MP 1158 Deltan e Moro propõem emendas para voltar controle de atividades financeiras ao Banco Central Por Lígia Martoni – Gazeta do Povo
Deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) propõe emenda para retorno do Coaf ao BC.| Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo
As
primeiras emendas parlamentares propostas pelo senador Sergio Moro
(União Brasil) e pelo deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) no
Congresso, nesta quinta-feira (2), pretendem derrubar parte do texto da
medida provisória 1158, de 12 de janeiro de 2023, que transfere do Banco
Central para o Ministério da Fazenda as atribuições do Conselho de
Controle de Atividades Financeiras, o Coaf.
O Coaf é o órgão que detecta movimentações financeiras suspeitas e
atua na prevenção e combate a crimes como corrupção e lavagem de
dinheiro. Segundo Deltan Dallagnol, o órgão foi essencial para detectar
pagamentos ilegais investigados pela operação Lava Jato e também no caso
das rachadinhas, envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ).
O deputado acredita que o conselho deve permanecer no Banco Central
para assegurar maior eficiência no combate à lavagem de dinheiro,
reduzindo possíveis ingerências de ordem política. “O Coaf é um órgão de
controle, que foi criado dentro de uma expansão internacional de
importância do combate à lavagem de dinheiro. Porque, quando você
combate a lavagem de dinheiro, você combate os crimes que geram o
dinheiro. A pessoa que pratica crime de corrupção, tráfico de drogas,
tem por objetivo o lucro e, se você consegue impedir que ela use o
proveito econômico que ela tem com esses crimes, se desestimula a
prática deles”, explica Dallagnol.
A lavagem de dinheiro foi criminalizada no Brasil em 1998, com a Lei
9.613, que criou o conselho. O órgão, hoje, é capaz de identificar
movimentações financeiras suspeitas que acontecem em bancos e
corretoras, por exemplo. “Ele identifica movimentações que fogem do
padrão normal de operações, identificando sinais que possam caracterizar
lavagem de dinheiro. E uma das principais origens da lavagem de
dinheiro, além do tráfico, é a corrupção”, explica o deputado.
O senador Sergio Moro foi na mesma linha que Deltan e apresentou
propostas de emendas para a MP 1158 – entre elas, uma que propõe a mesma
alteração para o Coaf. Para Moro, o Banco Central tem autonomia,
ilustrada pelo mandato conferido ao presidente. As indicações dos
diretores do Bacen ainda precisam ser aprovadas pelo Senado. Na atual
configuração institucional, o Coaf, no Bacen, encontra-se melhor
protegido contra interferências políticas em sua atividade, não
justificando sua transferência para o Ministério da Fazenda, segundo o
senador.
Ainda referente à MP, Moro propôs uma emenda que pretende modificar a
forma como são votadas as decisões referentes às metas de inflação por
parte do Conselho Monetário Nacional (CMN). Atualmente, para aprovação
de decisões dentro do conselho é necessário o aval da maioria simples
dos membros. O senador pretende que, para alteração ou fixação das metas
para a inflação, a aprovação seja por votação unânime, a fim de
garantir solidez da moeda e evitar perdas salariais.
“É uma proposta relevante que estabelece uma proteção maior em
relação às decisões do CMN relativas às metas de inflação e os
intervalos de tolerância”, justifica. A proposta ressalta ainda que,
caso não ocorra unanimidade na votação no CMN, prevalece o voto que
proponha a meta mais baixa.
Sergio Moro propõe alterações na MP 1158/23 referentes à Coaf e
também ao modelo de votação das metas inflacionárias pelo Conselho
Monetário Nacional. | Albari Rosa / Arquivo Gazeta do Povo
Interferências políticas No caso da transferência do Coaf para o
Ministério da Fazenda, o deputado Deltan Dallagnol acredita que, sob
alçada do Banco Central, o órgão tem autonomia garantida, sem
interferências políticas em suas atribuições. “Quando temos um governo
que foi investigado, processado por grandes escândalos de corrupção, é
desejável sob o ponto de vista de governança institucional que esse
conselho possa ter independência de trabalhar de modo técnico, sem
ingerências políticas”, afirma. “É muito preocupante que uma das
primeiras medidas do governo Lula seja a transferência do Coaf de
debaixo das asas do Banco Central, independente, para o Ministério da
Fazenda, que está sendo liderado hoje por um político (Fernando Haddad),
e não um técnico”, diz.
MP 1158 A MP 1158, de autoria da Presidência da República, foi
publicada no Diário Oficial da União em 12 de janeiro deste ano com a
finalidade de modificar a vinculação da Unidade de Inteligência
Financeira (UIF) brasileira, retirando o Coaf do âmbito do Banco Central
e retornando-o ao Ministério da Fazenda. O conselho estava sob
responsabilidade do Ministério desde sua criação, tendo sido transferido
para a alçada do BC no governo Jair Bolsonaro (PL).
A proposta também altera a composição do CMN e da Comissão Técnica da
Moeda e do Crédito, tendo como justificativa colocá-la em consonância
com a organização básica dos órgãos da Presidência da República e dos
ministérios instituída pela Medida Provisória nº 1.154, de 1º de janeiro
de 2023.
A reportagem contatou a assessoria de imprensa do Ministério da
Fazenda para um posicionamento sobre a justificativa de transferência do
Coaf para a alçada do órgão. Até a publicação da matéria, não houve
retorno.
Portaria PorAna Carolina Curvello – Gazeta do Povo
O Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami é um dos que mais
carece de profissionais entre os territórios, com apenas 5% das vagas
ocupadas.| Foto: Divulgação/Ministério da Defesa
O governo do
presidente Lula (PT) publicou uma portaria, nesta quarta-feira (1), com
uma série de restrições de acesso à Terra Indígena Yanomami durante o
período de vigência da Emergência em Saúde Pública de Importância
Nacional. A portaria foi assinada pela Fundação Nacional dos Povos
Indígenas (Funai) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do
Ministério da Saúde.
Entre as restrições, o governo proíbe o porte de arma, com exceção da
Força de Segurança, a entrada de drogas e bebidas alcoólicas e o
“proselitismo religioso” nas comunidades Yanomami. “É terminantemente
proibido o exercício de quaisquer atividades religiosas junto aos povos
indígenas, bem como o uso de roupas com imagens ou expressões
religiosas”, prevê a portaria.
Na portaria, também consta recomendações aos servidores públicos em
missão à Terra Yanomami e um termo de compromisso que deverá ser
entregue à Funai, junto com comprovante de esquema vacinal completo, com
vacina contra a Covid-19; atestado de avaliação médica que compreve a
não existência de doença infectocontagiosas e o teste de Covid-19 com
resultado negativo, realizado no prazo de 24 horas.
As novas medidas de acesso não se aplicam aos profissionais de saúde e
saneamento vinculados à Sesai e às instituições parceiras. Além das
restrições, o governo também articulou ações de endurecimento e
fiscalização nas aldeias com o Ministério da Defesa e o espaço aéreo na
região Yanomami será fechado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para
combater o garimpo.
Após inconsistência nos votos, eleição da bancada evangélica é anulada
Disputa sem acordo entre Sila Câmara (Republicanos-AM) e Eli Borges (PL-GO) | Foto: Reprodução/ Câmara dos Deputados
A
bancada evangélica no Congresso Nacional não conseguiu escolher o novo
presidente do grupo nesta quinta-feira (2). A eleição, que ocorreu de
portas fechadas em um dos plenários da Câmara dos Deputados, foi anulada
pelo líder Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), após discussões, ameaças de
judicialização e inconsistência na soma dos votos.
Essa foi a primeira vez que a bancada realizou um pleito, desde a
fundação em 2003, já que em outros momentos sempre houve consenso em
torno de um único nome. Estavam concorrendo na disputa os deputados
federais Silas Câmara (Republicanos-AM), Otoni de Paula (MDB-RJ), Eli
Borges (PL-TO) e o senador Carlos Viana (PL-MG). Porém, Otoni e Viana
abriram mão da disputa na véspera da eleição.
1ª Mulher Indígena No Comando Joenia Wapichana assume presidência da Funai em meio à crise Yanomami PorGazeta do Povo
Lula indica Joenia Wapichana para presidência da Funai | Foto: Reprodução
A
advogada e ex-deputada federal Joenia Wapichana (Rede-RO) assumiu,
nesta quarta-feira (1), o cargo de presidente da Fundação Nacional dos
Povos Indígenas (Funai). A nomeação foi publicada no Diário Oficial da
União (DOU) e assinada pelo ministro da Casa Civil Rui Costa.
Wapichana é a primeira mulher indígena a presidir a entidade que atua
na promoção e proteção aos direitos dos povos indígenas de todo o
território nacional. Ela assume o cargo em meio à crise Yanomami e as
críticas da atuação do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, em
relação aos territórios indígenas.
Câmara Dos Deputados Zambelli anuncia Frente Conservadora pela Liberdade PorGazeta do Povo
Deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) assume segundo mandato na Câmara dos Deputados | Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Durante
a cerimônia de posse na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (1), a
deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou a criação de uma
Frente Conservadora pela Liberdade. A frente será composta por
parlamentares suprapartidários e de “oposição propositiva” aos temas
centrais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Zambelli será a presidente do grupo político e afirmou que qualquer
deputado que se considere “conservador” poderá participar da frente.
“Quando houver algo de errado, vamos ter um grupo preparado para apontar
todas as falhas e fazer convocações para a Câmara”, declarou.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) irá exercer o cargo de 1ª
vice-presidente da Frente, e o deputado José Medeiros (PL-MT) será o 2ª
vice-presidente. Já o Tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS) será o
porta-voz do grupo conservador.
A Frente ainda contará com coordenadores temáticos e estaduais para
cuidar de temas específicos, como a deputada Sílvia Waiãpi (PL-AP) que
irá atuar nas questões relacionadas à liberdade indígena.
Câmara Dos Deputados Bancada feminina quer impedir votação de projetos polêmicos sem consenso PorGazeta do Povo
Bancada feminina encaminha pontos prioritários ao presidente da Câmara | Foto: Marina Ramos/Assessoria Presidência CD
A bancada feminina da Câmara dos Deputados, coordenada pela
deputada Luisa Canziani (PSD-PR), apresentou nesta semana uma
carta-compromisso ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) cobrando
mais participação das mulheres nos espaços de poder e pedindo que não
sejam pautados temas polêmicos sem consenso. Entre os projetos sem
consenso está o do Estatuto do Nascituro, o qual os conservadores
batalham pela aprovação e as feministas tentam a todo custo impedir a
votação.
Na carta, as deputadas citam como prioridades o enfrentamento à
violência contra a mulher e o trabalho da Câmara em favor de pautas que
visam à garantia da saúde da mulher. Ainda segundo as parlamentares,
matérias relacionadas aos direitos já garantidos às mulheres não devem
ser pautadas, para que não haja retrocessos e supressão de direitos.
Fronteira Com O Brasil Deputado venezuelano diz que yanomamis desnutridos vieram do seu país para o Brasil PorGazeta do Povo
Índios yanomami em Roraima: alto índice de desnutrição foi bastante
criticado em governos anteriores. | Foto: Condisi-YY/Divulgação
O
deputado da Assembleia Nacional da Venezuela Romel Guzamana afirmou
pelas redes sociais que os indígenas da etnia yanomami com sinais de
desnutrição no Brasil são refugiados da fome no país vizinho que
cruzaram a fronteira.
“Denuncio a grave desnutrição de nossos irmãos indígenas yanomamis do
estado Bolivar. Cruzaram ao Brasil em busca de comida, outra violação
aos direitos humanos indígenas por culpa do regime de Maduro”, escreveu
ele, que é do partido Vontade Popular, o mesmo do líder oposicionista
Juan Guaidó. Na postagem, ele incluiu a foto de uma idosa yanomami que
morreu por desnutrição no último domingo (22).
Alegação De Ameaça Contra Lula Ministro Paulo Pimenta aciona AGU por post do jogador de vôlei Wallace de Souza PorGazeta do Povo
Jogador publicou vídeo nesta terça-feira se desculpando pela publicação
O
ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, disse que
acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) nesta terça-feira (31) com
pedido de providências em relação a uma postagem do jogador de vôlei
Wallace Leandro de Souza, ex-atleta da seleção brasileira.
O jogador compartilhou em seu Instagram, nesta segunda-feira (30), a
pergunta de um seguidor: “Daria um tiro na cara do Lula com essa 12
[espingarda?]”. Na postagem, Wallace publicou uma enquete questionando
se alguém faria isso. Logo após a publicação ele apagou apostagem, mas
usuários da rede social tiraram print e começaram a compartilhar na
plataforma.
Direitos Humanos Ministério enviará comitiva para acompanhar crise dos Yanomamis PorGazeta do Povo
Uma comitiva do governo federal, com o presidente Lula (PT) e nove
ministros do seu governo, viajou ao estado de Roraima para verificar a
situação de indígenas Yanomami. | Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação
O
Ministério dos Direitos Humanos informou, neste sábado (28), que
enviará uma comitiva a Boa Vista e regiões do entorno, em Roraima, para
acompanhar a crise humanitária que acomete o povo Yanomami e averiguar
se houve violações dos direitos humanos das comunidades locais. A
comitiva desembarca em Boa Vista neste domingo (29) e cumprirá agenda no
estado entre os dias 29 de janeiro e 2 de fevereiro.
A equipe conta com a participação da secretária executiva do
ministério, Rita Oliveira; do secretário nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves; da secretária nacional
de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Isadora Brandão; e do ouvidor
nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato.
O que é gestão do tempo no trabalho e como implementar? O que fazer e o que evitar?
Pluga
Você começa seu dia de trabalho com o caderninho repleto de anotações
atrasadas do dia anterior, e descobre que naquele dia ainda vai
precisar lidar com tarefas extras, tipo uma reunião de surpresa com um
cliente? Se você se identificou com essa situação, é a hora de aprender
como criar uma gestão do tempo no trabalho mais eficiente.
O tempo é um recurso finito, não tem como “esticá-lo”. Portanto, para
conseguir fazer mais tarefas caberem no mesmo período de tempo sem
perder o controle da situação, você terá que torná-las mais fáceis e
rápidas de realizar.
Para isso, é preciso, entre outras coisas:
Aprender a trabalhar de forma colaborativa (Afinal, quando todos se ajudam as coisas terminam mais rápido);
Avaliar quais tarefas podem ser delegadas, quais devem ser
realizadas imediatamente e quais podem ser executadas por uma ferramenta
que fará o trabalho por você – automaticamente;
E o principal: é preciso saber se organizar e planejar.
Neste artigo, você vai entender como organizar melhor o seu tempo,
mudando alguns hábitos, adotando novos comportamentos e implementando um
pouco de tecnologia. Continue lendo e comece a mudar a sua rotina.
Saiba mais: Admita: não tem mais como organizar uma empresa sem usar a tecnologia
O que é administração do tempo?
A gestão do tempo no trabalho é uma prática que envolve:
Planejamento das atividades que precisam ser executadas;
Controle da duração de cada ação;
Capacidade de foco do profissional;
Adequação entre horário de trabalho e a lista de atividades que devem ser realizadas.
O primeiro passo para fazer uma boa gestão de tempo no trabalho é
entender quanto tempo, em média, é gasto na execução de cada ação. Isso
torna a distribuição de atividades ao longo de um dia mais assertiva,
contribuindo para que não sobrem atividades no final do expediente.
Em suma, ao ter acesso a informações sobre quais tarefas devem ser
realizadas e qual é o tempo necessário para cada uma, é mais fácil
distribuir de forma realista essas atividades ao longo do período de
trabalho.
Entretanto, mesmo assim é provável que sobrem atividades e faltem
horas. É aí que você deve usar a sua capacidade de delegar e desenvolver
um bom trabalho em equipe.
Também é possível otimizar a própria produtividade, eliminando
distrações, investindo em capacitação e, claro, contando com a
tecnologia como aliada em múltiplas tarefas.
De quebra, quando um gestor busca por técnicas de gerenciamento do
tempo para que todos os profissionais da área possam otimizar suas horas
de trabalho, isso se torna um diferencial na busca pelo alto desempenho
da empresa.
Então, esteja você buscando por alternativas para melhorar a
administração do seu tempo, ou seja você uma pessoa da gesão que deseja
aumentar o desempenho do negócio como um todo, as dicas a seguir serão
muito úteis. Continue lendo.
7 segredos para fazer a gestão do tempo no trabalho
Fazer a gestão do tempo no trabalho é uma tarefa que pode parecer
complexa, mas se for devidamente bem planejada, trará resultados que vão
muito além de fazer as coisas acontecerem mais rapidamente, mas também
com mais qualidade.
Por quê? Porque a administrar bem o tempo no trabalho significa
planejar, trabalhar em colaboração e sintonia com seus colegas, líderes e
liderados; significa aprender e ensinar; significa, enfim, criar um
ambiente onde todos:
Se comunicam melhor;
Sabem quando e o que têm de fazer;
Dominam as técnicas corretas de como fazer, pois foram capacitados para isso.
Então, como colocar em prática tudo isso? Afinal, como organizar
melhor o tempo? Confira a lista com 7 técnicas de gestão do tempo no
trabalho:
Planeje as ações que devem ser executadas em um período;
Liste as atividades do dia seguinte;
Priorize as tarefas quanto à urgência e importância;
Considere imprevistos e pausas;
Aprenda a delegar;
Crie espaços para a colaboração ;
Use a tecnologia para automatizar e aumentar a produtividade.
Continue lendo, aprenda como aplicar essas técnicas e entenda como
elas serão realmente úteis para que você consiga fazer cada vez mais
coisas, em menos tempo.
1. Planeje as ações que devem ser executadas em um período
Parece óbvio, mas a maioria das pessoas não planeja como vai dividir
suas tarefas ao longo de um dia, uma semana ou um mês de trabalho.
Um calendário eletrônico, como o Google Calendar, pode ajudar, mas
ele, na verdade, te mostra quando as tarefas vão acontecer e serão
cobradas.
Uma metodologia excelente para se planejar é o sistema Kanban, no qul
as tarefas são divididas em listas em um quadro, anotadas em cartões e
vão sendo transferidas de uma para outra lista, conforme o processo de
execução evolui.
As listas mais comuns são: “entrada”, “em andamento”, “em revisão”,
“bloqueadas” (quando algum problema precisa ser resolvido para que as
tarefas prossigam) e “concluídas”.
Na verdade, você pode criar uma sequência de listas específicas para
seus processos, descrevendo exatamente o que está sendo feito em cada
tarefa, como, por exemplo, “escrever um post”, “revisar o texto”,
“escolher a imagem”, “publicar no blog” etc.
Algumas ferramentas excelentes para a gestão de projetos são a Asana,
o Notion e o Trello, que utilizam a metodologia kanban por meio de uma
ferramenta bastante visual e intuitiva.
Saiba mais:
Entenda a ferramenta Trello e porque tantas empresas são viciadas nela
Trello: como usar passo a passo. Depois que começar, vai ser difícil parar
Trello ou Asana: qual escolher? Quais as diferenças e vantagens de cada um?
2. Liste as atividades do dia seguinte
Com as lista geral de atividades que devem ser executadas em um
período, uma dica simples, mas que vai fazer toda a diferença na sua
produtividade, é listar ou destacar quais tarefas deverão ser realizadas
no dia seguinte
Tire 15 minutos do final do seu expediente para observar quais atividades te esperam crie um inventário de compromissos.
Você também pode fazer isso na parte da manhã. Entretanto, se você
faz essa organização no dia anterior, poderá começar o novo dia
imediatamente, colocando tudo em prática já nos primeiros minutos de
trabalho.
3. Priorize as tarefas quanto à urgência e importância
Existe um método simples e consagrado para priorizar tarefas, a Matriz de Eisenhower.
Segundo uma frase atribuída a esse presidente americano:
“As coisas ou são importante ou são urgentes, pouquíssimas coisas são importantes e urgentes ao mesmo tempo”
Assim, para priorizar suas tarefas, classifique-as da seguinte forma:
Tarefa importante e urgente: faça você mesmo e imediatamente;
Tarefa importante, mas NÃO urgente: agende uma data para você mesmo fazer;
Tarefa urgente, mas NÃO importante: delegue para alguém de confiança;
Tarefa que não é nem importante, nem urgente: esqueça dela.
4. Considere imprevistos e pausas
Ao montar a sua agenda da semana e do dia evite ocupar cada minuto do
seu tempo, porque é provável que você precise lidar com imprevistos,
como uma reunião solicitada por um cliente ou a necessidade de refazer
alguma atividade.
Além disso, lembre-se de considerar aqueles minutos para tomar um
café, esticar as pernas e conversar com seus colegas de trabalho.
As pausas são fundamentais para descansar sua mente e fazer com que ela trabalhe em alta performance.
Algumas técnicas ajudam a organizar sua rotina de pausas e descansos, entre elas a técnica Pomodoro.
5. Aprenda a delegar
Você, ao criar o hábito de priorizar suas tarefas, já vai descobrir
naturalmente quando delegar algumas delas. Mas delegar para quem?
Em primeiro lugar, para delegar uma tarefa, é preciso ter por perto
uma pessoa capacitada para isso. Ou seja, uma pessoa treinada e que
conheça todos os procedimentos de execução.
A verdade é que trabalhar sozinho é muito difícil. Não tem como fazer
uma gestão do tempo no trabalho de alto nível sem colaboradores ou, ao
menos no início, alguns sócios para te ajudar.
6. Crie espaços para a colaboração
Trabalhar em equipe é um dos grandes segredos para uma gestão do
tempo no trabalho mais certeira. Além de várias cabeças pensarem melhor
do que uma, cada um se especializa em uma função e a eficiência e
produtividade crescem.
Mas para que o fluxo de trabalho funcione adequadamente, é preciso usar ferramentas de colaboração, como:
Compartilhamento de arquivos por meio de drives na nuvem (Google Drive, Box, DropBox e OneDrive, por exemplo);
Ferramentas de comunicação interna como Slack, Discord, e Azendoo;
Mídias sociais corporativas;
Lousas digitais, e mais.
Ferramentas como o Yammer, o Workplace e o G+ corporativo têm a
vantagem de contarem com uma interface com linha do tempo, como nas
mídias sociais tradicionais. Essas redes permitem também que os
colaboradores podem divulguem seus projetos, crie um perfil para que os
outros os conheçam e grupos de trabalho e de departamentos e formem
comunidades ou páginas próprias para divulgação de suas atividades ou
até mesmo pedidos de colaboração.
Confira também:
Aplicativos colaborativos, seus clones e um super gerador de ideias
O que é Slack? Menos emails e mais integração entre equipes!
7. Use a tecnologia para automatizar e aumentar a produtividade
A automatização das atividades dentro da empresa tem três funções principais:
Tornar automáticas algumas tarefas chatas e repetitivas de seu negócio, contribuindo muito para a gestão do tempo no trabalho;
Fornecer informações em tempo real sobre o seu negócio, para auxiliar na tomada de decisão;
Eliminar o retrabalho resultante do preenchimento de dados
incompletos ou até incorretos, que é uma consequência natural de
trabalhos extremamente operacionais.
Algumas ferramentas de automatização, como os softwares de automação
de marketing, por exemplo, já contam com duas dessas funcionalidades:
além de fornecerem dados de inteligência sobre seus clientes e
prospects, automatizam o envio dos e-mails certos, para as pessoas
certas e na hora certa, uma vez que estejam programados para isso.
Mas é possível ir além, integrando diferentes ferramentas, muitas das
quais citamos aqui, para que realizem tarefas automaticamente.
Por exemplo: se sua equipe se comunica pelo Slack, mas organiza as
tarefas no Trello, ela pode utilizar uma automatização para enviar uma
mensagem para determinado canal sempre que houver movimentação no
Trello.
Leia também: Trello e Slack: 10 maneiras práticas de fazer 2 ferramentas fantásticas ainda mais incríveis
Outro exemplo: emissão de notas fiscais em e-commerces. Toda vez que
um recebimento for aprovado por um meio de pagamento online, se ele for
integrado com o emissor de notas fiscais, a nota será gerada
automaticamente, sem a necessidade de que ninguém execute manualmente
essa tarefa.
Imagine a quantidade de tempo que isso irá poupar da sua equipe de vendas ou financeiro.
O tempo extra pode ser usado para a execução de atividades que exigem atenção, estratégia e otimização constante.
Logo, enquanto tarefas importantes, mas que são simples e repetitivas
podem ser automatizadas, sua equipe pode priorizar as demais
atividades, garantindo que o tempo usado para elas não seja tomado por
algo que poderia ser feito por uma máquina.
Isso evita, por exemplo, que o dia termine com uma pilha de tarefas estratégicas atrasadas.
Vilões da administração do tempo no trabalho
Agora que você já sabe o que fazer para melhorar a gestão de tempo no
trabalho, é importante estar atento ao que não deve ser feito.
Alguns vilões acabam sabotando a administração do seu tempo e evitando que você realmente cumpra o que planejou.
Cuidado com a procrastinação
A procrastinação é um problema grave dentro das empresas e atrapalha
muito o dia a dia dos colaboradores, impactando, inclusive, seu bem
estar.
Ao ficar adiando o início de uma atividade é provável que você atrase
toda a sua agenda e se sinta culpado no final do dia e da semana.
A procrastinação ainda pode resultar na necessidade de fazer horas
extras que poderiam ser evitadas, o que pode ser muito ruim para a
motivação pessoal e da equipe.
Para evitar a procrastinação algumas dicas são interessantes:
Comece seu dia fazendo a atividade mais difícil da sua agenda e que
exige mais de você. Além de estar mais descansado, você evita ficar
pensando nela o dia todo e resolve seu problema o quanto antes;
Quando possível, deixe o celular em modo silencioso durante o tempo
que for executar uma atividade que exige concentração. Uma atitude que
pode te ajudar a desativar o som do telefone sem se preocupar é
compartilhar com a sua família o contato do telefone da empresa. Caso
surja algo importante eles vão conseguir falar com você, sem grandes
dificuldades. Ao mesmo tempo você não fica refém do seu celular e pode
se concentrar no que é necessário;
Desative todas as notificações de aplicativos;
Tenha um horário próprio para se distrair nas redes sociais e nos aplicativos e mensagens particulares;
Organize sua rotina para leitura e resposta a e-mails, você pode
separar uma ou duas horas no início do dia e no final do dia para dar
atenção a esse canal (é claro que isso vai depender da função exercida).
Essas são apenas algumas dicas, mas que tem muito potencial para te ajudar na administração do tempo no trabalho.
Evite realizar mais de uma tarefa por vez
Ao contrário do que muita gente acredita, ser multitarefa não é
sempre algo positivo. Ao executar várias tarefas ao mesmo tempo, é
provável que você demore mais tempo para concluir cada uma delas.
Além disso, geralmente, seu foco fica reduzido e isso impacta na
qualidade da entrega, o que pode ocasionar insatisfação e retrabalho.
Não subestime o tempo de execução, para fazer caber na agenda
Não adianta reduzir o tempo previsto para executar uma atividade apenas para fazê-la caber na sua agenda.
Geralmente, essa é uma técnica que não funciona, mas que te deixa
frustrado no final do dia por não ter cumprido o que foi planejado.
Agora sim, você tem um guia prático para fazer a gestão do tempo no
trabalho e garantir o aumento da sua produtividade. Mãos à obra!
Tecnologia como braço direito da administração do tempo
Lembre-se de que a tecnologia é uma importante aliada da sua empresa,
e quando as ferramentas são integradas elas entregam ainda mais
eficiência.
Quais ferramentas você já usa na sua empresa? Imagine se as
informações geradas em cada uma pudessem ser integradas, isso iria te
ajudar?
Aqui na Pluga nossa especialidade é criar esse tipo de integração
entre as ferramentas que você mais usa, para que sua empresa ganhe mais
produtividade e agilidade na gestão do tempo.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
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Presidente reeleito Reformas, pacificação e anseios da oposição Por Wesley Oliveira – Gazeta do Povo Brasília
Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha,
cumprimenta Rodrigo Pacheco pela reeleição na presidência do Senado.|
Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Reeleito com uma vantagem de 17
votos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chega para um
novo mandato com o desafio de equilibrar os anseios da oposição com os
interesses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Pacheco disse que o Brasil precisa de pacificação e pediu o fim do que
chamou de “polarização tóxica”. Com 49 votos, ele derrotou o senador
Rogério Marinho (PL-RN), que recebeu 32 votos e contava com o apoio de
aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A votação obtida por Pacheco nesta quarta-feira (1º) foi inferior à
de sua primeira eleição, em 2021, quando derrotou a hoje ministra Simone
Tebet (MDB-MS) por 57 votos a 21. Por outro lado, os votos de Marinho
superam o mínimo necessário de 27 assinaturas para abertura de uma
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), por exemplo, o que por si só
demonstra a força da oposição.
Após a vitória de Pacheco, senadores que apoiavam a candidatura de
Marinho indicaram que a pressão para que o Senado siga uma posição de
independência e não de subserviência ao Palácio do Planalto será
mantida. Além disso, senadores da oposição cobraram que o Senado volte a
ter protagonismo dentro dos debates do poder Legislativo.
“O Pacheco fez um mandato bom, mas poderia ter sido melhor. Perdemos
muito espaço para o poder Executivo e para o Judiciário. Faltou diálogo,
faltou conversa e debate e isso compromete a qualidade. Espero que ele
retome as comissões e os debates aqui do Senado”, defendeu o líder da
bancada do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF).
Na avaliação do tucano, é preciso deixar o discurso de “pacificação”
de lado para focar no “mundo real”. “O importante agora é entrar no
mundo real, deixar esse discurso de pacificar e voltar para o mundo
real. Trabalhar para garantir segurança jurídica, educação, saúde.
Espero que a gente consiga fazer isso agora”, completou.
Apesar do apoio do Palácio do Planalto para sua recondução à
presidência do Senado, Pacheco usou o seu discurso da vitória para
acenar aos opositores ao governo. “Um Senado que se subjuga ao Executivo
é um Senado covarde, e nós não permitiremos que isso aconteça”,
afirmou.
Sem citar o governo Lula, Pacheco criticou ainda as ideias de mudar
reformas estruturantes. Ainda durante a campanha, o presidente da
República indicou que pretende discutir a reformulação de pontos da
reforma trabalhista aprovada em 2017.
“Teremos desafios de matérias importantes para o Senado Federal. O
primeiro é o de não deixar retroceder conquistas importantes para o
Parlamento brasileiro. Eu, como deputado, votei em várias delas. Como
senador, também votei em várias delas. E como presidente do Senado
também aprovei várias delas. E não gostaria que houvesse retrocesso.
Aprimoramento sempre e retrocesso nunca”, afirmou.
Pacheco descarta impeachment de ministros do STF Em coletiva após a
vitória, Rodrigo Pacheco afirmou que o argumento de impeachment de
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não será mais usado na Casa.
A abertura de processos contra magistrados da Suprema Corte é uma das
bandeiras defendidas pelos senadores que apoiaram Rogério Marinho.
“Esse argumento mentiroso de que impeachment de ministro do STF será a
solução de tudo não será mais banalizado. Vamos ser cooperativos, mas
não subservientes com a presidência da República e com o Supremo
Tribunal Federal”, disse.
Mais cedo, Pacheco chegou a indicar que poderia colocar em discussão
temas como a fixação de um mandato para ministros STF e regras para
decisões monocráticas da Corte. Em seu discurso durante a disputa, disse
que “reconhecia as reclamações sobre a relação com o Judiciário”.
VEJA TAMBÉM: Autoridades coniventes com atos de vandalismo serão responsabilizadas, diz Moraes Lira é reeleito presidente da Câmara dos Deputados com número recorde de votos Como ficou a nova composição da Mesa Diretora da Câmara após a reeleição de Lira Valdemar defende Marinho e diz que PL fará oposição responsável
“Precisamos cumprir o nosso papel. Vamos legislar para colocar
limite aos poderes. Se há um problema nos pedidos de vista do STF e dos
tribunais superiores, legislemos para isso. Se há um problema de
incompetência do STF, legislemos para isso”, afirmou antes da votação.
Agora, Pacheco indicou que vai atuar “para a união das instituições
em torno do bem geral e para pacificação”. “A democracia está em pé pelo
trabalho de quem se dispõe ao diálogo, não ao confronto. Vou me guiar
pelo Estado Democrático de Direito, liberdades, democracia. A essência
da democracia deve ser esta: solucionar disputas e fazer a divergência
pacificamente”, completou.
Para governo, reeleição de aliado amplia chances de aprovação de matérias Apesar
do discurso de independência de Pacheco, senadores da base afirmam que a
recondução do senador mineiro deve facilitar a aprovação de matérias de
interesse do governo Lula na Casa. A avaliação dos governistas é de que
pautas econômicas, como a reforma tributária, terão mais celeridade.
“Não podemos admitir que se continue a arrecadação confusa do sistema
tributário brasileiro, tampouco podemos permitir que se acabe com a
responsabilidade fiscal no nosso país, que é uma conquista da
modernidade e nós temos que garantir que se combata a gastança
desenfreada do Estado brasileiro”, afirmou Pacheco.
Além disso, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino,
vai enviar ao Congresso Nacional um pacote de propostas que incluirá
punições mais rigorosas a vândalos, disseminadores de notícias falsas e
mobilizadores de manifestações violentas e antidemocráticas. Após a sua
reeleição, Pacheco defendeu que pretende buscar a pacificação, mas sem
ser leniente com os manifestantes que praticaram atos de vandalismo
contra os Três Poderes da Repúblicas no dia 8 de janeiro, em Brasília.
“Pacificação não é inflamar a população com narrativas inverídicas e
com soluções que geram instabilidade institucional. Pacificação não
significa se calar diante de atos golpistas. Pacificação é buscar
cooperação. Pacificação é lutar pela verdade. Pacificação é abandonar o
discurso de nós contra eles e entender que o Brasil é imenso e diverso,
mas é um só”, defendeu Pacheco.
Expectativas O que esperar de mais um mandato na presidência
Por Rodolfo Costa – Gazeta do Povo Brasília
Deputado Arthur Lira foi reeleito para mais um biênio no comando
da Câmara por 464 votos| Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A reeleição recorde do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL),
consolida o poder dele e assegura a promessa feita em campanha aos
deputados federais de manter a Casa legislativa forte e independente em
relação aos demais poderes, sobretudo ao Executivo federal. Em discurso
de posse nesta quarta-feira (1º), Lira prometeu um “Legislativo firme” e
uma Câmara “autônoma e cumpridora do seu papel com o povo brasileiro”.
Mesmo com seus poderes consolidados, aliados de Lira avaliam que ele
precisará provar sua força e habilidade de articulação em meio à
necessidade de percorrer o limiar entre os interesses da esquerda e da
direita. Por ter sido apoiado por PL e pela federação partidária
liderada pelo PT, além de outros partidos dos dois espectros políticos,
parlamentares entendem que o principal desafio é manter um equilíbrio
que assegure a independência da Câmara.
“O que esperamos do Arthur é equilíbrio, para que ele não tenha e não
seja sugado por nenhuma ala ideológica, nem de esquerda ou de direita, e
possa conduzir [o mandato] com muito equilíbrio”, analisa o deputado Zé
Vitor (PL-MG). O parlamentar entende que Lira exercerá a presidência de
maneira semelhante à gestão anterior, mas com um rodízio maior de
parlamentares de diferentes partidos em postos importantes. “Dessa vez,
ele dirige um grupo de quase 500 deputados, ao contrário do passado, que
era um grupo próximo de 300. É mais diversidade e pluralidade em
comissões e relatorias.”
O deputado Fausto Pinato (PP-SP) entende que Lira será cobrado por
alguns “extremistas” a dar sustentação aos deputados mais ideológicos da
direita, mas prevê que o presidente da Câmara vai dar governabilidade a
Lula e manter os debates de uma maioria de centro da Casa. “Uma das
características do Lira é lealdade e palavra”, comenta.
Vice-presidente do União Brasil, o ex-deputado Júnior Bozzella (SP)
entende que Lira tem sinalizado o interesse em construir uma agenda para
o país com o atual governo, mas pondera que a governabilidade possa
ficar restrita às pautas mais consensuais, como a reforma tributária. “O
Arthur tem conseguindo circular bem em todas as esferas sem agredir
nenhum dos lados. Será alguém importante para o governo buscar
convergência com a ala radical para projetos e pautas de comum acordo”,
avalia.
Como Lira transitará entre esquerda e direita Bozzela entende que
Lira tem todos os instrumentos para manter o equilíbrio e a
independência da Câmara pela própria estrutura da Casa, com espaços,
comissões e cargos para conquistar os votos e usar sua influência junto
às bancadas, sobretudo em votações importantes. “Se ele estiver em comum
acordo com o governo e quiser ajudar, ele com certeza tem muita força e
ferramentas para trazer votos favoráveis, mesmo de deputados
independentes e até de opositores”, analisa o dirigente do União.
VEJA TAMBÉM: Reformas, pacificação e anseios da oposição: os desafios de Pacheco no comando do Senado Como ficou a nova composição da Mesa Diretora da Câmara após a reeleição de Lira Autoridades coniventes com atos de vandalismo serão responsabilizadas, diz Moraes O
bloco parlamentar que elegeu Lira mostra que ele conseguiu neutralizar
qualquer outra força interna na Câmara que pudesse ameaçar sua
candidatura. Suas capacidades de diálogo e de articulação política
também são apontadas como formas pelas quais ele tem condições de
superar os desafios pelo equilíbrio.
Dentro do próprio PP, há uma ala que acena com a oposição ao governo.
Para Pinato, é um desafio grande para um presidente que acena a favor
da independência, mas que pode ser superado, inclusive com o apoio de
deputados conservadores. “Espero que, daqui a alguns meses, muitos que
votaram no Bolsonaro com medo da pauta supra ideológica de esquerda
possam, de certa forma, recuar. Precisamos construir uma verdadeira
maioria e não votar um no outro por causa das rejeições”, analisa.
Zé Vitor entende ser natural que um governo queira participar da
pauta do Congresso e prevê que isso ocorra novamente na atual
legislatura. Contudo, acredita que Lira encontrará o melhor caminho para
manter a independência da Casa. “O governo tem uma pauta e tem
interesses que ele quer defender aqui, mas o Arthur tem o equilíbrio
necessário para conduzir e saber dosar”, diz.
“Legislativo é o poder moderador”, diz Lira ao ser reconduzido ao comando da Câmara Ao
agradecer a reeleição, Lira manifestou o interesse em dar continuidade à
produção legislativa recorde de seu primeiro mandato e disse que vai
pautar a celeridade pela “boa discussão” entre os líderes nas comissões e
no plenário.
“Aqui, todos tiveram voz, este foi meu compromisso fundamental que,
agora, faço questão de renovar com cada um de vocês, parlamentares de
legislaturas passadas e deputados que iniciam agora seus mandatos. Esta
tribuna aqui seguirá aberta, plural e sempre amplificando os anseios de
cada cidadão por nós representados”, destacou.
Assim como em seu discurso de candidato, Lira manifestou o interesse
em superar o desafio de rever o “complexo e por vezes injusto modelo
tributário”, em um gesto favorável à reforma tributária que Lula planeja
avançar. O presidente da Câmara disse não ter dúvidas de que haverá
divergências, mas se prontificou a encontrar “pontos em comum” a fim de
entregar à população “providências essenciais para o desenvolvimento
econômico e social”.
Em contrapartida ao gesto, Lira pediu um Executivo “dinâmico, que
saiba negociar e administrar, e cumpra com o seu papel”. Ao Judiciário,
pediu um poder “firme, guardião da Constituição, ciente das suas
responsabilidades e que cumpra com o seu papel”, declarou o presidente
reeleito.
Em comentário dirigido ao Judiciário, Lira disse que não é possível
aceitar a usurpação de “prerrogativas” e de interferências em “decisões
amplamente debatidas, votadas e aprovadas” no Parlamento. “O Legislativo
é o poder moderador da República e assim continuará sendo. Não dá mais
para que as decisões tomadas nessa casa sejam constantemente
judicializadas e aceitas sem sustentação legal. Resta a nós, investidos
pelo poder popular, exercer a cada dia a boa política do entendimento,
da conciliação e do equilíbrio”, comentou.
Assim como em seu discurso como candidato, Lira também fez um aceno à
direita ao defender a liberdade de expressão de parlamentares.
“Seguiremos devotos da democracia e, para tanto, serei uma voz firme a
favor das prerrogativas e liberdade de expressão de cada parlamentar,
porque precisamos exercer nosso mandato de maneira plena”, declarou.
O discurso de Lira também teve críticas contundentes aos atos de
vandalismo em 8 de janeiro. “Aos vândalos e instrumentadores do caos que
promoveram o 8 de janeiro passado, eu afirmo: no Brasil, nenhum regime
político irá prosperar fora da democracia. Jamais haverá um Brasil sem
eleições livres e representantes escolhidos pelo voto popular. Jamais
haverá um Brasil sem liberdade”, disse.
Lira também defendeu uma autocrítica ao que definiu como “processo de
criminalização da política iniciada há quase uma década”, em referência
à Operação Lava Jato. Para ele, esse processo “abalou a
representatividade de diversas instituições e seus representantes”.
“Transformaram denúncias, que deveriam ser apuradas sob o manto da lei,
em verdadeiras execuções públicas. Empresas foram destruídas, empregos
foram ceifados, reputações jogadas na lata do lixo”, criticou.
Deputado venezuelano revela o que a esquerda esconde
Por Cristina Graemln – Gazeta do Povo
Desnutrição dos Yanomamis é assunto aqui na coluna pela segunda
vez em menos de uma semana, porque a militância lulista e a esquerda
brasileira seguem disseminando informações parciais e
descontextualizadas para induzir a opinião pública a erro.
Não se pode reduzir um problema complexo e antigo desses a mera
disputa política e ideológica. Na última sexta (27) publiquei, aqui
mesmo neste espaço, uma entrevista com o enfermeiro de saúde indígena,
Khylvio Alves Valões. Caso não tenha assistido, recomendo que veja aqui.
Funcionário da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do
Ministério da Saúde desde a sua criação, em 2010, Valões explica na
entrevista que a desnutrição dos Yanomamis é histórica e a explicação
está, basicamente, em questões culturais e criminais que nenhum governo
conseguiu enfrentar nos últimos dez anos.
Um dia antes dessa entrevista veio à tona outro relato de alguém
ligado aos yanomamis, trazendo informações diferentes daquelas que os
integrantes do atual governo e a mídia lulista vêm divulgando.
Deputado indígena venezuelano expõe desnutrição dos yanomamis Diante
das notícias espalhadas no Brasil acerca de desnutrição dos Yanomamis, o
deputado indígena venezuelano, Romel Guzamana, divulgou em seu Twitter
que os índios desnutridos em território brasileiro são da Venezuela.
“Denuncio la grave desnutrición de nuestros hermanos indigenas
#Yanomamis del Edo #Bolivar. Cruzaron a Brasil en busca de comida y se
encontraron aislados de la sociedad soberana, otra violación a los DDHH
Indígenas por el régimen de Maduro”, disse o deputado em seu Twitter na
última quinta (26).
Esta semana consegui trocar mensagens com o deputado e pedi um relato
em áudio sobre os motivos da imigração de indígenas venezuelanos para o
Brasil. Trago a resposta no vídeo publicado hoje, que você pode
assistir clicando no play da imagem no topo da página.
Antecipo que, assim como o enfermeiro que ouvi na semana passada, o
deputado menciona a questão do garimpo ilegal como um dos motivos da
crise alimentar e da desnutrição dos Yanomamis. Mas há muito mais por
trás do que a militânica lulista vem espalhando. Vale a pena conhecer
para não se deixar usar como massa de manobra.
Anime-se! Não existe derrota para quem defende a Verdade
Por Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo
Console-se pensando que Rodrigo Pacheco terá que bajular Lula e
Alexandre de Moraes todos os dias, pelos próximos dois anos.| Foto:
Reprodução/ Twitter
Nossa! Esse negócio de “para quem defende a
Verdade” soou mais sério do que parecia na minha cabeça. Talvez seja por
causa do “v” maiúsculo. Mas vou mantê-lo ali porque é o certo. A
Verdade que tenho em mente é outra, única e absoluta. Não é essa verdade
vulgar e relativa que se encontra nos manuais maquiavélicos da
política. Nem na Constituição.
Digo isso porque hoje (1), agorinha há pouco, logo depois da vitória
de Rodrigo Pacheco para a presidência do Senado, derrotando Rogério
Marinho por 49 a 32, vi muita gente baixar a cabeça e curvar as costas.
Como se a disputa na Câmara Alta do Legislativo tivesse sido uma derrota
pessoal. Pior: uma humilhação. Pior ao quadrado: um sinal de que a vaca
foi para o brejo.
Claro que não ajudou em nada o deleite com que os petistas e
alexandristas esfregaram a notícia na cara de toda a oposição, de
bolsonaristas ferrenhos a antipetistas distraídos. Mas sugiro que você
tente ver essa arrogância toda pelo que ela é: um sinal de insegurança.
Afinal, como é que esse povo que posa de rebelde consegue justificar
para si mesmo o fato de apoiarem a consolidação de um sistema que já se
provou tirânico e corrupto?
Além disso, é coisa de materialista ateu isso de se deixar abalar
pelas vitórias e derrotas do mundo político. Só alguém muito obcecado
com o próprio tempo e com uma visão distorcida de seu lugar no mundo se
deixa abater por algo tão passageiro. Tão fugaz. E sobretudo tão frágil.
No final das contas, a vitória da chapa Pacheco-Lula-STF é um átimo,
não!, uma brisa, não!, uma gotícula, não!, uma fagulha em meio a algo
maior, mais complexo e mais admirável.
Sei que nessas horas a sensação de injustiça e de impotência tomam
conta da gente. Dá vontade de espernear. Em alguns pode até dar vontade
de quebrar uma vidraçazinha. Mas contenha-se! Respire fundo. Tenha
paciência. Acredite. Uma hora a justiça há de prevalecer e, no mais,
somos mesmo impotentes diante da maioria das situações que a vida nos
impõe, sejam elas coletivas ou individuais.
E pense: por mais consolidado que o poder petista/alexandrista pareça
no momento, ele não dura para sempre. Ainda mais quando o poder está
assentado sobre um alicerce outro que não ela, a já citada, evocada e
exaltada Verdade. Que, vale a pena repetir, não tem nada a ver com o
versículo do qual se apropriou o ex-presidente. Não à toa, a
impermanência das coisas é uma das sabedorias contidas no velho e bom
Eclesiastes, ao qual você talvez devesse recorrer agora mesmo. Serve
para a esquerda, para a direita, para o centro, para as transversais e
até para os que foram abençoados com a Graça da alienação.
É difícil, mas não impossível. Levante a cabeça! Ria da euforia dos
conformistas. Apiede-se da escravidão em que vivem os cativos dos dogmas
esquerdistas. Ouça Dolores Duran cantando “Por Causa de Você” e não
Maysa em “Meu Mundo Caiu”. Continue fazendo o que você considera o
certo. Continue defendendo as ideias que falam à sua mente. E também ao
coração tão desprezado pelo racionalismo perverso (e falso) da nossa
política. Continue dando ouvidos ao seu bom senso – ao seu, pessoal e
intransferível, e não o de influencers, analistas políticos e cronistas
de província.
Continue tentando apreender a Verdade em todo o seu esplendor. E
deixe para Rodrigo Pacheco & Cia. a triste tarefa de bajular Lula e
Alexandre de Moraes, de cotidianamente vender sua alma ao Mefistófeles
da vez, de se sujeitar dia após dia à soberba dos que o rodeiam e que
veem nele apenas um idiota útil.
O presidente reeleito do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).| Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado.
Vou começar pelo lado bom das eleições ou melhor, da eleição no
Senado. Eu nunca vi em toda a minha vida, nos meus 82 anos, mais de 50
de jornalismo, nunca vi uma audiência como a que teve para acompanhar a
eleição no Senado Federal. Uma eleição com apenas 81 eleitores – e todos
votaram.
Rodrigo Pacheco precisava de 41 votos, fez 49. Rogério Marinho fez
32, enquanto Girão desistiu a favor de Rogério Marinho. Quem acertou foi
Renan Calheiros. Conhecedor de seus colegas, disse que seriam 51 votos,
deu 49, pertinho da mosca. Quase acertou.
O lado bom foi a consciência dos eleitores. Porque os eleitores é que
mandaram para o Senado 81 senadores. Eles são os mandantes e eles têm
de acompanhar o comportamento de seus mandatários, dos representantes de
seus estados – são três senadores por estado. Essa consciência de
cidadania que fez as pessoas se interessarem pelos rumos do Senado.
No mesmo rumo Agora o lado ruim é que o Senado vai continuar no
mesmo rumo: um Senado passivo. Isso porque o presidente do Senado senta
em cima de requerimentos que, longe de quererem de punir um ministro do
Supremo, querem a volta da Constituição. É para recuperar a
Constituição, recuperar o respeito ao mandato, ao Legislativo, à
inviolabilidade do mandato por quaisquer palavras.
É tentativa de recuperar o respeito à liberdade de expressão, de
opinião, recuperar o respeito à Constituição que veda qualquer tipo de
censura, recuperar os direitos e garantias individuais, que falam no
direito de ir e vir, liberdade de trabalhar, a liberdade de culto,
liberdade de reunião. Enfim, recuperar o que está escrito na
Constituição, como a norma que diz que tem de ter promotor público num
inquérito, e que o promotor público é a origem do inquérito. A isso se
chama devido processo legal, que tem que ser recuperado.
Lula ganhou Mas pelos próximos dois anos esqueçam isso tudo. Vai
continua a mesma coisa, o mesmo sistema, o mesmo mecanismo. Os
vitoriosos foram Alcolumbre, que mais trabalhou por essa reeleição de
Pacheco para poder continuar na Comissão principal do Senado, que é a
Comissão de Constituição e Justiça. Lula, que cumprimentou Pacheco em
seguida, minutos depois pelo telefone celular do senador Randolfe
Rodrigues e Renan Calheiros, que também previa esse resultado. Eu acho
que se alguém foi derrotado, foi devido o processo legal, a democracia e
as liberdades, a Constituição e o próprio Senado, que continua passivo
ante o ativismo judicial.
Traição ao eleitor O outro assunto de hoje é uma pergunta. Afinal,
o nosso sistema é presidencial ou parlamentar? Vimos que há 18
integrantes do Executivo que na verdade são integrantes do Legislativo.
Os seus eleitores mandaram que eles fossem seus representantes na Câmara
e no Senado, mas eles abandonam os eleitores e vão para o Poder
Executivo para serem ministros. 18 foram votar, 10 foram prá tomar posse
como senadores e deputados, a metade do Ministério.
VEJA TAMBÉM: Como presidente, Lula deveria ler mais a Constituição Uma eleição decisiva no Senado Recursos da Lei Rouanet vão financiar até projetos da Disney
O lugar certo Então que sistema é esse? Parlamentar ou é
presidencial, o que é isso? Porque é uma traição ao eleitor. Eu disse
isso sobre o Eduardo Bolsonaro quando se falava que ele ia ser
embaixador do Brasil em Washington. Eu dizia que ele iria trair um
milhão oitocentos e sessenta mil eleitores, que o mandaram ser deputado,
representá-los na Câmara e não na embaixada.
Eu diria que não é o Ministério da Justiça o lugar do representante
do Maranhão; nem no Ministério dos Transportes o senador do Pará; ou no
Ministério de Educação o senador do Ceará, e assim por diante. É um
sistema complicado aqui no Brasil, e talvez por isso funcione tão mal.
A disputa pelo comando do Senado ganhou contornos de “terceiro turno” entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Eleito com 49 votos contra 32 de Rogério Marinho (PL-RN), Pacheco disse que a “polarização tóxica” precisa ser erradicada.
Como mostrou o Estadão,
Lula prometeu ao União Brasil, ao MDB e ao PSD autarquias, estatais e
bancos públicos para conter dissidências na base aliada e garantir voto
em Pacheco..
Na Câmara, Arthur Lira conquistou
vitória expressiva, batendo o recorde histórico numa eleição para a
Mesa Diretora da Casa, com 464 votos. Lira assume a condição de
principal força política no Congresso com quem o governo de Lula terá de
manter diálogo. Em seu discurso de vitória, condenou os atos
extremistas de 8 de janeiro e disse que “é hora de desinflamar o
Brasil”.
Confira as análises dos colunistas do Estadão:
Eliane Cantanhêde: ‘Reeleição é alívio e vitória para o Planalto’
“A reeleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do
presidente da Câmara, Arthur Lira, foram um alívio e uma vitória do
Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem dois
aliados nas duas Casas com o seguinte detalhe: Arthur Lira, que é do PP e
do Centrão, é adversário histórico do PT e de Lula, e ele foi muito
ativo pró-governo Bolsonaro nos últimos anos.
Mas agora toda a guinada de Lira é a favor da governabilidade, do
equilíbrio entre os Poderes e da democracia. O discurso de Arthur Lira
está cada vez mais antenado com o governo Lula e a defesa da democracia
do que com o Bolsonaro e o bolsonarismo golpista. Isso é uma boa notícia
para o País, que precisa aprovar a pauta econômica, mas também precisa
de estabilidade política, republicana e federativa. A reeleição de Lira
com 464 votos dos 513 da Câmara é um recorde histórico. Isso dá a ele
uma liderança inconteste na política brasileira. Lula ao invés de brigar
com isso, ao contrário, traz Lira para seu projeto de governo, que
acolhe os interesses de uma frente realmente ampla.”
William Waack: ‘Reeleição de Lira e Pacheco é semipresidencialismo com dois primeiros ministros’
“O principal significado da reeleição de Lira e Pacheco é a
continuidade e aprofundamento de um tipo de semipresidencialismo com
dois primeiros ministros. O resultado da eleição desta quarta feira tem
ineditismo internacional: trocou-se de presidente da República de um
lado para o outro do espectro político. Mas ficou inalterado – ou até
ampliou-se – o conjunto de prerrogativas de poder do Legislativo. Como
resultado principal, temos a essência da política brasileira na
incessante atividade de manter o Centrão abastecido com cargos e pedaços
da máquina pública, a razão da sua existência.”
J. R. Guzzo: ‘A perspectiva é de um Brasil profundamente dividido’
“A política brasileira ficou de tal maneira deformada que a proposta
de paz, na eleição para a presidência do Senado, era da oposição – e a
proposta de confronto era do governo. Ganhou o candidato do governo, por
49 votos a 32, e a conciliação que o Brasil tanto precisa para tratar
dos seus problemas reais desapareceu do horizonte mais próximo. O país
vai continuar, ao que tudo indica, em conflito: “nós contra eles”, como
tem sido há quatro anos e como parece ser o projeto do presidente da
República e das forças que lhe dão apoio. É uma campanha eleitoral que
não termina. A discordância vai continuar sendo tratada como ameaça às
instituições. O Senado, que poderia servir como uma força de equilíbrio e
moderação, não oferece mais essa possibilidade. A perspectiva é de um
Brasil profundamente dividido, e por muito tempo.”
Marinha quer afundar seu antigo porta-aviões hoje!
A venda do antigo porta-aviões pela Marinha do Brasil quase levou a empresa MSK Maritime Services& Trading,
responsável pelo transporte e recebimento da embarcação, à bancarrota.
Além disso, a MB protagonizou uma série de vexames internacionais. A
ideia era rebocar a belonave até a Turquia onde seria sucateada no
cemitério de navios de Aliaga.
Contudo, o que deveria ser um procedimento corriqueiro, tornou-se um
imbróglio internacional. Agora, a Marinha do Brasil decidiu-se por
afundá-lo. Segundo o Jornal da Band, o dia marcado para o afundamento seria hoje, quarta-feira, 1º de fevereiro.
O futuro do porta-aviões São Paulo
Desde que foi comprado pela Marinha em 2001 operou por pouco tempo em águas brasileiras. Uma explosão em 2004selou
o seu fim. Entre tentativas de torná-lo um museu, a MB operou pela
venda para o estaleiro turco Sök Denizcilik e Ticaret Limited .
Assim, em 21 de abril de 2021 começou a interminável saga do São
Paulo. Inicialmente ele foi rebocado do Rio de Janeiro até a entrada do
Estreito de Gibraltar, onde acabou barrado no baile.
Em razão de denúncias de grande quantidade de amianto a bordo, a
Turquia recusou-se a recebê-lo. O rebocador que o conduzia foi obrigado a
voltar ao Brasil.
Ao aproximar-se do Rio de Janeiro, onde sempre esteve, a Marinha do
Brasil proibiu que atracasse, não se sabe o motivo. Mais uma vez, o
rebocador deu meia volta e seguiu para o porto de Suape.
Ao chegar em águas do Recife, recebeu novamente ordem para não atracar. Assim, desde 5 de outubro o pobre NAe São Paulo está ao largo, fora de águas brasileiras territoriais, por ordem da Marinha.
Finalmente, quase falida de tantos gastos extras, em 10 de janeiro de 2023 a MSK Maritime Services& Trading, responsável pelo transporte e recebimento da embarcação, enviou uma carta advertência para as autoridades brasileiras renunciando à propriedade do casco em favor da União.
‘Sob protestos da ministra Marina Silva (Meio Ambiente), a Marinha
planeja afundar o casco do porta-aviões São Paulo no mar brasileiro.’
‘O chamado afundamento controlado vai ser feito por uma série de
explosões para abrir rasgos no casco, o que levaria ao oceano também as
mais de nove toneladas de amianto presentes na embarcação.’
‘A decisão ainda não foi formalizada, segundo relatos feitos ao jornal. Contudo, diz a Folha,
‘integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam ser a
alternativa viável diante do avançado grau de degradação da embarcação
de 266 metros de comprimento.’
A decisão da MB é de fato açodada. A Marinha, que provocou seguidos vexames, não vê a hora de se livrar do abacaxi.
Apesar disso, matéria do Estadão(1/2/2022)
informa que ‘Puxando a estrutura a reboque, a Marinha não respondeu o
que pretende fazer com ela a partir de agora. Paira uma interrogação –
oceânica – sobre o destino do velho navio de guerra.’
Ao que parece, a ideia do afundamento estava em curso. Porém, quando
as matérias começaram a sair na mídia a MB parou para pensar nas
consequências sobretudo internacionais.
Tanto é assim que a matéria do Estadão informa
que ‘o Ibama disse, na noite dessa terça-feira, 31, estar buscando
informações mais detalhadas sobre o local previsto para um possível
afundamento do ex-navio “com vistas a eventual mitigação, reparação e
salvaguarda do meio ambiente brasileiro”.
Se o Ibama estava ‘buscando informações sobre o local do afundamento’ é porque a MB teria tomado a decisão de afundá-lo.
Problemas no casco da belonave
O Mar Sem Fim entrevistou Zilan Costa e Silva, especializado em Direito Naval, que representa a empresa MSK Maritime Services& Trading.
Sobre a necessidade do navio atracar para consertos ele explicou que o
casco de uma belonave como o São Paulo ‘é triplo, feito assim para
enfrentar bombas e ainda navegar’. Ocorre que uma das placas de aço
exteriores, de 12 metros quadrados, ‘sofreu corrosão pelos anos seguidos
em que ficou no Arsenal da Marinha no Rio, tomando sol por bombordo. E
esta placa deslocou-se durante a viagem exigindo reparos para voltar a
navegar.’
US$ 10 milhões de dólares de custos extras
Entretanto, com as negativas dos vários portos brasileiros, e do
gasto extra que atingiu US$ 10 milhões de dólares, a empresa estava
praticamente quebrada. Perguntei se o contrato previa renúncia. A
resposta foi curta e grossa.
“Renúncia é um ato unilateral, não temos como persistir. A obrigação
da empresa era levar o lixo para fora do País. Como as autoridades
envolvidas não permitem, o Governo tem a obrigação de receber o lixo que
era dele (e arcar com o desastre ambiental que se avizinha, dizemos
nós).”
Como esta patacoada foi noticiada em todo o mundo, nenhuma outra
empresa se aventuraria a comprá-lo novamente. Com isso, sobrou a opção
mais fácil para a Marinha do Brasil, o afundamento.
A Folha confirma: ‘Militares envolvidos no caso afirmam que
não há muitas opções para o descarte do porta-aviões, abandonado pela
empresa responsável, e o naufrágio é a única alternativa para dar fim a
uma controvérsia de proporções internacionais que se estende desde
agosto.’
Contudo, uma informação de última hora, do jornalista Jorge de Sousa,
diz que ‘No início da tarde de ontem (30), a força recebeu uma proposta
de compra da embarcação proveniente de uma empresa de desmanche de
navios da Arábia Saudita, pertencente ao grupo árabe Sela’.
Depois de tantas bobagens, parecia impossível que alguma empresa
ainda quisesse o sucatão que a MB transformou em polêmica internacional.
No entanto, aconteceu. Isso torna o açodamento da MB em afundá-lo ainda mais inoportuno.
Marina Silva e preocupações ambientais com afundamento apressado
Segundo nos disse Zilan Costa e Silva, o São Paulo leva em seu bojo
algo em torno de 10 T de amianto, material tóxico responsável pela
maioria dos cânceres de pulmão ocupacionais e por um terço de todos os
cânceres relacionados ao trabalho.
A Folha de S. Paulo informa que, ‘a seus pares, Marina Silva tem manifestado preocupação com os danos ambientais.’
Ela tem razão. Um navio, para ser afundado e tornar-se um recife
artificial, deve passar por minuciosa limpeza geral. Todos os materiais
corrosivos, ou perigosos como o amianto, as tintas, e muitos outros,
precisam ser retirados. Além disso, para que funcione como recife
artificial, é preciso um estudo do local apropriado, com várias
aberturas no casco para que haja insolação, etc.
Trata-se de um processo complexo. E nada disso vai acontecer, até
porque proíbem sistematicamente que o navio atraque. Para encerrar, toda
esta preparação é um processo demorado e caro. Assim, causa estranheza
saber que a MB pretende afundá-lo nesta quarta-feira, a uma profundidade
de 5 mil metros, mas ainda dentro da ZEE nacional.
Segundo Jorge de Souza, ‘o IBAMA também se pronunciou e afirma que os
risco ambiental preocupa seriamente as autoridades justamente se a
embarcação for afundada.’
Aparentemente, a Marinha do Brasil quer se livrar deste pepino o mais rápido possível.
Apesar das preocupações de Marina Silva, a Folha indica que
‘a decisão cabe exclusivamente à Marinha. E o governo não estaria
disposto a abrir um novo foco de tensão com as Forças Armadas em meio às
investigações dos responsáveis pelas invasões das sedes dos Três
Poderes, ocorridas no dia 8 de janeiro.’
Reação internacional ao afundamento
Enquanto isso, as organizações ambientais aproveitam para denunciarem o País. O riotime.compublicou ‘Brasil quer abandonar navio de 34 mil toneladas no mar. Seria um desastre ambiental.’
O site diz que ‘. A embarcação, envolvida em uma disputa
internacional por seu conteúdo tóxico, está prestes a se tornar um dos
maiores lixos do oceano.’
Já o shipbreakingplatform.org, que
acompanha a pantomima desde o início informa que, ‘Segundo as ONGs, a
Marinha descumpriu as regras de Basileia ao se recusar a permitir que o
navio atracasse com segurança no Brasil. Agora, com sua ação de afundar
o navio, também está violando a Convenção sobre a Prevenção da Poluição
Marinha por Despejo do Protocolo de Londres de Resíduos e Outras
Matérias de 1996, bem como a Convenção de Estocolmo sobre Poluentes
Orgânicos Persistentes (POPs).’
Seja como for, é um triste fim para um porta-aviões que a Marinha do
Brasil jamais deveria ter comprado, empenhando dinheiro da população em
forma de impostos em uma sucata inútil e dispendiosa e, para coroar,
ainda mancha a imagem externa do País pelos vexames desde a venda.
Separando o joio do trigo
Contudo, uma observação merece ser registrada. Este descalabro
aconteceu durante a deletéria gestão de do ex-comandante da MB,
almirante Almir Garnier Santos escolhido pelo não menos deletério, Jair
Bolsonaro. Simplesmente estourou na gestão do atual comandante, o Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen.
Para quem não sabe, Garnier, não compareceu a posse do novo
comandante. Não satisfeito, foi dele a ridícula ideia e organização da
passeata de tanques expelindo fumaça negra na Esplanada dos Ministérios,
numa cena digna de republiqueta de bananas, para intimidar o Congresso
no dia da votação da proposta de retorno ao voto impresso.
Em tempo, segundo nova matéria da Folha de S. Paulo (31/1),
depois da proposta Saudita, ‘a Marinha decidiu adiar o afundamento do
casco, que estava previsto para ocorrer na quarta-feira (1º). Fontes
militares não descartam a possibilidade de a embarcação naufragar de
forma involuntária, já que as condições de flutuabilidade do navio estão
péssimas.’
A ver o que a palhaçada ainda nos reserva. Continuaremos a seguir e informar nossos leitores.