segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A MORTE DEVAGAR



A MORTE DEVAGAR

Martha Medeiros

“Morre lentamente quem não troca de ideias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente  quem faz da televisão seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem e, ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos ís a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de inicia-lo, não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã,  portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos evitar a morte em suaves prestações, lembrando sempre,  que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar”.

A MORTE DEVAGAR



A MORTE DEVAGAR

Martha Medeiros

“Morre lentamente quem não troca de ideias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente  quem faz da televisão seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem e, ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos ís a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de inicia-lo, não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã,  portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos evitar a morte em suaves prestações, lembrando sempre,  que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar”.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

CARACTERÍSTICAS DE EMPREENDEDORES DE SUCESSO



As dez características dos empreendedores de sucesso

O consultor americano Stephen Covey diz que Os donos de negócios bem-sucedidos são mais parecidos do que se imagina
Por Carolina Sanchez Miranda

Paixão pelo que fazem
Paixão e persistência também fazem parte do seu perfil. "Só sobrevivi porque eu adoro informática", diz Kuradomi, que acredita que o segredo de seu sucesso é fazer o que gosta. Para quem está começando, Alves recomenda muita persistência. "Nos meus 15 anos como empreendedor, pensei mais de 13 vezes em desistir. O que sempre me motivou foi observar a carreira de muitos empresários que chegaram a falir antes do sucesso." o estilo faz a diferença.
Características dos empresários de sucesso, segundo Stephen Covey:

1. Valorizam o trabalho em equipe
Empresários bem-sucedidos reconhecem que formar uma equipe significa obter resultados. Eles sabem que jamais uma pessoa sozinha será responsável pelo êxito de qualquer empreendimento. São atenciosos e valorizam aqueles que merecem
2. Estão dispostos a enfrentar mudanças
Eles entendem que mudanças são inevitáveis e sabem se adaptar a elas para que o negócio cresça
3. Cercam-se de diversidades
Empreendedores bem-sucedidos maximizam a produtividade de seus negócios empregando pessoas que julgam suas fraquezas irrelevantes. Eles também enxergam, na força de outras pessoas, oportunidades e não ameaças
4. Lidam sabiamente com feedbacks e críticas
Instruem e dão feedbacks de maneira a responsabilizar seu pessoal em vez de menosprezá-lo. Estão sempre disponíveis para aceitar feedbacks e críticas
5. Possuem visão e planos para alcançar as metas
Empresários de sucesso sabem o que querem. Eles identificam o que é mais importante para atingir o sucesso e não estão dispostos a sacrificar o que é extremamente importante em função do que é meramente importante. Eles criam um plano estratégico para definir como atingirão suas metas e prazos para que isso aconteça
6. Buscam, de forma pró-ativa, oportunidades
Eles não esperam que as oportunidades venham até eles. São pró-ativos e estão sempre preparados para receber novidades
7. São trabalhadores incessantes e determinados
Obcecados pelo trabalho, os empresários bem- sucedidos são altamente eficazes durante suas horas de jornada, mas sabem bem a hora de ir para casa! Buscam equilibrar todos os aspectos de sua vida
8. Entendem que remover barreiras é necessário
Eles não têm medo de afastar um empregado que não está apto a exercer determinada função ou que resiste a mudanças referentes ao crescimento da empresa
9. São pessoas altamente enérgicas
Estes empreendedores de sucesso buscam em sua alma a energia de que necessitam para manter e fazer crescer seu negócio. Sua energia contagia e inspira os outros
10. Nutrem constantemente o espírito empreendedor assumindo riscos e aprendendo com os erros
Dispostos a assumir riscos, aprendem com os próprios erros. Esses empresários tomam decisões rapidamente para evitar a burocracia encontrada em organizações maiores

Sem se abater

Como no meio do caminho há sempre muitas pedras, esses e outros empresários precisaram, segundo Covey, nutrir constantemente seu espírito empreendedor, assumindo riscos e aprendendo com os erros. "Eles estão sempre dispostos a assumir riscos e aprendem com os próprios erros. Além disso, tomam decisões rapidamente para evitar a burocracia encontrada em organizações maiores", afirma. Logo no início, Kuradomi descobriu que nem todos os clientes eram bons pagadores. "Eu era um bom programador, mas não tinha experiência para administrar", lembra.

Márcio Masulino Alves também passou por maus bocados. Ele começou sua carreira de empresário à frente da Editora HMP um pouco mais tarde que Kuradomi e Miano, aos 27 anos. Até essa idade, trabalhou no departamento de marketing de empresas multinacionais. "Logo percebi que havia uma grande diferença entre ser um executivo em uma empresa e ser responsável por tudo em uma empresa. Não tinha a mínima idéia do que era uma duplicata."

Antes de fazer sua empresa decolar, Miano foi convidado para trabalhar em uma agência de publicidade de médio porte para fazer o mesmo trabalho e aceitou. "A minha idéia era fechar a DigiPronto e transferir a carteira de clientes, já que o salário era bom e eu me achava muito jovem para tocar o negócio", lembra. Ao amadurecer a idéia, no entanto, desistiu da mudança. O que incomodava Miano era a sensação de estar abandonando "o filho que acabara de parir". Mas a experiência como empregado depois de ter aberto seu negócio próprio foi enriquecedora. "Adquiri uma visão comercial muito melhor."

Os empresários de sucesso, segundo Covey, não se deixam abater por pequenas dificuldades. "Eles possuem visão e planos para alcançar as metas. Sabem o que querem. Identificam o que é mais importante para atingir o sucesso e não estão dispostos a sacrificar o que é extremamente importante em função do que é meramente importante", diz. Se não agirem assim, podem perder oportunidades.

A sorte de Kuradomi mudou quando dois empresários, que haviam feito um grande investimento malsucedido na tentativa de automatizar seus negócios conheceram o sistema que ele havia desenvolvido para a loja de autopeças de seu tio. "Quando me viram, a primeira coisa que perguntaram foi: mas o Orácio é você?" Mesmo assim, falaram sobre suas necessidades para o jovem empreendedor. "Eu disse que fazia o trabalho em um mês, mas queria poder começar do zero. Eles toparam e então comecei a decolar", afirma.

Diversidade Miano também enfrentou a falta de credibilidade decorrente da pouca idade. "Pelo menos duas vezes, lembro-me de estar em reuniões e de me perguntarem se meu diretor não participaria", diz. Entre os profissionais contratados por Kuradomi, Miano e Alves as reações não foram tão diferentes. Mas eles souberam lidar com a situação e não evitaram contratar pessoas mais velhas do que eles.De acordo com Covey, os empreendedores de sucesso cercam-se de diversidades. "Eles enxergam, na força de outras pessoas, oportunidades e não ameaças", afirma.


Saber contratar pode ser a chave para o sucesso

Correção de rota Para Kuradomi, saber contratar também é fundamental. "É preciso formar uma equipe de pessoas competentes, não com parentes e amigos de conhecidos", diz. Alves lembra que foi difícil liderar pessoas mais velhas. "É preciso provar que se tem condição de ser chefe", comenta. Hoje, ele não passa mais por essa situação, mas já precisou deixar claro que o funcionário teria que seguir suas regras porque, como empresário, o risco do negócio era dele.

Faz parte do perfil do empresário bem-sucedido compreender que remover barreiras é necessário, segundo Covey. "Eles não têm medo de afastar um empregado que não está apto a exercer determinada função ou que resiste a mudanças referentes ao crescimento da empresa", ressalta. Alves chegou a perder o sono por ter demitido uma pessoa, mas não deixou de fazê-lo. "Não é tarefa fácil dispensar um pai de família, mas hoje consigo lidar melhor com essa situação", afirma. No dia-a-dia de uma empresa, a necessidade de mudança é constante. Não apenas em relação à equipe, mas também frente ao direcionamento do negócio.

 É preciso estar sempre aberto ao novo e achar maneiras novas de encarar os desafios, de acordo com Covey. Quando Miano percebeu que fazia sites complexos, cobrando muito pouco, mudou seu modo e sua estratégia. "Daí em diante, comecei a atender clientes de médio e grande porte", afirma. "Os empreendedores de sucesso entendem que mudanças são inevitáveis e sabem se adaptar a elas para que o negócio cresça", afirma Covey. Ao corrigir constantemente sua própria rota, os empresários que conseguiram transformar seus empreendimentos em grandes negócios não se esqueceram de orientar a equipe a fazer o mesmo. "Eles sabem lidar sabiamente com feedbacks e críticas", diz Covey.

Na visão de Alves, o empreendedor bem-sucedido é aquele que consegue fazer sua empresa funcionar sem ele. "Ao dar autonomia para os funcionários, eles se sentem motivados e trabalham melhor", diz. Mesmo delegando tarefas, uma característica dos que se tornaram grandes empresários é trabalhar incessantemente. "Obcecados pelo trabalho, são altamente eficazes durante suas horas de jornada, mas sabem bem a hora de ir para casa! Buscam equilibrar todos os aspectos de sua vida", comenta Covey.

Bateria extra

Para Miano, esse é um desafio perseguido constantemente. "Acho que a grande dificuldade de ser empresário é determinar seu próprio pique. E minha experiência me mostrou que, quando isso não é feito de maneira adequada, se reflete diretamente no faturamento", afirma. De maneira surpreendente para muitos, os empresários de sucesso parecem ter uma pilha que não descarrega nunca. "São pessoas altamente enérgicas", observa Covey.

"Os empreendedores bem-sucedidos buscam em sua alma a energia de que necessitam para manter e fazer crescer seu negócio. E essa sua energia contagia e inspira os outros." Talvez a palavra energia não explique sozinha a disposição dessas pessoas.


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

LEI ANTICORRUPÇÃO



SERÁ QUE A CORRUPÇÃO DE ORGÃOS PÚBLICOS VAI ACABAR?

A Lei Anticorrupção que entrou em vigor ontem (29/01/2014) de mudar, para melhor, o modo de se fazer negócios no Brasil. Dependendo da forma que for aplicada a nova legislação pode ser contra ou a favor da corrupção.  
A maior inovação é que uma empresa beneficiada pela corrupção pode ser punida com multas elevadas, mesmo que os proprietários não tenham autorizado o pagamento de suborno praticado por qualquer empregado ou por uma empresa terceirizada.
Com anova lei, a multa pode variar de 0,1% a 20% do faturamento bruto. Quando não for possível calcular esse valor da multa, o juiz deverá estipular o valor da mesma, numa escala que varia de R$ 6 mil a R$60      milhões. Nos casos mais graves, o governo pode pedir à Justiça o fechamento ou a suspensão parcial das atividades da empresa corruptora.
Haverá empresas que vão apostar em corrupção no Judiciário ou na tradição brasileira de aprovar leis “pra inglês ver” e continuarão agindo à margem da lei e concorrendo de forma desleal com as que se comportam eticamente.
Mas aquelas que têm compromisso com a própria sobrevivência e com a sustentabilidade certamente tomarão providências, tendo em vista a nova legislação.
A nova regra poderá inibir casos de “caixa dois”. É um instrumento que vai fazer com que os governos e empresas pensem duas vezes ao fazer            “ coisas erradas”  devido o rigor da lei d’agora em diante.
O ministro do CGU, Jorge Hage, acredita que a inovação da lei anticorrupção, que poderá ser aplicada nas três esferas de governo, seja a instituição da “responsabilidade objetiva” da empresa. Se qualquer pessoa na estrutura da empresa mandar alguém pagar ou oferecer propina ou fraudar uma licitação, a empresa responde objetivamente. Ninguém mais do que a empresa vai ter a preocupação de vigilância total sobre toda a sua estrutura.
A Lei combate a prática de corrupção, que no governo costuma acontecer com o conhecimento de servidores comissionados ou de políticos, que podem levar a um processo de inelegibilidade. Até então, eram punidos os agentes públicos flagrados em casos de corrupção. Fora as punições administrativas, há as judiciais. O Ministério Público (MP) poderá acionar as empresas antes mesmo da regulamentação prevista para os processos administrativos.
Nos casos mais graves, como no uso de outro CNPJ para burlar a punição ou uso de “laranjas”  a pessoa jurídica poderá ser suspensa ou extinta compulsoriamente.
O IMPORTANTE NA LEI É QUE ELA CONDUZ À IDENTIFICAÇÃO DOS REAIS BENEFICIÁRIOS DA CORRUPÇÃO E A SUA PUNIÇÃO, NÃO COM AMEAÇAS DE PRISÃO, MAS PELO FATURAMENTO – A PARTE MAIS SENSÍVEL DE QUALQUER EMPRESA. É UMA LEI NECESSÁRIA 

SERÁ QUE ESSA LEI NAS VÉSPERAS DE ELEIÇÕES NÃO É MAIS UMA PROPAGANDA POLÍTICA?