pública do disco de grande sucesso Liebe ist Fuer Alle Da (O Amor É Para Todos) por causa de suas imagens sadomasoquistas.

O clipe oficial da música Deutschland foi divulgado nesta quinta-feira, (28), e tinha mais de 6,9 milhões de visualizações até a publicação desta matéria. Ao abrir o link, o YouTube avisa: "este vídeo pode ser inapropriado para alguns usuários".


O MINISTRO SÉRGIO MORO REBATE CRÍTICAS AO SEU PROJETO ANTICRIME


Em BH, Moro rebate críticas ao pacote anticrime e minimiza atrito com Rodrigo Maia

Lucas Simões








Ministro da Justiça Sérgio Moro visitou Apac de Santa Luzia




Com pressa para aprovar mudanças na legislação penal e criminal do país, o ministro da Justiça Sérgio Moro esteve em Belo Horizonte nesta sexta-feira (29) e rebateu as críticas feitas por entidades de segurança pública ao pacote anticrime. Moro ainda classificou como “naturais” os atritos com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem travou um bate-boca público por causa do andamento do projeto na Casa.
Na capital mineira, o ministro visitou a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Santa Luzia, na região metropolitana, acompanhado do presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o desembargador Nelson Missias de Moraes. Segundo o ministro, o Ministério da Justiça vai avaliar a viabilidade da expansão do modelo das Apacs pelo país.
“Da parte do Ministério da Justiça, vamos estudar melhor essa experiência para saber de que forma pode ser multiplicada não só em Minas Gerais, mas no país. Não é uma questão só de dinheiro, embora recursos sejam realmente importantes. Mas, depende de uma compreensão da sociedade de que as pessoas presas e condenadas ainda fazem parte dela”, disse o ministro.
Com urgência para aprovar o pacote anticrime, Moro rebateu as duras críticas feitas ao projeto por entidades de segurança pública. Em manifesto apresentado em Brasília nesta quinta-feira (28), órgãos como as defensorias públicas do Rio de Janeiro e de São Paulo e o Instituto Brasileiro de Ciência Criminais (IBCC) apresentaram 11 contrapropostas ao projeto de Moro.
Entre as medidas, a criação de um plano para redução da população carcerária brasileira — hoje, a quarta do mundo, com 750 mil detentos — a redução do número de homicídios, o combate à letalidade policial, além de um apelo pela não flexibilização das regras para o porte de armas.
Questionado se o pacote anticrime pode aumentar ainda mais a população carcerária, por exemplo, Moro afirmou que as medidas não “contêm um endurecimento geral do fenômeno criminal”, como sugerem os críticos do projeto.
“O que nós realmente endurecemos é a criminalidade mais grave. Estamos falando de criminalidade violenta, os crimes contra a administração pública, especialmente a corrupção, e do crime organizado. Então, não é um endurecimento geral, nós acreditamos até que isso não é compatível com nosso sistema penitenciário do momento”, disse o ministro.
Atritos
Moro também minimizou o bate-boca travado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na semana passada — os dois se encontraram nesta quinta-feira (28) para alinhar a tramitação do pacote anticrime na Casa e tentar arrefecer o clima tenso entre o legislativo e o governo federal.
Durante a briga pública entre os dois, Maia chegou a dizer que Moro entendia “pouco de política”, além de acusar o ministro de ter “copiado e colado” pontos do projeto apresentado por uma comissão de juristas liderada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Sempre mantive relações cordiais com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. É normal. Numa relação política às vezes há ruídos, às vezes há declarações ásperas”, justificou Moro.

COMO QUE VOCÊ USA OS SEUS MECANISMOS DE DEFESA?


Mecanismos de defesa

Simone Demolinari










Temos uma certa tolerância para suportar estresse e sofrimento. Contudo, quando a dor ultrapassa certo ponto, acionamos alguns mecanismos que buscam amenizar o que estamos sentindo. São os chamados “mecanismos de defesa”.
Bom exemplo disso é a “negação”. Quando recebemos uma notícia triste, nosso comportamento imediato é não aceitar. Quando alguém toma conhecimento de que é portador de uma doença grave, tende a diminuir a gravidade ou mesmo a acreditar que seu corpo reagirá de forma especial até sanar a patologia. Alguns, de forma mais incisiva, negam enfaticamente, colocam exames numa gaveta e ignoram completamente o diagnóstico. Continuam vivendo como se nada tivesse acontecido.
Outro mecanismo comum é a “repressão”. Nele tendemos a suprimir determinado desejo quando o mesmo não está de acordo com o código moral interno. Este mecanismo é muito comum em pessoas com rígida educação religiosa ou quando se tem pais muito severos. Através da repressão as pessoas sufocam seus desejos acreditando que assim ele desapareça. Porém, quanto mais se reprime, maior é o conteúdo que vai para o inconsciente, de onde ficam enviando sinais, os chamados “atos falhos”. Outras vezes, o que é reprimido pode surgir em sonhos.
Antigamente, era bastante comum reprimir um desejo sexual por pessoa do mesmo sexo. Incapazes de lidar com a homossexualidade, muitos se casavam rápido e tratavam logo de ter filhos. A intenção era de que aquele desejo desaparecesse, porém, viviam sendo lembrados pela voz silenciosa do inconsciente. Muitos, sem conseguir se manter reprimidos, levavam uma vida homossexual paralela.
Outra forma usada para ajudar a atenuar a dor é a “racionalização”. Racionalizar não significa “usar a razão” e sim substituir a verdade por uma explicação aparentemente lógica e mais fácil de ser aceita. Funciona como uma espécie de fuga da realidade. Bom exemplo é alguém que promete parar de fumar, mas não consegue manter o prometido. A partir desse fracasso, inicia-se uma racionalização, como por exemplo se apoiar numa história real de alguém que fumou até 90 anos sem ter nenhum problema pulmonar. Espécie de “mentira verdadeira”.
Usamos tantos mecanismos que às vezes nem nos damos conta deles. A fantasia é outro esquema mental que usamos com frequência. Quem a pratica geralmente não consegue fazer uma autocrítica, mas quem convive geralmente percebe e comenta: “fulano de tal vive num mundo imaginário”.
A fantasia ocorre quando a pessoa cria uma situação que, na verdade, só acontece na imaginação dela. Existem duas formas de manifestação desse mecanismo: a primeira é quando a pessoa verbaliza algo muito diferente da realidade e tem um teor de mentira, mas na verdade é uma imaginação fértil. E a outra forma é a não verbal, em que a pessoa apenas pensa na situação imaginária, por exemplo: alguém que foi abandonado pelo par amoroso passa horas fantasiando uma vingança mental ou então se imagina ganhando na loteria e esnobando quem o largou.
Esses mecanismos existem para nos ajudar a lidar e superar situações de extrema dificuldade. Porém, se faz muito importante reconhece-los. Quanto mais conscientes estamos das nossas defesas, menos utilizamos esse artifício e mais maduros emocionalmente ficamos para lidar com nossos dissabores.