“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um
projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno
e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de
forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os
brasileiros pagassem a conta”, criticou Mourão.
Por Redação – de Brasília
Em cadeia nacional de rádio e TV, na noite deste sábado, o presidente
em exercício Hamilton Mourão (Republicanos) despede-se do mandato com
um breve discurso, no qual não poupou críticas ao mandatário Jair
Bolsonaro (PL), que se evadiu na última sexta-feira para a Flórida
(EUA).
— Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um
projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno
e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de
forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os
brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por
fomentar um pretenso golpe — torpedeou.
Ao fim do pronunciamento, Mourão foi vaiado e xingado pelos
bolsonaristas que restaram acampados à espera de um golpe de Estado, em
frente do QG do Exército em Brasília.
Leia a íntegra do discurso de Mourão:
“Brasileiras e brasileiros, boa noite!
“No momento em que concluímos mais um ano pleno de atividades e de
intensos engajamentos de toda a ordem, na condição de Presidente da
República em exercício, julgo relevante trazer uma palavra de esperança,
de estímulo e de apreço ao povo brasileiro, especialmente na ocasião em
que o nosso governo conclui o período constitucional de gestão pública
do País, iniciado em 1º de janeiro de 2019.
“Vislumbro que os acontecimentos políticos, econômicos e sociais que
têm marcado a presente quadra da nossa História seguirão impactando a
vida da gente brasileira nos próximos anos, tornando a caminhada ainda
mais desafiadora, visto que o mundo ainda se ressente da pandemia da
Covid-19 e a economia mundial sofre as consequências da guerra entre a
Rússia e a Ucrânia.
“O Governo que ora termina, ao longo de quatro anos, fez entregas
significativas na Economia, no avanço da digitalização da gestão
pública, na regulamentação da tecnologia da informação, na privatização
de estatais, tendo promovido uma eficaz e silenciosa reforma
administrativa, não recompletando vagas disponibilizadas por
aposentadoria, além da renovação de nosso modelo previdenciário e ainda
potencializou o agronegócio e vários campos do conhecimento humano.
“Juntos, trabalhamos duramente contra a pandemia, auxiliando os mais
necessitados, apoiando as empresas na manutenção dos salários de
empregados e desonerando suas folhas de pagamento.
“Apoiamos governos estaduais e municipais com recursos, médicos e
medicamentos, independentemente da posição política ou ideológica dos
chefes do Executivo, permitindo que seus governos os direcionassem para
as áreas onde aquela administração achasse conveniente.
“Trabalhamos e entregaremos ao próximo governo um país equilibrado,
livre de práticas sistemáticas de corrupção, em ascensão econômica e com
as contas públicas equilibradas, projetando o Brasil como uma das
economias mais prósperas e com resultados mais significativos
pós-pandemia, no concerto das nações.
“Tais iniciativas permitiram pleitear o ingresso do país na
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, o que
possibilitará a melhoria ao acesso a mercados e a novas parcerias. Cabe
destacar que o OCDE tem como princípios básicos a Democracia e o Livre
Mercado.
“Nem todas as empreitadas obtiveram o sucesso que almejávamos. Na
área ambiental, por exemplo, tivemos percalços, embora tenhamos
alcançado reduções importantes no desmatamento da Amazônia, a região
ainda necessita de muito trabalho e de cuidados específicos, engajando
as elites e as comunidades locais, cortejadas permanentemente pela sanha
predatória oriunda dos tempos coloniais.
“Dirijo-me agora aos apoiadores de nosso governo, aqueles que
credibilizaram nosso trabalho por meio do voto consignado às nossas
propostas, sobretudo nas últimas eleições. Muito obrigado por seu voto!
Desejo concitá-los a lutar pela preservação da democracia, dos nossos
valores, do estado de direito e pela consolidação de uma economia
liberal, forte, autônoma e pragmática e que nos últimos tempos foi tão
vilipendiada e sabotada por representantes dos três poderes da
República, pouco identificados com o desafio da promoção do bem comum.
“A falta de confiança de parcela significativa da sociedade nas
principais instituições públicas decorre da abstenção intencional desses
entes do fiel cumprimento dos imperativos constitucionais, gerando a
equivocada canalização de aspirações e expectativas para outros atores
públicos que, no regime vigente, carecem de lastro legal para o
saneamento do desequilíbrio institucional em curso.
“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um
projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno
e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de
forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os
brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por
fomentar um pretenso golpe.
“A alternância do poder em uma democracia é saudável e deve ser
preservada. Aos eleitos, cumpre o dever de dar continuidade aos projetos
iniciados e direcionar seus esforços para que, à luz de suas propostas,
o País tenha assegurada uma democracia pujante e plural, em um ambiente
seguro e socialmente justo.
“Aos que farão oposição ao governo que entra, cumprirá a missão de
opor-se a desmandos, desvios de conduta e a toda e qualquer tentativa de
abandono do perfil democrático e plural, duramente conquistado por
todos os cidadãos. Buscando-se a redução das desigualdades por meio da
educação isenta e eficaz, criando oportunidades iguais a todos os
brasileiros.
“Destaco que a partir do dia 1º de janeiro de 2023 mudaremos de
governo, mas não de regime! Manteremos nosso caráter democrático, com
Poderes equilibrados e harmônicos, alternância política pelo sufrágio
universal, pessoal, intransferível, secreto, buscando sempre maior
transparência e confiabilidade.
“Tranquilizemo-nos! Retornemos à normalidade da vida, aos nossos
afazeres e ao concerto de nossos lares, com fé e com a certeza de que
nossos representantes eleitos farão dura oposição ao projeto
progressista do governo de turno, sem, contudo, promover oposição ao
Brasil. Estaremos atentos!
“Na condição de Presidente da República em exercício, finalizo estas
palavras apresentando-lhes os meus melhores votos de um ano de 2023
pleno de saúde, felicidades e muitas realizações. Que o nosso amado
Brasil continue sua caminhada na direção de seu destino-manifesto,
tornando-se a mais próspera e bem-sucedida democracia liberal ao Sul do
equador.
“Feliz ano novo, êxito pessoal e prosperidade para cada um de nós que formamos esta grande nação! Muito obrigado!
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).| Foto: Sebastião Moreira/EFE.
Lula
foi eleito presidente do Brasil com uma agenda focada em questões
sociais. Promessas como acabar com a fome, “incluir o pobre no Orçamento
e o rico no Imposto de Renda”, fazer com que o “povo volte a comer
picanha” foram feitas pelo então candidato durante a campanha. O Bolsa
Família de R$ 600 foi o carro-chefe das propostas do petista.
Para além da pauta social, Lula prometeu uma série de políticas já
bem conhecidas de seus governos anteriores, como retorno de programas de
infraestrutura e a retomada da reforma agrária, e a reversão de
políticas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a exemplo das
relativas à aquisição de armas de fogo.
Na economia, o petista prometeu uma participação maior do Estado como
fomentador do crescimento econômico do país, além de sinalizar o
abandono da atual política de controle de gastos do governo. Relembre, a
seguir, 16 promessas feitas por Lula para o seu terceiro mandato. Não concorrer à reeleição Lula
prometeu, durante a campanha, que não tentará a reeleição. Pouco antes
do segundo turno, postou em suas redes sociais que seria “um presidente
de um mandato só”, referindo-se à nova temporada no Palácio do Planalto,
que ele já comandou por outros dois mandatos.
Uma afirmação com o mesmo conteúdo foi feita também durante o
primeiro turno. Em um evento, Lula disse: “Todo mundo sabe que não é
possível um cidadão com 81 anos querer a reeleição. Todo mundo sabe. A
natureza é implacável”. Lula tem, hoje, 77 anos.
Fim do orçamento secreto O presidente eleito prometeu acabar com
as emendas de relator, batizadas de “orçamento secreto”, mas sequer terá
que lidar isso com no seu governo. Em 19 de dezembro, o Supremo
Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucionais as emendas de relator. A
maioria dos ministros entendeu que elas não cumpriam os requisitos de
isonomia, legalidade, moralidade, publicidade, impessoalidade e
eficiência que devem ser aplicados aos gastos públicos.
Fim das privatizações Lula se posicionou contra as privatizações
de estatais. “Não vamos privatizar a Petrobras, os Correios, o Banco do
Brasil ou a Caixa Econômica. O Estado vai voltar a ser indutor da
economia. E financiar o micro, pequeno e médio empreendedorismo”, disse
Lula durante a campanha.
No caso dos Correios, há um projeto de privatização em tramitação,
mas a proposta de venda acabou travada no Congresso e não há interesse
do PT em dar seguimento ao projeto. Também não há intenção do novo
governo em desestatizar a Dataprev, que gere a base de dados do INSS, e o
Porto de Santos. O Ministério da Infraestrutura do governo Bolsonaro já
havia feito estudos de viabilidade para a venda de ambas as empresas,
mas a equipe de Lula não deve levar esses planos adiante. Marcio França
(PSB), futuro ministro dos Portos e Aeroportos, confirmou que o governo
Lula não vai prosseguir com a privatização do Porto de Santos.
Além disso, processos de venda de refinarias da Petrobras – iniciados
na gestão Bolsonaro, mas sem fechamento de contratos – foram
paralisados a pedido do governo de transição. As alienações já
realizadas, porém, não devem ser revistas pelo novo governo.
Também devem ser mantidas sob controle do governo federal as empresas EBC, Nuclep, PPSA e Conab.
Mudança na política de preços e dividendos da Petrobras O petista
também indicou que pretende acabar com a política de preços
internacionais da Petrobras. “Não teremos o preço da gasolina
dolarizado”, disse Lula em várias ocasiões da campanha, referindo-se ao
atrelamento do preço dos combustíveis fósseis no Brasil aos preços do
barril de petróleo no mercado internacional.
A equipe de transição do petista também estuda mudar a política de
dividendos da Petrobras, diminuindo o percentual de lucro que é
repassado para os acionistas da empresa. O objetivo seria usar parte
desse dinheiro para investimentos com foco na ampliação da capacidade de
refino da companhia.
Simplificação da tributação e isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil
O PT promete tratar a reforma tributária como uma prioridade na
economia. “Vamos fazer os muito ricos pagarem imposto de renda,
utilizando os recursos arrecadados para investir de maneira inteligente
em programas e projetos com alta capacidade de induzir o crescimento,
promover a igualdade e gerar ganhos de produtividade”, diz o programa de
governo de Lula apresentado ao TSE.
O petista também defendeu, durante a campanha, a tributação sobre
lucros e dividendos e a taxação de grandes fortunas, mas entende que o
tema enfrenta resistência no Congresso.
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reafirmou que a
reforma tributária será prioridade do novo governo e disse que, para
isso, deve aproveitar a tramitação da proposta de emenda à Constituição
(PEC) 45/2019 que já trata do tema. Bernard Appy, autor intelectual da
PEC, será secretário especial para a reforma tributária. A proposta de
Appy propõe a unificação do IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins em um único, o
Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
“Há duas PECs sobre reforma tributária tramitando. Vou conversar com o
Appy, que formulou a proposta que mais avançou (PEC 45/2019). Vamos
mexer nela para aprovar. Ela precisa ser negociada. Vou manifestar
opiniões sobre mudanças específicas que eu faria. Quero conversar com o
Appy sobre esses pontos, para facilitar a aprovação do texto”, afirmou
Haddad ao site Metropoles.
Até o momento, sabe-se que a intenção do novo governo é fazer a
reforma em duas fases: reduzir a tributação sobre o consumo e
simplificar a tributação federal com a criação do Imposto sobre Valor
Agregado (IVA) Nacional, aproveitando as discussões que já estão
ocorrendo no Congresso em torno deste tema com a PEC 45; e mudar a
tributação de renda e de patrimônio.
Neste segundo aspecto, Lula prometeu isentar do Imposto de Renda
pessoas com salário de até R$ 5 mil por mês – atualmente, a isenção vale
para quem ganha até R$ 1.903,98.
Bolsa Família de R$ 600 Durante a campanha, Lula disse que vai
manter o valor de R$ 600 pagos atualmente aos beneficiários do Auxílio
Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família. Além desse valor, o
candidato do PT prometeu um adicional de R$ 150 por crianças de até seis
anos para as famílias beneficiadas pelo programa.
Lula deve cumprir essa promessa assim que assumir, já que o PT
negociou com o Congresso a abertura de um espaço de quase R$ 170 bilhões
no Orçamento de 2023, além do limite do teto de gastos. A emenda foi
promulgada em 21 de dezembro. Com isso o pagamento de R$ 600 e o
adicional de R$ 150 estão garantidos a partir de janeiro.
Aumento real do salário mínimo A discussão sobre o reajuste do
valor do salário mínimo foi uma das pautas que dominou a agenda dos dois
candidatos nos últimos dias da campanha do segundo turno. Lula, que em
seu governo deu ganho real ao mínimo, se comprometeu a retomar a
política de concessão de reajustes acima da inflação. Esta é outra
promessa que foi atendida via PEC fura-teto, com a articulação do
governo de transição.
O Orçamento de 2023, aprovado em 22 de dezembro pelo Congresso, já
prevê um salário mínimo de R$ 1.320. Os R$ 18 a mais do que a proposta
enviada ao Congresso pelo governo de Jair Bolsonaro representam um
aumento real de 2,7% e um custo adicional aos cofres públicos de R$ 6,8
bilhões.
A volta do PAC e do Minha Casa Minha Vida Lula prometeu resgatar o
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para retomar obras de
infraestrutura que estão paradas em todo o país. “O PAC foi construído
com empresários, com governadores e com prefeitos. É o que eu pretendo
retomar a partir do dia 1.º de janeiro se a gente ganhar as eleições”,
disse Lula. O petista indica ainda que pretende retomar o programa Minha
Casa Minha Vida, de subsídio à compra de imóvel por famílias de baixa
renda.
Negociação de dívidas Uma das principais promessas do PT durante a
campanha foi o “Desenrola Brasil”, um programa de renegociação de
dívidas para famílias que recebem até três salários mínimos.
Eles propuseram a criação de um fundo garantidor da União de R$ 7
bilhões para renegociar dívidas de 68 milhões de pessoas. “Esse fundo é
um garantidor em última instância. A empresa vai dar o deságio, esse
recurso não será repassado para pessoa física e será em último caso para
a empresa se aquela repactuação não for honrada”, disse Aloizio
Mercadante, coordenador do programa de governo de Lula, durante a
campanha. O programa, porém, foi pouco mencionado durante o governo de
transição.
Revogação do teto de gastos Lula também tem como base de suas
propostas a revogação do teto de gastos a partir de 2023. Um primeiro
passo já foi dado, também com a aprovação da PEC fura-teto, que previu a
substituição da regra por um novo arcabouço fiscal que precisa ser
aprovado até agosto do próximo ano.
Nem Lula e nem Haddad indicaram qual âncora fiscal pretendem adotar,
mas o presidente eleito prometeu construir, juntamente com o Congresso
Nacional, uma proposta alternativa mantendo a responsabilidade fiscal.
Além disso, Lula indicou que a regra fiscal precisa ser factível e que
privilegie investimentos.
Fortalecimento da Farmácia Popular e volta do Mais Médicos O PT
promete fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e retomar políticas
como o programa Mais Médicos – mas, desta vez, sem restabelecer a
parceria com a ditadura cubana. Também fazem parte das promessas o
fortalecimento do programa Farmácia Popular e a reconstrução e fomento
ao que o partido chama de “complexo econômico e industrial da saúde”.
O plano de governo do PT também diz: “É urgente dar condições ao SUS
para retomar o atendimento às demandas que foram represadas durante a
pandemia, atender as pessoas com sequelas da covid-19 e retomar o
reconhecido programa nacional de vacinação”.
Fortalecimento do Prouni e Fies
Lula prometeu o fortalecimento da educação básica, da creche à
pós-graduação, coordenando ações articuladas e sistêmicas entre a União,
estados, Distrito Federal e municípios, retomando metas do Plano
Nacional de Educação. O plano de governo, no entanto, não apresenta
propostas detalhadas de como pretende superar o “grave déficit de
aprendizagem”. Lula também disse que seu governo vai fortalecer o Prouni
e o Fies, com objetivo de ampliar o acesso ao ensino superior.
Regulação da mídia Lula defende a regulação da mídia, mas vem
tentando dizer que isso não seria uma forma de tentar censurar críticas
ao governo se ele for eleito. Durante entrevista ao podcast Flow,
afirmou que é preciso “chamar a sociedade para discutir” a regulação da
mídia, mas disse ser “inimigo da censura”. “
Tem canal de televisão que só fala asneira, grosseria, só ofende. Tem
que ter uma regulamentação, a última regulamentação de mídia eletrônica
foi em 1962. A gente pode fazer como a legislação inglesa, a americana;
ninguém quer uma regulamentação como em Cuba”, disse. Uma proposta que
deve vir do PT é a regulação de plataformas digitais, como Facebook e
Youtube, com foco na restrição de conteúdos considerados inverídicos.
A “volta” do estatuto do desarmamento Lula promete “retomar o
Estatuto de Desarmamento”, tornando mais difícil a posse de armas para
cidadãos. A revogação de decretos do presidente Jair Bolsonaro, que
flexibilizaram a quantidade e o tipo de armas que podem ser compradas
por civis, deve ser uma das primeiras ações do novo governo na área de
Justiça e Segurança Pública.
O novo governo também estuda a implantação de um programa de compra
de armas que, após a revogação do decreto, se tornariam ilegais.
Ainda na segurança pública, o petista pretende fazer acordos com
países vizinhos para o combate ao tráfico de drogas. Ele também disse
que pretende recriar o Ministério da Segurança Pública, atualmente
vinculado ao Ministério da Justiça, em um segundo momento de seu
governo, além de criar um Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).
Desmatamento zero
Lula se comprometeu a promover a transição ecológica das cidades com
investimentos em transporte público, habitação, saneamento básico e
equipamentos sociais. Além disso, o petista diz que uma das prioridades
será a liberação de recursos do Fundo Amazônia de forma rápida. O plano
de governo do PT prevê ainda o combate ao crime ambiental, com a
promessa de desmatamento zero.
“Retomada” da reforma agrária Este não foi um assunto muito
abordado durante a campanha de Lula para não criar atritos com o
agronegócio, mas uma “retomada da reforma agrária” está nas diretrizes
de governo que o petista apresentou à Justiça Eleitoral quando se
candidatou.
“Nós temos que começar a perguntar quanto nos custou não fazer as
coisas nesse país. Quanto custou não alfabetizar o povo na década de 30
ou 40? Quanto custou a esse país não fazer a reforma agrária quando já
tinha sido feita no mundo inteiro?”, publicou Lula em suas redes sociais
em agosto.
A intenção do PT é voltar a incorporar terras ao Programa Nacional da
Reforma Agrária, que, segundo a sigla, foi desmontado pelo governo
Bolsonaro, que apostou na titulação de terras. “Tem muitas terras
públicas, pequenas áreas próximas às grandes cidades, que podem servir
para a reforma agrária sem criar conflito com o agronegócio”, disse o
fim de novembro o deputado Pedro Uczai (PT-SC), coordenador do núcleo de
Desenvolvimento Agrário do governo de transição de Lula.
Desfile, shows, juramento: como será a cerimônia de posse de Lula e Alckmin Por Wesley Oliveira – Gazeta do Povo Brasília
O
presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o futuro ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, durante anúncio
de novos ministros que comporão o governo.
O presidente eleito Lula e o vice-presidente eleito Geraldo
Alckmin tomam posse neste domingo, 1º de janeiro de 2023| Foto: Marcelo
Camargo/Agência Brasil
Doze anos depois de ter deixado o cargo,
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) toma posse neste domingo, 1º de janeiro,
como presidente da República para exercer um terceiro mandato de quatro
anos. A cerimônia deve ser marcada por um roteiro institucional e com
“poucas alterações”, segundo integrantes da transição. Um grande esquema
foi armado para garantir a segurança de 700 jornalistas brasileiros e
estrangeiros, 120 representantes de governos estrangeiros, 2 mil
convidados, e um público externo estimado entre 150 mil e 300 mil
pessoas.
“Todo mundo está convidado para o ato da posse. Por favor, domingo
estejam aí, que não vai ter barulho. Não fique preocupado com barulho.
Quem ganhou tem o direito de fazer uma grande festa popular aqui em
Brasília”, afirmou Lula na última quinta-feira (29). O evento começa
pela manhã com apresentações musicais em dois palcos instalados na
Esplanada dos Ministérios.
A programação da posse de Lula está marcada para começar às 13h30,
com a chegada de autoridades e representantes ao Congresso Nacional. Às
14h30 está prevista a saída da Catedral Metropolitana de Brasília do
cortejo que levará Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB)
em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios rumo ao prédio do
Congresso.
Historicamente, o desfile do presidente eleito é feito no tradicional
Rolls-Royce, pertencente à Presidência da República. No entanto, Lula
vem sendo aconselhado pela equipe de segurança a usar um veículo
blindado depois que um homem foi preso acusado de tentar explodir uma
bomba próximo ao aeroporto de Brasília.
De acordo com integrantes da transição, todo o esquema de segurança
passou por revisões e a definição sobre o desfile em carro aberto só vai
ocorrer no dia da posse. Além da segurança, questões climáticas podem
afetar o cronograma definido até o momento.
O Rolls-Royce, que leva os presidentes eleitos para a cerimônia de
posse em Brasília, tem 66 anos e foi usado pela primeira vez em 1953,
por Getúlio Vargas durante as comemorações do Dia do Trabalho, em 1º de
maio daquele ano. O primeiro evento de posse com participação do carro
foi com Juscelino Kubitschek, em 1956, ainda no Rio de Janeiro. De lá
pra cá, o veículo já levou Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT),
Dilma Rousseff (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
No Congresso Nacional, Lula, Alckmin e suas respectivas esposas devem
ser recebidos pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e
da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). De acordo com o cronograma
previsto pela transição, esse desfile deve demorar cerca de 10 a 15
minutos.
PT e movimentos sociais vão ajudar na segurança da posse de Lula
A organização do evento tem mantido diversas informações sobre sigilo
por questão de segurança. Além da prisão do suspeito de acionar uma
bomba, o esquema de segurança passou por revisões nos últimos dias
depois que manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal e
atearam fogo em quatro ônibus na capital federal. Na última quinta-feira
(29) a PF prendeu 11 suspeitos de participação por esses atos de
vandalismo.
Apesar disso, integrantes do governo garantem que o planejamento de
segurança prevê diversos cenários e que o evento irá ocorrer
normalmente. “Extremistas não impedirão a festa da posse de Lula. Não há
o que temer em relação à posse. Ela vai acontecer normalmente, porque
há um planejamento para isso”, afirmou o futuro ministro da Justiça e
Segurança Pública, Flávio Dino.
O esquema de segurança para a região da Esplanada será o mesmo
utilizado durante as últimas manifestações do Sete de Setembro e do
segundo turno das eleições. As equipes de segurança do Congresso
Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Militar do
Distrito Federal pretendem manter a região isolada e com acesso
controlado até o dia da posse. O cronograma prevê ainda o uso de
detectores de metal, esquadrão antibombas, agentes à paisana, snipers e
barreiras antidrones.
Nesta semana, Dino se reuniu com o governador do Distrito Federal,
Ibaneis Rocha (MDB), para pedir a ampliação do número de agentes da
Polícia Militar durante o evento. De acordo com o emedebista, toda a
força policial da capital será utilizada para garantir a segurança da
posse presidencial. Além da Polícia Militar, integrantes da Polícia
Civil do DF e do Corpo de Bombeiros também serão escalados.
VEJA TAMBÉM: Como ficou a divisão de espaço do governo Lula entre o PT, esquerda e partidos de centro Como será o esquema de segurança na posse de Lula e o que mudou após tentativa de atentado Quem é o general Arruda, novo comandante do Exército escolhido por Lula “Toda
a polícia militar do Distrito Federal estará mobilizada. Teremos 100%
do efetivo nas ruas. Além disso, teremos agentes da PCDF [Polícia Civil]
também no apoio, infiltrados durante todo o movimento, principalmente
pelos últimos acontecimentos. Vai dar tudo certo”, indicou Ibaneis
Rocha.
A Polícia Federal, a Força Nacional de Segurança e a Polícia Rodoviária Federal também farão a segurança do evento.
Além disso, diretórios do PT e lideranças dos movimentos sociais e
sindicatos têm feito reuniões com o objetivo de criar uma “força”
paralela que garanta a segurança do evento.
Juramento de Lula será feito em cerimônia do Congresso Nacional Pontualmente
às 15 horas será aberta a sessão solene da posse no Congresso Nacional,
com a execução do hino nacional, feito o juramento de respeito à
Constituição e a leitura e assinatura do termo de posse do presidente e
do vice-presidente da República eleitos. Em seguida haverá
pronunciamentos de Lula e do presidente do Congresso Nacional. Essa
parte da cerimônia deve durar cerca de uma hora.
A solenidade tem previsão constitucional e o rito está descrito no
Regimento Comum do Congresso. Entre as atribuições da Secretaria
Legislativa do Congresso Nacional (SLCN), está a elaboração do
encaminhamento da sessão, a produção do termo de posse e a organização
da Mesa.
A sessão da posse é presidida pelo presidente do Congresso, cargo
ocupado atualmente pelo senador Rodrigo Pacheco. A Mesa também deve ser
composta pelo presidente da República e vice eleitos, pelo presidente da
Câmara, pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber,
pelo primeiro secretário e outras autoridades. Após prestar o
compromisso constitucional previsto no artigo 78, o presidente eleito é
declarado empossado pelo presidente da Mesa.
Na sequência, Lula e Alckmin irão estrear o terceiro volume do Livro
Histórico de Posse Presidencial. Os livros guardam os termos de posse
desde o início da República — o primeiro foi assinado em 1891 pelo
Marechal Deodoro da Fonseca. O segundo, aberto para a assinatura de Café
Filho, em 1954, registraria, em 2003 e 2007, as assinaturas de Lula e
seu vice José Alencar. Atualmente, os livros estão guardados no Arquivo
do Senado Federal, e podem ser acessados on-line.
Entrega da faixa presidencial no Palácio do Planalto Após a
sessão no Congresso Nacional, Lula seguirá para o Palácio do Planalto,
por volta das 16h20, onde deve subir a rampa e fazer um discurso no
Parlatório para o público presente na Esplanada dos Ministérios. O local
é onde, tradicionalmente, ocorre a passagem da faixa presidencial.
Neste ano, no entanto, não haverá a participação do presidente Jair
Bolsonaro, que se negou a participar e viajou para os Estados Unidos na
última sexta-feira (30), antes mesmo do fim do seu mandato.
Sem Bolsonaro, a tarefa caberia oficialmente ao presidente em
exercício Hamilton Mourão (Republicanos), mas este também já rejeitou a
possibilidade de participar do ato. A líderes petistas, o presidente da
Câmara, Arthur Lira, tem sinalizado que, se necessário, ele próprio
poderia passar a faixa. O presidente da Câmara é o terceiro na linha
sucessória do Planalto, depois de Bolsonaro e de Mourão.
Por enquanto, não há confirmação de como a faixa será passada. Uma
ala do PT defende que representantes do povo façam esse gesto, colocando
o artefato que simboliza a democracia em Lula.
Organizadora do evento, a futura primeira-dama, Rosângela Silva, a
Janja, pretende subir a rampa do Planalto ao lado de Lula e com a cadela
Resistência. O animal foi adotado por Janja durante o período em que
Lula esteve preso em Curitiba.
A ideia, segundo Janja, é que o gesto simbolize a “resistência” do
petista nos 580 dias que ficou preso em Curitiba por ordem da Justiça.
Antes de ser levada para a casa pela futura primeira-dama, o animal
vivia junto a militantes na “Vigília Lula Livre”, acampamento montado em
um terreno ao lado da sede da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula
ficou detido.
Rito da posse de Lula inclui coquetel com chefes de Estado
Após a troca de faixa, Lula seguirá para o Itamaraty, onde irá
confraternizar com os chefes de Estado que confirmaram presença na
posse. Ao todo, estão confirmadas 65 delegações de chefes e vices-chefes
de Estado, de Governo e de Poder, além de ministros de negócios
estrangeiros e enviados especiais. O evento contará ainda com a presença
de representantes de organismos internacionais.
“A presença de 30 chefes de Estado e chefes de Governo demonstra a
importância que esses países estão dando para a posse do presidente Lula
e a volta do Brasil ao cenário internacional como um parceiro
relevante. Países de todos os continentes estarão presentes”, disse o
embaixador Fernando Igreja, responsável pelos trâmites relativos à
posse, ressaltando a importância da confirmação da presença de quase
todos os países da América do Sul, além de representantes da América
Central, da África e do Oriente Médio.
Os 19 chefes de Estado confirmados são: o rei da Espanha e os
presidentes da Alemanha, Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile,
Colômbia, Equador, Guiana, Guiné Bissau, Honduras, Paraguai, Peru,
Portugal, Suriname, Timor Leste, Togo e Uruguai. Representando o
presidente do México, virá a primeira-dama, Beatriz Gutiérrez Müller.
Confirmaram a presença os vices-presidentes da China, de Cuba, de El
Salvador e do Panamá.
Os chefes de Governo confirmados são da República de Guiné, Mali,
Marrocos e São Vicente e Granadinas. Também confirmaram presença
vices-primeiros ministros do Azerbaijão e da Ucrânia. Entre os chefes de
Poder, virão ao Brasil presidentes do Conselho da Federação (Rússia),
da Assembleia Nacional Popular (Argélia), Assembleia Consultiva Islâmica
(Irã), Senado e Assembleia Nacional (República Dominicana), Assembleia
da República (Moçambique), do Senado da Jamaica e da Guiné Equatorial, e
do Parlamento Nacional (Sérvia).
Igreja registra ainda a vinda de 11 chanceleres (Turquia, Costa Rica,
Palestina, Guatemala, Gabão, Zimbábue, Haiti, Nicarágua, África do Sul,
Camarões e Arábia Saudita) e 16 enviados especiais, entre eles, União
Europeia, Estados Unidos, Reino Unido, Japão, França e Organização das
Nações Unidas.
Entre os organismos internacionais, estarão no país o
secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP), o secretário-geral da Associação Latino-Americana de Integração
(Aladi), o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Ilan
Goldfajn, e a secretária-geral da Organização do Tratado de Cooperação
Amazônica.
Ainda de acordo com Igreja, os Estados Unidos ainda não confirmaram
quem representará o país na cerimônia. Entre aliados de Lula, há a
expectativa de que o país seja representado pela vice-presidente Kamala
Harris ou o secretário de Estado, Antony Blinken.
Portaria libera entrada de Maduro no Brasil para a posse de Lula
Faltando menos de 48 horas para a posse de Lula, o governo de
transição conseguiu junto ao governo do presidente Jair Bolsonaro a
revogação da medida que impedia a entrada do ditador da Venezuela,
Nicolás Maduro, no Brasil. Publicada nesta sexta-feira (30), a portaria
interministerial revoga outra decisão de agosto de 2019 que proibia a
entrada do venezuelano e de outras autoridades do país caribenho no
Brasil.
A proibição, assinada pelo então ministro da Justiça Sergio Moro,
estabelecia o “regramento para efetivação de impedimento de ingresso no
país de altos funcionários do regime venezuelano, que, por seus atos,
contrariam princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando
contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos
direitos humanos”. A norma estava baseada no entendimento do governo
Bolsonaro de não reconhecer o governo de Maduro.
Com a volta de Lula ao Palácio do Planalto, o Brasil pretende
reconhecer o ditador Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. Desde
2019, Bolsonaro passou a reconhecer o autointitulado Juan Guaidó como
presidente da Venezuela. Ele era à época presidente da Assembleia
Nacional e opositor do chavismo e, em 23 de janeiro daquele ano, se
autointitulou presidente da Venezuela com o apoio de países como Estados
Unidos, Paraguai, Equador e Colômbia, além da Organização dos Estados
Americanos (OEA).
Futuro ministro das Relações Exteriores, o embaixador Carlos Vieira
afirmou que Lula determinou que o Brasil restabeleça relações com o
governo de Maduro. Contudo, isso só será possível após Lula tomar posse
em 1º de janeiro. “Vamos enviar encarregado de negócios para reabrir a
embaixada. Posteriormente vamos enviar um embaixador para Caracas”,
disse Vieira.
Com a revogação da portaria, a expectativa é de que Nicolás Maduro
possa embarcar para o Brasil e acompanhar a cerimônia de posse de Lula
no próximo domingo.
Organizadores da posse de Lula esperam 300 mil pessoas na Esplanada Além
do rito institucional, os integrantes da transição organizam para a
posse de Lula uma série de shows de artistas que se apresentarão em um
palco montado na Esplanada dos Ministérios. A expectativa é de que o
festival conte com a presença de 300 mil pessoas. Batizada de Festival
do Futuro, a apresentação começará por volta das 10 horas do domingo e
seguirá até 3 horas da segunda-feira (2).
Os shows musicais estão previstos para começar após o evento no
Planalto. Eles serão distribuídos em dois palcos, que levam os nomes das
cantoras Elza Soares e Gal Costa. As duas artistas brasileiras
faleceram neste ano. Mais de 20 artistas irão se apresentar, entre eles
Pablo Vittar, Ludmilla, Gilberto Gil, Duda Beat, Zelia Ducan, Martinho
da Vila e outros.
Para bancar o evento, o PT lançou uma campanha de arrecadação de
recursos online com valores entre R$ 13 e R$ 1.064. Segundo o partido, o
valor arrecadado vai ajudar no transporte e logística do grande
público, no alojamento e acolhimento, na montagem da estrutura dos shows
e atrações do Festival do Futuro e no reforço da segurança.
Bento XVI, quando ainda exercia o pontificado, em viagem a Cuba em março de 2012.| Foto: EFE/Alejandro Ernesto
Na
manhã deste sábado, dia 31 (madrugada no horário brasileiro), o
Vaticano confirmou o falecimento do papa emérito Bento XVI, aos 95 anos,
e cujo estado de saúde havia se agravado repentinamente nos últimos
dias. Os católicos perdem um líder que esteve no centro da vida eclesial
por quase três décadas e meia, somando-se seu pontificado e o período à
frente da Congregação para a Doutrina da Fé, no papado de João Paulo
II; e o mundo perde um dos maiores intelectuais de seu tempo, cujas
reflexões devem servir de guia não só para os que compartilham da fé
católica, mas para “todos os homens de boa vontade”, como tantos papas
costumam direcionar alguns de seus documentos.
Resumir a trajetória de Bento XVI à frente da Igreja Católica como “o
papa que renunciou” é uma simplificação enorme e que não lhe faz
justiça. Sim, a renúncia de 2013, inédita em muitos séculos, foi um ato
de enorme coragem, humildade e desprendimento da parte de alguém que
julgou não ter mais as condições de exercer a função para a qual tinha
sido escolhido oito anos antes. Mas seu pontificado, embora curto para
os padrões atuais – nos últimos 100 anos, apenas João XXIII e João Paulo
I governaram a Igreja por menos tempo que Bento XVI –, foi repleto de
contribuições para a teologia católica, como o aprofundamento da correta
compreensão que se deve dar ao Concílio Vaticano II (do qual ele
participou como perito) ou do verdadeiro sentido da liturgia católica.
Dedicou-se com afinco a mostrar que a fé era algo perfeitamente razoável
no mundo moderno. Acima de tudo, para os católicos a mensagem de seu
pontificado foi a de que o cristianismo não era a mera adesão
intelectual a um corpo de ideias, mas o encontro pessoal e a amizade com
Jesus Cristo.
Sim, existem verdades objetivas e o homem é capaz de atingi-las por meio da razão
O que mais nos interessa aqui, no entanto, é um tema central do
pensamento de Joseph Ratzinger e que transcende completamente os limites
do catolicismo: o do respeito pela verdade. O cardeal que não se furtou
a participar de debates célebres, por exemplo com os filósofos Jürgen
Habermas e Paolo Flores d’Arcais (ambos publicados no Brasil), no início
dos anos 2000, via com muita preocupação como se espalhavam pelo mundo
os ares de uma pós-modernidade que negava o papel essencial da verdade.
Todo o empenho intelectual se transformava em simples “batalhas de
discursos” igualmente válidos, em que as ideias se impunham menos pela
sua capacidade de explicar a realidade que pela persuasão ou mesmo pela
força – o que se aplicava também à religião, e era a isso que Bento XVI
se referia no tão incompreendido discurso de Ratisbona, em que suas
palavras foram distorcidas e causaram furor no mundo islâmico.
Quando, na célebre homilia da missa que abria o conclave de 2005,
Ratzinger denunciou um “relativismo que nada reconhece como definitivo e
que deixa como última medida apenas o próprio eu e as suas vontades”, e
que era visto como “a única atitude à altura dos tempos hodiernos”, ele
chamava a atenção para o grande engano de um mundo que recusava a
existência de verdades e padrões morais objetivos; um mundo em que, nas
palavras imortais do personagem Ivan Karamazov, de Dostoievski, “tudo é
permitido” – não só permitido, como até mesmo elogiado.
VEJA TAMBÉM: Convicções da Gazeta: O poder da razão e do diálogo Política, economia e uma sociedade mais fraterna (editorial de 10 de outubro de 2020) O futuro da liberdade no Ocidente (editorial de 3 de dezembro de 2017)
O jovem Ratzinger fora testemunha em primeira mão de como essa
mentalidade se concretizara nos horrores do nazismo, assim como seu
predecessor João Paulo II o havia sido do comunismo na Polônia, mas não é
preciso que um sistema totalitário se implante para que fiquem
evidentes os males do relativismo: o esgarçamento do tecido social, o
florescimento do individualismo e do hedonismo, e a intolerância com
qualquer crença em princípios universais e com a manifestação nessa
crença. Este é o momento em que o castelo de cartas do relativismo
desmorona e sua incoerência intrínseca fica evidente: o relativista diz
que a verdade absoluta não existe e tudo é questão de pontos de vista,
que devem ser igualmente respeitados – mas esse ponto de vista é imposto
justamente como se fosse verdade absoluta, enquanto o ponto de vista
segundo o qual existem verdades absolutas não recebe respeito algum e é
denunciado como “fundamentalismo”, afirmava o cardeal Ratzinger.
Sim, existem verdades objetivas e o homem é capaz de atingi-las por
meio da razão. Ao tornar-se arcebispo, em 1977, Joseph Ratzinger
escolhera a expressão latina “cooperatores veritatis” (“colaboradores da
verdade”) em seu lema episcopal, e levou a cabo com maestria a função
autoatribuída. Sua mensagem precisa ecoar com mais força neste mundo que
encara a desejável pluralidade de ideias como um fim em si mesmo, e não
como o ponto de partida a partir do qual a razão humana se empenhará
com todas as suas forças para separar o joio do trigo. O legado do
intelectual Bento XVI merece e precisa ser levado adiante mesmo por quem
não compartilha da mesma fé do religioso Bento XVI.
Artigo Por Ben Shapiro – Gazeta do Povo the Daily Signal
A esquerda quer que os seres humanos sacrifiquem o bem-estar e a
prosperidade em nome do culto da igualdade, o que significa mais miséria
para todos| Foto: Pixabay
Nesta semana, o The New York Times
publicou uma longa reportagem sobre as deficiências do Serviço Nacional
de Saúde (NHS, na sigla em inglês) do Reino Unido. Há muito estimado
como uma joia da coroa da política governamental de esquerda, o NHS tem
sido afligido por enormes deficiências de recursos, exigindo
racionamento de infraestruturas e cuidados críticos. Atualmente, os
cidadãos têm esperado até 12 horas por ambulâncias.
“É uma situação limite que, segundo especialistas, revela um colapso
do pacto entre os britânicos e seu reverenciado Serviço Nacional de
Saúde, de acordo com o qual o governo forneceria serviços de saúde
responsáveis e eficientes, em sua maioria gratuitos, em todos os níveis
de renda”, afirmou o jornal.
Só pode haver uma desculpa para esse fracasso retumbante em servir à
prosperidade de seus cidadãos: a fantasia da igualdade. Este, de fato, é
o toque de trombeta da esquerda: que os seres humanos sacrifiquem o
bem-estar e a prosperidade em nome do culto da distribuição igualitária
de recursos.
É o que diz Klaus Schwab, chefe do Fórum Econômico Mundial, em seu
livro ‘The Great Narrative’: devemos deixar de lado medidores econômicos
como o produto interno bruto em favor de “o que mais importa: ação
climática, sustentabilidade, inclusão, cooperação global, saúde e
bem-estar”. Na verdade, diz Schwab, “poderemos até descobrir que
conseguiremos viver em tal cenário de maneira bastante feliz!”
O objetivo final seria acabar com “a desigualdade e a injustiça que a
sustenta”, consagrando a “prestação universal de assistência social”, o
que exigiria que os governos “reescrevam algumas das regras do jogo e
aumentem permanentemente seus papéis”.
Já aqui nos Estados Unidos, Jamelle Bouie, colunista do The New York
Times, diz o mesmo quando argumenta a favor da nacionalização
governamental de toda a riqueza e da sucessiva redistribuição dessa
riqueza per capita… a cada geração. Isso equivaleria a uma ruptura
completa dos direitos de propriedade – e isso, por sua vez, significaria
o fim da inovação, uma vez que as sociedades que dispensam os direitos
de propriedade e as margens de lucro regridem à estagnação e, então, ao
colapso econômico. Mas pelo menos teremos alcançado o objetivo de Bouie:
igualdade!
De fato, os membros da esquerda política estão constantemente pedindo
aos cidadãos que simplesmente reenquadrem por completo suas
perspectivas sobre a prosperidade. Jerusalem Demsas, escrevendo no The
Atlantic, pede aos norte-americanos que repensem se vale a pena buscar a
casa própria, explicando: “Pressionar mais e mais pessoas para terem
casa própria na verdade prejudica nossa habilidade de melhorar as
condições de moradia para todos”.
Em vez de todos aspirarem a comprar casas e alguns terem sucesso,
Demsas pede “investimento público em moradias de qualidade para
aluguel”, bem como “políticas de estabilização de aluguel” por parte do
governo. Nada disso tornará mais fácil para qualquer um ter uma casa
própria, mas tornará todos mais iguais em sua locação patrocinada pelo
governo.
Toda a agenda econômica do presidente Joe Biden é construída em torno
da noção de mediocridade econômica enraizada em uma autoproclamada
justiça superior. Paul Waldman, do The Washington Post, postulou nesta
semana que Biden havia lançado uma “revolução da política econômica”
baseada na luta contra a “desigualdade”. Isso exigiria “uma intervenção
mais ativa do governo na economia”.
E todos aprenderemos a amar tal intervenção, porque será feita em
nome de um valor maior: a igualdade. Não igualdade de direitos, mas
igualdade de resultados; não igualdade de valor, mas igualdade de
recursos. O problema com essa filosofia é que ela remove o incentivo
para tudo o que gera prosperidade: trabalho, criatividade, resiliência,
responsabilidade. E remover esse incentivo significa mais miséria para
todos.
INVASÃO
MST – PONTA GROSSA – 06 FEVEREIRO 2010 – PARANÁ – Grupo de sem-terra
invadiu 33 alqueires da fazenda do ex-coronel da Polícia Militar, Waldir
Copetti Neves, na região do Botuquara, em Ponta Grossa. A fazenda já
havia sido invadida pelo mesmo grupo de sem-terra em 2005 e 2007 – foto
Henry Milléo / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Sem-terras conversam com policiais militares durante invasão de
fazenda em Ponta Grossa (PR), em 2010| Foto: Henry Milléo / Arquivo
Gazeta do Povo
Imagine uma política de reforma agrária em que os
candidatos a um pedaço de terra se submetam a processo de seleção
pública, convocado por edital, com total transparência e publicidade dos
critérios para aprovação?
Muitos brasileiros talvez não saibam, mas esse é o sistema adotado
pelo Incra desde 2019, com 66 editais publicados e 3.580 vagas para
lotes de reforma agrária em 19 estados. No total, 897 famílias já foram
assentadas sob tais critérios no Ceará, Minas Gerais, Paraíba e Santa
Catarina. O velho modelo em que o governo apenas reagia às invasões,
depredações e negociata de lotes foi aposentado ainda no governo de
Michel Temer, quando o Tribunal de Contas mandou suspender as
desapropriações de imóveis rurais, a seleção de famílias e a concessão
de crédito, diante de um mar de irregularidades herdadas das
administrações petistas. À época, o TCU apontou que 580 mil famílias (de
um total de 960 mil) assentadas apresentavam indícios de irregularidade
no ingresso ao programa de reforma agrária ou não cumpriam os
requisitos exigidos por lei.
Após o freio de arrumação, o atual governo retomou a reforma agrária,
mas com premissas totalmente diferentes. O Incra dedicou-se a separar o
joio do trigo – foram depurados do programa empresários, políticos e
até pessoas mortas – e passou a identificar as famílias em conformidade
com os critérios exigidos pela Lei 8.629/1993, como a experiência
anterior com a terra, seja como pequeno proprietário, trabalhador rural,
parceiro, arrendatário ou posseiro. As invasões, na comparação com
governos petistas, praticamente foram zeradas. No governo Bolsonaro, a
média nunca chegou sequer a duas invasões por mês, enquanto nos governos
do PT atingiu picos de quase 30 invasões por mês.
Fonte: Incra| Marcos Garcia Tosi Titular terras “causa ojeriza” ao MST e à Contag Uma
etapa que antes nunca chegava – a da titulação da propriedade para os
assentados – ganhou destaque na atual administração. O governo Bolsonaro
deve encerrar o mandato com quase 450 mil títulos de propriedade
emitidos, mais do que todo o volume concedido no período de
administrações petistas. “O MST e a Contag sempre tiveram ojeriza a
isso. Por que se você titula a terra e dá uma estrutura para o
assentado, você tira a pessoa da dominação política. E dominação
política faz parte do MST, ele vive de fazer dominação dos pobres”, diz
Xico Graziano, ex-deputado federal e presidente do Incra no primeiro
governo de Fernando Henrique Cardoso, nos anos 90.
Pois a ordem na casa começou a ser perturbada, imediatamente após o
resultado das eleições presidenciais. O Movimento dos Sem-Terra (MST),
que forma a militância campesina do Partido dos Trabalhadores (PT),
aproveitou um dos primeiros feriados pós-eleição (o MST sempre prefere
os feriados) para invadir duas fazendas no interior da Bahia. E mentindo
sobre o suposto abandono de uma das propriedades, que pertence à
FERBASA, maior produtora de ferroligas do país.
A senha para início das invasões tinha sido dada pelo líder do
movimento, João Pedro Stedile. Em vídeo, analisando o momento político,
Stedile conclamou o retorno dos antigos métodos de desestabilização: “Na
história da humanidade, nunca houve mudanças sem a pressão popular. Se o
segredo é esse, nós devemos continuar organizando o povo para realizar
as mobilizações e pressão popular para que haja mudanças”.
Antes da eleição, em entrevista ao podcast Três por Quatro, Stedile
tinha sido mais direto. “Acho que a vitória do Lula, que se avizinha,
trará uma consequência natural, um reânimo para retomarmos as grandes
mobilizações de massa, que não é só passeata, é quando a classe
trabalhadora recupera a iniciativa na luta de massas, então ela passa a
atuar na defesa dos seus direitos de mil formas, fazendo greve,
ocupações de terra, ocupação de terreno, mobilizações, como foi no
grande período de 1978 a 1989”.
Lula sabe que MST não invade apenas terra improdutiva Nada mais
desconectado da nova realidade brasileira. Graziano é taxativo: “Não
existe mais terra ociosa no Brasil, não tem mais área improdutiva,
obviamente, com as exceções de sempre. Se esses malucos invadirem
propriedade rural, será em fazenda produtiva”. Graziano lembra que Lula
disse na campanha eleitoral que o MST só invade terra improdutiva.
“Mentira. Ele sabe que não é verdade”, rebate. Colocar reforma agrária
como um item prioritário na pauta do país seria uma decisão anacrônica.
Já foram destinados à reforma agrária 90 milhões de hectares e sua
própria implementação “assustou fazendeiro relapsos” no passado, pondera
o ex-deputado. O cenário mudou com a transformação capitalista da
agricultura brasileira, sua modernização tecnológica e salto de
produtividade, na esteira do Plano Real, que estabilizou a economia e
atacou a especulação do capital fundiário.
“Reforma agrária é um processo já encerrado na história da
civilização. Não tem mais. Começou lá na época de Roma antiga e acabou
nos anos 60. O Brasil fez uma reforma agrária fora de época e essa é a
principal razão pela qual é um tremendo insucesso. Espalhamos favelas
pela zona rural, porque hoje é o mundo da tecnologia, não adianta enxada
e vontade para trabalhar um pedacinho de terra. Não é isso que garante
qualidade de vida e renda no campo. Então, esse ciclo está encerrado”,
enfatiza o ex-dirigente do Incra.
No Paraná, um dos estados mais agitados por invasões de terra nos
anos 90 e início dos anos 2.000, a Federação da Agricultura (FAEP) disse
acreditar que o governo eleito tem ciência de que o setor agropecuário
segura há anos a balança comercial do país. E que não irá permitir “a
rotina do campo passe por desordem”. “Sobretudo, esperamos que os
produtores rurais do Paraná e do Brasil tenham segurança jurídica para
continuar produzindo alimentos”, disse, em nota, a federação. Tom
parecido adotou a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA),
que posicionou-se afirmando que é preciso um governo “do país, acima de
tudo”, que proporcione “segurança jurídica para o produtor,
defendendo-o das invasões de terra, da taxação confiscatória ou
desestabilizadora ou dos excessos da regulação estatal”.
04-09-2001-S‹o Jose dos Pinhais-agricultura familiar.
foto-Antonio Costa.
| Antonio Costa / Arquivo Gazeta do Povo
Seleção hoje é feita longe das invasões Atualmente, com a
chamada Plataforma de Governança Territorial, a seleção dos candidatos à
reforma agrária ocorre longe de invasões e acampamentos. “Com essa
ferramenta, a gente pode efetivamente recepcionar de maneira impessoal,
sem intermediários, as famílias que almejam serem beneficiárias do
programa. Conseguimos qualificar a demanda, saber quantas famílias são,
quem se enquadra ou não nos requisitos, e onde está concentrada a maior
demanda para essa política”, explica Giuseppe Serra Seca Vieira, diretor
de Desenvolvimento e Consolidação de Assentamentos do Incra.
Com a informatização do processo, o Estado pode identificar as
demandas e decidir, em cima de dados objetivos, onde precisa intervir
para criar um novo projeto de assentamento. “Não há dependência da
pessoa ser indicada por ninguém, ou ser parte da lista de alguém. Ela
busca se inserir no processo por meio dos editais abertos, um sistema
público, sem custo para o cidadão e impessoal”, destaca Vieira.
A mesma plataforma que organiza eletronicamente a fila de
interessados também possibilita aos assentados requerer uma análise para
titulação das terras, independentemente da anuência de qualquer
movimento, seja MST, Contag ou Pastoral da Terra. Quem encontra alguma
dificuldade de acessar os meios digitais pode ser ajudado pelos
servidores do Incra ou de prefeituras conveniadas – mas essa ajuda se
limita ao preenchimento dos formulários, não envolvendo nenhuma tutela
ou “patrocínio” da causa.
Interessados em lotes de já podem se inscrever on-line Até aqui,
as inscrições tinham de ser feitas presencialmente em locais e datas
indicadas nos editais. Desde o dia 1º de novembro, no entanto, o
processo ficou mais ágil, e qualquer interessado pode fazer um
pré-cadastro on-line. A partir do CPF o sistema verifica se a pessoa
atende aos critérios de elegibilidade, cruzando dados de diversas bases
governamentais. E todo o processo é público, ou seja, qualquer um pode
conferir a relação dos inscritos, os pedidos de inscrição indeferidos, a
pontuação classificatória e relação de candidatos aprovados.
Para o pouco que ainda restar de reforma agrária, Graziano diz que o
atual sistema adotado pelo Incra, de editais para seleção pública de
interessados em trabalhar na terra, representa um avanço significativo.
“Todo o processo sempre foi feito sem qualquer capacidade de
planejamento, o pessoal invade e você tem que resolver o problema da
invasão. Isso é um processo completamente diferente do que invadir e
colocar na terra gente que não tem capacidade, não tem preparo no mundo
da tecnologia para evoluir. Acho elogiável”, sublinha.
Graziano pontua que chegou a propor um modelo parecido, de inscrição
pelos Correios, nos anos 90, para que houvesse seleção e capacitação das
pessoas em escolas de agronomia, antes da entrega de qualquer terra.
Mas o que acabou prevalecendo nos anos seguintes foi a indústria da
reforma agrária. “Havia uma sacanagem geral, em termos de negociata
mesmo. Tinha gente grossa envolvida nesse processo, ganhando dinheiro
comprando terra, vendendo terra para reforma agrária. Mas como é difícil
de provar, é difícil escrever isso também”.
Amigo de Lula foi condenado por negociata com o Incra Ainda que o
ex-deputado não aponte nomes, um dos beneficiários das negociatas com o
Incra teria sido o pecuarista José Carlos Bumlai, compadre de Lula, que
segundo perícias contratadas pelo Ministério Público Federal vendeu uma
fazenda em Corumbá (MS) para o Incra com superfaturamento de R$ 7,5
milhões. Bumlai acabou condenado pela Operação Lava Jato, em 2016, a 9
anos e dez meses de prisão, por corrupção passiva, entre outros crimes,
inclusive um empréstimo fraudulento de R$ 12,17 milhões, dinheiro que
teria sido repassado integralmente ao Partido dos Trabalhadores.
Em seu site, o MST dá conta da existência de 80 mil militantes em
acampamentos precários espalhados pelo país. Apesar das invasões
recentes na Bahia, João Pedro Stedile tem dito que o foco, no momento,
está na articulação de sete mil comitês populares, “articulados em
sindicatos, mandatos, movimentos populares e partidos”. “É
importantíssimo que esses comitês se reúnam e tenham vida própria. E o
que fazer lá no comitê? Discutir um plano de emergência para o governo
Lula”, disse Stedile. Seja o que for o tal “plano de emergência”, se
trouxer a reboque invasões e baderna no campo, terá de atropelar,
também, conquistas institucionais e civilizatórias dos últimos anos.
Para Graziano, se as invasões retornarem, “ficará claro ser um movimento
anti-histórico”.
Lula ganhou uma nova chance na Presidência, mas seu governo, que
começa hoje, só será bem-sucedido se abandonar velhos dogmas que só
atrasaram o desenvolvimento do País
Por Notas & Informações – Jornal Estadão
O início de um novo governo sempre inspira a renovação da esperança
de milhões de brasileiros por tempos mais venturosos para o País. Neste
começo de ano, em particular, as expectativas em relação ao futuro
próximo são diretamente proporcionais ao assombro manifestado pela
maioria dos eleitores nas urnas diante de múltiplos retrocessos havidos
no passado recente.
Este jornal não é indiferente a essa aspiração coletiva e deseja
sorte, sabedoria e temperança ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A
faina que se descortina para o novo chefe de Estado e de governo
exigirá dele atributos de liderança política que, seguramente, não foram
testados em seus mandatos anteriores.
Ao fim e ao cabo, o eventual sucesso do governo Lula significará que
mazelas renitentes em áreas sensíveis como educação, saúde e
distribuição de renda, entre outras, se não podem ser superadas nos
próximos quatro anos, terão sido ao menos mitigadas pelas escolhas
feitas pelo novo mandatário. E tudo que for feito com responsabilidade e
espírito republicano pelo novo governo para recolocar o País no trilho
do desenvolvimento e, principalmente, melhorar a qualidade de vida de
milhões de nossos concidadãos decerto será celebrado nesta página.
Lula dará um passo fundamental para fazer de seu terceiro mandato
presidencial uma história escrita por mais êxitos do que fracassos se,
desde o início, compreender sinceramente que seu triunfo eleitoral não
representou uma vitória exclusiva sua ou dos petistas nem tampouco uma
chancela da maioria da sociedade à integra da retrógrada agenda política
e econômica do PT.
Se os petistas acharem que ganharam a eleição sozinhos, cometerão um
erro fundamental que pode pôr a perder, mais do que a governabilidade de
Lula, o desenvolvimento do País. É tudo que não desejamos.
Em incontáveis ocasiões, Lula fez questão de deixar clara sua
preocupação com o atendimento das necessidades dos cidadãos mais
vulneráveis. É louvável que o presidente da República ponha no topo de
seu rol de prioridades a criação das condições para a melhora da
qualidade de vida de tantos brasileiros, milhões dos quais não conseguem
nem sequer fazer três refeições por dia. Porém, há duas formas de
atender a essa demanda mais que premente: a demagógica, fugaz; e a
responsável, duradoura.
O PT já governou o País por quase 14 anos. São sobejamente conhecidas
as medidas desastrosas que o partido já adotou para tratar daquelas
mazelas sociais. A política petista, populista e eleitoreira, sobretudo
durante o segundo mandato de Lula e no de sua sucessora, Dilma Rousseff,
levou o Brasil à ruína. Seus efeitos são sentidos ainda hoje.
Presumindo que dinheiro é recurso infinito, ou seja, que brota no
chão ao sabor das vontades do governante, o PT conseguiu provocar a pior
recessão econômica em muitas décadas e realizou a proeza de
praticamente dizimar todas as conquistas sociais das próprias
administrações petistas. É difícil imaginar que os petistas, famosos por
não aprenderem nada nem esquecerem nada, tenham tirado as lições
corretas do desastre que provocaram, mas, como foi dito, é tempo de
esperança.
Espera-se – talvez em vão, o tempo dirá – que Lula, uma vez
empossado, enfim desça do palanque e governe o Brasil com seriedade e
equilíbrio. O presidente gosta de repetir a cantilena de que
responsabilidade fiscal é inimiga da responsabilidade social. Nada mais
errado, por uma questão elementar: não se pode cuidar verdadeiramente
dos mais pobres sem dinheiro para sólidas políticas públicas de
transferência de renda e geração de empregos.
É mais que hora de novas ideias para solucionar velhos problemas. Não
faltam excelentes propostas para desenvolver o Brasil a partir de novas
abordagens sobre políticas públicas nas áreas de educação, saúde,
agronegócio, indústria e preservação ambiental, entre tantas outras.
Universidades, partidos políticos e organizações da sociedade civil têm
contribuído para esse esforço nacional com estudos que têm tudo para
levar o País a bom porto.
Lula deve estabelecer as prioridades imbuído desse espírito de
renovação, com coragem para abandonar velhos dogmas que só atrasaram o
desenvolvimento do País.
Como usar o Networking e rede de contatos como estratégia para
promover um negócio? Neste post vamos falar como você pode usar isso na
sua carreira!
O ser humano só está no topo da cadeia alimentar devido a sua
capacidade de se comunicar com outros de sua espécie. Estamos falando do
poder das relações sociais.
E não é apenas na vida pessoal que os relacionamentos são
importantes. Desde o início de nossas carreiras profissionais, estamos
desenvolvendo habilidades de comunicação que nos fazem criar novas
oportunidades de negócio.
Aprendemos que, para nos tornarmos empreendedores de sucesso,
precisamos ser protagonistas da nossa própria carreira, estar atentos o
tempo todo às tendências de mercado e as preferências e mudanças de
hábito do consumidor.
Estamos sempre falando com pessoas, conhecendo novos produtos e
serviços: fazendo networking. O networking é uma das estratégias mais
baratas e eficientes de se fazer negócios.
No Vale do Silício, por exemplo, o networking é usado como principal estratégia para startups conseguirem chegar ao topo.
Ao conhecer pessoas de diferentes perfis e contextos culturais,
ganhamos novas formas de enxergar o mundo, nos tornamos pessoas mais
criativas e formamos grupos que ajudam a fomentar o ecossistema da
inovação e do empreendedorismo.
Com as novas tecnologias e a internet, criamos redes de contato
realmente poderosas e eficientes, capazes de compartilhar informações
relevantes em poucos segundos para qualquer parte do planeta.
Podemos participar de eventos, webinars, grupos de WhatsApp ou
contribuir com nosso conhecimento em fóruns de discussão em redes
sociais, ampliando infinitamente estas redes de contato.
Fato é que quanto mais avançada a sua capacidade de networking, maior
a probabilidade de conseguir boas oportunidades de trabalho, parcerias,
investimentos e clientes.
Por isso, se você deseja começar sua própria startup ou está pensando
em estratégias para promovê-la no mercado, o networking, sem dúvida é
uma ótima forma de fazer isso.
Mas afinal, quais são as formas de fazer networking e como se
beneficiar desta rede de contatos poderosa? Continue lendo este post!
O QUE É NETWORKING E PARA QUE SERVE?
A arte de fazer conexões com outras pessoas é bem antiga. A palavra
Networking vem do inglês e significa ‘capacidade de estabelecer uma rede
de contatos’.
O objetivo do networking é muito bem definido: promover a interação
entre pessoas, formando um sistema de suporte no qual todos compartilham
informações e serviços de interesse em comum.
Ela serve para trocar informações relevantes e construir um relacionamento com pessoas que têm interesses em comum.
Da comunidade focada em discutir novidades de tecnologia e varejo
eletrônico no Facebook até os grupos de moda feminina ou produtos
naturais no WhatsApp.
Existem diversas formas de fazer networking.
VANTAGENS DO NETWORKING
Criar novas oportunidades profissionais e de carreira
Encontrar parceiros ou investidores
Prospectar leads e novos clientes para ampliar vendas
Aumentar o awareness e a influência da sua empresa no mercado
Desenvolver novas habilidades técnicas ou sociais
Aprimorar projetos em andamento
Formar alianças ou grupos de ajuda mútua
7 DICAS PARA FAZER UM BOM NETWORKING
1. PARTICIPE DE EVENTOS
Com tantas mudanças ocorrendo na Nova Economia, eventos são uma fonte
muito rica de informação relevante e atualizada sobre mercados de
consumo.
Independente do seu nicho de negócio, os eventos são a oportunidade
perfeita para criar novas conexões profissionais, conhecer empresas,
tendências e técnicas diferentes.
Pesquise por eventos e conferências na sua cidade e programe-se para
assistir às palestras que achar mais interessante (não se esqueça de
levar seu cartão de visitas!).
Também vale a pena interagir com os palestrantes: faça perguntas,
apresente-se pessoalmente e adicione-os nas redes sociais para
acompanhar seus conteúdos e contribuir com comentários.
Se o evento possuir área de exposição, vale a pena dar uma passada
nos estandes para conhecer mais sobre os fornecedores, o que fazem, como
vendem seus produtos e serviços.
Tipos de eventos
Eventos sobre empreendedorismo
Meetups, Congressos, Simpósios e Seminários sobre tendências em tecnologia
Conferências de segmentos em alta como Fintechs e Law Tech
Programas internacionais
Eventos com foco em gestão e inovação
Programas de imersão para executivos
Eventos de Gestão de Marketing
Eventos sobre Cultura da Inovação
Eventos sobre Transformação Digital
Por que participar de eventos?
Descobrir novas soluções para os problemas da sua startup ou empresa
Manter-se atualizado sobre as mudanças do seu mercado e consumidor
Fazer benchmarking de concorrentes
Firmar novas parcerias
Contratar novas ferramentas e softwares
Fazer novos contatos e networking
Encontrar novos clientes
Tirar dúvidas com palestrantes, mentores e especialistas do seu nicho de atuação
Desenvolver novas habilidades
Para ter insights para criar novos produtos e serviços
2. INSCREVA-SE EM WEBINARS
O webinar é uma aula online (ao vivo ou previamente gravado) com duração média de 40 minutos a 1 hora.
Este formato de conteúdo vem crescendo muito nos últimos anos: 25%
das marcas que possuem uma estratégia de marketing de conteúdo utilizam o
webinar para divulgar produtos e serviços.
Entre as inúmeras vantagens, está a de ser mais econômico, tanto para quem organiza o evento, quanto para quem o assiste.
Por ser online, ele dispensa os altos custos com aluguel para
realizar uma palestra, além de gastos com alimentação e transporte para
os participantes.
Além disso, o webinar é bastante prático, por ser realizado online,
você recebe a notificação por e-mail com a programação e um lembrete
pouco tempo antes do início do evento.
Os webinars ou ‘seminários online’ são ótimas oportunidades de
networking, por falarem de assuntos de interesse específicos e possuírem
o sistema de chat online, no qual todos os participantes podem enviar
perguntas e interagir entre si.
3. FAÇA CURSOS ONLINE E PRESENCIAIS
Cursos presenciais também ajudam a formar excelentes redes de contato.
A sala de aula, por mais tradicional que seja, é um ambiente muito
propício para que as pessoas compartilhem o conhecimento que já
adquiriram sobre um determinado assunto, além de favorecer a
concentração, o foco e a disciplina nos estudos.
Por outro lado, se você é um empreendedor ou gestor com pouco tempo disponível, vale a pena investir em um bom curso online.
Mas lembre-se de que, o segredo para obter bons resultados com esta
modalidade é ser disciplinado e eliminar as distrações ao estudar
online.
Por isso, prepare um ambiente adequado, com boa iluminação e silêncio antes de começar.
Independente do formato ou do tema do curso, aproveite o tempo com os
colegas de curso e com os professores para falar sobre suas aspirações
profissionais ou apresentar a proposta da sua empresa ou startup.
Estes momentos são oportunidades perfeitas para fazer novos clientes, conhecer investidores ou encontrar parceiros estratégicos.
4. ESCREVA ARTIGOS PARA BLOGS E PORTAIS
Outra forma de estimular o networking é escrevendo artigos para portais de conteúdo ou criar posts para o seu blog ou parceiros.
Além de ser uma ótima estratégia de marketing de conteúdo, por gerar
conteúdo exclusivo e qualificado a favor da reputação da sua marca,
escrever artigos te torna mais conhecido no seu mercado.
E sabe qual é a melhor parte? Esta é uma das estratégias mais baratas
e eficientes para começar a construir sua rede de contatos.
É muito simples começar: faça uma lista de portais de conteúdo e
blogs do seu nicho de atuação que você considere estratégicos para o seu
negócio.
Pode ser um blog ou site relevante, onde investidores ou seus clientes em potencial possam ter a chance de te encontrar.
Entre em contato com o editor-chefe ou o proprietário do canal por
e-mail ou telefone e verifique se ele(a) aceita autores convidados.
Importante é não esquecer de monitorar os comentários, sugestões e feedbacks dos leitores após enviar os conteúdos.
Esta troca de experiências e opiniões é o que vai enriquecer o seu
networking e abrir portas para aprofundar seu relacionamento com o
público interessado.
Vantagens de escrever posts de blog e artigos
Contribui para aumentar a sua reputação diante de investidores
É uma ótima forma de gerar discussões relevantes acerca de um assunto
É uma excelente fonte de networking
Ajuda a otimização de buscas e SEO das suas estratégias de marketing e vendas
Atrai o interesse de leads e prospects qualificados
É uma estratégia de longo prazo (se forem atualizados, os posts não perdem valor com o tempo)
Contribui com as ações de marketing e vendas ao divulgar seus produtos e serviços de forma indireta
Te ajuda a entender quem é o seu público-leitor
5. GRUPOS EM REDES SOCIAIS
O Facebook e o Linkedin são as duas redes sociais mais usadas para
networking. O Slack, ferramenta de comunicação corporativa também possui
grupos de discussão e tem ganhado um grande número de adeptos.
Para qualificar ainda mais suas conexões, mantenha o seu perfil nas
redes sempre atualizado e faça buscas específicas por perfis de seu
interesse.
Ao adicionar alguém em uma rede social ou solicitar a entrada em um
grupo envie uma mensagem personalizada contando um pouco sobre o motivo
do pedido de contato.
Vantagens usar grupos em redes sociais como networking
Manter contato diário com comunidades de seu interesse
Fazer pesquisas de mercado ou enquetes
Criar oportunidades qualificadas para interagir com clientes e investidore
Divulgar o seu MVP (Mínimo Produto Viável) ou solicitar a opinião das pessoas sobre algum produto e serviço em desenvolvimento
Fazer benchmarking e tirar insights práticos para aplicar na sua startup
6. DAR AULAS E PALESTRAS
Preparar-se para uma aula ou palestra é uma forma de aprendizado
única! Além da experiência em si, dar aulas e palestras te coloca em
contato com pessoas de diferentes lugares, empresas e níveis
corporativos.
Muita gente acaba pedindo conselhos após a apresentação, ou até mesmo
entrando em contato por e-mail ou Linkedin para aprofundar o bate-papo.
É daí que surge o networking qualificado e as oportunidades de ampliar
negócios.
7. PARTICIPAR DE ASSOCIAÇÕES
As associações geralmente estão sempre atualizadas sobre as mudanças político-econômicas, legislativas e tendências de mercado.
Por isso, elas também são convocadas para opinarem sobre projetos de
lei, consultas públicas, entre outras ações pertinentes ao governo e
entidades do setor.
Pode ser muito interessante envolver-se com estas associações a fim
de participar ativamente de tomadas de decisão importantes para o setor
que a sua startup atua.
Lembre-se: o networking só vale a pena se você aprofundar os relacionamentos com a sua rede de contatos.
Do contrário você se tornará apenas um colecionador de telefones e perfis nas redes sociais.
Invista tempo de qualidade para trocar informações e experiências com
as pessoas nos fóruns e grupos online, conferências e cursos.
Com certeza o retorno sobre este investimento será satisfatório.
A importância do bom site da Valeon para o seu negócio
Moysés Peruhype Carlech
Antigamente, quando um cliente precisava de um serviço, buscava
contatos de empresas na Lista Telefônica, um catálogo que era entregue
anualmente ou comprado em bancas de jornais que listava os negócios por
áreas de atuação, ordem alfabética e região de atuação.
De certa forma, todos os concorrentes tinham as mesmas chances de
serem encontrados pelos clientes, mas existiam algumas estratégias para
que os nomes viessem listados primeiro, como criar nomes fantasia com as
primeiras letras do alfabeto.
As listas telefônicas ficaram no passado, e, na atualidade, quando um
cliente deseja procurar uma solução para sua demanda, dentre outros
recursos, ele pesquisa por informações na internet.
O site da Valeon é essencial para que sua empresa seja encontrada
pelos seus clientes e ter informações sobre a empresa e seus produtos 24
horas por dia. Criamos uma marca forte, persuasiva e, principalmente,
com identidade para ser reconhecida na internet.
Investimos nas redes sociais procurando interagir com o nosso público
através do Facebook, Google, Mozilla e Instagram. Dessa forma, os
motivos pelos quais as redes sociais ajudam a sua empresa são inúmeros
devido a possibilidade de interação constante e facilitado como o
público-alvo e também a garantia de posicionamento no segmento de
marketplaces do mercado, o que faz com que o nosso cliente sempre acha o
produto ou a empresa procurada.
A Plataforma Comercial site Marketplace da Startup Valeon está apta a
resolver os problemas e as dificuldades das empresas e dos consumidores
que andavam de há muito tempo tentando resolver, sem sucesso, e o
surgimento da Valeon possibilitou a solução desse problema de na região
do Vale do Aço não ter um Marketplace que Justamente por reunir uma
vasta gama de produtos de diferentes segmentos e o marketplace Valeon
atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao
lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não
conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa
vitrine virtual. Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de
diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e
volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de
visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e
acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual.
Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das
plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping
center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais
diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também
possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a
uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com
diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do
faturamento no e-commerce brasileiro em 2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que
são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e
escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é
possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua
marca.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que
tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
CONTRATE A STARTUP VALEON PARA FAZER A DIVULGAÇÃO DA SUA EMPRESA NA INTERNET
Moysés Peruhype Carlech
Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver,
gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma
consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do
mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados
satisfatórios para o seu negócio.
Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.
Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?
Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada
para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui
profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem
potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto
resulta em mais vendas.
Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?
A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu
projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas
considerações importantes:
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis
nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas
por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em
mídia digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo
real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a
campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de
visualizações e de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma
permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão
interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não
estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar
potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos:
computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com
publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as
marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes
segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de
público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos
consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro
contato por meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das
plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping
center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais
diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também
possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a
uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com
diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do
faturamento no e-commerce brasileiro em 2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que
são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e
escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é
possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua
marca.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO
TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em
torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace
que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço,
agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta
diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa
e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores
como: