quinta-feira, 6 de junho de 2024

LEILÃO DE COMPRA DE ARROZ IMPORTADO É SUSPENSA PELA JUSTIÇA

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

A Justiça Federal da 4ª Região em Porto Alegre suspendeu o leilão para importação de 300 mil toneladas de arroz que estava previsto para amanhã, às 9h. A decisão atendeu a pedido dos deputados federais Marcel van Hattem (Novo-RS) e deputado federal, Lucas Redecker (PSDB-RS), e do deputado estadual Felipe Camozzato (Novo-RS).

A compra seria feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para enfrentar as consequências das enchentes no Rio Grande do Sul. Os parlamentares fizeram um pedido de liminar para suspender o andamento do processo licitatório até o julgamento do mérito.

Para o juiz Bruno Risch, o agendamento do leilão é prematura “tendo em vista a ausência de comprovação de que o mercado de arroz nacional sofrerá o impacto negativo esperado pelo governo federal” em razão das enchentes no Rio Grande do Sul.

No pedido, os deputados argumentam que o próprio governo do Rio Grande do Sul negou o risco de desabastecimento. Segundo o governo estadual, a safra de 2023/2024 deve ficar em torno de 7.149.691 toneladas, valor próximo ao registrado na safra anterior, de 7.239.000 toneladas.

Nessa semana, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) também questionou no Supremo Tribunal Federal (STF) as normas do governo que autorizam a Conab a importar até um milhão de toneladas de arroz. A ação foi distribuída ao ministro André Mendonça.

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PL NA CÂMARA DOS DEPUTADOS DA ANISTIA AOS CONDENADOS DO 8/1

 

História de VICTORIA AZEVEDO – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, deputada Caroline de Toni (PL-SC), escolheu o deputado bolsonarista Rodrigo Valadares (União Brasil-SE) para ser o relator no âmbito do colegiado do projeto de lei que trata da anistia aos condenados pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

De Toni afirmou nesta quarta que escolheu o parlamentar por ele ter conhecimento jurídico e porque ele teve contato com “inúmeros casos” de pessoas que foram condenadas pela invasão da sede dos três Poderes.

Ela afirmou ainda que pretende pautar o tema na CCJ ainda antes do recesso parlamentar, que começa oficialmente em 18 de julho.

A presidente do colegiado diz ter procurado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para discutir o tema e disse que em nenhum momento ele pediu que o projeto tratasse da sua anistia.

“Fui pedir a opinião do presidente Bolsonaro e ele, em nenhum momento, pediu em nome próprio. Ele disse que o que mais o preocupa neste momento são os injustiçados do dia 8 de Janeiro. Olha a altivez do nosso presidente Bolsonaro em não visar o seu próprio interesse. Eu entendo que a inelegibilidade dele foi injusta”, disse De Toni.

Como o Painel mostrou, a parlamentar foi procurada por representantes dos partidos PL, União Brasil, PP e Republicanos para solicitar a relatoria da matéria.

Rodrigo Valadares é deputado federal de primeiro mandato e vice-líder da minoria na Câmara. Recentemente, acompanhou comitiva de parlamentares da oposição em viagem a Argentina para discursar no parlamento argentino sobre o que classificam como violações à liberdade no Brasil.

No último dia 22 de maio, publicou foto ao lado de Bolsonaro e pediu a volta do ex-presidente.

O projeto estava sob relatoria da deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP), que rechaçou a proposta no ano passado. No entanto, ela não foi indicada pelo PSOL para integrar a CCJ neste ano e, dessa forma, perdeu a relatoria. Dessa forma, a presidente do colegiado teve que definir um substituto.

A proposta é de autoria do deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e foi protocolada em novembro de 2023. Em sua justificativa, o parlamentar diz que os atos de vandalismo às sedes dos três Poderes constituem “conduta deplorável” que merecem ser reprovados pelo “nítido caráter antidemocrático e violento”.

No entanto, ele afirma que “não se pode apenar indistintamente aqueles manifestantes, pois a imensa maioria não agiu em comunhão de desígnios, a maioria sequer adentrou nos prédios públicos vandalizados”.

Ele diz ainda que há uma “incapacidade” dos órgãos de persecução penal “individualizarem e provarem” as condutas específicas desses crimes e, portanto, a “única solução que se apresenta é a concessão de uma anistia”.

O projeto foi apensado a outra matéria, de autoria do deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), apresentada ainda em 2022.

A proposta do Major Vitor Hugo concede anistia a todas as pessoas que tenham participado de manifestações em todo o Brasil –“em rodovias, em frente a unidades militares ou em qualquer lugar do território nacional”– no período de 30 de outubro de 2022, data em que foi realizado o segundo turno das eleições presidenciais, até a lei entrar em vigor.

A anistia compreende crimes políticos ou praticados por motivação política, além de eleitorais. O autor do texto incluiu na proposta que a participação em manifestações também compreende o “financiamento, organização e apoio de qualquer natureza”, além de “comentários ou publicações em redes sociais ou em qualquer plataforma”.

Além disso, o projeto anula multas aplicadas pela Justiça Eleitoral às pessoas físicas e jurídicas em decorrência dos atos.

Na justificativa, o deputado diz que as manifestações que ocorreram no país após o segundo turno das eleições de 2022 são “legítimas” e conduzidas por cidadãos “indignados pela forma como se deu o processo eleitoral” naquele ano.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, em março, De Toni disse que a CCJ poderia incluir Bolsonaro no projeto.

“Se enxergar que tem a oportunidade de ele ser anistiado, com certeza. Ele vem sendo acusado de muitas coisas que nós entendemos que há um exagero. Havendo a conveniência e a oportunidade de pautar [projetos de anistia] e de incluí-lo, não vejo por que não”, afirmou naquele momento.

Em manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, em fevereiro deste ano, Bolsonaro disse buscar a pacificação do país e pediu anistia aos presos pelo ataque golpista do 8 de janeiro.

“Nós pedimos a todos os 513 deputados e 81 senadores um projeto de anistia para que seja feita justiça em nosso Brasil. E quem porventura depredou o patrimônio, que nós não concordamos com isso, que pague. Mas essas penas fogem ao mínimo da razoabilidade. Nós não podemos entender o que levou poucas pessoas a apelarem tão drasticamente. Esses pobres coitados que estavam lá no 8 de janeiro de 2023”, disse o ex-presidente.

CHAMAR RIVAL DE NAZISTA E OU FACISTA É CRIME? STF DECIDE

 

História de Juliano Galisi – Jornal Estadão

Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira, 4, um julgamento que pode estabelecer um precedente para casos em que, durante uma discussão política, haja menção a um adversário como “nazista” ou “fascista”.

A Primeira Turma da Corte está debatendo a aceitação de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que implica o deputado federal José Nelto (PP-GO). Em junho de 2023, Nelto disse em entrevista que o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) era “fascista”, “nazista”, “idiota” e que tinha ido a Brasília para “bater em uma enfermeira”.

Gayer protocolou uma queixa-crime contra Nelto, que acabou denunciado pela PGR. Segundo o Ministério Público, a fala do deputado “ultrapassou os limites da liberdade de expressão e os contornos da imunidade parlamentar”.

Flávio Dino em julgamento da Primeira Turma do STF, em 4 de junho de 2024 Foto: SCO/STF

Flávio Dino em julgamento da Primeira Turma do STF, em 4 de junho de 2024 Foto: SCO/STF© Fornecido por Estadão

Ministros discordam sobre crime de calúnia

No Supremo, a relatora do caso é a ministra Cármen Lúcia, que votou pelo recebimento da denúncia, configurados os crimes de calúnia e injúria. Flávio Dino, por outro lado, votou pela procedência da queixa, mas apenas pelo crime de calúnia, expresso na menção de agressão a uma enfermeira. Para o ex-ministro da Justiça, a qualificação de um adversário como “nazista” ou “fascista” se enquadra em “um certo debate político”, que está resguardado pela imunidade parlamentar.

“Eu considero que a palavra nazista, fascista, não possui o caráter de ofensa pessoal ao ponto de caracterizar calúnia, injúria, difamação. É uma corrente política estruturada, na sociedade, no planeta”, disse Dino. “Nazista, fascista, extrema-direita, extremista, é ‘da ditadura’, apoiou a ditadura militar, não apoiou, defende a democracia, defende o comunismo, é a favor do Muro de Berlim, essas coisas todas, que são ditas há décadas, fazem parte, infelizmente, de um certo debate político, entre aspas, normal. Mas dizer que alguém matou, agrediu outrem a meu ver não se encontra, a princípio, acobertado pela imunidade”, afirmou o ministro do STF.

Termo tem ‘carga histórica’, diz relatora

Cármen Lúcia, em réplica a Dino, mencionou que, no momento de recebimento da denúncia, são exigidos indícios mínimos para a ocorrência de uma conduta criminosa, o que estaria configurado pela “carga histórica” do termo “nazista”.

“Quando se fala que o ‘fulano’, especialmente, é nazista, com a carga histórica do que representou, na Segunda Guerra Mundial, naquela fase toda, isso vem com uma carga que traz também uma série de comportamentos atribuíveis”, disse a ministra. “Não me pareceu que, no primeiro momento, já de pronto, (a qualificação de ‘nazista’) pudesse ser considerado algo regular, legítimo e que não caracteriza qualquer ilícito”.

Do contrário, argumentou a ministra, poderia haver a sinalização de que o uso do termo é inconsequente, o que traria impactos ao debate político, sobretudo em ano de eleições municipais. “Se eu retiro isso, porque não é nem considerado injúria, isto vai ser eventualmente praticado em um ambiente eleitoral com consequências”, afirmou Cármen Lúcia. Na sequência, o ministro Alexandre de Moraes pediu vista, interrompendo o julgamento da petição.

TAXA DE 20% DAS BLUSINHAS DOS IMPORTADOS FOI APROVADA NO SENADO

 

História de JOÃO GABRIEL – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O jabuti da taxação das compras internacionais de até US$ 50, a chamada “taxa das blusinhas”, de 20%, foi aprovado nesta quarta-feira (5) pelo Senado.

Atualmente esses produtos não pagam imposto de importação. O dispositivo para o fim da isenção foi colocado no projeto do Mover, um programa para descarbonização dos carros, pela Câmara, com apoio de Arthur Lira (PP-AL).

No Senado, o trecho chegou a ser retirado pelo relator do projeto, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), nesta terça-feira (4). Após disputa entre parlamentares e um início de crise com Lira, acabou sendo recolocado.

O Mover foi aprovado, mais cedo nesta quarta, sem a taxa. Por um destaque, os senadores votaram o fim da isenção de impostos separadamente e a recolocaram no texto —a votação foi simbólica (sem contagem de votos).

Fizeram questão de registrar voto contra, além do relator, os senadores Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Alessandro Vieira (MDB-SE), Jaime Bagattoli (PL-RO), Cleitinho (Republicanos-MG), Marcos Rogério (PL-RO), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Eduardo Girão (Novo-CE), Carlos Portinho (PL-RJ), Rogério Marinho (PL-RN), Irajá (PSD-TO), Wilder Morais (PL-GO) e Romário (PL-RJ).

“Ficou a digital de quem realmente quer a taxação”, disse Cunha, após a aprovação.

Como o projeto sofreu outras alterações, ele precisará passar de novo pela Câmara para que seja aprovado.

Essa isenção é utilizada por lojas virtuais como Shopee e Shein para vender produtos por um valor baixo.

Durante a tramitação na Câmara, deputados e governo construíram um acordo e aprovaram o projeto do Mover e definiram uma taxação de 20% para esses produtos.

Também foram incluídos outros dispositivos: trecho sobre conteúdo local do petróleo (que diminui a autonomia do Executivo sobre a política do setor no país) e dois novos regimes fiscais, para combustíveis a álcool e bicicletas —inclusive elétricas.

A decisão de retirar os jabutis, termo usado para trechos adicionados a um projeto, mas que não têm relação com o tema central da proposta, pegou os senadores de surpresa, causou reação de diversas alas de Brasília e adiou a votação para esta quarta.

Nos bastidores, já se construía um acerto para que alguns deles fossem vetados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas que a “taxa da blusinha” seria mantida. Lira chegou a ameaçar derrubar o projeto do Mover caso o fim da isenção fosse retirado do texto. Os outros jabutis também acabaram retirados.

Senadores se incomodaram não só com a mudança sem aviso, mas pela possível quebra de acordo.

A taxação das compras de baixo valor é vista como impopular pelos políticos, que tentam se preservar de um eventual prejuízo às suas imagens em ano eleitoral.

Assim, a visão é que a manutenção do acordo inicial, de que não haveria alterações nesse ponto do texto, seria a melhor saída, uma vez que permitiria que a votação fosse feita de forma simbólica.

Se não houvesse consenso, a taxa teria que ser votada separadamente, por meio de um destaque que recolocaria o dispositivo no projeto. Havia, assim, receio de que a votação precisasse ser nominal.

Senadores favoráveis ao jabuti conseguiram articular para que os votos fossem feitos de forma simbólica —a exemplo do que aconteceu na Câmara, na deliberação sobre o projeto.

O argumento para a taxação é que, atualmente, a isenção para compras internacionais cria uma distorção no mercado e prejudica a indústria nacional, que paga imposto.

Líder do PL, Carlos Portinho (RJ), defendeu que o fim da isenção não deveria ser tratado por meio de um jabuti, mas sim em um projeto separado. “Cada projeto tem que ter sua tramitação. E isso vai gerar judicialização, se passar a emenda. Se a gente aceitar o jabuti, vai gerar um precedente”, afirmou.

A MAIORIA DOS SUPLEMENTOS NÃO PASSA POR TESTES RIGOROSOS DE SEGURANÇA E EFICÁCIA

 

História de Alice Callahan – Jornal Estadão

THE NEW YORK TIMES – A indústria de suplementos alimentares dos Estados Unidos bombou nos últimos 30 anos, passando de cerca de 4 mil produtos em 1994 para mais de 95 mil no mercado hoje, de acordo com a Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória americana. Esses pós, gomas, cápsulas e tinturas muitas vezes trazem grandes – ainda que vagas – alegações de que “ajudam a saúde imunológica” ou “melhoram o desempenho do cérebro.

Mas a maioria dos suplementos não passou por testes rigorosos quanto à segurança ou à eficácia, disse JoAnn Manson, professora de medicina na Harvard Medical School. E quando os pesquisadores os testaram, acrescentou ela, nem sempre encontraram os benefícios para a saúde que esperavam – e, por vezes, até encontraram alguns riscos.

Mas, segundo a especialista, há alguns casos em que tomar um suplemento pode melhorar a saúde. Abaixo, estão algumas das principais situações.

Suplementos alimentares devem ser usados em situações específicas Foto: Pixelbliss/Adobe Stock

© Fornecido por Estadão

Para tratar ou prevenir uma deficiência nutricional

Se um exame de sangue revelar que seu corpo está com baixo teor de determinada vitamina ou mineral, como ferro ou vitamina D, os suplementos podem ser “essenciais” para corrigir essa deficiência, disse Pieter Cohen, internista da Cambridge Health Alliance em Somerville, Massachusetts.

Pessoas que seguem uma dieta vegana ou têm uma doença chamada anemia perniciosa correm maior risco de deficiência de vitamina B12 e podem se beneficiar tomando um suplemento. E bebês que mamam no peito devem receber suplementos de vitamina D e ferro, de acordo com a Academia Americana de Pediatria.

Se você tiver dificuldades para absorver os nutrientes dos alimentos, o que pode acontecer após uma cirurgia bariátrica ou se você tiver um problema médico como doença celíaca, doença de Crohn ou colite ulcerativa, talvez seja recomendável tomar um suplemento, disse Cohen.

Devemos tomar suplementos alimentares?

© Fornecido por Estadão

Abacate ou avocado: qual é mais nutritivo? Entenda as diferenças

Se você está ou pode ficar grávida

É importante tomar 400 a 800 microgramas de ácido fólico por dia se você está pensando em engravidar e durante os primeiros meses de gravidez, para prevenir defeitos congênitos graves, disse John Wong, professor de medicina na Escola de Medicina da Universidade Tufts.

A maioria dos multivitamínicos pré-natais, que devem ser tomados durante toda a gravidez, contém essa quantidade e também fornecem outros nutrientes essenciais, como ferro, cálcio e vitamina D.

A gravidez é um momento da vida que pede o uso de suplementação Foto: Prostock-studio/Adobe Stock

© Fornecido por Estadão

Se você está na meia-idade ou na velhice

A maioria dos adultos mais velhos geralmente obtém nutrição suficiente com a alimentação. Mas, à medida que as pessoas envelhecem, suas necessidades de alguns nutrientes aumentam – enquanto sua capacidade de absorvê-los e seu apetite podem diminuir.

Diante disso, seu médico talvez recomende um suplemento. Os adultos mais velhos às vezes têm dificuldade em absorver a vitamina B12, por exemplo. E talvez você precise de um suplemento de cálcio e vitamina D se estiver em risco de perda óssea, disse Manson.

Pesquisas apontam que alguns outros suplementos podem ajudar a prevenir certos problemas de saúde. Em um estudo de 2019 com adultos de mais de 50 anos, Manson e seus colegas descobriram que, no caso dos participantes que raramente ou nunca comiam peixes gordurosos, aqueles que tomaram um suplemento de ômega-3 tiveram menos intercorrências cardiovasculares, como ataques cardíacos ou AVC, do que aqueles que tomaram placebo. Aqueles que tomaram vitamina D também tiveram menos probabilidade de desenvolver doenças autoimunes, como artrite reumatoide e psoríase.

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Vários estudos recentes também descobriram que as multivitaminas podem melhorar a memória e retardar o declínio cognitivo em adultos mais velhos, embora sejam necessárias mais pesquisas, disse Manson.

E há algumas evidências de que tomar um suplemento que contém vitaminas C e E, zinco, cobre, luteína e zeaxantina (chamado suplemento AREDS) pode retardar a perda de visão para pessoas com degeneração macular relacionada à idade, disse Manson.

Em todos os outros casos, tenha cuidado

Um suplemento não é seguro só por conter determinado nutriente ou composto natural, especialmente se tiver quantidades muito maiores do que você encontraria nos alimentos, disse Manson. E, em alguns casos, os suplementos podem até ser prejudiciais.

Na década de 1990, por exemplo, os pesquisadores esperavam que suplementos antioxidantes como o betacaroteno e a vitamina E prevenissem câncer ou doenças cardíacas. Mas, quando fizeram testes em grandes ensaios, descobriram que o betacaroteno aumentava o risco de câncer de pulmão em algumas pessoas, disse Wong, e a vitamina E aumentava os acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos nos homens, acrescentou Manson.

Pouco se sabe sobre os riscos, os benefícios ou a dosagem correta de muitos suplementos, disse a Dra. Mahtab Jafari, professora de ciências farmacêuticas da Universidade da Califórnia, Irvine.

E o que está listado na embalagem também pode ser diferente do que está dentro do produto, disse Cohen. Por exemplo: descobriu-se que muitos suplementos esportivos e para perda de peso estão contaminados com medicamentos ou produtos químicos não listados.

Se você comprar suplementos, procure um selo de certificação de uma organização confiável, como a U.S. Pharmacopeia ou a NSF, que confirme que os produtos contêm os ingredientes listados no rótulo.

Sempre consulte seu médico antes de tomar um suplemento, disse Jafari, porque eles podem interagir com certos medicamentos. A vitamina K pode interagir com um medicamento para afinar o sangue, por exemplo, e a erva de São João pode interferir com antidepressivos e pílulas anticoncepcionais.

Por fim, disse Manson, não espere que os suplementos substituam a boa alimentação e a atividade física. “Não existe uma pílula mágica que proporcione boa saúde”, disse ela.

Este artigo foi originalmente publicado em The New York Times. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

DEFIBRILAÇÃO CARDÍACA NÃO CAUSA QUEIMADURAS OU MORTE EM UMA PESSOA

 

Ponto de Vista Singular – Quora

Algum físico pode me sanar uma dúvida? Porque o choque descarregado durante uma desfibrilação, onde a intensidade da corrente chega 99A com uma DDP entre 300 a 3000V num aparelho monofásico 360J, não causa queimaduras, ou morte em uma pessoa?

Primeiramente, vamos desfazer um pequeno equívoco na pergunta original. A intensidade da corrente elétrica, medida em amperes (A), e a diferença de potencial, em volts (V), não são os únicos fatores que determinam os efeitos biológicos de uma descarga.

A energia total entregue, medida em joules (J), e a duração dessa descarga são igualmente essenciais. Um desfibrilador aplica seu choque em um tempo extremamente curto, geralmente milissegundos. Essa brevidade impede que a grande energia se traduza em calor excessivo nos tecidos, o que causaria queimaduras. Ademais, a corrente se move pelos eletrodos do desfibrilador em um caminho cuidadosamente direcionado para atravessar o coração, não se dispersando pelo resto do corpo descontroladamente.

Como um sábio professor diria: imagine a eletricidade como uma cachoeira. A voltagem seria a altura da queda d’água, a corrente a quantidade de água fluindo, e a energia o impacto total da água ao chegar à base. O desfibrilador é como uma rajada concentrada, forte o suficiente para impactar o coração, mas não uma inundação descontrolada por todo o corpo.

O objetivo do desfibrilador é justamente interromper ritmos cardíacos anormais e caóticos, permitindo que o coração volte a bater de forma organizada. Seria contraproducente causar danos irreversíveis no tecido cardíaco pelo qual se está lutando!

Cardioversão-desfibrilação elétrica (CE)

PorL. Brent Mitchell, MD, Libin Cardiovascular Institute of Alberta, University of Calgary

Manual MSD

A necessidade de tratamento das arritmias depende dos sintomas e da gravidade da arritmia. O tratamento é direcionado às causas. Se necessário, utiliza-se terapia antiarrítmica direta, incluindo antiarrítmicos, cardioversão-desfibrilação de corrente direta, cardioversores desfibriladores implantáveis (CDIs), marca-passos (e uma forma especial de estimulação, terapia de ressincronização cardíaca), ablação com catéter, cirurgia ou uma combinação desses procedimentos.

O choque transtorácico de magnitude suficiente despolariza todo o miocárdio, deixando todo o coração momentaneamente refratário à repetição da despolarização. Dessa maneira, o marca-passo intrínseco mais rápido, geralmente o nó sinoatrial, reassume o controle do ritmo cardíaco. Portanto, a cardioversão-desfibrilação elétrica interrompe de maneira bastante efetiva as taquiarritmias decorrentes de reentrada. No entanto, é menos efetiva na interrupção de taquiarritmias decorrentes do automatismo, pois o ritmo de retorno tem grande probabilidade de ser uma taquiarritmia automática. Para taquiarritmias além de fibrilação ventricular (FV) e taquicardia ventricular (TV) sem pulso, o choque deve ser sincronizado ao complexo QRS (denominado cardioversão elétrica), uma vez que o choque que incide durante o período vulnerável (próximo ao pico da onda T) pode induzir FV. Na FV, a sincronização do choque ao complexo QRS não é necessária e nem possível. O choque aplicado sem sincronização ao complexo QRS é denominado desfibrilação com CD.

A cardioversão ou desfibrilação por corrente contínua (CC) pode ser feita como

  • Corrente monofásica
  • Corrente bifásica

A corrente monofásica corre em determinada direção entre os dois eletrodos. Nos dispositivos bifásicos, a corrente inverte a direção no meio da onda de choque. O dispositivo bifásico precisa de menos energia e demonstrou promover mais o retorno da circulação espontânea (RCE). Entretanto, os índices de sobrevida são semelhantes nos dois dispositivos (1). A maioria dos desfibriladores externos manuais e automáticos (DAEs) agora é bifásica por causa da melhor eficiência na restauração do ritmo sinusal. Os dispositivos bifásicos também têm um tamanho menor (tornando-os portáteis).

Procedimento para cardioversão elétrica

Quando a cardioversão elétrica é eletiva, os pacientes devem permanecer em jejum por 6 a 8 horas para evitar a possibilidade de aspiração. Como o procedimento é amedrontador e doloroso, é necessário anestesia geral breve ou analgesia IV e sedação (p. ex., fentanila 1 mcg/kg e, em seguida, midazolam 1 a 2 mg a cada 2 minutos até o máximo de 5 mg). Devem estar presentes equipamento e pessoal para manter as vias respiratórias.

Como fazer cardioversão sincro…

Vídeo

Os eletrodos (pás ou placas), utilizados para cardioversão, podem ser colocados no sentido anteroposterior (ao longo da borda esternal esquerda, sobre o 3º e o 4º espaço intercostais esquerdos e na região infraescapular esquerda) ou no sentido anterolateral (entre a clavícula e o 2º espaço intercostal ao longo da borda esternal direita e sobre os 5º e 6º espaços intercostais no ápice do coração). Após a confirmação da sincronização ao complexo QRS no monitor, o choque é aplicado.

O nível de energia mais apropriado varia de acordo com a taquiarritmia tratada. A eficácia da cardioversão e da desfibrilação aumenta com o uso de choques bifásicos, no qual a polaridade da corrente é invertida no meio da onda de choque.

Na desfibrilação da fibrilação ventricular ou da taquicardia ventricular sem pulso, o nível de energia do primeiro choque é de

  • 120 a 200 joules para os dispositivos bifásicos (ou de acordo com as especificações do fabricante), embora muitos profissionais usem a carga máxima do dispositivo nesses casos
  • 360 joules para os dispositivos monofásicos (ou de acordo com as especificações do fabricante)

Os choques subsequentes são do mesmo nível de energia ou mais alto para dispositivos bifásicos e no mesmo nível para dispositivos monofásicos.

Na cardioversão sincronizada da fibrilação atrial, o nível de energia do primeiro choque é

  • 100 a 200 joules para dispositivos bifásicos (ou dependendo das especificações do fabricante)
  • 200 joules para dispositivos monofásicos (ou de acordo com as especificações do fabricante)

Os choques subsequentes estão no mesmo nível de energia ou mais para os dispositivos bifásicos e monofásicos.

A cardioversão-desfibrilação elétrica também pode ser aplicada diretamente sobre o coração durante a toracotomia ou uso de catéter eletrodo intracardíaco e, nessas condições, são necessários níveis mais baixos de energia.

Complicações da cardioversão elétrica

Em geral, as complicações são pequenas, envolvendo extrassístoles atriais e ventriculares e sensibilidade muscular. Com menor frequência, mas com maior probabilidade, se os pacientes tiverem função ventricular esquerda marginal ou necessidade do uso de múltiplos choques, a cardioversão precipita lesão de miócitos e dissociação eletromecânica.

Referência geral

  1. 1. Schneider T, Martens PR, Paschen H, et al: Multicenter, randomized, controlled trial of 150-J biphasic shocks compared with 200-J to 360-J monophasic shocks in the resuscitation of out-of-hospital cardiac arrest victims. Circulation 102:1780–1787, 2000.

PROFISSIONAIS ESTÃO RECUSANDO ASSUMIR O PAPEL DE CHEFIA NAS EMPRESAS QUE TRABALHAM

 

Rodrigo Araújo – CEO Brasil da Korn Ferry

67% dos investidores pensam que os líderes de hoje não estão preparados para o futuro, aponta estudos.

As empresas estão ativamente buscando ajustar suas estratégias, expandir-se para novos mercados e a diversificar cada vez mais as suas ofertas a fim de se manterem competitivas e se adaptarem ao crescimento futuro. Essa transformação demanda novas perspectivas, abrindo espaço para a tão sonhada oportunidade de liderança para os colaboradores mais experientes. No entanto, surge como contrapartida a surpreendente recusa desses profissionais em assumir o papel de “chefe”.

O questionamento é por que os jovens, ou até mesmo os mais experientes, não querem chegar ao cargo de liderança, ainda mais quando os benefícios estão voltados principalmente aos salários maiores. Os colaboradores possuem o conhecimento necessário para impulsionar seu próprio desenvolvimento neste modelo de gestão? As empresas têm preparado adequadamente seus gerentes para engajar os profissionais na sucessão?

O material “Self-Disruptive Leader: What, Why, How” elaborado pela consultoria global de gestão organizacional, Korn Ferry, entrevistou 800 analistas de mercado sobre o que que procuravam na liderança e nas organizações. Os resultados deram direção que o cenário empresarial será mais perturbador, colocando uma alta expectativa de valor na capacidade transformacional em líderes e na própria organização. Em resposta, 67% dos investidores pensam que os líderes de hoje não estão preparados para o futuro.

Essa falta de preparação, para o CEO Brasil da Korn Ferry, Rodrigo Araújo, tem a ver com os resultados de uma não preparação e capacitação das próprias companhias que, consequentemente, trazem insegurança quando a oportunidade bate na porta. “Qual é a metodologia que um colaborador usa para aprender sobre a gestão de chefia de cargos? As empresas praticamente não desenvolvem habilidades por meio de plataformas ou treinamentos básicos para que os talentos, mais jovens ou não, estejam aptos quando a ocasião chegar”, alerta.

Araújo também identifica que essa falta de preparação, vindo dos próprios colaboradores e também da própria tradição das empresas não é um único impedimento para aceitar ocupar a cadeira de liderança. Para o especialista, a responsabilidade, carga horária elevada de trabalho, tomada de decisões que podem acarretar erros, falta de flexibilidade, impulsionamento voltado ao empreendedorismo e, até mesmo, dificuldade no autoritarismo para delegar tarefas pode ser mais das inúmeras problemáticas na disciplina de ser chefe.

A plataforma de entrevistas para equipes líderes, a CoderPad, fez um estudo identificando a falta de anseios dos profissionais em ingressarem nos cargos de liderança. O resultado mostrou que 36% dos desenvolvedores dizem não estar interessados ​​em assumir responsabilidades gerenciais, contradizendo a tradicional frase nas conversas informais entre colegas de trabalho, sobre: “queria eu ser o chefe”.

 O futuro da liderança

A escassez de uma liderança mais disruptiva, inclusiva e inspiradora faz com que as gerações mais jovens, conhecidas por Millennials e Z, demostrem menos afeto na hora de ocupar cadeiras de gestão. “A experiência com líderes autoritários e hierárquicos pode desmotivar esse perfil, já que, às vezes falta referência a seguir. Além disso, esses grupos estão mais atentos às práticas de inclusão, diversidade e sustentabilidade. Com isso, a cultura organizacional deve estar atrelada a esses pilares”, alerta Rodrigo Araújo, presidente Brasil da consultoria global de gestão organizacional Korn Ferry.

Esse anseio por novos líderes, e a falta de interesse ou capacitação das gerações ao lidarem com essa função, faz com que as empresas tenham cada vez mais dificuldades para reter e adquirir talentos trazendo danos econômicos em seus negócios. Um outro estudo da Korn Ferry retrata bem esse impacto mundialmente, já que o levantamento traz a previsão da economia mundial conquistar um déficit de trabalhadores qualificados, somando mais de 85 milhões de pessoas até 2030, uma perda de aproximadamente US$ 8,5 trilhões em receitas anuais.

“É importante que tenhamos soluções em prol dessa falta de interesse em se tornar gestor, assim as sucessões poderão permanecer. Sendo assim, é necessário manter a Geração Z engajada de todas as formas, fortalecendo sua personalidade junto com a cultura da empresa e, ao mesmo tempo, preparar esse grupo na projeção de carreira. É relevante buscar formas de desenvolver as habilidades soft e hard skills, entender os anseios desses profissionais de maneira personalizada, os desafios que os cercam e encontrar mediações ao lado do RH para que haja maneiras de lidar com esse obstáculo”, alerta Araújo.

Sobre a Korn Ferry

A Korn Ferry é uma empresa global de consultoria organizacional que ajuda seus clientes a alinhar estratégia e talento, impulsionando, assim, um desempenho superior. Apoia diretamente as organizações desenhando as suas estruturas, funções e responsabilidades e as auxiliam a contratar as pessoas certas para colocar sua estratégia em ação. Além disso, as orientam em como recompensar, desenvolver e motivar os seus colaboradores.

CARACTERÍSTICAS DA VALEON

Perseverança

Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que permitem seguir perseverante.

Comunicação

Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem positiva junto a seus públicos.

Autocuidado

Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.

Autonomia

Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é incompatível com elas.

A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.

Inovação

Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.

Busca por Conhecimento Tecnológico

A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia, uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.

Capacidade de Análise

Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um mundo com abundância de informações no qual o discernimento, seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade de analisar ganha importância ainda maior.

Resiliência

É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões (inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.

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quarta-feira, 5 de junho de 2024

MORO FEZ UMA BRINCADEIRA CITANDO O MINISTRO GILMAR MENDES E POR ISSO VIROU RÉU NO STF

História de André Richter – Repórter da Agência Brasil – Newsrondonia

Moro vira réu no Supremo por calúnia contra Gilmar Mendes

Moro vira réu no Supremo por calúnia contra Gilmar Mendes© Fornecido por Newsrondonia

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (4) tornar réu o senador Sergio Moro (União-PR) pelo crime de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes.

Em abril de 2023, o parlamentar foi denunciado pela então vice-procuradora da República Lindôra Araújo após o surgimento de um vídeo nas redes sociais. Na gravação, Moro aparece em uma conversa com pessoas não identificadas. Durante o diálogo, que teria ocorrido em 2022, Moro afirmou: “Não, isso é fiança, instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”.

Por unanimidade, o colegiado seguiu voto proferido pela relatora, ministra Cármen Lúcia. Para a ministra, há indícios de fato delituoso para justificar abertura de uma ação penal contra o senador.

“A conduta dolosa do denunciado consistiu em expor sua vontade de imputar falsamente a magistrado deste Supremo Tribunal Federal fato definido como crime de corrupção passiva”, afirmou a ministra.

O entendimento foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Alexandre de Moraes.

Defesa

Durante o julgamento, o advogado Luiz Felipe Cunha, representante de Moro, defendeu a rejeição da denúncia e disse que o parlamentar se retratou publicamente. Para o advogado, Moro usou uma expressão infeliz.

“Expressão infeliz reconhecida por mim e por ele também. Em um ambiente jocoso, num ambiente de festa junina, em data incerta, meu cliente fez uma brincadeira falando sobre a eventual compra da liberdade dele, caso ele fosse preso naquela circunstância de brincadeira de festa junina”, afirmou o advoGADO.

Comentário:

Enquanto isso, o Presidente da República atual acusa e xinga o Ex-Presidente Bolsonaro de “Genocida e Facista” e não acontece nada.

 

PGR ENTRA COM RECURSO CONTRA O MINISTRO TOFFOLI APÓS VERGONHOSO CASO ODEBRECHET

 

Políticaonlinebrasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) ingressou com um recurso contra a polêmica decisão do ministro Dias Toffoli que anulou todos os atos da Operação Lava Jato e beneficiou o empresário Marcelo Odebrecht. No pedido de reconsideração, o procurador Paulo Gonet argumenta que a argumentação de parcialidade de Moro, usada em outros casos, não se aplica ao empresário.

Gonet ressalta que o acordo de colaboração premiada de Marcelo Odebrecht foi tramitado na Procuradoria-Geral da República, sob a supervisão do Supremo Tribunal Federal, e não na primeira instância. O responsável pelo acordo na época foi Rodrigo Janot, então titular do cargo.

“Os termos desse acordo não foram declarados ilegais e foram homologados pelo Supremo Tribunal Federal, tudo sem nenhuma coordenação com a Justiça Federal do Paraná”, afirma Gonet em sua manifestação.

Ele continua argumentando que estender a decisão para outros casos não é apropriado, pois cada caso é único e não se pode simplesmente replicar uma decisão para situações distintas.

No caso específico de Marcelo Odebrecht, Gonet destaca que o empresário pediu apenas acesso a evidências de interesse de sua defesa em um processo criminal, sem necessariamente solicitar a anulação de provas da Lava Jato.

“A prática de crimes foi confessada e minudenciada pelos membros da sociedade empresária com a entrega de documentos comprobatórios. Tudo isso se efetuou na Procuradoria-Geral da República sob a supervisão final do Supremo Tribunal Federal”, acrescenta o PGR.

O recurso da PGR visa reverter a decisão que gerou controvérsia e questionamentos sobre a validade dos processos conduzidos pela Operação Lava Jato. A anulação de todos os atos da operação, em decorrência da suposta parcialidade do ex-juiz Sergio Moro, tem sido objeto de intensos debates no cenário jurídico e político do país.

A decisão de Toffoli gerou reações divergentes. Enquanto alguns acreditam que ela representa um avanço na garantia dos direitos individuais e no combate à corrupção, outros argumentam que pode abrir precedentes perigosos e comprometer os esforços anticorrupção realizados nos últimos anos.

Além disso, a decisão também colocou em evidência as tensões e disputas de poder entre diferentes instituições do sistema judiciário brasileiro. Enquanto o Supremo Tribunal Federal busca afirmar sua autoridade e prerrogativas, o Ministério Público Federal defende a integridade e a validade dos processos conduzidos pela Operação Lava Jato.

Agora, com o recurso da PGR, espera-se que o debate sobre a validade dos processos da Lava Jato seja retomado e que uma decisão final seja alcançada, garantindo a segurança jurídica e o devido processo legal para todas as partes envolvidas.

A controvérsia em torno da decisão de Toffoli também levanta questões mais amplas sobre o papel do Poder Judiciário na luta contra a corrupção e na garantia dos direitos individuais. Enquanto alguns defendem a necessidade de reformas e aprimoramentos no sistema judicial, outros temem que decisões como essa possam enfraquecer os mecanismos de combate à corrupção e minar a confiança da população nas instituições democráticas.

Diante desse cenário, é fundamental que as diferentes instâncias do sistema judiciário brasileiro atuem de forma responsável e transparente, buscando sempre promover a justiça e o Estado de Direito. A sociedade brasileira espera que os tribunais superiores ajam de acordo com a Constituição e as leis do país, garantindo a imparcialidade e a efetividade da justiça em todos os casos, especialmente aqueles relacionados à corrupção e aos crimes contra o patrimônio público.

O caso de Marcelo Odebrecht e a decisão de Toffoli são apenas alguns exemplos das complexidades e desafios enfrentados pelo sistema judiciário brasileiro. À medida que o país avança no combate à corrupção e na defesa dos direitos individuais, é fundamental que as instituições responsáveis pela aplicação da lei atuem de forma transparente e imparcial, garantindo a integridade e a eficácia do sistema judicial como um todo.

Enquanto o debate sobre a anulação da Lava Jato continua a dominar as discussões políticas e jurídicas no Brasil, é importante que a sociedade brasileira permaneça vigilante e engajada, defendendo os princípios fundamentais da democracia e do Estado de Direito. Somente através do compromisso coletivo com a justiça e a transparência será possível superar os desafios e construir um futuro mais justo e igualitário para todos.

CONDENADOS COM MULTAS DA LAVA JATO RECORREM AO STF DEPOIS DE DERRUBAR TODAS AS AÇÕES DA LAVA JATO

 

História de admin3 – IstoÉ

Dois dias depois de derrubar todas as ações da Lava Jato contra o delator Marcelo Odebrecht, o “príncipe das empreiteiras”, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), analisou o pedido de um outro colaborador da Operação: Adir Assad.

Apontado pelos investigadores como lobista, Assad pediu a suspensão da multa do acordo de R$ 50 milhões que fechou com o Ministério Público Federal em 2017 sob alegação de suposta “falta de voluntariedade” na celebração do pacto. Toffolli entendeu que qualquer análise do STF sobre o tema seria “prematura”.

A solicitação foi feita pelos advogados Assad na carona da decisão de Toffoli que suspendeu as multas previstas nos acordos de leniência da J&F e da Novonor (antiga Odebrecht).

A defesa argumenta que a decisão do ministro guarda relação com o caso de Assad, vez que as mensagens da Operação Spoofing – investigação sobre hackers que invadiram comunicações de procuradores e do ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro – apontam “possíveis irregularidade processuais também cometidas” com relação ao lobista.

A alegação é que o delator foi “compelido a celebrar um acordo com a operação sem qualquer autonomia de vontade”.

Toffoli considera que o pedido de suspensão da multa de delação de Adir Assad deverá ser dirigido ao juiz natural do processo, no caso o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que homologou a colaboração do lobista.

Em despacho assinado no último dia 23, o ministro não viu relação entre o argumento da defesa – de falta de voluntariedade no acordo – e o cerne da decisão que determinou a suspensão das provas da leniência da Odebrecht, alegando que Assad não tem relação com o processo.

De outro lado, Toffoli deferiu em parte o pedido da defesa e autorizou o acesso integral às mensagens da Operação Spoofing, o que pode turbinar um novo pedido de suspensão da multa.

Os advogados de Assad pedem o compartilhamento dos diálogos hackeados por entenderem que eles “levantam sérias dúvidas a respeito da voluntariedade do delator quando assinou seu acordo de colaboração premiada”.

A avaliação da defesa é que essas mensagens podem “demonstrar de uma vez por todas a irregularidade do pacto”. Os advogados apontam o que consideram duas ilegalidades – a primeira envolvendo “métodos de pressão não republicanos pela acusação com o único fim de que Assad firmasse um acordo de colaboração premiada”; e uma possível violação ao sistema acusatório, diante da imparcialidade do relator da apelação criminal de Assad junto do TRF-4′.

O pedido aportou no STF em março, dias antes de Toffoli negar a suspensão da multa aplicada em outra delação, a do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, apontando que o pedido deveria ser apresentado ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo.

A defesa de Assad argumentou que o caso de Assad seria diferente da situação de Léo Pinheiro, já que a homologação do acordo do lobista partiu do TRF-4.

O despacho foi dado em mais um pedido de extensão analisado por Toffoli, que herdou do ministro aposentado Ricardo Lewandowski a reclamação em que foram anuladas as provas do acordo de leniência da Odebrecht e foi concedido acesso, a investigados da Lava Jato, às mensagens da Operação Spoofing.

Como mostrou o Estadão, outros alvos da extinta Lava Jato passaram a fazer solicitações no processo inicialmente ajuizado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se beneficiarem de decisões semelhantes.

A decisão simbólica mais recente na esteira da reclamação é a que derrubou todos os processos da Lava Jato contra um dos principais delatores da Operação, Marcelo Odebrecht, mantendo, no entanto, os termos de sua colaboração premiada.

O despacho foi assinado no dia 21 de maio e, desde então, Toffoli segue analisando dezenas de pedidos de extensão que aportam em seu gabinete.

Cooperação internacional

Outro pedido que acabou acolhido por Toffoli após a decisão que beneficiou Odebrecht foi dado no caso de Demétrio Papadimitriu Bagatelas, que responde a um processo no Panamá por lavagem de dinheiro em razão do suposto recebimento de caixa 2 da Odebrecht – cujos registros eram guardados pelo Setor de Operações Estruturadas (o departamento de propinas da empreiteira).

O ministro declarou imprestáveis, “segundo o ordenamento jurídico brasileiro”, as provas da leniência da Odebrecht que implicam Demétrio. Toffoli destacou que está proibida a “prática, em território nacional, de quaisquer atos instrutórios ou de cooperação a partir destes elementos para que sejam encaminhados ao Governo do Panamá”.

Toffoli já havia deferido pedido semelhante em favor de dois corréus no caso que envolve Demétrio – Riccardo Francolini Arosemena e Juan Antônio Niño Pulgar.

Decisão semelhante – de invalidação de provas da leniência da Odebrecht – foi assinada em benefício de Ulisses Sobral Calile, ex-executivo da área Internacional da Petrobras, que chegou a ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato. Também foi dado um despacho de mesmo teor ao advogado Tulio Marcelo Bandeira, que foi investigado na Operação Rádio Patrulha.

DELEGADOS DA POLÍCIA FEDERAL CONTRA OS CORTES NO ORÇAMENTO DA PF

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