quinta-feira, 30 de agosto de 2018

LEILÃO DE TRÊS DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA ELÉTRICA


BNDES confirma para quinta-feira leilão de três distribuidoras da Eletrobras

Agência Brasil









Serão leiloadas as distribuidoras Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e Boa Vista Energia, distribuidora de energia em Roraima

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) confirmou para quinta-feira (30) a realização do leilão de três distribuidoras da Eletrobras. Serão leiloadas as distribuidoras Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e Boa Vista Energia, distribuidora de energia em Roraima.
Em comunicado relevante divulgado nesta quarta-feira (29), o banco, responsável pelo processo, disse que após análise dos documentos apresentados pelas empresas interessadas nas distribuidoras, foram atendidos os requisitos para a realização do certame.
Os lances viva-voz e a posterior abertura do envelope de habilitação ocorrerão às 15h, na B3, bolsa de valores, em São Paulo.
No último dia 17, o BNDES alterou o cronograma de realização do leilão de venda e reagendou para o dia 26 de setembro o leilão da empresa Amazonas Distribuidora de Energia (Amazonas Energia).
Já o leilão da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) continua suspenso devido a uma decisão judicial. Uma decisão judicial do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), impediu a venda da companhia, após ação movida pelo governo de Alagoas.
Durante a sessão pública desta quinta-feira (30), serão abertas as propostas econômicas apresentadas pelos investidores interessados. Será possível também realizar lances por viva-voz. As distribuidoras serão vendidas pelo valor simbólico de R$ 50 mil. Vence o certame quem ofertar o maior valor de deságio na tarifa elétrica definida pela pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O contrato de concessão deverá ser assinado entre os dias 31 de outubro e 5 de dezembro. Esse prazo máximo está apenas a 25 dias do prazo final autorizado pelos acionistas da Eletrobras como o limite para que a estatal continue operando as distribuidoras como designada.

ALEMANHA DEVOLVE RESTOS MORTAIS DE NAMÍBIOS EXTERMINADOS DURANTE A ÉPOCA COLONIAL


Alemanha devolve à Namíbia restos mortais de tribos exterminadas

Agence France Presse








Em uma cerimônia religiosa em Berlim, uma delegação namibiana liderada pela ministra da Cultura, Katrina Hanse-Himarwa (à dir.), recebeu 19 crânios, ossos diversos e couro cabeludo tomados pelas forças coloniais alemãs há mais de um século

A Alemanha entregou nesta quarta-feira (29) à Namíbia os restos mortais de integrantes das tribos Herero e Nama, exterminadas durante a época colonial, em um gesto de reconciliação considerado insuficiente pelos descendentes, que esperam um pedido de desculpas.
Em uma cerimônia religiosa em Berlim, uma delegação namibiana liderada pela ministra da Cultura, Katrina Hanse-Himarwa, recebeu 19 crânios, ossos diversos e couro cabeludo tomados pelas forças coloniais alemãs há mais de um século.
A maior parte dos restos mortais procede da coleção antropológica da clínica universitária Charité, de Berlim.
Uma decisão que irritou profundamente os representantes das duas etnias, vítimas do que os historiadores consideram o primeiro genocídio do século XX.
Durante a cerimônia de entrega, uma secretária de Estado para Relações Exteriores alemã, Michelle Muentefering, pediu "perdão do fundo do coração".
O comportamento da Alemanha é "surpreendente", denunciou Esther Utjiua Muinjangue, presidente da fundação Ova Herero Genocide, para quem Berlim deveria aproveitar a oportunidade para pedir desculpas oficialmente e assim "curar feridas emocionais".
Muito por fazer
A Alemanha "ainda tem muito por fazer" a respeito de seu passado colonial no território africano (1884-1915), admitiu esta semana a secretária de Estado para Política Cultural Internacional no ministério das Relações Exteriores, Michelle Müntefering.
A cerimônia desta quarta-feira (29) foi a terceira entrega de ossos, após eventos similares em 2011 e 2014, mas nenhum pedido de desculpas será apresentado, argumentou Müntefering, por não tratar-se do âmbito adequado para isto.
O governo alemão reconheceu a responsabilidade nos massacres e indicou em 2016 a previsão de um pedido oficial de desculpas no âmbito de negociações com a Namíbia, que seguem em curso.
"Reparações, reconhecimento e desculpas são condições para a normalização das relações diplomáticas entre Alemanha e Namíbia", recordou a ministra Katrina Hanse-Mimrawa na segunda-feira (27).
Até hoje Berlim não pagou indenizações, optando por compensações em forma de ajuda ao desenvolvimento. A Alemanha afirma que investiu centenas de milhões de euros na Namíbia desde sua independência da África do Sul em 1990.
A ajuda beneficia todo o país, mas as únicas vítimas foram as tribos Herero, que representa 7% da população namibiana (no início do século XX eram 4%) e os Nama. Seus representantes iniciaram um processo judicial em Nova York para exigir indenizações diretas aos descendentes das tribos.
Privados de suas terras e do gado, os Herero se rebelaram em 1904 contra os colonos alemães, o que deixou mais de 100 mortos entre estes últimos.
Enviado para sufocar a rebelião, o general alemão Lothar von Trotha ordenou o extermínio. Os Nama protagonizaram um levante um ano depois e tiveram o mesmo destino.
Ao menos 60.000 Herero e quase 10.000 Nama morreram entre 1904 e 1908. As forças coloniais da Alemanha utilizaram técnicas genocidas: massacres em massa, deslocamentos obrigatórios pelo deserto, onde milhares de homens, mulheres e criançass morreram de sede, e campos de concentração como o de Shark Island.
Os ossos, em particular os crânios das vítimas, foram enviados à Alemanha para experimentos científicos de caráter racial. O médico Eugen Fischer, que trabalhou em Shark Island e cujos textos influenciaram Adolf Hitler, queria provar a "superioridade da raça branca".
O historiador Christian Kopp, da ONG Sem Anistia para os Genocídios, exigiu a divulgação de quantos ossos procedentes da Namíbia e de outras ex-colônias alemãs permanecem no país.
"Não há nenhuma transparência sobre o tema", disse à reportagem.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 30/08/2018


Poliamor na pauta

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 








Conhecido por estudar e relatar causas de direitos humanos, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, foi procurado por renomado advogado e dele ouviu que a próxima pauta progressista na Corte será o direito constitucional ao Poliamor – a relação afetiva entre três pessoas (por ora). Barroso soltou, para risos do interlocutor: “Já sou convidado para a Marcha da Maconha, para Passeata Gay, mas não sei para que tipo de evento serei convidado para as poliafetivas”, revelou em palestra no III Simpósio de Combate à Corrupção, dos delegados federais, em Salvador.
Autonomia
Todo ano a mesma história. Chega julho e agosto, os delegados da PF ligam para a direção e dizem que o dinheiro já era. Isso paralisa operações, mas não investigações.
Moro
O juiz federal Sérgio Moro tem repetido por onde passa: “Não faço questão do meu foro privilegiado. É mais um inconveniente do que um privilégio”. Mas mantém há anos.
Reeleição
Cresceu mil por cento o patrimônio do deputado federal Marcelo Aro (PHS-MG): de R$ 105 mil em 2014, para R$ 1,32 milhão declarados ao TSE este ano.
Outra dele
Não está no livro de memórias, volume 1, mas José Dirceu tem pagado pelos seus pecados no Poder enquanto no topo ficou. Há testemunhas: certa vez no Palácio do Planalto os seguranças do então chefe da Casa Civil empurraram, agressivos, jornalistas que o seguiam – entre eles Poliana Abritta, hoje apresentadora do Fantástico. Dirceu virou-se, sorrindo: “Tá insatisfeita? Chama o Bope”.
Consciência
O ministro Barroso, do STF, diz que falta ‘a tomada de consciência’ para quem se locupleta na corrupção na geração que aí está no Poder. “É muito difícil alguém dizer eu errei e peço desculpas ao povo brasileiro. Todos se dizem vítimas de perseguição”.
Prato limpo
Ciro Gomes está na luta para perder peso. Engordou 5 quilos desde julho, garante a aliados. Na sexta passada a vice na chapa não ajudou. Em Palmas, Kátia Abreu serviu moqueca e bobó de camarão para a cúpula pedetista e o presidenciável. Não sobrou.
Cercadinho
Responsável pela condenação de Fernandinho Beira Mar e outros barras-pesadas, o ex-juiz Odilon de Oliveira, candidato ao Governo do Mato Grosso do Sul pelo PDT, deu um susto em Ciro há dias. Apareceu com 4 seguranças fortemente armados para recepcionar o candidato a presidente em Campo Grande. Ciro ficou pouco tempo.
Noruegueses decolam
O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, tem comprado brigas com pesos pesados. Ao defender a abertura total das empresas aéreas ao capital estrangeiro, contraria interesses das aéreas nacionais. O ministro já conversa com a cúpula da européia Norwegian, incentivando a escandinava a operar filial aqui.
Logo ali
Hoje, quatro empresas concentram mais de 99% do mercado brasileiro – e decidem os altos preços. A medida em análise no Congresso Nacional permite que as estrangeiras operem rotas domésticas desde que criem filiais aqui. Países Colômbia e a Argentina têm metade dos passageiros do Brasil e o dobro de companhias aéreas.
Economia..
A Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro conseguiu reduzir os gastos com a conta de luz nas escolas em cerca de R$ 12 milhões por ano, via renegociação de contratos com concessionárias. Por ano, eram gastos cerca de R$ 34 milhões.
..na ponta do lápis
A ação fez com o que o valor reduzisse para cerca de R$ 25 milhões, queda de 35%. Só com a Enel, a Secretaria economizou mais de R$ 7 milhões/ano. Com a Light, a economia foi de cerca de R$ 5 milhões.
Lembrete
A Constituição pós-redemocratização completa 30 anos no próximo dia 5 de Outubro.

O TRABALHO EM SÍ NÃO ESGOTA - OUTROS PROBLEMAS SIM


Esgotamento profissional

Simone Demolinari 









Acordar cansado é uma reclamação cada vez mais recorrente. Além disso, grande parte das pessoas tem se percebido estressadas, desanimadas e irritadas e, por vezes, acabam se sentindo culpadas por perderem a paciência tão fácil. O que muitos não sabem, é que esse comportamento pode estar diretamente ligado à uma fadiga crônica física, mental e emocional provocada pelo excesso de trabalho.
O trabalho em si não esgota, o que leva um indivíduo a sentir os sintomas de um esgotamento são outros fatores que podem acorrer no contexto profissional:
– Alta competitividade: trabalhar num ambiente hostil, onde não se pode confiar no colega ao lado, é muito desgastante emocionalmente. Alem disso, algumas empresas estimulam a competitividade doentia para tirar proveito disso e acabam criando um clima organizacional tóxico, propício para disputa e inimizades.
–Clima de ameaça: há empresas que ainda acreditam que ameaçar o funcionário é uma ótima forma de motivação. Enganam-se. O indivíduo que vive sob ameaça, ainda que velada, torna-se justamente o contrário: inseguro, desanimado e desmotivado.
–Jornada intensa: muitas empresas atribuem ao funcionário tanta tarefa que, para ele dar conta, é preciso dedicar mais horas do que o previsto. Com isso sacrificam lazer, família e relaxamento. Submetem o corpo e a mente a um constante estado de fadiga altamente prejudicial à saúde psíquica.
–Cobrança excessiva: faz parte da cultura de muitas empresas não respeitar o horário comercial. Com isso, muitos chefes exigem que os funcionários atendam ao telefone ou respondam e-mails de noite, de madrugada e aos finais de semana. Essa exigência, na maioria das vezes, não é dita de forma direta. Porém, aquele que tenta resistir à essa cultura costuma ouvir indiretas irônicas, sofrer boicotes ou até ser demitido.
–Sentimento de injustiça: no ambiente corporativo é muito comum um funcionário ser promovido sem ser por meritocracia e sim por interesses diversos: parentesco, relacionamentos afetivos, solicitação de amigos ou troca de favores. Isso gera um desgaste emocional intenso naquele que empenha esforços e acredita que a empresa irá valorizar sua dedicação.
–Exigência de padrão inatingível: uma coisa é exigir que o funcionário trabalhe com cem por cento da sua capacidade, dando seu melhor e não fazendo o famoso “corpo mole”; outra coisa é exigir dele o impossível. Estabelecer um patamar inalcançável, alem de desumano, cria no funcionário uma sensação de dívida constante.
Quem vive submetido a esse clima organizacional, sem perspectiva de mudança e ainda mal remunerado, acaba adoecendo: deprime, aumenta a ansiedade, irritabilidade, desanimo com a vida, cansaço crônico, busca fuga em “anestesias” como droga, álcool, compras. Mas nada disso resolve a situação, alias, piora. É importante ficar atento e dar a saúde psíquica a mesma importância que a carreira profissional.

DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA É DE US$ 355,733 BILHÕES DE DÓLARES

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