segunda-feira, 29 de maio de 2017

TRAGÉDIA EM MANCHESTER



Polícia prende 14º suspeito de participar em ataque a Manchester

Estadão Conteúdo









A polícia britânica anunciou que deteve um homem de 23 anos na costa sul do país, elevando para 14 o número de pessoas presas na investigação do atentado terrorista da semana passada, em Manchester.

Nenhum dos suspeitos detidos foram identificados até o momento. As autoridades lançaram uma investigação sobre como as posições do radical Salman Abedi, de 23 anos, foram consideradas pela polícia.

Abedi detonou uma bomba minutos após o fim do show da cantora Ariana Grande na última segunda-feira. O incidente deixou 22 morto e é considerado o pior na história do país em mais de uma década. Fonte: Associated Press.


ANGELA MERKEL QUER A UNIÃO DA EUROPA PARA A SUA SOBREVIVÊNCIA



Merkel: Europa já não pode contar só com aliados e precisa permanecer unida

Estadão Conteúdo








Chanceler da Alemanha, Angela Merkel

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu hoje às nações da União Europeia que permaneçam unidas perante as divisões políticas com os Estados Unidos, a decisão da Grã-Bretanha de deixar o bloco e outros desafios.
Falando em um evento de campanha em uma barraca de cerveja da Bavária, Merkel sugeriu que a cúpula do G-7 na Itália que terminou no sábado serviu como um alerta. Os líderes do G-7 não conseguiram chegar a um acordo unânime sobre a mudança climática depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que precisa de mais tempo para decidir se apoiará ou não um acordo climático.

"Os tempos em que podíamos contar plenamente com os outros chegaram de certa forma ao fim, como pude vivenciar nos últimos dias", disse Merkel ao grupo de cerca de
2,5 mil pessoas que se reuniram para ouvir a chanceler e o governador da Bavária, Horst Seehofer. "E assim tudo o que posso dizer é que nós, europeus, devemos realmente tomar nosso destino nas nossas próprias mãos", afirmou, de acordo com a agência de notícias DPA.

Merkel enfatizou a necessidade de manter relações amistosas com os EUA e o Reino Unido e também sublinhou a importância de ser bons vizinhos "onde quer que seja possível, inclusive com a Rússia, mas também com outros". "Mas precisamos saber que devemos lutar pelo nosso próprio futuro, como europeus, pelo nosso destino", afirmou.

Apesar do discurso da administração Trump de "EUA em primeiro lugar" e críticas constantes contra a Alemanha por seu grande superávit comercial, os líderes do G-7 na
Sicília se comprometeram a combater o protecionismo, reiterando "o compromisso de manter os nossos mercados abertos". Eles também concordaram em aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte, ampliar a cooperação na luta contra o terrorismo e sobre a possibilidade de mais sanções contra a Rússia por causa do seu papel no conflito na Ucrânia. Fonte: Associated Press.



POLÍTICOS - SE SÃO CORRUPTOS - NÃO SÃO IMPORTANTES



Operação Lava-Jato deixa cenário das eleições em 2018 indefinido

AFP








Participação de importantes políticos na disputa ainda é incerta devido investigações

Os promotores e juízes da operação 'Lava Jato' estão limpando as fossas do poder no Brasil com métodos que se mostram eficazes - grampos, prisões preventivas, delações premiadas -, mas que geram suspeitas de que almejam transformar o Judiciário em senhor absoluto do País.

O avanço das investigações sobre o esquema de propinas na Petrobras, colocou nas cordas o presidente Michel Temer (PMDB/SP) e, no outro espectro do campo político, ameaça o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) com a prisão.

Além disso, os principais ministros de Temer e dezenas de parlamentares também estão sob investigação. E o juiz federal de primeira instância Sérgio Moro não hesita em proferir sentenças duras contra políticos e empresários que já tiveram o destino do País nas mãos.

Para Daniel Vargas, professor de direito público da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, os jovens juristas que, de Curitiba, desmontam as redes criminosas encasteladas no Estado "têm um protagonismo político inegável" e "conseguem pautar a agenda política mais do que ninguém".

Além disso, compartilham "uma visão de país com um inimigo: a política. Na visão deles, a política está infestada com o vírus da corrupção", disse Vargas à AFP.

A força-tarefa da 'Lava Jato' é comandada pelo procurador da República Deltan Dallagnol, que não se limita a comentar processos penais, mas "faz discursos sobre como o Brasil deveria ser", acrescentou.

Dallagnol: política no sentido amplo

Para Dallagnol, o impacto político da 'Lava Jato' se deve a que "a investigação revelou que a corrupção não se restringe a um ou outro partido político, mas está hoje disseminada no próprio sistema".

"Evidentemente, quando se comprova no contexto judicial que relevantes figuras políticas praticaram corrupção, as informações e provas podem ser apropriadas e usadas em outros cenários e por outros atores, inclusive políticos, mas isso escapa do contexto da atuação dos agentes da Polícia, Ministério Público e Judiciário", explicou Dallagnol em e-mail enviado à AFP.

O cientista político André Singer, que foi assessor de Comunicação Internacional no primeiro mandato de Lula, refere-se aos juízes e procuradores de Curitiba como o "partido da justiça", uma expressão refutada pelos principais interessados.

"Não vejo um 'partido da justiça'", afirma Dallagnol. Para ele, percebem-se esforços de entidades civis, cidadãos, órgãos e agentes públicos contra a corrupção.

"O Ministério Público Federal foi uma das instituições que oficialmente apoiou esse processo (...) Isso se trata de uma atividade institucional e cívica, que pode ser interpretada como política apenas no amplo sentido (...), mas não no sentido de 'política partidária'", acrescenta o procurador.

Moro, um ícone para grande parte da população, nega qualquer ambição política. Mas mesmo assim seria um dos únicos brasileiros capazes de derrotar Lula se disputasse com ele um segundo turno eleitoral, segundo pesquisa Datafolha de 30 de abril.

'Tradição de impunidade'
Silvana Batini, procuradora regional da República no Rio de Janeiro, acredita que os procuradores, o juiz Moro e o Supremo Tribunal Federal (STF, instância encarregada de julgar os casos de políticos com foro privilegiado) têm feito simplesmente o que se esperava da Justiça há muito tempo.

O Brasil tinha "uma tradição de impunidade para o crime de colarinho branco"; mas desde o início da 'Lava Jato', "pela primeira vez na história do Brasil temos rompido com a barreira que blindava uma classe toda", explica Batini à AFP.

Duas das principais ferramentas da ofensiva judicial - e as mais criticadas - são as prisões preventivas e as delações premiadas, que permitiram encurralar tanto Lula quanto Temer.

Temer teve a conversa gravada por um dos donos da gigante da proteína animal, JBS, Joesley Batista, que contou ao presidente, aparentemente sem lhe provocar qualquer reação, sobre as propinas que pagava para se manter a salvo da 'Lava Jato'.

No ano passado, um grupo de mais de cem advogados publicou um manifesto comparando a 'Lava Jato' a uma "inquisição ou neoinquisição", sustentando que a investigação já tem destaque na história do Brasil "no plano do desrespeito a direitos e garantias fundamentais dos acusados".

Batini afirma, ao contrário, que os procedimentos usados se inscrevem dentro da Constituição, embora tenham "certos aspectos difíceis de aceitar", e que o STF atua como "garantidor" de que o País não se afaste desta via.

Panorama indefinido para 2018

Enquanto isso, os eleitores brasileiros se perguntam quem vai sobreviver e quem vai se beneficiar politicamente da tsunami provocada pela 'Lava Jato'.

Personagens com discursos anti-establishment ganham popularidade, como o deputado federal de ultradireita Jair Bolsonaro (PSC/RJ) ou o empresário João Doria (PSDB/SP), que em outubro foi eleito prefeito de São Paulo com um discurso de bom gestor.

"Todos estamos apreensivos pelo que vai acontecer", admite Batini. "Mas o Brasil já tem instituições muito fortes. Não existem hoje aventuras buscando soluções fora da Constituição, fora da institucionalidade", tranquiliza-se a procuradora.

PROPINA SÓ DE DUAS EMPRESAS - TEM MUITO MAIS



Dos cofres públicos para o ralo: dinheiro ilícito poderia garantir melhor atendimento à população

Pedro Ferreira








Os R$ 3,08 bilhões em propina paga a políticos por dois dos maiores conglomerados empresariais do Brasil e do mundo, a JBS e a Odebrecht, cujos executivos e ex-executivos fizeram delações na Operação “Lava Jato”, dariam para construir a Linha 3 subterrânea do metrô de BH, ligando a Estação Lagoinha, no Centro, à Savassi, na Região Centro-Sul, e ainda sobraria dinheiro. Também resolveria pela metade o déficit habitacional de BH, que é de 56,4 mil moradias. A propina garantiria 27,3 mil tetos.
De acordo com delações premiadas, os valores foram pagos a políticos em troca de vantagens fiscais, aprovação de medidas provisórias que favoreciam as empresas, entre outros interesses.
Os donos da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista, disseram ter entregue R$ 1,4 bilhão a 1.829 políticos de 28 partidos, em 214 repasses, conforme consta em 42 anexos apresentados pelos colaboradores. Já as delações da Odebrecht dão conta R$ 1,68 bilhão para 26 partidos.
Os valores não incluem eventuais propinas de outras empresas investigadas, como a Construtora UTC, Andrade Gutierrez e OAS. Algumas mantinham setores para cuidar de vantagens indevidas, os chamados “Departamentos de Propinas”.
A Linha 3 do metrô é orçada em R$ 2,4 bilhões (R$ 490 milhões/km), segundo a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop). O valor inclui cinco estações nos 4,9 quilômetros do ramal, a Lagoinha, Praça Sete, Palácio das Artes, Praça da Liberdade e Savassi.
Os R$ 3,08 bilhões garantiriam a reforma e ampliação dos 28,2 quilômetros de metrô de superfície já existentes, a Linha 1 (Eldorado/Vilarinho), orçadas em R$ 2,9 bilhões (R$ 100 milhões para cada quilômetro). A Linha 1 ganharia mais 1,5 quilômetro, até o Novo Eldorado, em Contagem, Grande BH.
Se a prioridade for o Barreiro, poderiam investir na Linha 2 (Barreiro/Nova Suíça). Os 10,5 quilômetros de metrô de superfície previstos sairiam por R$ 1,6 bilhão (R$ 133 milhões/km).
BR-381
Os R$ 3,08 bilhões são nove vezes o orçamento de R$ 320 milhões disponível neste ano para obras de duplicação de 308 quilômetros da BR-381, da capital a Governador Valadares, Vale do Rio Doce. Os trabalhos começaram em 2014 e andam a passos lentos, sem previsão de término.

Corrupção corrói recursos da saúde, educação e habitação
Cálculos da Associação Contas Abertas, ONG que busca estimular a participação da sociedade no debate sobre as contas públicas, revelam que os R$ 3,08 bilhões dariam ainda para construir 1.540 Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) de porte II, com capacidade para atender 250 pacientes/dia (R$ 2 milhões/unidade), e outras 2.200 de porte I, para até 150 pacientes/dia (R$ 1,4 milhão/unidade).
Dariam ainda 870 escolas com capacidade de 433 alunos por turno (R$ 3.537.430,84 cada unidade), segundo o secretário-geral da instituição, Gil Castelo Branco.
Tomando como base a Escola Estadual Romero de Carvalho, em construção em Pedro Leopoldo, Grande BH, o montante da propina daria para construir 628 unidades de ensino semelhantes (R$ 4,9 milhões/unidade). As unidades teriam dois prédios perpendiculares, com três pavimentos no bloco um e dois pavimentos no bloco 2, composta por dez salas de aulas, dois laboratórios de ciências, sala de línguas, sala de informática, biblioteca, salas para a diretoria, supervisão e professores; banheiros/vestiários para alunos, vestiários para funcionários, cozinha, despensa, área de recreio, para circulação e quadra poliesportiva, todos cobertos. O dinheiro seria suficiente para levantar 1.621 creches para 160 crianças cada (R$ 1,9 milhão/unidade).
O dinheiro garantiria teto para R$ 27,3 mil famílias. Daria para construir 90 conjuntos habitacionais (R$ 34,13 milhões/cada), com apartamentos de dois ou três quartos. O valor tem como base o conjunto habitacional em construção pelo PAC Ferrugem, em Contagem, Grande BH. São 19 prédios de quatro pavimentos e 16 apartamentos cada, para atender 304 famílias.


“A corrupção é um crime contra cada um de nós. Na ótica do que a corrupção subtrai dos recursos da saúde, por exemplo, pode-se afirmar que a corrupção mata”

Gil Castelo Branco
Secretário-geral da Associação Contas Abertas





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