quinta-feira, 29 de maio de 2014

FÓRMULA PARA A INGLATERRA VENCER A COPA





Famoso físico diz ter a 'fórmula secreta' para a Inglaterra vencer a Copa

Do UOL, em São Paulo

Stephen Hawking, um dos mais respeitado físicos da atualidade, disse ter uma 'fórmula secreta' para que a Inglaterra tenha mais chances de vencer a Copa do Mundo, apesar de não ser apontada como uma das principais favoritas. Aos 72 anos, ele sofre com uma grave doença, mas fez análises elaboradas sobre aspectos políticos, psicológicos e até mesmo sobre as cores dos uniformes dos times para chegar a uma conclusão. De quebra, ele chamou o uruguaio Luis Suárez de "bailarina".
"Estatisticamente, o uniforme vermelho da Inglaterra é mais vitorioso e também deveríamos jogar no 4-3-3 em vez do 4-4-2. Psicólogos alemães descobriram que o vermelho faz os adversários se sentirem mais acuados, pois a cor mostra uma maior agressividade e dominância", explicou Hawking.
Por outro lado, o físico admitiu que jogar no Brasil, tão longe de casa, poderá ser um problema: "Como todos os animais, a seleção inglesa é uma criatura que tem hábitos. Estar perto de casa reduziria as diferenças culturais. Nós jogamos melhor em climas temperados e de baixa altitude".
Após mais algumas análises, ele acabou cutucando o atacante uruguaio Luis Suárez, do Liverpool: "Os dados mostram também que devemos torcer para que árbitros europeus apitem os nossos jogos. Árbitros europeus são mais simpáticos ao estilo de jogo da Inglaterra e menos simpáticos com 'bailarinas' como o [Luis] Suárez".
Por fim, ele explicou até mesmo como se deve bater um pênalti, sempre que possível usando atacantes: "A chave do sucesso em um pênalti é dar uns três passos e colocar alguma aceleração na bola, mas velocidade não é nada sem colocação".
Hawking tem uma doença degenerativa que paralisou os músculos do seu corpo, mas não afetou de nenhuma forma o seu desempenho intelectual. Para se comunicar, ele usa sensores na bochecha e nos óculos, e assim consegue formar as palavras no computador.


PROMESSAS DA PRESIDENTE DILMA



PROMESSAS DA PRESIDENTE DILMA FEITAS EM 2010

Prometer ninguém é obrigado, se prometeu tem que cumprir.

AS PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS DO GOVERNO DILMA
Fonte: Jornal O GLOBO
As reformas política e tributária foram abandonadas, o crescimento econômico médio deve ser o mais baixo desde a gestão de Fernando Collor de Mello, e não há sinais de que serão cumpridas as metas de expansão de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades Básicas de Saúde (UBS), creches e quadras esportivas cobertas. Em compensação, a erradicação da miséria e a ampliação do emprego seguem em ritmo avançado, e o governo vem cumprindo metas de criação de moradias no programa Minha Casa Minha Vida.
A 12 meses do fim do mandato da presidente Dilma Rousseff, O GLOBO analisou como está cada uma das 46 promessas mensuráveis apresentadas durante sua campanha, em 2010, no documento “Os 13 compromissos programáticos de Dilma Rousseff para debate na sociedade brasileira”. Após levantar junto a ministérios a situação de cada uma, elas foram divididas entre as que caminham em ritmo bom e têm perspectivas de serem cumpridas, e as que estão em ritmo lento, com possibilidade remota de serem alcançadas. Das 46 promessas, quase metade, 22, estão em ritmo lento e outras 24 em ritmo bom. Considerando as dez principais propostas, a proporção é semelhante: cinco em ritmo bom e cinco em ritmo lento.
Dentre os avanços, o mais significativo é a perspectiva de erradicação da miséria, que está a caminho de ser cumprida. A partir da criação do programa Brasil Sem Miséria, que promoveu alterações no Bolsa Família, o governo conseguiu dar a todos os beneficiários uma renda mínima de R$ 70 por mês, retirando assim 22 milhões de brasileiros da linha da pobreza extrema. O desafio agora é encontrar e incluir no programa as famílias miseráveis que ainda não recebem o benefício, hoje estimadas em 550 mil.
Na comparação com o primeiro balanço de suas 46 promessas feito pelo GLOBO na virada de 2012 para 2013, a presidente conseguiu dar novo rumo na política externa e tenta iniciar uma mudança na logística. Diante das dificuldades do governo em fazer as grandes obras de infraestrutura deslancharem por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a presidente recorreu à iniciativa privada concedendo cinco rodovias e seis aeroportos, mas ainda está muito distante da promessa de eliminar os gargalos que limitam o crescimento econômico. Na pauta internacional, Dilma ganhou reconhecimento na crítica à espionagem cibernética do governo americano e obteve uma vitória na defesa da democratização dos órgãos multilaterais com a eleição do embaixador Roberto Azevêdo como diretor-geral da Organização Mundial do Comércio.
Há, no entanto, promessas-chave de sua campanha eleitoral em 2010 que estão longe de serem cumpridas e atingem em cheio duas áreas críticas: Educação e Saúde. É o caso, por exemplo, das creches e quadras esportivas cobertas. O documento de campanha de Dilma dizia explicitamente: “o governo federal assumirá a responsabilidade da criação de 6 mil creches e pré-escolas e de 10 mil quadras esportivas cobertas”. No entanto, segundo o Ministério da Educação, passados três anos de governo foram entregues 1.267 creches — um quinto do prometido. Já o projeto das quadras cobertas foi abandonado. Até agora o governo só concluiu a cobertura de 44 quadras, menos de 0,5% do prometido.
Na Saúde, o problema é parecido. A presidente havia garantido que construiria 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e oito mil Unidades Básicas de Saúde (UBS). O governo diz ter entregue nesses três anos 173 UPAs, sendo que em 2013 o ritmo foi lento, com apenas 29 unidades entrando em funcionamento. Para cumprir sua meta, a presidente terá de fazer em 2014 11 vezes mais unidades que no ano passado. Nas UBS a situação é ainda mais grave. O governo dizia em 2012 haver no país 42.675 unidades deste tipo, mas um censo realizado pelo ministério em 2013 mostrou que o número era de 39.800 unidades, e o governo se nega a dizer quantas novas unidades de fato foram inauguradas sob a gestão Dilma.
Há também as áreas onde o governo alardeia investimentos, mas pouca coisa sai do papel. É o caso do programa de combate ao crack e das obras de mobilidade urbana. Apesar da criação do programa “Crack, é possível vencer”, o número de unidades de acolhimento e leitos em enfermarias especializadas ainda é reduzido. Quando o plano foi criado, a meta era construir 574 unidades de acolhimento, com 15 vagas cada, onde os usuários poderiam passar até seis meses se tratando. Até o momento, apenas 60 unidades saíram do papel. No caso dos leitos em enfermarias especializadas, onde eles são acolhidos nas crises e ficam até sete dias, a meta era abrir 3.508 vagas, mas só há 697 em funcionamento.
Cenário semelhante ocorre na área de mobilidade urbana. A seis meses da Copa do Mundo, segundo o Portal da Transparência do governo federal, foram executados apenas R$ 2,5 bilhões dos R$ 7,9 bilhões previstos para 45 obras de mobilidade ligadas ao evento. Há no PAC outros 206 empreendimentos de mobilidade — sem ligação com o torneio — cujos investimentos totais eram estimados em R$ 93 bilhões, mas até agora foram gastos R$ 2,6 bilhões. Apesar desses valores, Dilma alardeou após os protestos de junho que daria outros R$ 50 bilhões para a área.
Foi também após os protestos de rua que a presidente lembrou a promessa de fazer uma reforma política, envolvendo a sociedade civil. Nos seus primeiros dois anos e meio de governo, Dilma ignorou o tema. Quando O GLOBO fez o balanço de promessas no fim de 2012, integrantes do primeiro escalão negavam que a presidente se envolveria com a reforma, ainda que se tratasse do primeiro ponto das diretrizes de campanha. Consideravam um tema sensível e que geraria cizânia na base aliada. Só em junho, em meio às manifestações, a presidente “redescobriu” a pauta e enviou propostas ao Congresso. O mesmo ocorreu com a reforma tributária, que ficou só no campo das boas intenções, com a carga tributária crescendo e sem que o modelo de cobrança do ICMS fosse de fato solucionado. Seu governo ainda viu recrudescer outro problema que a campanha prometeu solucionar: o analfabetismo. Após 15 anos de quedas constantes, o IBGE captou em 2012 uma estagnação na queda da taxa de analfabetismo, que hoje atinge 8,7% da população. O sonho de erradicá-lo ficou para depois.

Candidata à reeleição e na liderança nas pesquisas de intenção de voto, a presidente Dilma Rousseff terá muito que se explicar com o eleitorado quando, de fato, a campanha desse ano começar. Boa parte das promessas feitas em 2010 não foi cumprida e, apesar de ainda faltar seis meses para o fim de seu mandato, dificilmente a presidente conseguirá tirar do papel tudo que se comprometeu a fazer.
Na área da saúde, por exemplo, as atenções do governo federal se voltaram para o Programa Mais Médicos, instituído somente no segundo semestre de 2013. Apesar da maciça aprovação popular, o programa, no entanto, veio para mascarar as falhas cometidas no setor em três anos. Em 2010, Dilma prometeu inaugurar 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) 24 horas, mas apenas 173 foram terminadas. Outra promessa foi a construção de 8600 unidades básicas de saúde, mas a tarefa está tão longe de ser concluída que o governo se recusa a informar quantas instalações realmente foram feitas.

Boa parte das promessas feitas por Dilma na campanha de 2010 não foram cumpridas nos primeiros anos do governo.

A maior falha do governo na área da saúde, contudo, diz respeito ao Programa Saúde da Família, de efetividade comprovada. Nos dois primeiros anos do governo, as equipes cresceram apenas 6%. Com a chegada do Mais Médicos, a tendência é que esse número caia ainda mais nos próximos anos.
A luta contra o crack também foi negligenciada pelo governo. Das 574 unidades de atendimento prometidas, apenas 60 foram entregues. Dilma disse ainda que abriria 3.508 vagas em enfermarias para dependentes da droga, mas somente 697 estão em funcionamento, menos de 20%.
Educação e segurança
Não é apenas na área da saúde que Dilma frustrou seus eleitores. Na educação, por exemplo, a erradicação do analfabetismo, que seria uma das marcas de seu governo, fracassou. Em 2012, após 15 anos de quedas consecutivas, o número de analfabetos estagnou. Ao invés de zero, hoje a taxa atinge 8,7% da população. Outra polêmica envolvendo as promessas da presidente foram as creches. Dilma disse que construiria seis mil unidades, depois citou dez mil, mas somente 1.267 foram entregues, a maioria feita em parceria com prefeituras e governos estaduais.
Na segurança, outra peça-chave de sua campanha, mais problemas. Dilma prometeu construir 2.883 postos de polícia comunitária no país, mas técnicos do próprio Ministério da Justiça avaliaram o cálculo como superdimensionado. Dos R$ 538 milhões previstos para 2011 e 2012, nenhum centavo foi gasto. As Unidades de Polícia Pacificadora, nos mesmos moldes das construídas no Rio de Janeiro, também ficaram apenas no discurso presidencial.
Infraestrutura deficiente
No entanto, talvez a principal falha do governo tenha sido nos projetos ligados a infraestrutura. Às portas da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, Dilma prometeu uma série de obras e reformas que estão longe de serem concluídas. Nem mesmo todos os estádios onde ocorrerão os jogos ficaram prontos. O trem-bala, que ligaria o Rio de Janeiro a São Paulo, se tornou uma verdadeira lenda. Assim como a expansão do metrô no Rio de Janeiro e Belo Horizonte e a modernização de portos na Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba e Maranhão.
Diante da ineficiência de seu governo, Dilma teve que apelar para a iniciativa privada, por meio de concessões públicas, para sanar diversos problemas de infraestrutura. Foi o que aconteceu com a BR-040 e as ampliações e reformas dos aeroportos de Confins e do Galeão. Outras obras seguem em ritmo lento, como a duplicação da BR-116, que só deverá ficar pronta em 2017 e a construção da Ferrovia Norte-Sul, que já custou R$ 5,1 bilhões aos cofres públicos.
Cadê o Trem Bala!
Economia, a grande vilã
Os desacertos do governo Dilma, em sua maioria, se devem à incompetência do governo para lidar com a economia do país. Após a pujança obtida no segundo mandado do ex-presidente Lula, os últimos anos foram trágicos para as contas públicas. O crescimento ficou aquém das expectativas, com índices inferiores ao de outros países em desenvolvimento. O pesadelo da inflação, que já tinha sido esquecido pelos brasileiros, voltou a atormentar, com altas acima de todas as metas previstas pelo governo. Em 2013, até os juros voltaram a subir, retornando ao patamar de dois dígitos.
Se não conseguiu cumprir suas metas nos primeiros três anos de governo, nada indica que, no último, Dilma alcançará os objetivos traçados na campanha de 2010. Principalmente por se tratar de ano eleitoral, quando a presidente terá que se dividir entre administradora e candidata. Resta saber quais promessas serão renovadas para um próximo mandato e quais serão solenemente ignoradas.
COMENTÁRIO:
Se no seu primeiro mandato as promessas não foram cumpridas, quem irá acreditar nas promessas feitas para o segundo mandato?

quarta-feira, 28 de maio de 2014

ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL

ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL

Os governos Federal e Estadual propagam que a solução para melhorar a qualidade do ensino público é a adoção das escolas integrais. Aumentar o tempo de aula é apenas um requisito para a educação de qualidade. Você pode fazer duas horas de aula e ter uma educação excelente e em oito horas e ter uma educação porcaria.

“A razão da má escola não é a falta de tempo. A escola que está aí não é ruim porque tem pouco tempo, ela é ruim porque tem um método ultrapassado e não existe a preocupação de educar. Só existe a preocupação de passar de ano. A nossa escola não é ruim hoje, ela sempre foi ruim, afirma o professor titular da Faculdade de Educação da USP Vitor Paro”.

A Escola Integral pode beneficiar muito os pobres, desde que haja um planejamento das atividades a serem realizadas e que as mesmas sejam fiscalizadas para serem cumpridas.  

 Na educação integral, o aluno precisa ter garantidas também as educações afetiva, moral, esportiva. Não é só a educação cognitiva, mas de várias dimensões, a média de horas de estudo nas escolas brasileiras públicas é hoje de quatro horas - muito pouco para dar conta de todas essas dimensões.

A diferenciação precisa ser feita para que não se confundida a educação integral com a educação "em tempo integral", puramente a ampliação do tempo em que a criança ou o adolescente permanece na escola. O que já é ruim seria apenas ruim por mais tempo. "Dobrar o tempo dessa escola é criminoso, é sacrificar duas vezes a criança".

A criança rica já tem a sua educação integral, pois, além do tempo escolar é ocupada com outras atividades como: ballet, aulas de línguas, aulas de reforço, esportes especializados, informática e uma série de outras atividades que ocupam o tempo ocioso delas e dos adolescentes.

“Por mais que pareça um assunto contemporâneo, a concepção de escola integral ou educação integral remonta à Antiguidade clássica, mais precisamente ao conceito de educação da Grécia Antiga, que buscava uma formação do homem como um todo: estético, moral, ético, metafísico, físico. De acordo com a pesquisadora Lígia Martha Coimbra da Costa Coelho, em seu artigo "História(s) da Educação Integral", publicado no periódico Em Aberto nº 80, "esse modo (dos gregos) de ver e perceber a formação do homem corresponde à natureza do que denominamos de educação integral: uma perspectiva que não hierarquiza experiências, saberes, conhecimentos". Ainda em seu artigo, a pesquisadora aponta que a educação integral só voltou a ser discutida de maneira mais organizada a partir do século 18, à luz dos ideais da Revolução Francesa, e recebeu contribuições teóricas e práticas ao longo dos dois séculos seguintes, com pensadores como o anarquista Mikhail Bakunin, ou, no Brasil, Anísio Teixeira, passando pela ideia de formação defendida pelos integralistas na década de 1930: "espiritualidade, o nacionalismo cívico e a disciplina".

Muitos pais trabalham e não podem deixar os filhos com a avó ou a empregada e então os deixam na escola. De manhã é aula e à tarde vira um playground ou creche.  Não é disso que estamos falando, aluno de tempo integral é diferente de formação integral, onde o currículo deve ser pensado relacionando as atividades, em que o professor de esportes, por exemplo, vai trabalhar com o de matemática, por isso o projeto político-pedagógico precisa dar conta de estabelecer muito bem essas relações de atividades, assim como as relações entre os turnos. As atividades não podem estar desconectadas do currículo.

 Se a atividade de manhã é apenas centrada nos conteúdos e à tarde é mais lúdica, sem integração entre elas, então essa educação está fragmentada. O conceito de educação integral está perdido.

 A universidade também precisa estar preparada para dar respostas às demandas dessa proposta educacional na formação docente. Vitor Paro, da USP, resume a questão: "A educação integral se faz na sociedade, a criança não depende apenas do educador. Precisamos superar esse modelo de escola que já dura 300 anos"

 Sabendo-se, em função dos números apurados pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que o custo/aluno/ano eleva-se em até 60% para a adoção da jornada estendida, vale mais a pena investir no aumento desse tipo de oferta ou na consolidação dos turnos existentes em bases mais aceitáveis, provendo infraestrutura física e humana para seu funcionamento. Se as duas coisas puderem ser feitas ao mesmo tempo, excelente. Caso não é preciso que se discutam prioridades.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

CLIMA PARA AS MANIFESTAÇÕES DA COPA DO MUNDO NO BRASIL

CLIMA PARA AS MANIFESTAÇÕES DA COPA DO MUNDO NO BRASIL

O clima está estranho. Não temos aquela animação de outros anos ocorridos na época da copa do mundo. Nas grandes capitais o pessoal está temendo possíveis ações de black blocs ou pensando em se proteger de algo pior.

Hoje, há uma diferença muito grande para outras copas em relação às manifestações populares com o futebol. Antigamente era quase um carnaval prolongado, as casas estavam sempre pintadas, enfeitadas com bandeiras o povo manifestava espontaneamente nas ruas através de gritos de “já ganhou” etc.

Esta desanimação popular chama a atenção devido a vários fatores como: a exclusão social, dificuldades do dia-a-dia, problemas políticos, corrupção na máquina pública, falta de segurança, descontentamento em grande parte dos setores produtivos e profissionais, manifestação dos sem teto e dos sem casa, manifestação pela reforma agrária, manifestação dos professores por melhores salários e progressão na carreira além de  inúmeros outros problemas que não são resolvidos pelos nossos governantes.
Esta copa não é do povo que não tem acesso aos estádios devido o preço absurdo dos ingressos não se sentindo mais parte deste processo de Copa, não há o encanto de um futebol que antes mexia com todos.  

Os gastos absurdos com os estádios, as questões da Fifa, do governo e protestos influenciam muito na falta de motivação do povo.


É preocupante a situação antes, durante e após a copa avaliada não apenas pelas manifestações das ruas, mas também pela conversa na rua, nos restaurantes, nos estádios esportivos, nas salas de aula, nas barbearias, nos deslocamentos em táxi e em coletivos. O Brasil está descontente, o clima espiritual do Brasil não é o que desejamos para nós e nossos filhos, entretanto, há uma esperança muito grande para todos nós na eleição presidencial futura para que seja identificado o melhor candidato no elevado cargo e é importante o eleitor não se deixar influenciar por promessas só expressas em campanha política. 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

O ENSINO DE FÍSICA NAS ESCOLAS E OS SEUS PROBLEMAS

O ENSINO DE FÍSICA NAS ESCOLAS E OS SEUS PROBLEMAS

INTRODUÇÃO:

A mídia aborda em linhas gerais os fundamentos da física e como ela pode ajudar na compreensão da vida e da sociedade. Mostra que o conhecimento sobre a física não está restrito ao conhecimento da natureza, mas ao conhecimento da tecnologia desenvolvida na sociedade, a natureza da própria dinâmica social que também está impregnada de situações que resgatam e reforçam conceitos desenvolvidos pela física. A mídia mostra como é importante e necessário compreender a física como parte da vida. Ao fazer analogias com o cotidiano, as personagens trazem os aspectos principais estudados na física moderna, que faz mais de cem anos da sua descoberta, abordando também os principais pensadores da Física e estabelecendo articulações com outras áreas do conhecimento.
Observa-se, nos últimos anos, um sensível decréscimo no número de Licenciados em Física (Professores de Física) formados por Universidades. Face ao grande aumento da população estudantil universitária ocorrido nos últimos anos seria de se esperar um aumento no número de Professores Licenciados e não uma diminuição. Em algumas Universidades não está mais sendo oferecida Habilitação em Física por falta de alunos. É preocupante esta situação e várias são as causas da diminuição no número de licenciados em Física que serão analisadas mais adiante.

PARA QUE SERVE A FÍSICA?

O dicionário define Física como a ciência que estuda as propriedades gerais da matéria e da energia e suas leis fundamentais.
Muitos físicos trabalham na pesquisa pura, tentando encontrar respostas, por exemplo, a este tipo de perguntas:
·        Como o universo iniciou?
·        O que vai acontecer com ele no futuro?
·        Porque o Sol continua brilhando?
·        Quais são as peças fundamentais que compõem a matéria?
·        O que é luz, carga elétrica, gravitação universal, etc?
Os físicos não lidam apenas com os aspectos teóricos. A Física se encontra em todas as esferas da atividade humana o que inclui:
·        Desenvolvimento de tecnologias de produção de energia sustentável (solar, eólica, nuclear, geotermal, etc...)
·        Na medicina: tratamento de câncer pela radioterapia, diagnóstico de doenças por técnicas de imagens como ultrassom, ressonância magnética nuclear, tomografia computadorizada, etc...
·        Desenvolvimento de jogos de computador e videogames etc...
·        Desenvolvimento de equipamentos que utilizamos e achamos comuns como videogames, celulares, tablets, computadores, GPS, são todos eles baseados no conhecimento teórico de elétrons que foi desenvolvido na virada do século XX.
·        Desenvolvimento e produção de equipamentos esportivos.
·        Entendimento e prevenção de terremotos, maremotos, tufões, etc...
·        Classificar coisas (formas, números, objetos, etc...)
·        Correlacionar, por exemplo, a altura da planta com a quantidade de luz ou fertilizante ou água que recebeu, gerando gráficos e tabelas e gerar uma teoria que pode explicar porque o aumento de luz solar até certo ponto acelera o crescimento de uma planta, etc...
Ou seja, a Física acaba servindo para:
·        Projetar aviões, navios, trens, automóveis e até um brinquedo de criança.
·        Projetar uma casa, edifício, ponte, túnel, reator nuclear, acelerador de partículas, bateria, sensor de pragas, detector de metais, etc...
·        Dimensionar as tubulações de água, fios elétricos, cabos telefônicos, cabos de fibras óticas, etc...
·        Construção de motores elétricos e o respectivo ventilador que está resfriando o seu computador agora.
·        Fabricação de monitores de computador, controle do consumo de eletricidade e melhoramento dos materiais semicondutores e cristais líquidos que nele se encontram.
·        Desenvolvimento e fabricação de forno de micro-ondas e todos os equipamentos do lar.
·        Desenvolvimento e fabricação de lâmpadas elétricas mais eficientes.
A Física se encontra em qualquer setor que você possa imaginar, ela permeia toda a nossa sociedade, muitas vezes de forma discreta, mas em sua vida, você já foi mais influenciado pela Física do que você é capaz de imaginar.

POSSÍVEIS MOTIVOS DO FRACASSO DO ENSINO DE FÍSICA:

·        Pouco reconhecimento do professor – O magistério de uma forma geral, e os professores de Física em particular, já não contam com o prestígio de que dispunham na época do “ginásio e do científico”. Este é um motivo de frustação para a classe, cujo esforço só é lembrado quando se decide exaltar seu idealismo. Sem dúvida, idealismo é uma característica forte do magistério, mas não deveria ser mencionado sem que houvesse, em contrapartida, o reconhecimento do seu direito de afirmação dentro da sociedade, através de uma justa compensação do penoso trabalho que realiza. Nas sociedades do primeiro mundo o trabalho dos professores é um dos mais valorizados em todos os aspectos.
Toda profissão merece um bom professor!

·        Baixos Salários – A principal causa da perda de “status” reside na baixa remuneração. Não deve causar estranheza as frequentes desistências dos estudantes dos cursos de Física e o abandono da profissão logo após a formatura. A insatisfação dos professores é muito grande, principalmente para os professores efetivos, pois, um contratado está ganhando o mesmo que ele que tem 10 ou mais anos de serviço. Um professor com título de mestre e um recém-graduado recebem praticamente a mesma remuneração. Nos países desenvolvidos, principalmente na Coreia do Sul, a profissão mais valorizada salarialmente é a do professor. Até quando esta situação irá perdurar?

·        Condições de Trabalho – São de difícil especificação. No que concerne aos professores de Física, são prejudicados pela reduzida carga semanal nas escolas de segundo grau para uma ou duas aulas semanais e no máximo três em algumas escolas. Isto significa que,  para alcançar um salário melhor, o professor de Física deve atender cerca de muitas turmas com 40 alunos por sala por semana. Diante de uma situação dessas, como falar em ensino individualizado, com aulas de laboratório e em outras tantas coisas que poderiam contribuir para a melhoria do ensino, quando se sabe, que os laboratórios, se existem, são precários e insuficientes. Não são poucos os professores de Física que optam pelo ensino de Matemática, onde recebem um número maior de horas/aula por turma.
·        Dificuldade do Curso – O nível exigido do aluno de licenciatura de Física ainda é relativamente alto, contribuindo desse modo, para manter afastado o risco de uma formação prejudicada. Em confronto com outras áreas que também formam professores, a dificuldade do curso de Física é um obstáculo que, uma vez transposto, não oferece nenhuma vantagem adicional de salário.

·        Desestímulo na escola – Na maioria das escolas, principalmente as escolas públicas, a Física passou a figurar como disciplina de segundo plano, tanto é que,  por falta de professores especializados, qualquer outra profissão pode dar as aulas, principalmente os professores com formação em Matemática. O resultado é um ensino extremamente deficiente, com reflexos negativos tanto na formação do aluno como em suas atitudes frente à Física. Não é de se estranhar, pois, que tão poucos secundaristas se decidam pelo ensino da Física como profissão.

·        Conclusão Final – A Física e algumas outras disciplinas diferenciam-se das demais pelo fato de serem experimentais, isto é, exigem a presença de laboratório. Deveria existir um mecanismo de compensação para cada aula de laboratório ministrada, pois é sabido que a preparação de aulas experimentais exigem tempo, do qual um professor com uma elevada taxa semanal de aulas não dispõe. Uma solução para estimular os professores de Ciências a ministrarem um maior número de aulas de laboratório poderia ser a redução de carga horária em aula, medida esta que deveria ser adotada pela necessidade urgente de um ensino cujo procedimento adote o método de trabalho específico das disciplinas científicas.

Fontes:
UFRGS Rolando Axt;  Fernando L da Silveira; Marco A.  Moreira – Instituto de Física
http://fisica.lucem.org/curiosidades/para-que-serve-a-fisica