quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

ELEITO NOVO PRESIDENTE DO SENADO BRASILEIRO



Eunício Oliveira é eleito o novo presidente do Senado Federal

Estadão Conteúdo 








Presidente do Senado, Eunício Oliveira


O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi eleito nesta quarta-feira, 1º, o novo presidente do Senado Federal em uma eleição praticamente consensual. Com acordo entre as bancadas, Eunício recebeu 61 votos. Ele disputou a vaga com o senador José Medeiros (PSD-MT), que lançou candidatura sem o apoio do próprio partido, e recebeu apenas 10 votos.

Em discurso anterior à votação, Eunício reforçou a importância de o Senado se manter na corrente de combate à corrupção, mas defendeu que é preciso "ser duro quando um poder tentar se levantar contra o outro".

Empresário com a segunda maior fortuna declarada no Senado, R$ 99 milhões em 2014, o senador é defensor da agenda de reformas do presidente Michel Temer, de quem se diz "amigo" e "parceiro".

Eunício, que também presidirá o Congresso e será o segundo na linha sucessória da Presidência, disse à reportagem que o Poder Legislativo deve debater com profundidade a reforma da Previdência e eventualmente rever a possibilidade, contida no texto, de que a aposentadoria integral só ocorrerá com 49 anos de contribuição. "Nada que entra aqui tem a obrigação de sair do jeito que chegou", afirmou. Mas dá sinais de que trabalhará, se necessário, para garantir o calendário do governo de aprovar a reforma nas duas Casas Legislativas ainda no primeiro semestre. "Discussão rápida não quer dizer não discussão, não debate e não modificação (no texto)."

O peemedebista tem dito que, a despeito da pauta de Temer, vai defender uma agenda de desburocratização do País e que ajude a criar um ambiente propício para os negócios. Para ele, esse debate não pode ser exclusivo do Executivo.

Mesmo como cotado para suceder Renan Calheiros (PMDB-AL) desde a recondução dele, em fevereiro de 2015, Eunício só teve sua candidatura confirmada por aclamação da bancada do PMDB nesta terça-feira, 31, em encontro na residência oficial do Senado. Diferentemente do antecessor, que se envolveu em uma série de conflitos com o Judiciário, o peemedebista tem pregado o diálogo entre os Poderes e disse que pretende se reunir em breve com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia.

VOCÊ É VAIDOSO(A)?



Homens, mulheres e a vaidade

Simone Demolinari 






A vaidade estética sempre se expressou com mais naturalidade nas mulheres que nos homens. Eram elas as responsáveis por lotar os salões de beleza, dermatologia cosmética e clínicas de estética. Já os homens não se preocupavam em nada com a aparência. Aliás, quanto mais rústicos e largados, melhor. A vaidade deles se manifestava na área material através de aquisições de bens, carros, obtenção de status, conquistas amorosas com intuito de exibicionismo, etc. Entretanto, a vaidade masculina, que jamais deixou o palco, retorna à cena, ainda mais forte.
Cada vez mais os homens aderem à indústria da beleza. Frequentam mais a academia, consomem produtos de beleza específico para eles, frequentam spa, fazem lipoaspiração, depilação, sobrancelha, aderem a cortes de cabelo mais ousados, aplicam botox, colocam lentes de contato nos dentes, submetem a ginecomastia (correção de mamas masculinas), aplicam prótese de silicone nas pernas, peito, braços, fazem peeling, lifting facial e inúmeros outros procedimentos antes usados majoritariamente por mulheres.
Essa semana, o assunto mais comentado nos sites de notícia foi o implante capilar de Eike Batista. Vaidoso assumido, o empresário teve sua peruca arrancada ao ser conduzido à penitenciária no Rio de Janeiro. Rapidamente a imagem tomou a internet e aguçou a curiosidade de muitos. A farta cabeleira era falsa. O rei ficou nu. Mas a cena parece que só fez atiçar o desejo. Clínicas de implantes impulsionaram os links patrocinados nas redes sociais e a busca pelo procedimento aumentou.
Dados confirmam que, de fato, a vaidade masculina está aquecendo a economia no Brasil. Segundo estimativa da empresa de pesquisa Euromonitor International, em 2015, os brasileiros gastaram cerca de US$ 5 bilhões com xampu, sabonete, produtos de barbear e cremes. Ainda de acordo com os dados, em 2014, os Estados Unidos lideravam o ranking de vendas no segmento de produtos de beleza masculina, seguido pelo Brasil e Alemanha. Mas a previsão é a de que em 2019 este ranking seja liderado pelo Brasil.
O potencial para ocupar o pódio deriva do fato de o Brasil ter uma forte cultura de erotização e exibicionismo. Quanto menos avançado é o aspecto sociocultural de um país, mais há uma valorização do “ter” em detrimento do “ser”. Com isso, a aparência física ganha mais notoriedade. Ter um corpo sarado, um rosto jovem e uma farta cabeleira ganha mais atenção que ser educado, inteligente, bom caráter e equilibrado emocionalmente.
Não é à toa que a procura por cirurgia plástica é infinitamente maior que a busca pela psicoterapia. Cuidar da casca tornou-se mais importante que cuidar do conteúdo.
Vale a reflexão à luz do escritor Eduardo Galeano: “Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais do que o corpo e a missa mais do que Deus”.


RETRAÇÃO ECONÔMICA NA INDÚSTRIA DO BRASIL



Faturamento da indústria mineira tem quinta queda consecutiva em 2016

Janaina Oliveira 





CONTRAÇÃO - Com consumo em baixa, setor automotivo foi um dos que puxaram para baixo faturamento do setor industrial em Minas

 
A indústria mineira levou mais um tombo em 2016. O faturamento nas fábricas instaladas no Estado despencou 11,6% na comparação com 2015, ano em que a queda chegou a 15,9%. É a quinta retração seguida sentida no caixa das empresas, o que sinaliza que a recuperação do setor será um processo lento.
“Posso afirmar que em menos de três ou quatro anos a indústria não se recupera do baque”, disse o presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Lincoln Gonçalves Fernandes, durante divulgação da Pesquisa Indicadores Industriais (Index) relativa ao ano passado.
Com a derrapada no consumo, o setor automotivo, forte na economia mineira, foi um dos que mais ajudaram a puxar o faturamento da indústria para baixo. No caso dos veículos, o recuo chegou a 40,7% no ano passado, ante 2015.
Para ajustar a produção à demanda de mercado, a Fiat Chrysler Automóveis (FCA), principal montadora instalada no Estado, concedeu, por várias vezes em 2016, férias coletivas e licença remunerada aos trabalhadores da fábrica em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Também foram feitas paradas técnicas. No ano passado no país, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas voltaram aos níveis de 2006. Foram comercializados 1,7 milhão de carros novos, retração de 20,5% ante 2015.
Além do setor automotivo, outros setores importantes em Minas sofreram queda no faturamento: máquinas e equipamentos (-25%); celulose e papel (-13%) e alimentos (-11,9%). “A retração no setor de máquinas e equipamentos evidencia a falta de investimentos. Já no caso dos alimentos, produtos que normalmente iam bem em Minas caíram, como café, laticínios e carne”, disse Fernandes. As indústrias de químicos, bebidas, couro e calçados e produtos de metal também faturaram menos em 2016.

Outros indicadores
O resultado ruim do faturamento global da indústria mineira foi acompanhado por todos os outros indicadores que compõem o levantamento. As horas trabalhadas na produção recuaram 5% em 2016, ante o ano anterior. O setor de máquinas e equipamentos foi o que mais colocou o pé no freio (-27,7%), seguido pelos produtos de metal (-18%).
O emprego também seguiu pelo mesmo caminho, com corte de 7% das vagas. Segundo Fernandes, pelo menos 70 mil vagas foram eliminadas. Em 2015, o quadro havia sido ainda mais grave, com a dispensa de 137 mil trabalhadores.
“A curva em 2015 foi ainda mais acentuada, já que em 2016 o ritmo de demissões caiu pela metade. Isso prova que a crise bateu primeiro na porta da indústria e só depois foi bater no comércio e serviços”, disse ele, que estima uma retomada das contratações apenas no segundo semestre. “Até lá, provavelmente o desemprego vai continuar, embora em escala menor”, afirmou.
Com queda de quase 37% no nível de emprego, o setor de produtos de metal foi o que mais perdeu trabalhadores em 2016. “Esse segmento está fortemente vinculado a investimentos e construção civil, que também têm sofrido”, disse. Máquinas e equipamentos (-20%), têxteis (-13%) e veículos automotores (-7,8%) também reduziram o quadro de pessoal. “O resultado do setor automotivo só não foi pior porque já havia desempregado muito em 2015”, justificou.
O emprego em baixa levou a reboque a massa salarial real e o rendimento médio real, com queda de 9,9% e 3%, respectivamente.

Pelo terceiro ano seguido, produção da indústria no país despenca 6,6% em 2016

A produção industrial brasileira fechou 2016 com queda de 6,6% – a terceira taxa anual negativa consecutiva. Em 2015, a produção do setor havia recuado 8,3% frente a 2014 que, por sua vez, já havia fechado o ano com produção negativa de 3% frente aos 12 meses imediatamente anteriores. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Brasil e foram divulgados ontem pelo IBGE. Eles indicam que as taxas anualizadas (indicador acumulado nos últimos 12 meses) permaneceram com o ritmo de queda iniciado em junho de 2016 (-9,7%).
Apesar dos sucessivos números negativos nas taxas anuais, em dezembro de 2016 a produção industrial do cresceu 2,3% frente a novembro – na série livre de influências sazonais. O resultado de dezembro é a segunda taxa positiva consecutiva, acumulando nos dois últimos meses do ano passado expansão de 2,6%.

Os índices do setor, porém, foram também negativos tanto para o fechamento do quarto trimestre de 2016 (-3,1%), quanto para o acumulado do segundo semestre do ano (-4,2%) – as duas comparações em relação aos mesmos períodos de 2015.

Resultado positivo em dezembro

O crescimento da produção industrial em dezembro reflete resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas e em 16 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE. Entre as grandes categorias econômicas, os destaques ficaram com bens de consumo duráveis, cujo crescimento chegou a expressivos 6,5%, e bens de consumo semi e não duráveis, com alta de 4,1%.

No que se refere aos ramos de atividade, o principal destaque foi o de veículos automotores, reboques e carrocerias, que chegou a crescer 10,8%. Outras contribuições positivas vieram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (5,5%); de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (15,2%), de produtos de borracha e material plástico (8,3%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (10,9%).






quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

GASTOS EXCESSIVOS ARRUINARAM O ATOR



Johnny Depp está praticamente arruinado por gastos excessivos, diz empresa

AFP 








Segundo a TMG, durante quase 20 anos, Deep gastou 2 milhões de dólares por mês


Os gastos desmedidos de Johnny Depp o deixaram à beira da ruína, de acordo com uma demanda apresentada na terça-feira pela empresa que administra as finanças do ator.
Durante quase 20 anos, o ator de 53 anos gastou a quantia de dois milhões de dólares por mês, de acordo com a empresa The Management Group (TMG), que apresentou uma ação contra Depp em Los Angeles por uma dívida que não foi paga
De acordo com a queixa, o astro de "Piratas do Caribe" pagou 75 milhões de dólares por 14 propriedades, incluindo um castelo francês em uma área de 18 hectares, ilhas nas Bahamas, várias casas em Hollywood, penthouses e lofts no centro de Los Angeles e uma fazenda para criar cavalos em Kentucky.
Desde 2000, o ator, que já foi indicado ao Oscar, gastou 18 milhões de dólares em um iate, comprou 45 carros de luxo e desembolsou quase 700.000 dólares por mês em vinhos, aviões privados e com um séquito de 40 pessoas, afirma a ação judicial.
A TMG, com sede em Beverly Hillas, afirma que Depp comprou mais de 200 obras de arte, que incluem peças de Warhol e Klimt entre outros grandes nomes, 70 guitarras de colecionadores e uma memorabilia de Hollywood tão extensa que está guardada em 12 locais.
Depp entrou na justiça em 13 de janeiro acusando a TMG de má gestão de suas finanças, com empréstimos sem a sua autorização e ocultando do ator suas finanças devastadas.
"Durante 17 anos, The Management Group fez todo o possível para proteger o ator de si mesmo", afirmou o advogado da empresa, Michael Kump.
"De fato, quando o banco de Depp exigiu o pagamento de um empréstimo milionário e Depp não tinha o dinheiro, a empresa emprestou para que evitasse uma crise financeira humilhante", completou.
A TMG afirma que advertiu Depp em várias ocasiões sobre os gastos "licenciosos", mas que o ator se limitava a criticar os administradores, aumentando os gastos e exigindo que encontrassem uma maneira de solucionar os problemas.
A empresa, dispensada por Depp ano passado, afirma que o ator deve 4,2 milhões de dólares, o que a levou a embargar os bens do astro.
"O único motivo pelo qual Depp apresentou sua demanda foi para interferir nos esforços da TMG de cobrar a dívida", destaca a empresa.
Depp e a atriz Amber Heard, 30 anos, chegaram a um acordo para encerrar o casamento de 18 meses, segundo o qual o ator se comprometeu a pagar sete milhões de dólares.