quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O SANTO LULA NÃO TEM CULPA



Planalto entra na blindagem a Lula e avaliza CPIs para investigar tucanos

Estadão Conteúdo 




Diante do aumento da pressão da oposição sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT, com o aval do Palácio do Planalto, tenta blindá-lo no Congresso e evitar que as investigações da Operação 'Lava Jato' afetem o governo da presidente Dilma Rousseff.

A estratégia para proteger Lula passa pela coleta de assinaturas para criação de duas CPIs na Câmara que têm governos tucanos como alvo, bem como a distribuição para deputados de uma cartilha editada em três línguas com a defesa do partido e também do ex-presidente petista e a utilização do plenário da Câmara e do Senado como tribuna de defesa dele.

Nesta terça-feira, 2, o PT deu início a campanha, no rádio, na TV e na internet, para defender Lula. A partir de agora, o partido terá o reforça do Planalto e da base de Dilma, apesar de, em privado, ministros e assessores da presidente reconhecerem que as explicações dadas pelo ex-presidente para as suspeitas contra ele foram insuficientes até agora e deixaram muitas perguntas sem respostas.

As medidas da blindagem têm como primeiro objetivo responder ao plano da oposição de apresentar requerimentos para convocar Lula para depoimentos e de criar uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a Cooperativa Habitacional do Sindicato dos Bancários (Bancoop) e sua relação com o PT. A mulher de Lula, Marisa Letícia, teve a opção de compra de uma unidade no condomínio Solaris, no Guarujá (SP), investigado pela Lava Jato e pelo Ministério Público paulista.

PSDB

Após o carnaval, deputados petistas passarão a coletar assinaturas para criar as CPIs da máfia da merenda escolar, com foco no governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e da Mineração, com foco no senador e ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB).

A primeira pretende investigar denúncias de superfaturamento e pagamento de propina em contratos de merenda escolar em São Paulo, que envolvem secretários do governo tucano e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Fernando Capez (PSDB).

Já a outra CPI pretende se debruçar sobre apuração do Ministério Público de Minas Gerais que investiga como a mineradora Samarco conseguiu autorização do governo estadual para a construção da barragem de Fundão, que rompeu em novembro do ano passado.

Em reunião com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, para a condução de Afonso Florence (BA) à liderança do partido na Câmara, deputados receberam uma cartilha intitulada "Em defesa do PT, da verdade e da democracia", editada em português, inglês e espanhol. O material foi publicado no fim do ano passado.

O presidente do partido pediu que os deputados petistas saíssem em defesa de Lula em discursos e na internet.

A ordem foi obedecida de imediato e gerou mais discussão que as avaliações a respeito da visita da presidente Dilma Rousseff ao Congresso, no dia anterior, na tentativa de estabelecer diálogo para levar adiante propostas polêmicas como a reforma da Previdência e a recriação da CPMF.

"Respeitem a história do presidente Luiz Inácio Lula da Silva", bradou o ex-líder da bancada Sibá Machado (AC).

Oposição critica

A oposição criticou nesta quarta-feira, 3, a estratégia do PT de defender o ex-presidente Lula no Congresso. O presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), disse que essa não deve ser a pauta do Legislativo.

"No que depender de mim, não vou trazer esse caso para o embate político. Lula é investigado pela área competente e ele vai poder se defender das acusações", afirmou. Segundo o senador, neste momento o Congresso deve ser um espaço de debate de propostas para sair da crise.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que "assuntos de polícia devem ficar com a polícia". Ele criticou o fato de senadores petistas terem anteontem feito a defesa de Lula logo após a presidente Dilma Rousseff ter discursado na Câmara.

"No outro plenário, a presidente veio com tom de apoio e conciliação. Minutos depois, no Senado, não fizeram uma referência à vinda da presidente ao Congresso e partiram para a agressão a senadores do PSDB e ao ex-presidente Fernando Henrique."

O Ministério Público paulista intimou Lula e sua mulher, Marisa Letícia, a depor, como investigados, sobre um tríplex no Guarujá (SP). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A NOSSA CRISE É POLÍTICA




Jornal Hoje em Dia



Brasília, o centro nervoso da política brasileira, está onde sempre esteve, mas as ações e atitudes de seus habitantes mais ilustres a cada dia mais se deterioram. O presidente da Câmara está em julgamento pelo Conselho de Ética da Casa por falta de decoro, o presidente do Senado, que já é alvo de seis inquéritos envolvendo a operação Lava Jato, pode ser denunciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em mais um caso, ocorrido há oito anos.
Mas o Executivo nacional não fica atrás, com a presidente da República sendo alvo de um processo de impeachment que pode removê-la do cargo. Esse processo vem sendo levado adiante pelo presidente da Câmara. E a mandatária também é alvo de quatro ações no Tribunal Superior Eleitoral pedindo a cassação de seu mandato e do vice-presidente, por supostos financiamentos irregulares na campanha.
O comandante da Câmara, Eduardo Cunha, vem realizando verdadeiros malabarismos para se manter no posto e preservar também o mandato. É acusado de ter mentido em uma comissão parlamentar de inquérito, ao dizer que não tinha conta bancária na Suíça. Na terça-feira, Cunha conseguiu fazer com que o processo retornasse praticamente à estaca zero, ao aceitar recurso de um parlamentar aliado questionando os procedimentos no Conselho, o chamado rito.
Cunha conseguiu ganhar tempo. E, sabendo que a melhor defesa é o ataque, já entrou com recurso, ou embargo de declaração, contra a decisão do STF que impugnou o início do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O Supremo determinou como deve ser o rito na Câmara, o que foi considerado uma intervenção de um poder sobre outro. Mesmo que a iniciativa de Cunha dê em nada, ele promete paralisar a Câmara enquanto o recurso não for analisado.
Já o comandante do Senado, Renan Calheiros, após oito anos de acontecimento do caso, pode se tornar réu por ter supostamente recebido propina de uma construtora para pagamento de pensão à mãe de um filho seu fora do casamento. Em troca, apresentaria emendas que beneficiaram a empreiteira.
Com o país em aguda crise financeira, com a produção sendo paralisada por falta de investimentos em função da queda nas vendas, entre outros problemas, temos esse quadro político de gato e rato. O Brasil merece algo melhor do que isso.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

O BRASILEIRO HONESTO E TRABALHADOR É MUITO INTELIGENTE



Gerador será fabricado a partir de turbina de avião


                            APOSTA - A IAS está ampliando a fábrica em São José da Lapa

Desde 2002 com planos ousados e atuação em um mercado de uso intensivo de tecnologia, a Indústria de Aviação e Serviços (IAS), sediada em São José da Lapa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), está prestes a dar um salto tecnológico que colocará a companhia em outro patamar. Em fase de ampliação do parque fabril, a empresa pretende concluir em até quatro anos a fabricação de motores para produção de energia elétrica e planeja atuar também na fabricação de peças para aeronaves.

O sucesso desse plano levará ao aumento de três a quatro vezes no faturamento da companhia e no quadro de funcionários, hoje de 110 profissionais, na mesma proporção das receitas. A empresa não informou o faturamento, mas de acordo com o portal da Transparência, do governo federal, o Ministério da Defesa, em 2015, direcionou R$ 30 milhões para a IAS. Em 2014 foram R$ 34 milhões. Os recursos são majoritariamente destinados à manutenção de “material aeronáutico”.

A empresa tem a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) como sócia e está em negociações com outro parceiro. Como está enquadrada na Lei de Empresas Estratégicas de Defesa (Lei 12.598/2012), sócios estrangeiros não podem assumir o controle acionário da IAS. As tratativas com o potencial parceiro deverão ser encerradas em até seis meses.

A IAS é uma importante empresa do setor de reparos e manutenção de turbinas, contratada por gigantes do setor. No caso da Rolls Royce, por exemplo, a IAS é a única empresa da América do Sul credenciada para suporte técnico.

O primeiro motor de fabricação da IAS terá 30% de conteúdo nacional e potência de 1 Megawatt. O conteúdo será integralmente nacional em um horizonte de 15 anos. “Estamos queimando algumas etapas, importando o que é possível e usando o conhecimento da eficiência dos motores aeronáuticos para motores de energia, mas temos que trilhar nosso próprio caminho porque há um certo nível de tecnologia que não está à venda”, disse o diretor-geral da IAS, Ronaldo Aldrin.

O desafio maior no momento, observou Aldrin, é tornar o motor viável financeiramente para os potenciais clientes, que “vão de hospitais a fábricas de todo o tipo”, disse. Já o mercado de peças para aeronaves e de equipamentos como turbinas aparece como o “caminho natural” da IAS.

“Quem passa pelo reparo (de equipamentos) adquire capacidade técnica para fabricação, mas precisamos de mais que isso. Estamos cumprindo as etapas para chegar lá”, afirmou o diretor operacional da empresa, Eliseu Alcântara.

Empresa quer ampliar atuação no mercado doméstico

Mais de 90% da manutenção de motores da frota de aeronaves do país é realizada no exterior e é nesse gigantesco mercado em potencial que a IAS também está de olho. Realizar essa manutenção no país é interesse também das companhias aéreas, que hoje precisam recorrer ao mercado europeu, mas falta o acordo com a parte mais importante: as fabricantes, que credenciam quem pode realizar reparos em suas peças e equipamentos.

“Precisamos e estamos trabalhando em cima de um forma de tornar o negócio bom para eles (fabricantes) também. Há negociações nesse sentido, mas isso envolve transferência de tecnologia e é um processo mais complexo”, disse o diretor operacional da IAS, Elizeu Alcântara. A manutenção em turbinas de potência próxima a 30 mil libras de empuxo, usadas em aeronaves de grande porte como Boeing 767 e Airbus A320, tem um custo entre US$ 5 milhões e US$ 8 milhões.

Ao mesmo tempo em que planeja voos mais altos, a IAS também se estrutura para atender às demandas atuais. Está em curso um plano de expansão da fábrica com aumento em 2,7 mil metros quadrados de área construída (atingindo 10 mil metros quadrados), e aquisição de novos equipamentos como impressoras metálicas 3D e soldas especiais. Os diretores da empresa participaram nessa terça (2) do Café Inovar, promovido pelo Centro de Inovação Senai/Cetec, da Fiemg.

SOMOS UM ZERO À ESQUERDA




Márcio Doti




Tenho ouvido esta pergunta com frequência cada vez maior. Diante de cada absurdo que surge nessa sucessão de escândalos, de fatos comprometedores e inimagináveis tentativas de dissimulação, os cidadãos estão a cada dia mais assustados. E o que dizem, o que questionam tem muita razão de ser. Não há como aceitar tantas coincidências, para serem absorvidas por milhões de pessoas que acompanham o evoluir dos fatos e se dizem incapazes de compreender como tanta coisa errada passou debaixo da ponte sem que nada vissem ou tomassem parte aqueles que são ou foram os responsáveis pela vigilância, pelo controle de tudo.
É verdade que existe um contingente pequeno que prefere acreditar que tudo não passa de “intriga da oposição”. Há os que fazem isso por uma crença absoluta nos ídolos que não pretendem destruir, ainda que alguns deles já tenham sido até condenados pela Justiça, tenham ficado ou estão presos, cumprindo as penas que receberam. E também acreditam naqueles que vivem uma liberdade provisória, por mais que tenham situações complicadas a passar pelo crivo da Justiça, ainda estão soltos e serão sempre inocentes aos olhos desses de boa-fé e também aqueles de absoluta má-fé, beneficiários de favores e condições que resultam da manutenção dessas pessoas nos postos chaves de que ainda desfrutam.
Expectadores distantes ousam considerar que essa fase difícil da vida nacional será um dia descrita como um tempo em que vários fatores se conjugaram para produzir um entorpecimento coletivo nascido de várias frentes. O primeiro deles é que se juntaram iguais e semelhantes a patrocinar impunidade e garantir regalias numa conjugação de poder que está construindo uma realidade insustentável por longo tempo. Nem os bilhões que estão sendo investidos na montagem de um falso cenário de aquecimento econômico serão capazes de apagar os danos que o momento produzirá para futuro próximo.
Ao longo de muito tempo, foram construídas as bases para o cenário desagradável que se implantou na vida nacional. Não há outra forma de explicar tantas coisas ruins ao mesmo tempo. O presidente que saiu, o ex-presidente Lula está sendo cercado por indícios, fatos, acusações e constatações que tornam difícil a manutenção de sua auto declarada pureza. A atual presidente, Dilma Rousseff, chegou à reeleição a poder de mentiras constatadas logo após o resultado das urnas. O presidente do Senado, Renan Calheiros, tem sobre sua cabeça suspeitas de participação no megaescândalo da Petrobras, um dos maiores espetáculos deprimentes dos últimos 12 anos, a ele se juntando aqueles outros em processo de apuração quais sejam a venda de medidas provisórias, os financiamentos do BNDES a grandes financiadores da campanha eleitoral de 2014, os grandes contratos de grandes empreiteiras nacionais, também financiadas com juros subsidiados pelo banco de fomento que deveria socorrer, isto sim, as empresas nacionais necessitadas de estímulo e apoio. Juntemos ao grupo o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, sob risco de perda de cargo e mandato por ter sido apanhado com dinheiro na Suíça por autoridades daquele país. O governador de Minas, Fernando Pimentel, personagem de vários relatórios da Polícia Federal, do Ministério Público e da comissão de inquérito da Câmara dos Deputados. Ele, sua esposa Carolina de Oliveira, seu amigo e grande beneficiário de contratos governamentais, Benedito de Oliveira.
Como pode o brasileiro conviver e seguir em frente com tantos absurdos postos juntos? Será apenas em função de um recesso que agora chega ao fim? Ou será fruto de uma conjunção de fatores que caminha apenas para a direção da impunidade? E diante de tudo isto, vale mesmo perguntar: afinal, o que somos?

VINICIUS JUNIOR DO REAL MADRID É FAVORITO PARA GANHAR A BOLA DE OURO

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