Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades
Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das
Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de
Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região,
professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin
de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das
Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da
Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de
Direito da Feco mercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras
(APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).
Assisti, outro dia, pelas redes sociais, vídeo sobre a
invasão do Congresso Nacional, ocorrida em 24 de maio de 2017, por
elementos do PT e do MST, com destruição de dependências do Parlamento e
incêndios provocados à entrada. Naquele dia estava numa audiência com o
Ministro Celso de Mello no STF e tomamos conhecimento do que ocorria
pelo rádio, em seu Gabinete, assim como a decretação do estado de
emergência pelo presidente Temer, tal a gravidade do atentado e a
determinação para que o Exército tomasse as medidas necessárias para que
o episódio fosse encerrado com a desocupaç& amp; atilde;o do
Legislativo.
Apesar da gravidade do atentado contra os Poderes, nenhum
dos invasores, depredadores e agressores de funcionários sofreu um
processo judicial.
No ano passado, em sessão da Academia Paulista de Letras
Jurídicas, o acadêmico e ex-presidente da República, Professor Doutor
Michel Temer, em Conferência, esclareceu que não puniu aqueles
baderneiros, pois decidiu seguir o exemplo do ex-presidente Juscelino
Kubitschek que anistiara o revoltosos de Aragarça e Jacareacanga que,
com armas, tentaram um golpe de Estado, em seu governo.
Comparando os atos de 2017 com os de 8 de janeiro de 2023, neste
houve um número maior de pessoas, mas não agressões a funcionários
públicos, embora tenha ocorrido, também, depredações que se estenderam
ao Executivo e Legislativo, sem necessidade, entretanto, de decretação
do Estado de Emergência sendo que, com um contingente não expressivo de
militares, o Presidente Lula encerrou a baderna, prendendo 1.700
manifestantes desarmados, sem necessidade de dar um tiro sequer.
Sendo assim, verificando os vídeos, nas redes sociais, das duas
manifestações condenáveis, a única diferença foi na extensão maior
daquela de 2023 e haver feridos na de 2017, no Governo Temer. As
destruições, entretanto, de prédios públicos foram as mesmas.
Há duas semanas, um cidadão suicidou-se perante o Supremo Tribunal
Federal, com evidente perturbação mental, tendo se descoberto por
mensagens que queria matar o Ministro Alexandre de Moraes.
Em 2018, um outro cidadão esfaqueou o então candidato Bolsonaro,
durante a campanha, em fato semelhante ao tiro dado em Trump neste ano,
nos Estados Unidos.
Os dois fatos são muito parecidos, assim como as duas manifestações baderneiras de destruição de prédios públicos.
Ocorre, todavia, que a imprensa e os políticos de Esquerda entenderam
que as badernas ocorridas no Governo Temer não foram nem tentativa de
golpe e nem atentado violento ao Estado de Direito, mas as de 8 de
janeiro foram, assim como o esfaqueamento ao ex-presidente Bolsonaro
fora considerado ato isolado, mas o suicídio de quem queria atentar
contra o ministro Alexandre de Morais,um ato vinculado a grupo que
pretendia um golpe e um atentado ao Estado Democrático de Direito, sem
nenhuma prova neste sentido.
Confesso ser cada vez mais difícil interpretar o nosso Direito, tendo
a nítida impressão de que o Brasil possui duas espécies de hermenêutica
jurídica, em que fatos e circunstâncias semelhantes, devem ser punidos
quando praticados por conservadores e desconsiderados quando quem os
pratica milita na Esquerda.
Pergunto-me, parafraseando o poeta, “Mudou o Brasil ou mudei eu?”.
Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades
Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das
Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de
Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região,
professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin
de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das
Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da
Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de
Direito da Feco mercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras
(APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).
Posição na hierarquia: cargo influencia nível do engajamento dos brasileiros
O estudo mostrou que quanto mais próximos do centro de poder, mais
engajados estão os profissionais. Isso porque, mais próximos dos
processos de tomada de decisão e com bônus mais altos, há uma tendência
natural de que os executivos estejam mais satisfeitos e, assim, mais
engajados.
O nível de engajamento dos executivos é de 72%, enquanto o dos colaboradores é 32%;
Remuneração e Benefícios e Confiança na Liderança são os aspectos
que tanto os líderes intermediários quanto os colaboradores mais
discordam em relação à alta liderança.
Quais dimensões mais possuem impacto no engajamento?
Confiança na Liderança é a dimensão que mais possui impacto no engajamento dos colaboradores.
O estudo constatou que quando há maior transparência e coerência por
parte dos líderes, os colaboradores tendem a valorizar e se engajar
mais com seus empregos.
Veja as outras dimensões, respectivamente:
Confiança na liderança
Crescimento e desenvolvimento
Boas práticas de gestão
Ambiente de trabalho positivo
Remuneração e Benefícios
Significado do trabalho
E o que isso significa, afinal?
É interessante observar que essas dimensões não operam de forma
isolada. A confiança na liderança, por exemplo, impacta diretamente
o crescimento e desenvolvimento dos colaboradores, pois líderes
transparentes e competentes são mais propensos a investir no
aperfeiçoamento da equipe.
Da mesma forma, um ambiente de trabalho positivo e uma gestão eficaz
favorecem o desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores,
tornando-os mais engajados e motivados. Essas dimensões se entrelaçam e
reforçam mutuamente, criando um ciclo positivo que alimenta o
engajamento contínuo.
Por que é importante ter funcionários engajados?
Menos rotatividade: o estudo mostrou que, quanto
maior a falta de engajamento, maior a probabilidade de um trabalhador
pensar em pedir demissão. Isso porque 93% dos profissionais ativamente
desengajados pensaram em deixar o emprego nos últimos três meses, número
que cai para 53% entre quem está engajado.
Aumento de produtividade: funcionários engajados
tendem a ser mais produtivos, pois estão mais motivados e comprometidos
com suas tarefas. Eles trabalham com mais dedicação e eficiência, o que
ajuda a empresa a alcançar seus objetivos mais rapidamente.
Clima organizacional positivo: o engajamento
contribui para um ambiente de trabalho positivo, onde os funcionários se
sentem valorizados e motivados. Um bom clima organizacional melhora a
colaboração entre equipes e gera mais satisfação no trabalho.
Como quebrar o ciclo de desengajamento
Você contrata, treina, paga um bom salário e, ainda assim, se vê diante de um ciclo de perdas de talentos para o mercado.
Existe, nesse contexto, um cobertor curto difícil de lidar. Mas
existe também um novo modelo de gestão que engaja sem inflar a folha de
pagamentos e que transforma desinteresse em engajamento.
Eu e o ChatGPT sobre Divulgação Empresarial na Internet
Eu: Moysés Peruhype Carlech
Os empresários hoje fazem as suas compras de mercadorias para os
atacadistas através da internet, usa-se muito pouco vendedores hoje em
dia, poucas empresas anunciam os seus produtos pela internet e a maioria
não. Por qual motivo isso acontece. Aqui no Vale do Aço temos o
Marketplace Valeon criado para alavancar as vendas dessas empresas que
não divulgam os seus produtos e através do site da valeon marketplace
isso é possível por um preço bem razoável e barato. Por que não o fazem?
Favor descrever esse assunto.
ChatGPT
Existem várias razões pelas quais algumas empresas podem hesitar em
utilizar plataformas online, como o Valeon Marketplace, para divulgar e
vender seus produtos. Algumas das razões mais comuns incluem:
Falta de Conhecimento Tecnológico:
Muitos empresários podem não estar familiarizados com a tecnologia
necessária para operar uma loja online. Isso pode incluir a criação e
manutenção de um site, a gestão de inventário online, e a compreensão de
como lidar com transações eletrônicas.
Resistência à Mudança:
Algumas empresas têm uma cultura organizacional tradicional e são
resistentes à adoção de novas tecnologias. A mudança para um modelo de
negócios online pode ser vista como disruptiva e, portanto, não é
implementada.
Custos Iniciais e Investimento:
Embora você mencione que o Valeon Marketplace oferece preços
razoáveis, algumas empresas podem perceber a criação e manutenção de uma
presença online como um investimento inicial significativo. Elas podem
não estar dispostas a alocar recursos financeiros para essa transição.
Segurança e Privacidade:
Algumas empresas podem ter preocupações sobre a segurança de
transações online e a privacidade dos dados do cliente. O receio de
falhas de segurança pode dissuadi-las de adotar uma presença online.
Foco em Clientela Local:
Empresas que têm uma clientela local consolidada podem não ver a
necessidade imediata de expandir para o mercado online. Elas podem
acreditar que o modelo de negócios tradicional atende bem às demandas
locais.
Falta de Conhecimento sobre Oportunidades Online:
Algumas empresas podem não estar cientes das oportunidades que a
presença online pode proporcionar. A falta de educação sobre os
benefícios do comércio eletrônico pode ser um obstáculo.
Concorrência com Grandes Plataformas:
Algumas empresas podem hesitar em competir com grandes plataformas de
e-commerce, temendo que seus produtos se percam na concorrência com
outras ofertas mais populares.
Logística e Distribuição:
A gestão da logística e da distribuição de produtos comprados online
pode ser complexa para algumas empresas, especialmente aquelas que não
estão preparadas para lidar com o aumento potencial na demanda.
Incentivar e educar as empresas sobre os benefícios de estar online,
além de oferecer soluções acessíveis como o Valeon Marketplace, pode
ajudar a superar algumas dessas barreiras e incentivar uma maior
participação no comércio eletrônico.
Eu
Fale mais sobre educar os empresários a divulgarem mais os seus produtos através do site marketplace da valeon do Vale do Aço.
ChatGPT
Claro, vou abordar alguns pontos que podem ser relevantes ao educar
empresários sobre a divulgação de produtos através do site marketplace
da Valeon no Vale do Aço:
Consciência sobre o Potencial do Marketplace:
Destaque a importância do marketplace como um canal de vendas eficaz e acessível.
Explique como a Valeon, por ser uma plataforma consolidada na região, oferece visibilidade adicional aos produtos.
Treinamento sobre Uso da Plataforma:
Desenvolva programas de treinamento para ensinar os empresários a criar e gerenciar suas lojas virtuais na Valeon.
Inclua tutoriais práticos sobre a listagem de produtos, precificação, gestão de pedidos e interação com clientes.
Otimização de Páginas de Produtos:
Eduque sobre a importância de descrições detalhadas e imagens de alta qualidade para atrair consumidores.
Enfatize a necessidade de utilizar palavras-chave relevantes para aumentar a visibilidade nos resultados de pesquisa do site.
Estratégias de Marketing Digital:
Ensine estratégias de marketing digital específicas para o marketplace, como o uso de anúncios patrocinados na plataforma.
Explique como as redes sociais e outras ferramentas online podem ser integradas para promover produtos.
Gestão de Comentários e Avaliações:
Incentive a importância de gerenciar feedbacks dos clientes.
Demonstre como boas avaliações podem aumentar a confiança dos compradores e impulsionar as vendas.
Políticas de Atendimento ao Cliente:
Eduque sobre a importância de um excelente atendimento ao cliente.
Destaque como responder prontamente a perguntas e resolver problemas pode impactar positivamente a reputação da empresa.
Monitoramento de Métricas de Desempenho:
Ensine os empresários a utilizar as métricas fornecidas pela Valeon para avaliar o desempenho de suas lojas.
Mostre como ajustar estratégias com base em dados, como taxas de conversão e padrões de compra.
Promoção de Colaboração:
Incentive a colaboração entre empresários para promover produtos complementares.
Destaque a possibilidade de criar ofertas conjuntas ou parcerias estratégicas no marketplace.
Atualização Constante:
Ressalte a necessidade de manter as informações do negócio e dos produtos atualizadas.
Mantenha os empresários informados sobre novas funcionalidades ou ferramentas disponíveis na plataforma.
Apoio Técnico e Consultoria:
Ofereça suporte técnico contínuo para ajudar os empresários a superar desafios.
Considere a possibilidade de fornecer consultoria personalizada para otimizar a presença online de cada negócio.
Ao combinar esses elementos, os empresários estarão mais bem
preparados para aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo
marketplace da Valeon no Vale do Aço.
História de ANA POMPEU, ADRIANA FERNANDES, IDIANA TOMAZELLI, CATIA SEABRA E RENATO MACHADO – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em um pronunciamento de 7
minutos e 18 segundos em cadeia de rádio e televisão, Fernando Haddad
anunciou medidas que, segundo ele, vão gerar economia de R$ 70 bilhões
para as contas públicas nos próximos dois anos. O ministro, no entanto,
não usou a palavra “corte” nenhuma vez.
“As decisões que tomamos, a partir de hoje, exigem coragem, mas
sabemos que são as escolhas certas porque garantirão um Brasil mais
forte, mais justo e equilibrado”, disse o ministro.
A expectativa pelo pronunciamento causou impactos no mercado
financeiro durante o dia. A divulgação da notícia de que a isenção do
Imposto de Renda de Pessoa Física seria elevada para R$ 5.000 provocou
disparada do dólar, que fechou a R$ 5,91, maior valor nominal da
história.
Vista como populista pelo mercado financeiro, a correção da tabela é
uma promessa de campanha de Lula, que cobra a medida de Haddad desde o
início do governo.
Segundo o ministro, a medida não trará impacto fiscal porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará mais imposto.
O pacote, aguardado há semanas, inclui ainda medidas para a
Previdência de militares, o salário mínimo e o teto do funcionalismo
público. “Vamos corrigir excessos e garantir que todos os agentes
públicos estejam sujeitos ao teto constitucional”, afirmou o presidente.
“Para garantir os resultados que esperamos, em caso de déficit
primário, ficará proibida a criação, ampliação ou prorrogação de
benefícios tributários”, disse Haddad.
Sem detalhar, o ministro confirmou mudanças na aposentadoria dos
militares, com a instituição de idade mínima para a ida para a reserva e
a limitação de transferência de pensões. A idade de aposentadoria deve
ser fixada em 55 anos, e o governo deve colocar fim ao pagamento de
pensão para familiares de militares expulsos das Forças, os chamados
“mortos fictícios”, que custam só para o Exército cerca de R$ 20 milhões
por mês.
Haddad também anunciou alterações no abono salarial do PIS/Pasep, com
a limitação do pagamento a trabalhadores que ganham até 1,5 salário
mínimo. Hoje, tem direito ao benefício quem ganha até dois pisos.
O ministro, no entanto, não falou em limitação. “Para atender às
famílias que mais precisam, o abono salarial será assegurado a quem
ganha até R$ 2.640. Esse valor será corrigido pela inflação nos próximos
anos e se tornará permanente quando corresponder a um salário mínimo e
meio”, disse ele no pronunciamento.
Sobre o salário mínimo, o ministro afirmou que o governo já devolveu
ao trabalhador o ganho real, outra promessa de campanha, mas que agora
estará sob novas regras. “Esse direito, esquecido pelo governo anterior,
retornou com o presidente Lula. E com as novas regras propostas, o
salário mínimo continuará subindo acima da inflação, de forma
sustentável e dentro da nova regra fiscal”, disse.
A intenção da equipe econômica é limitar o ganho real do piso,
seguindo as mesmas regras do arcabouço fiscal —cujo limite de despesas
tem expansão real de 0,6% a 2,5% ao ano.
Pela regra atual, o salário mínimo teria ganho real de 2,9% em 2025,
conforme o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
Em 2026, a alta seria acima de 3%, considerando as projeções para o
crescimento neste ano.
Em ambos os casos, a valorização supera o ritmo de expansão do
arcabouço, o que por si só poderia criar uma pressão por dentro da
regra, levando ao achatamento de outras despesas.
Como antecipou a Folha de S.Paulo, limitar os ganhos reais do salário
mínimo pode render uma economia de R$ 11 bilhões até 2026. A conta
considera um aumento de 2,5% acima da inflação no ano que vem, no limite
permitido pela regra fiscal, e de 2% em 2026, em linha com a expansão
prevista para o teto de despesas naquele ano.
Haverá limitações nas emendas parlamentares, como a Folha de S.Paulo havia adiantado.
Haddad vinha repetindo há mais de duas semanas que as medidas estavam
prontas. Os sucessivos adiamentos desgastaram a imagem do ministro ao
evidenciarem as dificuldades políticas para estruturar o plano. A demora
alimentou as expectativas do mercado e elevou a pressão por um pacote
que seja robusto e tenha números críveis.
De acordo com ele, na fala, a equipe econômica trabalhou por avanços
econômicos e sociais. “Trabalhamos intensamente para elaborar um
conjunto de propostas que reafirmam nosso compromisso com um Brasil mais
justo e eficiente”, disse.
As mudanças são aguardadas em meio a uma preocupação sobre a
trajetória do endividamento público ao longo dos anos. Com a piora no
resultado das contas públicas e o aumento na taxa de juros, o próprio
governo passou a prever neste ano uma dívida bruta acima de 81% do PIB a
partir de 2026 –hoje, está em 78,3%.
Após quase 14 meses de hostilidades contínuas e crescentes entre
Israel e o Hezbollah, ontem as armas amanheceram em silêncio. A
anunciada trégua pode até se provar tênue, mas é uma boa e relativamente
inesperada notícia: quando o mundo inteiro temia uma conflagração
regional, pela primeira vez desde 7 de outubro de 2023, data do ataque
do Hamas a Israel, há uma perspectiva de redução das hostilidades no
Oriente Médio.
O acordo entre Israel e Líbano prevê um cessar-fogo de 60 dias. O
Hezbollah deve manter-se a 30 km da fronteira, enquanto Israel
gradualmente removerá suas tropas do sul do Líbano, que será ocupado
pelas forças libanesas com a missão de desmantelar estruturas militares
do Hezbollah e impedir seu rearmamento. Um comitê de cinco países
liderados por EUA, França e uma unidade de observação da ONU monitorará o
cumprimento do acordo.
No primeiro dia após o ataque bárbaro do Hamas, o Hezbollah lançou
foguetes contra Israel, prometendo que o combate não terminaria até um
cessar-fogo em Gaza. Quase 70 mil israelenses foram retirados e por
meses a troca de hostilidades seguiu num ritmo calculado para não
escalar, até Israel lançar uma ofensiva em setembro. A liderança do
Hezbollah foi decapitada e seu estoque de munição foi imensamente
degradado. Destruir totalmente a organização militar do Hezbollah nunca
foi o objetivo. Mas as operações foram bem-sucedidas em quebrar o elo
entre o Hezbollah e o Hamas. O teste final será a reinstalação dos
israelenses que tiveram que sair de suas casas.
Israel deixou a maior força militar não estatal do mundo numa posição
muito mais vulnerável que em 2006 – quando Israel e Hezbollah se
enfrentaram –, e expôs a superioridade tática da inteligência e da
tecnologia israelenses em relação ao Irã. Em dois meses, apesar das
condenações das boas almas da ONU e do mantra da “desescalada” em
Washington, Israel conseguiu a paz pela força, afastou o risco de uma
guerra aberta com Teerã, restaurou as condições que a ONU estabeleceu em
2006, mas nunca implementou, e abriu janelas para a diplomacia. Para
não repetir os erros de 2006, Israel impôs uma cláusula que lhe permite
reagir a “ameaças iminentes” caso o Hezbollah quebre as condições do
acordo. Os deslocamentos e a destruição no Líbano foram terríveis. Mas o
governo libanês tem uma chance de impor limites aos domínios de um
Hezbollah debilitado.
A dois meses da inauguração do mandato de Donald Trump nos EUA,
Israel está numa posição estratégica de força. Trump provavelmente dará
ao premiê Benjamin Netanyahu muito mais licença para agir. Mas isso não é
necessariamente uma má notícia para os palestinos. Os sinais ainda são
ambivalentes. Por um lado, Trump nomeou Mike Huckabee, apologista da
anexação dos territórios palestinos, como embaixador em Jerusalém. Mas
foi Trump, em seu primeiro mandato, quem elaborou o plano mais detalhado
para uma solução de dois Estados desde os Acordos de Oslo e lançou as
bases dos Acordos de Abraão para normalizar as relações entre Israel e
Estados árabes.
O cessar-fogo está apenas começando. Ninguém pode subestimar a
volatilidade do Oriente Médio. Mas há razões para um moderado otimismo.
História de José Pastore e Hélio Rocha – Jornal Estadão
Sem diminuir os salários, a PEC da deputada Erika Hilton (PSOL-SP)
altera o artigo 7.º, XIII da Constituição para reduzir a extensão do
trabalho de 44 para 36 horas e de 6 para 4 dias por semana. O descanso
semanal de um dia passará para três, o que exige a alteração do Inciso
XV do mesmo artigo.
Isso significa que será ilícito cumprir as 36 horas ao longo de cinco
ou seis dias e conceder um descanso menor do que três dias por semana.
São mudanças de enorme impacto econômico. A redução das horas elevará o custo do fator trabalho em, no mínimo, 18; e a redução dos dias, em 33%. São aumentos estratosféricos.
Já se alertou muito sobre a possibilidade de quebra de empresas, geração de desemprego e
aumento da informalidade. Mas pouco se disse sobre o aumento expressivo
das despesas dos governos, pois o art. 39, § 3.º da Constituição
estende aos servidores públicos civis os mesmos limites de tempo de
trabalho estabelecidos no art. 7.º, XIII, para os trabalhadores em
geral.
PEC proposta pela deputada Erika Hilton atingiu número de assinaturas
necessário para começar a tramitar Foto: Wilton Junior/Estadão
Não é difícil imaginar os enormes problemas que adviriam se os
servidores públicos passassem a trabalhar apenas quatro dias por semana
para prestar os serviços judiciais, previdenciários, escolares,
hospitalares, policiais, etc. A qualidade desses serviços cairia
drasticamente. Ademais, eles têm de ser prestados todos os dias em
decorrência de previsões normativas. Ou seja, a União, Estados e
municípios terão de contratar mais pessoal, o que representa aumento das
despesas permanentes e de alto custo, quando o setor público está sendo
obrigado a cortar gastos para recompor o equilíbrio fiscal. É claro que
isso é inviável.
Isso mostra que a imposição do limite de quatro dias por semana é tão
relevante quanto a redução para 36 horas. E as duas medidas combinadas
são explosivas.
Por mais procedentes que sejam os argumentos em favor de melhorar a
qualidade de vida dos brasileiros, há que pensar na viabilidade de uma
mudança tão profunda e tão abrupta como essa, e, ademais, descolada de
um necessário aumento de produtividade. Os países avançados que
reduziram o tempo de trabalho o fizeram por negociação e pari passu com
aumentos da produtividade.
Pelo caráter populista de tais mudanças, os parlamentares estão sendo
pressionados via redes sociais. Não é correto. Eles precisam dispor de
todas as informações sobre a mesa para bem avaliar os reflexos dessa
PEC.
Ministro apresenta a economia como eixo central das conquistas do governo a serem apresentadas ao eleitor
O pronunciamento em rede nacional do ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, na noite desta quarta-feira (27) traz um roteiro prévio da
campanha à reeleição do presidente Lula em 2026.
Ela apresenta a economia como eixo central das conquistas do governo
Lula 3 a serem apresentadas ao eleitor juntamente com comparações de
dados do governo atual com os anteriores.
Cita, por exemplo, um crescimento do país “de forma consistente”, o
desemprego “que castigava no período anterior, está entre os mais baixos
da história” e a volta do “ganho real do salário mínimo”.
O combate aos privilégios, um discurso com forte apelo eleitoral, também é citado por três vezes na fala de Haddad.
Ele disse que, no passado, “a falta de justiça tributária manteve
privilégios para os mais ricos”; que “o combate a privilégios e
sonegação nos permitiu melhorar as contas públicas” e que “as medidas
também combatem privilégios incompatíveis com o princípio da igualdade”,
uma alusão á expectativa de aprovar o projeto que combate os
supersalários.Play Video
É o “Brasil Mais Forte. Governo eficiente. País justo”, o lema
apresentado no perfil do governo do YouTube antes do pronunciamento.
Outro fio condutor que endossa o viés eleitoral do pronunciamento é a comparação frequente com o passado.
Haddad disse que “o Brasil recuperou o tempo e o espaço perdidos”,
“voltou a ocupar seu lugar de destaque no mundo”, e que o “desemprego,
que castigava nossa gente no período anterior”.
Também lembra que, “no passado recente, a falta de justiça tributária
manteve privilégios”, que “já devolvemos ao trabalhador e à
trabalhadora o ganho real no salário mínimo”, “esse direito, esquecido
pelo governo anterior, retornou com o presidente Lula”, que “vamos
aperfeiçoar os mecanismos de controle, que foram desmontados no período
anterior” e que “o Brasil de hoje não é mais o Brasil que fechava os
olhos para as desigualdades e para as dificuldades da nossa gente”.
Chama a atenção a forma como as conquistas econômicas e as
comparações com o passado aparecem muito mais do que os programas
sociais que foram ou revitalizados ou anunciados no governo Lula 3,
mostrando que a economia mesmo é que deve embalar o discurso oficial em
2026.
“Programas como o Minha Casa, Minha Vida e Farmácia Popular ganharam
um novo impulso. E novos programas como o Pé-de-Meia, o Desenrola e o
Acredita chegaram para combater a evasão escolar, ajudar as pessoas a
recuperarem o crédito e apoiar quem quer empreender”, disse Haddad,
deixando apenas um dos 15 parágrafos do discurso para os programas.
Tudo isso com música ao fundo, a bandeira do Brasil ao lado esquerdo
de Haddad e a fotografia de Lula ao fundo. Só falta chegar 2026.
BRASÍLIA – Os deputados Kim Kataguiri (União-SP), Júlio Lopes (PP-RJ)
e Pedro Paulo (PSD-RJ) apresentaram, nesta quarta-feira, 27, uma
proposta de emenda à Constituição (PEC) com medidas de ajuste fiscal e
contenção de gastos, como um pacote alternativo ao que deve ser anunciado pelo governo federal nesta noite e
encaminhado ao Congresso Nacional. A coleta de assinaturas começará
ainda nesta quarta – são necessárias 171 assinaturas para o texto ser
protocolado.
O texto quer desvincular os gastos com Previdência, como aposentadorias e pensões, e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) – pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda – da política de valorização do salário mínimo.
A proposta também prevê combater os supersalários,
desconstitucionalizar os pisos da Saúde e da Educação (hoje atrelados à
arrecadação do governo), rever critérios para a inatividade dos
militares, limitar o montante das emendas parlamentares e instaurar um
programa de equilíbrio fiscal estrutural.
Os parlamentares estimam que essa PEC traria uma economia de R$ 1,1
trilhão em cinco anos e de R$ 3 trilhões em dez anos, com base em
cálculos da Consultoria de Orçamento da Câmara. “São medidas para a
gente acabar com a quantidade de gastos obrigatórios e liberar mais o
Orçamento para políticas públicas”, afirma Kim Kataguiri.
Na leitura dos deputados, a PEC faz um contraponto à proposta do
governo em um momento em que seria preciso fazer mudanças no médio e
longo prazo para equilibrar as contas públicas do País.
“Precisamos dar um choque bastante vigoroso na redução de gastos
públicos. A gente tem visto no governo essa dúvida e uma falta de crença
na potência que significa uma redução dos gastos públicos. A nossa
ideia é apresentar essa PEC como uma alternativa nesse debate”, diz
Pedro Paulo.
Medidas
A redação da proposta quer limitar as emendas parlamentares ao
orçamento discricionário (não obrigatório), com o fim da vinculação à
receita corrente líquida e um “incentivo positivo” – quanto mais o
Congresso cortar despesas obrigatórias, mais espaço as despesas
discricionárias terão.
Além disso, a emenda limitaria as indenizações no Judiciário a 30% do
valor do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF),
institui a idade mínima de 55 anos além de 35 anos de contribuição para a
integralidade da previdência dos militares e institui o programa de
equilíbrio fiscal estrutural (Pefe).
O programa propõe ajustes num prazo entre 2026 e 2031. Os benefícios e
pisos serão corrigidos apenas pela inflação, incentivos e benefícios
federais de natureza tributária em vigor serão reduzidos em mínimo 10%,
sendo no mínimo 2% em 2026 e de no mínimo 1,25% ao ano de 2027 a 2031.
A partir de 2032 em diante, o presidente da República pode definir uma revisão dos critérios estabelecidos.
Nesta quinta-feira, é celebrado o Dia de São Tiago de Marca, o santo
de hoje morreu dizendo “Jesus, Maria, bendita Paixão de Jesus”, isso
porque a sua vida foi toda dedicada para a causa do Evangelho. Tiago da
Marca nasceu no ano 1391, numa aldeia da Marca de Ancona, Itália.
Recebeu no Batismo o nome de Domingos. Tendo morrido seu pai e sua mãe,
ficou aos cuidados de um homem rico que o encaminhou para trabalhos
administrativos. Desta forma, São Tiago conheceu a iniquidade do mundo,
tomando a decisão de se retirar para um convento.
Quando despertou para a vocação à vida Consagrada, São Tiago pensou
em entrar para os Cartuxos, mas ao viajar para Babiena, na Toscana,
ficou tão edificado com os diálogos que travou com os franciscanos, que
resolveu entrar para a Família de São Francisco de Assis. Recebeu o
hábito, tomando o nome de Tiago, no Convento de Nossa Senhora dos Anjos,
perto de Assis, onde, pouco tempo depois, fez profissão.
Dormia apenas três horas por noite e passava o restante da noite na
meditação das coisas celestes. Nunca comia carne, jejuava
inviolavelmente as sete quaresmas de S. Francisco. Todos os dias se
disciplinava com rigor. A única pena que sentia era não poder dedicar-se
à pregação, único emprego que desejava na sua Ordem. Para conseguir o
que tanto desejava, foi a Nossa Senhora do Loreto, celebrou a Santa
Missa e, depois da consagração, a Santíssima Virgem apareceu-lhe a dizer
que a sua oração tinha sido ouvida.
Sabemos também a data da sua profissão religiosa: 1º de agosto de
1416. Seis anos depois, com o sacerdócio, tornou-se pregador: “Em 1422,
na festa de santo Antônio de Pádua comecei a pregar em são Miniato de
Florença”. Esta será a ocupação principal de sua vida, até a morte
ocorrida em 28 de novembro de 1476 em Nápoles.
Por mais de meio século percorreu a Europa oriental e
centro-setentrional não só para pregar o nome de Jesus (tema constante
de suas homilias, a exemplo do seu mestre, são Bernardino), mas também
para cumprir delicadas missões por encargo dos papas Eugênio IV, Nicolau
V e Calisto III.
Os últimos dezoito anos da vida passou-os quase inteiramente pregando
nas regiões italianas. Encontrava-se em Áquila na morte de são
Bernardino de Sena, em 1444, e seis anos depois pôde presenciar em Roma a
canonização solene dele. Seguia-o devotamente frei Venâncio, pelo qual
sabemos que durante uma missão pregada na Lombardia, foi feita a frei
Tiago de Marca a proposta de eleição para bispo de Milão que o humilde
frade recusou. Frei Venâncio, após a morte do mestre, escreveu uma vida
na qual conta muitos milagres operados por ele durante a vida e depois
da morte.
CURIOSIDADES – Karla Neto
Você sabe quem inventou o espelho e como ele é feito?
O primeiro espelho como conhecemos hoje surgiu em meados de 1830,
criado pelo químico alemão Justus von Liebig. A mistura utilizada pelo
inventor usava nitrato de prata para garantir uma boa reflexão.
Os fabricantes usam três camadas. A principal é uma superfície de
metal superpolida, que reflete muito bem a luz e fica no meio do
espelho. Por trás dela, existe uma camada escura, normalmente de tinta
preta, que absorve a luz que vem de trás do espelho e impede que ela
“vaze” pela camada refletora de metal.
Nos espelhos planos, as imagens são formadas por prolongamentos de
raios refletidos. Para que possamos enxergar o nosso reflexo em alguma
superfície refletiva, esta deve promover a reflexão regular da luz, ou
seja, refletir raios de luz com ângulo igual ao ângulo incidente.
As primeiras superfícies capazes de refletir imagens começaram a ser
feitas há cerca de 5 mil anos na antiga Suméria – região no atual
Iraque, englobando áreas próximas à cidade de Bagdá. Os espelhos dessa
época não produziam imagens nítidas, pois eram placas de bronze polidas
com areia.
Na Antiguidade, esses instrumentos de metal chegaram às mãos dos
gregos e romanos e a partir daí foram se espalhando pela Europa até se
tornarem conhecidos em todo o continente no final da Idade Média.
“Até por volta do século 13, os espelhos eram feitos de metal polido,
ligas de prata ou bronze duras o suficiente para agüentar o processo de
polimento mecânico e não riscar facilmente”, diz o engenheiro Hélio
Goldenstein, da USP.
Os primeiros espelhos de vidro só surgiriam no início do século 14,
criados por artesãos de Veneza, na Itália, que desenvolveram uma mistura
de estanho e mercúrio que, aplicada sobre um vidro plano, formava uma
fina camada refletora.
Os espelhos venezianos eram famosos pela qualidade e seu método de
fabricação era mantido em segredo. Mas, além do alto custo, a produção
causava problemas aos artesãos, que se contaminavam com mercúrio,
material altamente poluente. “
Só no século 19 foram descobertas formas de espelhar o vidro com
prata química, sem a necessidade do mercúrio”. A nova técnica, mais
segura, simples e barata, popularizou os espelhos pelo mundo.
Você sabe o que acontece se o bicho-de-pé não for retirado?
O bicho-de-pé é uma pequena pulga, que normalmente é encontrada no
solo e pelo de animais e que pode entrar na pele, levando ao
aparecimento de um nódulo esbranquiçado com um ponto preto no centro.
A transmissão do bicho-de-pé acontece quando há contato direto da
pele com o solo contaminado. Esses solos costumam ser pontos úmidos e
lamacentos, com areia e pouca luminosidade. Embora geralmente não
seja um problema sério, este parasita pode causar deformidades ou perda
das unhas e favorecer a infecção da pele, em alguns casos.
Em caso de suspeita de bicho-de-pé é recomendado consultar um clínico
geral ou dermatologista para uma avaliação e início do tratamento mais
adequado, que geralmente envolve a retirada do parasita da pele.
A demora em obter um diagnóstico pode levar a estágios mais avançados
da infecção. Pacientes podem relatar incapacidade de andar,
desfiguração e até mutilação dos pés.
Por esse motivo, ao sentir os sintomas citados, é importante procurar
a ajuda de um médico para diagnosticar essa condição de saúde.
Principais sintomas
• Mancha vermelha na pele; • Nódulo esbranquiçado na pele; • Ponto preto na pele com um entorno esbranquiçado; • Dor e desconforto; • Coceira no local.
Como é o tratamento O bicho-de-pé normalmente melhora sem
necessidade de tratamento específico em poucas semanas. No entanto, é
importante tirar o bicho-de-pé da pele para evitar a infecção do local
por bactérias e outros microorganismos.
Para tirar o bicho-de-pé, normalmente, é utilizada uma agulha
estéril, que permite remover o parasita completamente da pele onde está
instalado. No entanto, é recomendado procurar um clínico geral ou
dermatologista para fazer isso com segurança e evitar a infecção do
local.
Há um esforço imenso da Polícia Federal e do ministro-relator do
inquérito dos atos antidemocráticos, Alexandre de Moraes, do STF, para
evitar que Filipe Martins, o ex-assessor de assuntos internacionais de
Jair Bolsonaro, deponha sobre a sua prisão.
Ele ficou detido por seis meses após uma suposta tentativa de fuga
para os Estados Unidos, informação nunca comprovada. A PF, há dias,
chegou a informar que ele teria tramado uma fake news para fugir e
enganar as autoridades, o que também não procede, segundo sua defesa.
Um depoimento de Martins em sua defesa, no Congresso Nacional neste
momento, seria um tiro contra o inquérito. Moraes negou pedido da
Comissão de Relações Exteriores da Câmara para ouvir o ex-assessor. A
Comissão havia aprovado requerimento do deputado Marcel van Hattem
(NOVO-RS).
Em um mundo cada vez mais globalizado e conectado, a capacidade de se
comunicar de forma eficaz com pessoas de diferentes culturas tornou-se
uma habilidade essencial para qualquer profissional.
Foto: Pexels
O diferencial para quem quer ser uma liderança internacional
Em um mundo onde as fronteiras se diluem e as organizações são cada vez mais compostas por pessoas de múltiplas origens, um líder eficaz não pode se dar ao luxo de ignorar as nuances culturais.
Mais do que nunca, a comunicação entre culturas não é apenas um
desafio; é uma ferramenta essencial para a liderança que busca não só
impactar, mas também influenciar e persuadir.
Saber adaptar a forma de comunicação de acordo com o contexto
cultural é uma habilidade que diferencia o líder comum daquele que é
verdadeiramente capaz de construir pontes, transformar as diferenças em
ativos e criar uma equipe coesa e engajada.
A leitura do contexto: a virtude de um líder sagaz
Imagine-se no comando de uma equipe multicultural. Há profissionais de diferentes regiões, com históricos e costumes variados. Cada um interpreta e responde aos mesmos sinais de forma distinta.
Aqui, o primeiro passo para o líder é ler o contexto com precisão,
entendendo a composição, as expectativas e as sensibilidades presentes.
Essa habilidade é a base da liderança adaptativa.
Ler o contexto significa perceber o que não é dito, compreender
nuances, desde o tom de voz até os gestos e o espaço pessoal. Por
exemplo, enquanto em algumas culturas o contato visual direto demonstra
respeito e atenção, em outras, ele pode ser visto como confrontador. A
sagacidade do líder está em captar essas sutilezas e ajustar seu
comportamento e sua fala para construir conexões autênticas e
respeitosas.
Comunicação não verbal: o peso dos gestos, expressões e espaço pessoal
Quando falamos de comunicação intercultural, muitas vezes pensamos nas diferenças de idioma. Mas a comunicação vai muito além das palavras. Sinais
não verbais, como expressões faciais, gestos, tom de voz e até a
proximidade entre as pessoas, variam amplamente entre culturas e podem
causar mal-entendidos quando não compreendidos.
Por exemplo, latinos, de modo geral, costumam ser mais expansivos em
suas interações, tanto gesticulando quanto expressando emoções com mais
intensidade.
Em contraste, culturas orientais tendem a adotar uma comunicação mais
contida, em que o espaço pessoal é mais valorizado, e o toque físico é
menos frequente. Essa diferença pode criar desconforto ou interpretações equivocadas se não houver essa sensibilidade.
Até mesmo dentro do Brasil, existem diferenças. No Rio de Janeiro, é
comum cumprimentar com dois beijos, em São Paulo, com um, e em Porto
Alegre, com três. Para quem não está familiarizado com essas variações, a
situação pode ser constrangedora ou confusa.
O líder atento percebe esses sinais e adapta seu comportamento,
reconhecendo que os detalhes da comunicação não verbal são fundamentais
para evitar interpretações errôneas.
Adaptar o estilo de comunicação não verbal também envolve ajustar o
tom de voz, usar expressões faciais que transmitam emoção ou, em casos
necessários, até ser mais explícito nos gestos para garantir clareza.
Com essa abordagem, o líder demonstra respeito pelos códigos culturais
dos outros, construindo uma base de confiança e respeito.
Estratégias para comunicar-se com efetividade e respeito
Para liderar em ambientes multiculturais, algumas estratégias são fundamentais:
Praticar a escuta ativa: Essa habilidade vai além
de apenas ouvir. É perceber o que está por trás das palavras, captar os
gestos, o tom de voz e as expressões faciais que complementam a fala. A
escuta ativa demonstra respeito e interesse, permitindo que o líder
entenda melhor as perspectivas únicas de cada membro da equipe.
Adaptar o estilo de comunicação verbal e não verbal: Em
contextos onde as diferenças culturais são acentuadas, o líder precisa
adaptar sua forma de se comunicar, buscando simplicidade e clareza. Usar
uma linguagem acessível, evitar jargões, ajustar o tom de voz e até o
espaço pessoal são práticas que facilitam a compreensão e o engajamento.
Construir confiança: A confiança é a base de
qualquer relacionamento, especialmente em ambientes culturais diversos.
Para cultivá-la, o líder deve ser transparente, demonstrar respeito
pelas opiniões alheias e incentivar um espaço onde todos se sintam
seguros para se expressar.
Valorizar e celebrar a diversidade: Reconhecer e
valorizar as contribuições culturais individuais fortalece a coesão do
grupo. O líder que celebra a diversidade não apenas enriquece a dinâmica
da equipe, mas também abre portas para a inovação, ao permitir que
diferentes formas de pensar e ver o mundo se manifestem.
Transformando desafios em oportunidades de influência
Ao desenvolver essas competências, o líder transforma os possíveis
desafios da diversidade cultural em oportunidades de influência.
Quando alguém sente que suas origens e sua identidade cultural são
respeitadas e apreciadas, ele se torna mais receptivo e propenso a se
engajar.
A comunicação intercultural eficaz fortalece os vínculos e facilita a influência de forma natural.
Ao adaptar sua comunicação ao contexto cultural, o líder não só
conquista a confiança e a lealdade da equipe, mas também cria uma rede
de relacionamentos sólida e duradoura.
Com essa base, ele pode influenciar e persuadir de forma mais
profunda, pois as pessoas tendem a seguir líderes que se mostram
flexíveis e atentos às suas realidades.
A comunicação como alicerce da liderança contemporânea
O mundo corporativo atual exige muito mais do que habilidades
técnicas. Ele demanda líderes que saibam ler o ambiente cultural em que
estão inseridos, que tenham sensibilidade para adaptar sua comunicação e
que consigam transformar a diversidade em uma vantagem.
A habilidade de comunicar-se eficazmente entre culturas é, portanto, uma das maiores qualidades de um líder moderno e eficaz.
Aqueles que dominam essa arte não apenas evitam conflitos e
mal-entendidos, mas, mais importante, são capazes de construir equipes
verdadeiramente coesas, criativas e inovadoras.
Ao invés de sentir-se vítima do desafio de lidar com times diversos,
cada vez mais compostos por pessoas com diferenças de gênero, gerações e
culturas, enxergue nisso uma oportunidade de se destacar como um líder
em potencial para posições internacionais, com uma visão ampla e uma
leitura de cenário que se diferencia da maioria.
A maioria enxerga a partir do seu próprio ponto de vista; poucos conseguem enxergar a partir da perspectiva do outro.
Assim, ao desenvolver uma comunicação adaptativa e sensível às
diferenças culturais, o líder transforma sua atuação em um diferencial
estratégico, destacando-se como alguém que inspira e influencia em um
mundo cada vez mais plural e interconectado.
CARACTERÍSTICAS DA VALEON
Perseverança
Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em
razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer
determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a
resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é
necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que
permitem seguir perseverante.
Comunicação
Comunicação é a transferência de informação e significado de uma
pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e
compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros
por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o
ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar
conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela
através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e
políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem
positiva junto a seus públicos.
Autocuidado
Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações
que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade
de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância
com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada
pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.
Autonomia
Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em
gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias
escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida
por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é
incompatível com elas.
A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando
agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem
esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de
gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.
Inovação
Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades,
exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a
inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando
que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a
curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova
competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma
importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.
Busca por Conhecimento Tecnológico
A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender
aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de
todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia,
uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.
Capacidade de Análise
Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência
que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos
de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um
mundo com abundância de informações no qual o discernimento,
seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade
de analisar ganha importância ainda maior.
Resiliência
É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões
(inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado
emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após
momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em
líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a
capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.