Expectativa é de que cortes no IPI e no ICMS resgatem “carro popular”
com preço abaixo de R$ 60 mil; redução precisa ser de até R$ 20 mil
Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro – Jornal Estadão
Cresce a expectativa em relação ao anúncio que
o governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
fará nesta quinta-feira (25) em São Paulo. A equipe liderada pelo
vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, vai
anunciar medidas para baratear os veículos no País e trazer de volta ao
mercado o chamado ”carro popular”. Entretanto, o pacote de incentivos
para o setor não envolverá lançamento de novos modelos, mas uma
estratégia para reduzir os preços dos carros que já estão à venda.
Inicialmente, a proposta do governo era alcançar a faixa dos R$ 40
mil. Logo em seguida, subiu para R$ 50 mil e, agora, espera conseguir
alcançar a faixa abaixo dos R$ 60 mil. Entretanto, os carros mais
baratos do mercado atualmente estão na faixa dos R$ 70 mil. Ou seja,
seria necessária uma redução de R$ 15 mil a R$ 20 mil para conseguir
subtrair essa diferença.
A ideia é alcançar essa redução com cortes no IPI (Imposto sobre
produtos industrializados) e no ICMS (Imposto sobre circulação de
mercadorias e serviços). A redução de ambos já existe, por exemplo, nas
vendas de carros automáticos para PCD. Dessa forma, é essa estratégia
que o governo quer adotar para o mercado carros que
custam até R$ 100 mil.
Quanto pode reduzir o preço do carro popular?
A questão é que, enquanto o IPI é um imposto federal, o ICMS é
estadual. Ou seja, os governadores de cada um dos 26 estados, além do
Distrito Federal, também terão de entrar na negociação. Assim, abrindo
mão da arrecadação com o imposto.
Caso essa margem alcance a faixa dos R$ 15 mil, por exemplo, os
veículos de entrada voltam a ter preços na faixa dos R$ 55 mil. Esse
seria o caso dos dois carros mais baratos do País: Fiat Mobi e Renault Kwid.
Ambos parte de R$ 68.990. Dessa forma, caso ocorra a isenção do IPI e
do ICMS, o preço inicial do carro pode chegar a R$ 54 mil.
Seja como for, não se sabe ainda de quanto será a redução ou se o governo irá zerar os impostos. Pois o Jornal do Carro elaborou
uma estimativa de quanto os preços dos modelos de entrada poderão
baixar com cortes em impostos na faixa dos R$ 15 mil. Confira:
Renault Kwid Zen – de R$ 68.990 para R$ 53.990
Fiat Mobi Like – de R$ 68.990 para R$ 53.990
Citroën C3 Live 1.0 – de R$ 72.990 para R$ 57.990
Fiat Argo Drive 1.0 – de R$ 79.790 para R$ 64.790
Renault Stepway Zen 1.0 – de R$ 79.990 para R$ 64.990
Volkswagen Polo Track – de R$ 81.370 para R$ 66.370
Joel Backschat – Fundador da comunidade Orange Juice e CIO do Grupo FCamara
As Inteligências Artificiais tem feito cada vez mais parte da rotina
de todas pessoas ao redor do mundo. E, quando falamos em otimizar essas
rotinas, elas são as melhores amigas de muitos profissionais,
estudantes, etc.
Pensando nisso, preparamos um material elencando as cinco principais
IA que tem facilitado algumas tarefas do dia a dia, explicando sobre
cada uma delas.
Conheça as ferramentas ‘queridinhas’ da atualidade, que geram
economia de tempo e redução de custos nas rotinas pessoais e
profissionais
A implementação de novas tecnologias vem fazendo a diferença nas
rotinas pessoais e profissionais ao redor do mundo. Elas já estão
presentes em inúmeras ações, atividades e tarefas cotidianas, mesmo que
não percebamos. As inteligências artificiais, em especial, chegaram para
facilitar e otimizar o dia a dia, com base no comportamento humano. Um
relatório da Kinea Investimentos mostra que o mercado global de
inteligência artificial movimentou US$ 383 bilhões em 2021 e US$ 450
bilhões em 2022, apontando uma tendência de crescimento relevante do
setor para 2023.
“Coisas simples como serviços de streaming, aplicativos, câmeras de
reconhecimento facial e compras no e-commerce são bons exemplos, e todos
eles claramente otimizam nosso tempo e solucionam problemas”, pontua
Joel Backschat, fundador da comunidade Orange Juice e CIO do Grupo
FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro
de negócios.
Pensando nisso, o executivo listou cinco importantes ferramentas de
inteligência artificial que já estão no nosso dia a dia, trazendo
inúmeras vantagens, especialmente para profissionais que precisam de
facilitadores no mercado. Confira:
ChatGPT
Em primeiro lugar está um dos assuntos mais comentados do momento: o
ChatGPT, IA que tem como objetivo principal melhorar a experiência de
diálogo com bots e a qualidade das respostas. Como o próprio nome diz, o
chat (conversa) funciona respondendo tanto às perguntas simples como às
mais complexas, só que de maneira completa e com linguagem menos
robótica, mais natural. Ele é capaz de oferecer diálogos mais orgânicos
por utilizar uma linguagem baseada em aprendizado, ou seja, ela capta
nuances de diálogos humanos.
“O bate-papo inteligente cria, considerado o sonho de todos seres
humanos, processa e apresenta dados ao seu interlocutor de um jeito
‘humanizado’. Por isso, acredito que o ChatGPT é uma das ferramentas
mais inteligentes já criadas. Ele mudou a forma como as pessoas se
comunicam, tiram dúvidas e produzem, gerando rumos inovadores para
diversos setores”, comenta Joel.
Midjourney
O aplicativo tem como principal função criar imagens por meio da
inteligência artificial, funcionando em um servidor no Discord. Os bots
criam ilustrações de forma rápida e eficaz, personalizadas de acordo com
o pedido do usuário.
“Em resumo, a ferramenta usa seus algoritmos para traduzir
solicitações de texto em imagens. Além do Midjourney, recomendo também a
Blue Willow, IA com a mesma funcionalidade de gerar
imagens, sendo acessível a todos, independente do nível de experiência e
conhecimento. Inclusive, é possível testar através do servidor da
Orange Juice”, conta Backshat.
Copy
Comumente usada para tarefas de copywriting, é a queridinha de quem
trabalha com postagens, redações, marketing e afins, pois ajuda a criar
ótimos resumos, manchetes chamativas, posts interessantes, além de
textos e artigos impecáveis. “A melhor qualidade dessa ferramenta é o
serviço de edição eficaz que possui, porque traz uma nítida otimização
de tempo e redução de custos”, fala Joel.
Tome
A Tome é mais uma ferramenta que veio para revolucionar o tempo de
trabalho de profissionais e estudantes. Sua principal aptidão é criar
apresentações de slides através da solicitação inicial do usuário, que
traz um descritivo do que ele precisa. Em seguida, a ferramenta indica a
melhor forma para esse storytelling/conteúdo ser exposto.
“Eu, particularmente, acho incrível a indicação da ferramenta, porque
ela realiza desde o título inteligente até o layout, estrutura do
texto, opção de gráficos e muitas outras coisas, o que ao meu ver, é uma
grande revolução no setor”, complementa o executivo.
Adobe Firefly
Recentemente lançada, a nova ferramenta da Adobe é mais um modelo de
inteligência artificial focado na geração de imagens. Ela permite que
usuários usem comandos de texto capazes de ajustar ou até mesmo alterar
imagens com extrema agilidade e eficácia. A ideia do Adobe Firefly é
usar do banco de imagens da Adobe (Adobe Stock) para gerar novas imagens
a partir do que você procura na barra de pesquisa, gerando uma
qualidade excepcional, além de ser capaz de gerar novas imagens.
“Por ser uma novidade no mercado, a Adobe já entendeu o funcionamento
de outras ferramentas semelhantes e foi capaz de aprimorar seu
lançamento, trazendo ainda mais inovações e facilidades quando se trata
de lapidar imagens. O trabalho final é de muita qualidade. Tem tudo para
cair no gosto dos usuários”, conclui Joel.
Sobre a FCamara
A FCamara é um ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o
futuro de negócios integrando visão estratégica com execução
inteligente, lado a lado com seus clientes, para proporcionar
experiências transformadoras. Com um time altamente especializado, o
grupo atua em Transformação Digital, E-commerce & Marketplace,
Inovação, Cloud & Cibersegurança, Open Finance & Open Insurance,
Data & Analytics e Marketing Digital, junto aos principais players
de varejo, saúde, seguros, mercado financeiro, indústria e outros
segmentos. Foi eleita 5 vezes como a Melhor Empresa na categoria de
serviços de e-commerce pela ABComm e é líder em soluções digitais, sendo
considerada hoje a maior empresa de serviços para e-commerce da América
Latina. Hoje, o grupo conta com filiais no Brasil, Portugal e Reino
Unido e mais de 1.000 empresas atendidas em sua história. Saiba mais:
www.fcamara.com.
Sobre a Orange Juice
A Orange Juice é um ecossistema tech criado com o intuito de guiar,
ajudar e incentivar iniciantes ou já amantes da tecnologia em suas
carreiras. É voltada a qualquer pessoa interessada em tecnologia, mesmo
aquelas já experientes no mercado, mas que entendem a importância de
trocar experiências e compartilhar conhecimentos. A Orange Juice conta
com podcasts, lives e um blog com diversos conteúdos, que possibilita a
interação dos seguidores com especialistas do Grupo FCamara, que
patrocina a comunidade, e também de outras grandes empresas, com
objetivo de mostrar diferentes visões do mercado. Hoje, soma mais de 5
mil membros e mais de 50 parceiros, entre edtechs, ONGs e clientes do
próprio Grupo FCamara. Saiba mais: https://digital.fcamara.com.br/orangejuice.
CARACTERÍSTICAS DA VALEON
Perseverança
Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em
razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer
determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a
resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é
necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que
permitem seguir perseverante.
Comunicação
Comunicação é a transferência de informação e significado de uma
pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e
compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros
por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o
ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar
conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela
através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e
políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem
positiva junto a seus públicos.
Autocuidado
Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações
que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade
de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância
com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada
pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.
Autonomia
Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em
gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias
escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida
por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é
incompatível com elas.
A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando
agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem
esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de
gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.
Inovação
Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades,
exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a
inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando
que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a
curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova
competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma
importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.
Busca por Conhecimento Tecnológico
A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender
aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de
todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia,
uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.
Capacidade de Análise
Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência
que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos
de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um
mundo com abundância de informações no qual o discernimento,
seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade
de analisar ganha importância ainda maior.
Resiliência
É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões
(inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado
emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após
momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em
líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a
capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.
Plenário da Câmara dos Deputados.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
A
Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (23), o novo
arcabouço fiscal. Foram 372 votos favoráveis, 108 contrários e 1
abstenção. Os parlamentares aprovaram o substitutivo apresentado pelo
relator da proposta, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA). O texto segue
agora para análise do Senado. Por ser um projeto de lei complementar, a
nova regra fiscal precisava de pelo menos 257 votos para ser aprovada.
Após a aprovação do texto, os deputados passaram analisar as emendas à
medida. Apenas uma delas chegou a ser votada na noite de terça-feira.
Por 429 votos a 20, os deputados rejeitaram um destaque apresentado pelo
Psol para retirar os gatilhos e sanções ao governo colocados pelo
relator no texto da regra fiscal.
O arcabouço, que vai substituir o teto de gastos, só foi votado após o
entendimento entre os líderes partidários. Mais cedo, os presidentes da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
fecharam um acordo com o governo e representantes do setor produtivo
para votar as pautas econômicas.
No dia 15, Cajado apresentou o relatório da proposta após acordo com
lideranças partidárias. O texto da nova regra fiscal não passou pelas
comissões da Câmara, pois os deputados federais aprovaram o requerimento
de urgência para a tramitação no último dia 17. Com isso, o texto foi
direto para o plenário.
O relator incluiu gatilhos para o ajuste de despesas e sanções ao
governo, caso as metas de resultado primário não sejam cumpridas. No
entanto, o aumento real do salário mínimo e os gastos com o programa
Bolsa Família foram blindados desses mecanismos. “Eu quero deixar claro
que o substitutivo melhorou muito o texto original. Todas as
excepcionalidades foram fruto de muita discussão”, defendeu Cajado.
Deputados de oposição protestaram contra a falta de tempo para a
análise do projeto. Durante os debates no plenário, inclusive, foi
apresentado e aprovado um requerimento para encerrar as discussões.
Os parlamentares críticos à gestão petista também lamentaram a
aprovação do projeto e disseram que o texto do arcabouço se trata de um
“cheque em branco” para os gastos do governo Lula.
VEJA TAMBÉM: Congresso reafirma protagonismo sobre pauta econômica e sepulta revisões estatizantes do governo Governo retoma “caso de amor” com montadoras e prepara novos incentivos ao setor Relator da reforma tributária na Câmara diz vai apresentar parecer em 6 de junho
O que ficou definido no arcabouço fiscal Um ponto de tensão em
relação ao arcabouço fiscal era a possibilidade de ampliação de gastos
pelo governo a partir de 2024 de 2,5% acima da inflação. Pela proposta
original encaminhada pelo governo ao Congresso, as despesas poderiam
crescer anualmente até o equivalente a 70% da elevação de receitas,
porém respeitando limite máximo de 2,5% de aumento real. Em caso de
baixo crescimento ou queda na arrecadação, haveria um piso de 0,6% de
crescimento das despesas acima da inflação.
O substitutivo de Cajado, no entanto, abriu uma exceção para o
próximo ano e fixou a alta de gastos no teto em 2,5%, independentemente
da evolução na arrecadação.
“O ponto que demandou mais discussão em relação à despesa em 2,5% [em
2024]. Vamos fazer um novo texto. Um mix entre o texto original é uma
possibilidade. O texto original previa um crescimento de 1,12%. Vamos
pegar a diferença em cima do que tiver de crescimento e vamos colocar
até 2,5%”, disse Cajado antes da votação.
“Vai poder utilizar do que crescer, entre 2023 e 2024, até 70% [da
alta da Receita], no limite de 2,5%. Ficou um meio termo para desfazer
aquele mal entendido”, acrescentou.
O novo substitutivo, apresentado nesta noite, incorporou a regra de
crescimento da despesa no texto permanente e prevê que o crescimento
real da despesa tem um limite mínimo de 0,6% ao ano, e um limite máximo
de 2,5% ao ano.
Além disso, uma “segunda camada” de limites é aduzida ao “regime
fiscal sustentável”, desde que cumprido o primeiro (0,6% a 2,5%) com o
crescimento real da despesa sendo limitado a: 70% da variação real da
receita, caso o resultado primário apurado esteja igual ou acima do
limite inferior da meta de superávit primário; ou 50% da variação real
da receita, caso o resultado primário apurado esteja abaixo do limite
inferior da meta de superávit primário.
Em qualquer dos casos, o cumprimento da meta deve considerar o
intervalo de tolerância de 0,25 pontos percentuais do PIB no ano.
“Assim, com os aperfeiçoamentos que entendemos termos promovido no PLP
em nosso Substitutivo, consideramos que temos um novo marco de
sustentabilidade fiscal de longo prazo, que possa induzir à
estabilização da dívida pública, sem descuidar da necessidade de o Poder
Público ampliar seus serviços, e de realizar obras e investimentos, em
benefício da população”, escreveu Cajado no novo parecer.
Além disso, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) também
foi mantido dentro do limite de despesa da regra. A inclusão do fundo
relacionado à educação no arcabouço foi alvo de protestos de
parlamentares da esquerda, ainda que tenham declarado voto favorável ao
projeto. Da mesma forma que o Fundeb, os recursos destinados ao
pagamento do piso de enfermagem também foram incorporados à regra
fiscal.
Impasse sobre Fundo Constitucional do DF Deputados do Distrito
Federal defenderam a atual composição do Fundo Constitucional do DF, que
é usado para custear os serviços essenciais e representa 40% do
orçamento. O relatório estabelece um limite máximo de 2,5% no
crescimento anual dos repasses do governo federal para fundos, como o do
DF.
Os representantes do DF acreditam que o fundo será prejudicado com
esta regra. Cajado manteve o fundo dentro da regra, apesar da pressão
dos parlamentares do DF. “As alterações são de ajustes de texto que não
alteram o texto original do deputado Cajado”, ressaltou o presidente da
Câmara.
“O Fundo Constitucional do Distrito Federal é licito, é justo, ele
terá a correção que todos os outros terão”, disse Lira antes da votação.
Para ele, há uma confusão entre o novo marco fiscal e o teto de gastos.
“O novo marco não é o teto de gastos, muitas pessoas ainda confundem, e
isso amedronta”, afirmou.
Avenida Marechal Deodoro, em Curitiba, foi palco de manifestação
em defesa do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol| Foto:
Divulgação / Deputado Fabio Oliveira
É com perplexidade, assombro e indignação que muitos brasileiros têm
visto tornar-se realidade o poema de Camões em que os maus nadam “em mar
de contentamentos”, enquanto os bons passam “no mundo graves
tormentos”. E nada exemplifica tão bem este estado de coisas quanto o
desfecho dos maiores esquemas de corrupção da história do país, o
mensalão e o petrolão. Praticamente todos os envolvidos na roubalheira
ganharam a liberdade e voltaram às ruas; alguns deles até mesmo
conquistaram cargos eletivos dos mais importantes do país.
Enquanto isso, aqueles que investigaram e julgaram os escândalos,
trabalhando por anos a fio para construir um conjunto probatório
robustíssimo ou avaliando essas mesmas provas para que os corruptos
pudessem pagar, são perseguidos de todas as formas: se ainda não
acabaram eles mesmos na cadeia, sofrem com uma série de outras punições
políticas, cíveis e administrativas – o episódio mais recente foi aquele
em que o Tribunal Superior Eleitoral fez uma interpretação extensiva,
absurda do ponto de vista lógico e totalmente distante do espírito da
Lei da Ficha Limpa, para impugnar a candidatura de Deltan Dallagnol
(Podemos-PR) e retirar-lhe o mandato de deputado federal.
A indignação das pessoas, embora pareça pouco, é fundamental para recolocar o Brasil nos trilhos.
Atribuir esta inversão de valores apenas à série recente de decisões
da cúpula do Judiciário que desmontaram o bom combate à corrupção, no
entanto, é ignorar que há causas mais profundas para o que temos visto,
causas das quais o suicídio moral dos tribunais superiores é talvez a
consequência mais evidente – mas, ainda assim, uma consequência. O fato é
que, após uma lufada de esperança trazida por um processo iniciado nas
jornadas de junho de 2013 (que, depois, acabaram desvirtuadas pela
violência) e pela Operação Lava Jato, a sociedade brasileira se deixou
engolir por um torpor que misturou tolerância à corrupção e desconfiança
generalizada em relação aos que empenharam suas vidas e carreiras no
combate à ladroagem.
Nada exemplifica tanto essa tolerância quanto a normalização da
candidatura de Lula à Presidência. Os eleitores de Lula – e aqui não nos
interessa discutir as motivações que levaram cada um a optar pelo então
candidato – não podem alegar que desconheciam o passado do petista.
Ainda assim, de repente, foi como se o robustíssimo e inegável conjunto
probatório levantado contra Lula pela Operação Lava Jato tivesse
“desaparecido”, em vez de ter sido simplesmente tornado inútil para
efeitos processuais.
É preciso recuperar critérios claros de moralidade, de certo e errado, e pautar nossas ações de acordo com esses critérios.
E o reverso desta tolerância com o mal se mostrou na forma como esses
mesmos setores da sociedade e da opinião pública se voltaram contra
quem lutou para desmontar os esquemas de corrupção. O “infeliz do povo
que precisa de heróis” brechtiano foi pisado e repisado a ponto de
muitos brasileiros passarem a enxergar com suspeita qualquer um que se
empenhe em fazer a coisa certa. Como se fosse impossível a alguém agir
apenas movido pelas melhores intenções, sem ter algum motivo escuso ou
empregar métodos ilícitos. Isso ajuda a entender como até mesmo
brasileiros bem-intencionados, conscientes do mal trazido pela
corrupção, puderam se deixar levar por narrativas enviesadas, plantadas
pelos corruptos e por seus apoiadores, que transformaram os agentes da
lei em criminosos, e os verdadeiros criminosos em vítimas.
Neste ambiente em que as noções de certo e errado são perdidas – ou,
pior ainda, invertidas –, não surpreende que decisões judiciais reflitam
essa decadência moral. Ironicamente, essa espécie de hiperlegalismo
pelo qual as evidências contra Lula são ignoradas apenas porque foram
descartadas judicialmente convive com um total desprezo pelo império da
lei, substituído pelo voluntarismo total. Quando se trata dos
protagonistas dos esquemas de corrupção, os tribunais superiores
revertem jurisprudência e entendimentos anteriores, aplicam
retroativamente regras estabelecidas ad hoc para anular julgamentos
realizados em estrita observância à lei processual, e alteram
competências previamente estabelecidas – ou seja, onde não existe nenhum
tipo de irregularidade processual, inventa-se uma.
Já quando os acusados são aqueles a quem coube investigar e julgar a
ladroagem, tribunais superiores e instâncias como o Conselho Nacional do
Ministério Público e o Tribunal de Contas da União ignoram o devido
processo legal e garantias constitucionais como a liberdade de
expressão; violam princípios como o non bis in idem, julgando mais de
uma vez o mesmo fato; recorrem a evidências colhidas ilegalmente e sem
autenticidade comprovada; ignoram o que está escrito na lei e se apegam a
suposições e hipóteses sobre o que poderia ter acontecido, em vez do
que realmente aconteceu; e desprezam os pareceres técnicos de órgãos de
assessoria ou pedidos de arquivamento feitos por procuradorias.
VEJA TAMBÉM: TSE atropela a lei e os fatos para cassar Deltan Dallagnol Dallagnol cassado e a escolha do Congresso: reação ou submissão Deltan Dallagnol: Eu fui caçado
Há solução para tamanho descalabro? Certamente há; extremamente
trabalhosa, que talvez renda frutos apenas no médio e longo prazo, mas
há. Para isso, é preciso recuperar critérios claros de moralidade, de
certo e errado, e pautar nossas ações de acordo com esses critérios.
Nesse caminho, um dos primeiros passos é manter acesa a chama da
indignação contra os desmandos a que assistimos, não aceitar
passivamente que eles se repitam cotidianamente, e encontrar formas de
manifestar e dar voz, ativa e democraticamente, a essa indignação.
Casos como o da cassação de Deltan Dallagnol e a tentativa de
apagamento de seu trabalho junto à Lava Jato, por exemplo, não podem ser
encarados com uma mera indignação passageira. Eles precisam ser
entendidos como realmente são: sintomas de uma inversão de valores
generalizada que precisa ser combatida todos os dias até ser revertida
de vez. A indignação das pessoas – ou pelo menos daquelas que, de fato,
se preocupam com os rumos do país –, embora pareça pouco, é fundamental
para recolocar o Brasil nos trilhos. Não nos calemos.
Charlie Chaplin, rei da comédia do cinema mudo, defendeu a
liberdade de expressão no filme O Grande Ditador (1940), uma sátira
contra Adolf Hitler.| Foto: The Great Dictator / Domínio Público
Do
massacre do jornal satírico francês Charlie Hebdo em 2015 à censura do
humorista Léo Lins em 2023, a resistência sisuda e autoritária ao humor
provocativo e limítrofe tem uma longa história. Os profissionais do
riso, contudo, não deixam barato e continuam a oferecer resistência.
Confira abaixo, nas próprias palavras deles, o que eles pensam sobre
essa tensão entre liberdade e segurança psicológica.
“Penso que é dever do comediante encontrar onde está o limite e
ultrapassá-lo deliberadamente” – George Carlin (1937-2008), rei do
stand-up americano, cujo nome foi parar na Suprema Corte do país por
causa de seu monólogo ‘Sete palavras que você nunca pode dizer na
televisão’.
“A ideia de que você precisa ser protegido de qualquer tipo de emoção
desconfortável é uma ideia à qual eu definitivamente não me subscrevo” –
John Cleese (1939-), britânico cofundador do grupo Monty Python.
“Só porque você está ofendido, não significa que você está certo”
– Ricky Gervais (1961-), britânico criador da série The Office.
“Quem avisa, amigo é: se o governo continuar deixando que certos
jornalistas falem em eleições; se o governo continuar deixando que
determinados jornais façam restrições à sua política financeira; se o
governo continuar deixando que alguns políticos teimem em manter suas
candidaturas; se o governo continuar deixando que algumas pessoas pensem
por sua própria cabeça; e, sobretudo, se o governo continuar deixando
que circule esta revista, com toda sua irreverência e crítica, dentro em
breve estaremos caindo numa democracia” – Millôr Fernandes (1923-2012),
famoso jornalista e colunista de humor brasileiro, na última página do
último número da revista O Pif-Paf, fechada em julho de 1964 pela
censura da Ditadura Militar.
“Continuaremos a trabalhar, com a liberdade interior, que é nossa e
nunca nos tiram, e com o medo, que é humano” – Millôr Fernandes, n’O
Pasquim, 1972. Na manhã seguinte, o jornal foi apreendido e um processo
contra Millôr foi instaurado ‘pessoalmente pelo Sinistro da Justiça,
Armando Falcão’.
“Não sei por que o governo faz tanta questão de impor censura, não
sei por que a maior parte dos intelectuais luta tanto pela abolição da
censura. Em nossos pequenos períodos de liberdade o que se percebe é que
quase ninguém tem nada a dizer, ou prefere não dizer, ou, mais
comumente, só deseja mesmo dizer coisas deliciosamente favoráveis” –
Millôr Fernandes.
“Se você não pode dizer ‘foda-se’, você não pode dizer ‘foda-se o
governo’” – Lenny Bruce (1925-1966), pioneiro do stand-up americano
preso repetidamente por causa de leis contra ‘obscenidade’.
“O problema claro em criminalizar o insulto é que coisas demais podem
ser interpretadas como tal: crítica, ridicularização, sarcasmo,
meramente emitir um ponto de vista alternativo à ortodoxia” – Rowan
Atkinson (1955-), ninguém menos que o Mr. Bean.
“O deputado Gama Lima (que Deus perdoe o eleitorado do estado da
Guanabara) é a favor da censura e dirigiu solicitação ao ministro da
Justiça, professor Gama e Silva, no sentido de endurecer cada vez mais a
repressão ao que ele considera obsceno, pornográfico, amoral e de mau
gosto. Como o ilustre deputado não especificou onde exercer a repressão,
é bem possível que o ministro venha a solicitar, por sua vez, ao
presidente da República, o fechamento da Assembleia Legislativa” –
Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo do brasileiro Sérgio Porto
(1923-1968).
“A peça Liberdade, liberdade estreava em Belo Horizonte e a censura
cortava apenas a palavra prostituta, substituindo-a pela expressão
‘mulher de vida fácil’, o que, na atual conjuntura, nos parece um tanto
difícil. Ninguém mais tá levando vida fácil” – Stanislaw Ponte Preta.
“Não sei se eu teria sido uma comediante de stand-up no Irã porque,
como vocês sabem, o governo lá defende a liberdade de expressão… mas não
tem mais liberdade depois de você se expressar. A coisa fica meio
letal” – Shappi Khorsandi (1973-), nascida no Irã e naturalizada
britânica.
“Eis a virtude da liberdade de expressão: ela torna a ocultação
difícil e, a longo prazo, impossível. Um herege, se tem razão, é tão bom
quanto um anfitrião. Está destinado a ganhar no longo prazo. Não é de
se admirar, portanto, que os inimigos do esclarecimento sempre tenham
começado seus trabalhos pela tentativa de negar a liberdade de fala aos
seus oponentes. É perigoso para eles e sabem disso. Então eles partem
para acusar esses oponentes de todo tipo de crime e contravenção, a
maioria das acusações claramente absurdas — em outras palavras, usam
xingamentos na tentativa de intimidar” – H. L. Mencken (1880-1956), um
dos jornalistas satíricos mais famosos dos EUA no começo do século XX.
“Hynkel, o ditador, governou a nação com mão de ferro. A liberdade
foi banida, a liberdade de expressão foi suprimida e somente a voz de
Hynkel era ouvida. (…) Os ditadores libertam a si mesmos, mas escravizam
o povo! Lutemos para libertar o mundo” – Charlie Chaplin (1889-1977),
rei da comédia do cinema mudo, no filme O Grande Ditador (1940), uma
sátira contra Adolf Hitler.
“Peguei [a fase] do Estado Novo, peguei Getúlio Vargas. A Ditadura
[Militar] foi a pior época. Qualquer censura é ruim. Foi ruim no rádio,
quando tinha o DIP, o Departamento de Imprensa e Propaganda. Coloquei
[no texto] ‘você vai para a Europa? Vê se me consegue uns afrescos de
Rafael’. Aí cortaram ‘afrescos’, o cara puxou um comentário: ‘diga
rapazes de maus hábitos’” – Chico Anysio (1931-2012), pioneiro do humor
na TV brasileira.
“O assassinato é punido às vezes, a liberdade de expressão, sempre” –
Mark Twain, pseudônimo do americano Samuel Clemens (1835-1910), gigante
da literatura e humorista.
“Elogiar [o SNI]? Eu não admito isso, tenha dignidade” – Dercy
Gonçalves (1907-2008), uma das maiores humoristas da história do Brasil,
sobre o Serviço Nacional de Informação, órgão de espionagem e censura
da Ditadura Militar.
“Está na essência da comédia você quebrar tabus e passar por cima de
coisas. Léo Lins é um dos caras importantes porque escreveu um manual de
como começar na comédia. Quando ele estica os limites, ele é importante
para mostrar o que é a comédia” – Cassius Ogro,um dos novos nomes do
humor no Brasil.
Eduardo Appio Reflete guerra com TRF4 sobre rumo da operação
Por Renan Ramalho – Gazeta do Povo Brasília
Eduardo Appio tenta anular decisões de Marcelo Malucelli, do
TRF4, apontando ligação com Sergio Moro| Foto: Reprodução/Gazeta do Povo
O
afastamento do juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal de
Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, é mais um
capítulo da guerra de decisões conflitantes, travada nos últimos meses,
com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sediado em Porto
Alegre e que revisa seus atos em segunda instância.
A disputa se dá sobre o novo rumo que tomou o caso sob a condução de
Appio. Para os críticos, o juiz estaria não só aprofundando o desmonte
da operação, tentando anular condenações e provas, mas também buscando
incriminar o ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR) e o
ex-procurador e atual deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR).
Antes e depois de assumir os processos, Appio tem manifestado
publicamente contrariedade com as investigações da extinta força-tarefa
do Ministério Público Federal, inclusive citando conversas privadas
entre seus membros e de Dallagnol com Moro, obtidas e vazadas por
hackers.
O maior embate de Appio, nesses meses iniciais à frente da Lava Jato,
se deu com o desembargador Marcelo Malucelli, pivô do episódio que
levou ao afastamento do juiz – Appio foi gravado, segundo o TRF4,
tentando intimidar o filho de Malucelli, João Eduardo Barreto Malucelli.
Numa ligação, teria se passado por um servidor do tribunal e dito que o
pai teria créditos no imposto de renda. O contato foi feito após
vazamento de dados pessoais do advogado nas redes sociais.
A conversa entre os dois teria ocorrido, ainda segundo o tribunal, no
último 13 de abril. Na véspera, Malucelli havia determinado que Appio
analisasse um dos vários pedidos de suspeição contra ele, apresentado
pelo MPF. O juiz vinha ignorando tais pedidos e afirmava que suspeito
era o próprio Malucelli, pelo fato de o filho do desembargador ser sócio
de Moro e sua mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União-PR),
além de namorar a filha do casal.
Vários atos de Appio, que colocavam em xeque algumas decisões de Moro
consideradas cruciais para a operação, foram derrubadas por Malucelli,
que era relator da Lava Jato no TRF4.
VEJA TAMBÉM: Juiz da Lava Jato diz que utilizou identificação “LUL22” e cita protesto contra “prisão ilegal” Conselho do TRF4 afasta juiz da Lava Jato, Eduardo Appio
PF aponta alta chance de voz em gravação ser de juiz afastado da Lava Jato; entenda o caso Em
março, por exemplo, Marcelo Malucelli revogou por duas vezes, no mesmo
dia, ordens de prisão emitidas por Appio contra o doleiro Alberto
Youssef, personagem-chave e primeiro delator da operação. Com base numa
nova representação da Receita, o juiz afirmava que ele escondia valores
que deveria devolver e tinha endereço incerto. O desembargador mandou
soltá-lo porque o MPF não havia sido consultado e porque ele era
monitorado por tornozeleira.
Antes, ainda em março, Malucelli também derrubou uma decisão de Appio
que havia determinado que o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PTB)
entregasse seis carros de luxo que estavam bloqueados, mas ainda em seu
poder. O desembargador considerou que o juiz não tinha competência para
decidir sobre os bens, já que o processo contra Cunha fora remetido à
Justiça Eleitoral. Anteriormente, Appio tomou a mesma medida contra o
ex-ministro petista Antonio Palocci, para devolução de cinco veículos.
A ação mais incisiva de Appio contra Moro e Dallagnol ocorreu também
em março, quando ele tomou o depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran.
Acusado de lavar dinheiro para a Odebrecht, Duran desde 2017 acusa os
dois de extorsão. Afirma que, em 2016, depositou US$ 613 mil para Marlus
Arns, que supostamente seria ligado a Rosângela Moro, como primeira
parcela de um pagamento total de US$ 5 milhões, para que ele tivesse um
acordo de delação aceito por Dallagnol e Moro.
O deputado e o senador sempre negaram essas acusações, que foram
rejeitadas pelo MPF por falta de provas. O caso foi parar no Supremo
Tribunal Federal (STF), onde o ministro Ricardo Lewandowski, já
aposentado, mandou a Procuradoria-Geral da República (PGR) aprofundar as
investigações, pela suspeita de que Moro e Dallagnol ainda estariam
interferindo na Lava Jato.
Em abril, no entanto, Marcelo Malucelli acabou se afastando da
relatoria da Lava Jato no TRF4 depois que o Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) decidiu apurar sua conduta no caso Tacla Duran. Naquele mês, o
TRF4 chegou a divulgar que o desembargador havia restabelecido a prisão
preventiva do advogado. Para o corregedor nacional de Justiça, Luís
Felipe Salomão, a ordem contrariou decisão Lewandowski de suspender as
investigações contra Tacla Duran.
Os embates entre Appio e o TRF4, no entanto, continuaram. No último
dia 18 de maio, o novo relator da Lava Jato no tribunal, Loraci Flores,
derrubou uma decisão de Appio para tomar um novo depoimento de Palocci. A
defesa do ex-ministro queria rediscutir seu acordo de delação, alegando
que ele não teria sido feito espontaneamente. O desembargador
considerou que Appio não tinha competência, uma vez que a delação foi
firmada junto ao TRF4.
No dia 16, outro desembargador, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz,
cassou a decisão de Appio que havia anulado atos de Moro contra o
ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, inclusive uma condenação a
14 anos de prisão. Appio acatou alegações da defesa de que Moro teria
agido com parcialidade, mas Thompson Flores considerou que ele não
poderia ter despachado antes de ouvir o MPF e de avaliar sua própria
suspeição para decidir no caso.
Appio, no entanto, manteve a linha de revisão da Lava Jato. No último
dia 19, Appio convocou Dallagnol a depor sobre sua ligação com Walter
José Mathias Junior, procurador responsável pelos casos de Tacla Duran, e
que sempre rejeitou as acusações do advogado. Com o afastamento do
juiz, não se sabe se o interrogatório, marcado para junho, será mantido.
Quem assume os processos agora é Gabriela Hardt, juíza substituta da
13ª Vara Federal e que sempre atuou em consonância com Moro, quando ele
era juiz.
Nesta segunda-feira (22), pouco antes de ser afastado pelo TRF4,
Appio também mandou a Polícia Federal reabrir as investigações sobre um
grampo clandestino encontrado por Youssef em sua cela em 2014, quando
estava preso na superintendência da corporação no Paraná. Há o risco de
anulação de toda a delação do doleiro, caso se considere que ele teria
sido gravado de forma irregular durante sua prisão preventiva.
Na semana passada, num despacho, Appio manifestou queixas em relação
ao TRF4. Escreveu que todas as decisões de Marcelo Malucelli deveriam
ser anuladas, em razão da proximidade com Moro, e que o novo relator,
Loraci Flores, tem ignorado essa questão.
“Este juízo federal, por conseguinte (e visando evitar novo tumulto
processual em recursos envolvendo a famigerada operação Lava-Jato seus
desdobramentos no meio empresarial e político brasileiro, de maneira que
até mesmo as eleições presidenciais foram impactadas pelas decisões
judiciais tomadas) foi buscar junto ao próprio relator dos processos da
Lava-Jato na 8ª turma recursal do TRF-4, as luzes necessárias para bem e
prudentemente decidir nos casos”, escreveu o juiz.
No mesmo documento, ele ainda se queixa de trabalhar “praticamente
sozinho” depois de ser obrigado a ceder seis funcionários da 13ª Vara ao
TRF4.
Desde o afastamento, na noite desta segunda (22), Appio se recolheu e
recusou dar explicações à imprensa. Aliados consideram que ele ainda
tem chance de virar o jogo, especialmente junto a tribunais superiores
de Brasília – cabem recursos contra seu afastamento ao Superior Tribunal
de Justiça (STJ), ao STF ou ao CNJ.
As últimas declarações foram dadas numa entrevista à GloboNews, na
tarde de segunda. Appio admitiu que se conectava ao sistema da Justiça
Federal com com a identificação “LUL22”, dizendo que era uma forma de
protestar contra a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018.
Ainda disse que, na condução do caso, quer fazer um “acerto de contas
com a verdade”. “É o momento de passar a limpo tudo o que aconteceu. Se
ocorreram ilegalidades, vão ser processadas e julgadas no tempo e modo
devidos”, afirmou.
Appio criticou a forma como as investigações atingiram as
empreiteiras e recomendou, por várias vezes, a leitura do livro “Uma
Guerra contra o Brasil”, recém-lançado por Emílio Odebrecht, no qual o
empresário diz que foi forçado a delatar os esquemas de corrupção da
construtora.
Lava Jato: sai o juiz militante que era fã do Lula; volta Gabriela Hardt
Por Alexandre Garcia – Gazeta do Povo
Juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba assume processos
conduzidos por Appio referentes à Operação Lava Jato.| Foto:
reprodução/You Tube
Vou falar de muita coisa triste, feia e ridícula ao mesmo tempo.
Vejam só, ontem, a Assembleia Legislativa de Roraima tem 24 deputados
estaduais, dos quais 17 votaram na mulher do governador para ser
conselheira do Tribunal de Contas Estadual. É vitalício, é até morrer. O
salário é de mais de R$ 35 mil, fora os penduricalhos todos, né? O nome
dela é Simone. O governador se chama Antônio Denarium, que em latim
quer dizer dinheiro. Ela vai receber dinheiro dos impostos da gente, é
claro. E é para fiscalizar as contas públicas estaduais, inclusive do
marido dela, que vai assinar a nomeação dela.
STF cancela indulto Bom, outra coisa o artigo 84 da Constituição,
diz que compete privativamente ao presidente da República conceber
indulto ou comutar pena. Só que o Supremo diz que não vale para o Daniel
Silveira. E ontem, o ministro Moraes mandou recolher Daniel Silveira de
novo para a prisão. Ele tinha recebido o indulto do presidente da
República, mas o Supremo disse que não vale o que está escrito na
Constituição.
Juiz do LUL22 Um juiz que substituiu Sérgio Moro – pobre Sérgio
Moro ter um substituto desse – juiz militante, que chegou a usar como
senha profissional LUL22, e disse que era pra homenagear Lula porque ele
estava furioso com a condenação injusta do Lula. Ele continuou
militante e, entre muitas coisas, a Polícia Federal descobriu que ele
andou pesquisando o filho de um desembargador do tribunal revisor das
coisas dele, e ligou para o filho do desembargador João Malucelli,
fazendo ameaças, inclusive uma chantagem final cuja frase é o seguinte:
“o senhor tem certeza que não andou aprontando nada? Aí desligou o
telefone”. Há 90% de chance de a voz ser do próprio juiz, que já foi
afastado. Assumiu a nossa conhecida Gabriela Hardit, que era substituta
de Sergio Moro.
Petrobras da Dilma E por fim, mais uma. Petrobras derrubou tudo
que era do Pedro Parente. Eu não estou falando de presidente Bolsonaro,
não. Pedro Parente foi presidente no governo Temer, e saneou as finanças
da Petrobras no instante em que estava endividada e quase quebrada pela
corrupção. Só que por quê? Porque emparelhou os preços com o preço
internacional do petróleo. Agora estão derrubando tudo isso. Volta de
novo a política de preço de Dilma, que era demagogia, populismo, e ainda
por cima tinha muita, muita corrupção. A Petrobras estava quase
quebrada. Agora a gente festeja a curtíssimo prazo. A prazo imediato os
preços caíram, mas depois a gente vai pagar a conta.
A imagem de Lula apontando para o próprio umbigo é uma tradução
até poética da vulgaridade do petismo.| Foto: Reprodução/ Twitter
Dois
neurônios desencapados causaram um curto-circuito por aqui e, quando
dei por mim, tinha sido transportado para a Umuarama do começo da década
de 1990. Anos Collor. Ou talvez o presidente já fosse o Itamar. Família
toda reunida. Churrasco. Os tios já meio cozidos. A louça empilhada na
pia, à espera de quem a lavasse. E eis que alguém – um primo e o único
universitário da mesa – sabe-se lá por que resolve falar de política.
Todos prestavam atenção ao que o Aluno do Ensino Superior (!) dizia.
Mas será que ele estava falando mesmo aquilo?! O escândalo, veja só, não
era o primo se declarar petista. Isso estava fora de cogitação! O
escândalo era ele ponderar a possibilidade de talvez quem sabe um dia
votar em Lula. “Por que não? Vai que muda alguma coisa…”, perguntou. E
era como se ele confessasse práticas sexuais naquela época
inconfessáveis.
Lembro bem. Minha avó quase teve um treco. As tias todas balançaram a
cabeça em sinal de reprovação. A mãe dele não sabia onde enfiar a cara.
O pai, depois de algumas muitas cervejas, prometeu deserdá-lo da
herança inexistente. “Não criei filho para ser vagabundo!”, disse. Ou
pelo menos é assim a memória lembra. Enquanto nós, os primos, tirávamos
sarro do rebelde patético.
Pensei nisso depois de preencher o termo de não-aceite (termo
horrível!) da taxa assistencial do glorioso sindicato do qual sou
obrigado a fazer parte. Todo ano a mesma palhaçada! E aí você sabe como é
essa coisa de pensar, né? Não sabe?! Te explico. Uma coisa leva a
outra: você está preenchendo o documento, pensa que a chateação é melhor
do que dar dinheiro para comunista, se dá conta de que provavelmente
não é benquisto pelos membros dessa nobre instituição, se lembra dos
amigos de faculdade de jornalismo, é transportado de volta ao centro
acadêmico… Aí, do nada, quando você até já decidiu dar o expediente por
encerrado, o pensamento tropeça na memória, te derruba no chão e, quando
você percebe, a crônica já está no quarto parágrafo.
O fato é que, por muito tempo, se declarar de esquerda, e quanto mais
petista (comunista nem sem fala!), não era socialmente aceito entre as
famílias de bem. Petismo/comunismo era coisa de – com o perdão da
palavra – vagabundo. Só os marginais votavam em Lula e no Brizola. Só os
maconheiros falavam em igualdade, pô, mó legal aê. E, depois de 1991,
só os loucos e fanáticos ousavam ostentar qualquer coisa que remetesse
ao comunismo. Mesmo na faculdade de jornalismo da minha desnaturada alma
mater, a UFPR, todo aquele papo de “Fora FHC!” era ridicularizado por
nós, estudantes. Lula era uma figura patética e os professores mais
radicais eram vistos com a zombaria devida.
Eu tenho um sonho Isso mudou em 2002. Na minha família mesmo,
aquela descrita lá em cima, as tias e tios escandalizados passaram a
exibir orgulhosamente a estrelona vermelha. Dos primos, provavelmente só
eu ainda resistia à sedução das massas hipnotizadas pelo discurso
populista – e cafona – do PT. Naquele ano, se duvidar até minha avó
votou no Lula. Mais do que tolerável, infelizmente se tornou até
admirável se declarar petista.
Mas não comunista. Tanto que, durante muitos anos ainda, organizações
comunistas como o Foro de São Paulo eram tratadas como conspiração e
paranoia. O Partido Comunista era uma relíquia caricata. Até o fim da
primeira década do século XXI, chamar alguém de comunista era visto como
um exagero. Imaginar que alguém pudesse querer instalar uma ditadura de
esquerda no Brasil era delírio. Supor que um dia jornalistas apoiassem a
censura de colegas era caso de hospício. E por aí vai.
Não preciso nem falar que hoje em dia se dizer petista e comunista é a
coisa mais comum do mundo. Não preciso, mas falo mesmo assim: hoje em
dia ser dizer petista e comunista é a coisa mais comum do mundo. Repetir
slogans rançosos é aceitável. Defender ideias que já se provaram
fracassadas é digno de aplausos. Contestar verdades históricas não rende
mais o xingamento de “revisionista” – ou simplesmente “burro!”. Até
sonhar com um paredónzinho deixou de ser considerado imoral, coisa de
psicopata.
E agora vou encerrar a crônica subindo num caixote para, emulando as
palavras do grande Martin Luther King, dizer que tenho um sonho: o de
uma sociedade onde se declarar petista e comunista volte a ser motivo de
escárnio, gargalhada e preocupação de mãe. Mas tem que ser algo
natural. Orgânico, como se diz. Sem Lei Anticomunismo, sem que o Estado
proíba a estupidez.
Sonho com um país onde se dizer leitor de Marx , usar boné do MST ou
andar por aí com a carona feia de Lula estampada na camiseta volte a ser
considerado coisa de jeca-mais-jeca-que-o-jeca-tatu. Sonho, por fim, em
conviver com amigos que, ao avistarem o conhecido comunistinha,
sussurrem: “Xi, lá vem aquele chato comunistinha. Tomara que não venha
se sentar aqui. Disfarça! Disfarça!”.
Das confusões do ministro Juscelino,
passando pelas brigas entre ministérios e agora entre Itamaraty e
militares, tudo parece lembrar o samba composto por Billy Blanco
Por Marcelo Godoy
Era 1959 quando Billy Blanco compôs a música Piston de Gafieira.
É aquela que retrata o que acontece quando o clima esquenta no salão:
“A porta fecha enquanto dura o vai não vai, quem está fora não entra,
quem está dentro não sai”. Nada mais parecido com o governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Das confusões do ministro Juscelino Filho, passando pela titular do Turismo e pelas brigas entre as pastas de Minas e Energia e do Meio Ambiente e,
agora, entre o Itamaraty e os militares, tudo parece lembrar o samba
gravado por Silvio Caldas e Moreira da Silva. E qual o papel de Lula, o
presidente, nessa história? Na hora da confusão, o samba dizia que a
orquestra na gafieira sempre tomava a mesma providência: tocava alto
para a polícia “não manjar”. E concluía: “E nessa altura, como parte da
rotina, o ‘piston’ tira a surdina e põe as coisas no lugar”.
Pela história do PT, Lula devia ser o “piston de gafieira” do
governo. Em vez disso, passou cinco meses assistindo – quando não
participava – ao vai não vai. Uma hora a briga era pelos juros, noutra
por causa da Ucrânia e, por fim, até com quem o ajudou em sua eleição
para se ver livre de Jair Bolsonaro. Pior. Quando devia tocar o trompete e mediar a briga entre o seu partido e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente deixou a confusão rolar no governo até a oposição “manjar”.
As intrigas palacianas, os ciúmes e os egos terríveis vão desgastando
ministros e secretários como Ariel de Castro Alves (Direitos da Criança
e Adolescente), defenestrado após a primeira-dama Janja da Silva ter marcado um reunião com ele sem avisar seu chefe, o ministro Silvio Almeida (Direitos
Humanos). O titular da pasta não aceitava dividir os holofotes com
Ariel. E ficou ainda mais contrariado porque teve de se deslocar até o
gabinete do subordinado para se encontrar com Janja…
Foi ainda preciso que a disputa entre Marina Silva (Meio Ambiente) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) ficasse exposta, sem falar nas consequências no Senado (Alcolumbre e Randolfe que
o digam), para que Lula resolvesse ameaçar a tocar o trompete para
defender a Petrobras. Mas, quando se tratava de vender blindados
Guaranis como ambulância à Ucrânia, o presidente escutou as queixas do
Itamaraty. Dará também ouvidos à base industrial da defesa? Afinal, qual
a política do governo?
Saiba quais estratégias e ferramentas adotar para fazer seu trabalho render muito mais!
(Foto: Jessica Peterson via Getty Images)
O tempo é o nosso recurso mais precioso, contudo, em meio a tantas
informações, mensagens, e-mails e redes sociais é difícil focar no que
realmente importa e utilizar da melhor maneira este bem precioso. Adotar
estratégias nas quais podemos equilibrar nosso foco, atenção e nossa
gestão podem contribuir para melhores resultados e bem-estar.
Gestão de tempo é a prática de gerir o seu trabalho de modo a
garantir que o sua agenda está sendo usada da melhor maneira possível.
Uma das principais vantagens desta gestão bem feita é a capacidade de
priorizar melhor o seu dia, reduzindo o estresse e melhorando a sua
produtividade.
Para te ajudar a retomar o controle de suas atividades e do seu tempo, elencamos 6 dicas práticas para você utilizar!
DICAS PRÁTICAS PARA GESTÃO DE TEMPO
1. ESCOLHA MOMENTOS IDEAIS PARA ORGANIZAR E REVISAR SUA SEMANA
Ter momentos definidos para organizar a sua semana e revisar suas
tarefas é fundamental. Apesar de muitos profissionais escolherem a
segunda-feira como o grande dia de organização, esta data também pode
ser corrida para muitos, portanto, escolha um momento chave onde você
possui uma boa concentração e disponibilidade de tempo para iniciar a
sua organização e, o mais importante, salve esse compromisso na sua
agenda, para que você tem o tempo de priorizar suas atividades como algo
sagrado.
É claro que existem diversos imprevistos ao longo de sua semana, e
por isso, contar com momentos de revisão de suas tarefas e entregas é
importante para manter uma visão clara de sua semana para poder
adaptá-la.
Uma dica importante aqui é ir listando suas atividades em algum “to
do list” ao longo do dia para que você não saia fazendo algo, mesmo que
não seja o mais importante naquele momento, apenas para não esquecer de
fazer depois. Essa perda de foto, e desvio de planejamento, é o que mais
atrapalha nossa produtividade. Uma dica aqui é utilizar ferramentas
como o Todoist, que funciona na web e em aplicativos, e deixar aberta o
dia inteiro ao seu lado, e com isso ir colecionando seus “to do’s” já
organizados por prioridade de importância e prazo, para você repassar
para sua agenda depois.
Mesa de trabalho com computador (foto: Javier Quesada/Unsplash)
2. CLASSIFIQUE OS TIPOS DE TAREFAS
Sempre quando você inicia uma nova tarefa, o seu cérebro precisa
encontrar o contexto e informações necessárias desta tarefa. À medida
que você realiza inúmeras atividades durante o dia, você força o seu
cérebro a trabalhar mais para encontrar estes contextos e informações.
Quando você classifica e agrupa as suas tarefas, você ajuda o seu
cérebro a identificar mais fácil o que precisa ser realizado no seu
dia-a-dia.
Existem diversas maneiras de classificar as suas tarefas. Você pode
classificá-las pelo esforço ou tempo despendido, ou seja, se é uma
tarefa que exige dias ou apenas minutos. Pode classificá-las por
categorias, como por exemplo tarefas relacionadas à sua saúde,
conhecimento ou trabalho. Ou também pela característica daquela tarefa,
se é algo operacional, criativo ou estratégico. No Todoist por exemplo,
você pode cadastrar suas tarefas agrupadas por essa categorias, ou
assuntos, de forma simples e rápida com hashtags, e com isso olhar seu
backlog (termo utilizado para sinalizar sua lista de pendências) de
várias formas. Exemplo: “Pagar impostos do mês”. Você pode cadastrar
essa atividade com #Banco e #Contabilidade. Desta forma, você pode
filtrar essa atividade junto com as demais atividades #Banco, para que
você execute todos os outros pagamentos quando estiver no banco, seja
presencial ou no site, e também filtrar #Contabilidade para agrupar essa
atividade com outros assuntos relacionados quando for ter um papo com
seu(ua) Contador(a).
3. PRIORIZE SUAS TAREFAS
A sua semana tem tempo limitado e sua capacidade cognitiva também,
portanto, saiba priorizar! Você pode utilizar a matriz de Eisenhower
para entender onde as suas tarefas se encaixam em Importante / Não
importante x Urgente / Não Urgente. Para cada local da matriz, existe um
nível de prioridade na qual te ajuda a entender quais tarefas você deve
iniciar e como organizá-las ao longo da sua rotina.
Como priorizar tarefas (Fonte: DNC Group)
RECOMENDADO PRA VOCÊ
Como comentamos, imprevistos e adaptações acontecerão ao longo de sua
semana. Entender de forma clara quais são suas prioridades e
realizá-las respeitando sua ordem te permitirá mais confiança e
produtividade. Na matriz acima os maiores desafios são Agendar e
Delegar, e para isso o uso de soluções digitais se torna fundamental.
Alternativas como o Trello e o Monday permitem que você, e toda equipe
envolvida, tenham visibilidade sobre o status e relação entre as
atividades, desta forma você consegue entender o impacto, ou não, de
você reagendar uma tarefa para um prazo determinado, bem como ter uma
leitura de como poderá delegar uma atividade para outra pessoa que tenha
espaço na agenda.
4. UTILIZE FERRAMENTAS DE AGENDAMENTO PARA GANHAR TEMPO!
O mais importante na gestão de tempo é não desperdiçá-lo com
atividades desnecessárias ou que podem ser automatizadas. Quer perda
maior de tempo do que ficar batendo a agenda de diversas pessoas em
busca de um horário para uma reunião, uma consulta médica, um almoço
etc? As ferramentas de agendamento te ajudam a eliminar o tempo e
incômodo de idas e vindas de e-mails ou mensagens e ainda podem ser um
ótimo canal para atrair novos clientes, deixando de forma simples e
fácil seu horário comercial disponível em seu site, rede social ou mesmo
assinatura de e-mail. Por aqui utilizamos o Calendly, que é uma das
pricipais plataformas que agenda online automatizada. Mas existem também
opções como o Agenda Aí, no qual você pode agendar reuniões e consultas
em um mesmo espaço, além de automatizar lembretes e deixar sua agenda
mais digital.
Estas ferramentas te possibilitam ganhar mais tempo sem abrir mão do
que precisa ser feito. E você também pode explorá-las para o seu
negócio! A IReserve, por exemplo, é uma plataforma que unifica todo o
sistema de reservas de estabelecimentos. Ela permite que você visualize a
disponibilidade e feedback de seus clientes em tempo real de forma
automatizada.
Mulher em computador com código (foto: Nicole Wolf/Unsplash)
5. APRENDA A DIZER NÃO
Ao compreender as suas tarefas mais prioritárias, você também
identifica quais as atividades que têm menor importância. Aprender a
dizer “não” para algumas responsabilidades e tarefas que não são
prioridades te ajuda a focar no que realmente precisa ser feito e
descartar (mesmo que seja por um determinado tempo) as atividades que
atrapalham este foco. No Todoist por exemplo você pode criar uma
Categoria #FazerDepois, ou algo assim, desta forma você não deleta uma
atividade para sempre, mas deixa guardada para um momento no futuro,
quando você tiver mais tempo ou ela se torne mais importante.
“O trabalho é um processo, e todo o processo tem de ser controlado.
Para tornar o trabalho produtivo, portanto, requer-se a construção dos
controles adequados para o processo de trabalho.” –
Peter F. Drucker
6. DELEGUE TAREFAS
Outra maneira importante de gerir o seu tempo, é delegando
corretamente. Delegar vai muito além de direcionar outra pessoa a fazer.
Além de aumentar a sua produtividade e da sua equipe, você criará uma
equipe mais flexível, potencializando seu conjunto de habilidades.
Portanto, se o trabalho tiver de ser feito mas não fizer parte de suas
prioridades, delegue! Mas lembre de delegar da forma correta, trazendo
para a pessoa o contexto, a importância da tarefa e o que é esperado
dela como entrega final, pois desta forma você terá alguém comprometido
em realmente fazer acontecer. E, como qualquer atividade de trabalho
cooperada, a comunicação é fundamental, e ferramentas como o Slack se
tornam um diferencial para manter times e equipes conectadas e
coordenadas, sem que sua mensagem fique disputando espaço com grupos de
Whatsapp pessoal e se percam no dia a dia.
Em resumo, gerenciar tempo nada mais é do que a habilidade de fazer
escolhas e contar com ferramentas que te permitem se tornar melhor!
Acesse o digitaliza.ai e saiba como otimizar o seu tempo com diversas
outras soluções digitais e ainda ter descontos exclusivos em soluções
parceiras!
STARTUP VALEON UMA HOMENAGEM AO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
Por que as grandes empresas querem se aproximar de startups?
Se pensarmos bem, é muito estranho pensar que um conglomerado
multibilionário poderia ganhar algo ao se associar de alguma forma a
pequenos empresários que ganham basicamente nada e tem um produto recém
lançado no mercado. Existe algo a ser aprendido ali? Algum valor a ser
capturado? Os executivos destas empresas definitivamente acreditam que
sim.
Os ciclos de desenvolvimento de produto são longos, com taxas
de sucesso bastante questionáveis e ações de marketing que geram cada
vez menos retorno. Ao mesmo tempo vemos diariamente na mídia casos de
jovens empresas inovando, quebrando paradigmas e criando novos mercados.
Empresas que há poucos anos não existiam e hoje criam verdadeiras
revoluções nos mercados onde entram. Casos como o Uber, Facebook, AirBnb
e tantos outros não param de surgir.
E as grandes empresas começam a questionar.
O que estamos fazendo de errado?
Por que não conseguimos inovar no mesmo ritmo que uma startup?
Qual a solução para resolver este problema?
A partir deste terceiro questionamento, surgem as primeiras
ideias de aproximação com o mundo empreendedor. “Precisamos entender
melhor como funciona este mundo e como nos inserimos!” E daí surgem os
onipresentes e envio de funcionários para fazer tour no Vale e a rodada
de reuniões com os agentes do ecossistema. Durante esta fase, geralmente
é feito um relatório para os executivos, ou pelas equipes de inovação
ou por uma empresa (cara) de consultoria, que entrega as seguintes
conclusões:
* O mundo está mudando. O ritmo da inovação é acelerado.
* Estes caras (startups) trabalham de um jeito diferente, portanto colhem resultados diferentes.
* Precisamos entender estas novas metodologias, para aplicar dentro de casa;
* É fundamental nos aproximarmos das startups, ou vamos morrer na praia.
* Somos lentos e burocráticos, e isso impede que a inovação aconteça da forma que queremos.
O plano de ação desenhado geralmente passa por alguma ação
conduzida pela área de marketing ou de inovação, envolvendo projetos de
aproximação com o mundo das startups.
Olhando sob a ótica da startup, uma grande empresa pode ser
aquela bala de prata que estávamos esperando para conseguir ganhar
tração. Com milhares de clientes e uma máquina de distribuição, se
atingirmos apenas um percentual pequeno já conseguimos chegar a outro
patamar. Mas o projeto não acontece desta forma. Ele demora. São
milhares de reuniões, sem conseguirmos fechar contrato ou sequer começar
um piloto.
Embora as grandes empresas tenham a ilusão que serão mais
inovadoras se conviverem mais com startups, o que acaba acontecendo é o
oposto. Existe uma expectativa de que o pozinho “pirlimpimpim” da
startup vá respingar na empresa e ela se tornará mais ágil, enxuta,
tomará mais riscos.
Muitas vezes não se sabe o que fazer com as startups, uma vez
se aproximando delas. Devemos colocar dinheiro? Assinar um contrato de
exclusividade? Contratar a empresa? A maioria dos acordos acaba virando
uma “parceria”, que demora para sair e tem resultados frustrantes. Esta
falta de uma “estratégia de casamento” é uma coisa muito comum.
As empresas querem controle. Não estão acostumadas a deixar a
startup ter liberdade para determinar o seu próprio rumo. E é um
paradoxo, pois se as empresas soubessem o que deveria ser feito elas
estariam fazendo e não gastando tempo tentando encontrar startups.
As empresas acham que sabem o que precisam. Para mim, o maior
teste é quando uma empresa olha para uma startup e pensa: “nossa, é
exatamente o que precisamos para o projeto X ou Y”.
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