Mercado repercute indefinições na economia.| Foto: Divulgação/B3
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Em meio à indefinição sobre a equipe econômica do futuro governo de
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as negociações para furar o teto de
gastos e a alta da inflação, o mercado financeiro teve um dia agitado
nesta quinta-feira (10). A bolsa de valores registrou queda de 3,35% e o
dólar fechou o dia cotado a quase R$ 5,40. Lula, que pela manhã havia
criticado o teto de gastos, comentou a reação: “nunca vi mercado tão
sensível como o nosso”. Veja o que mais disse o petista.
Contas no vermelho. A verdade é que as promessas feitas por Lula,
como o Auxílio Brasil de R$ 600 e o aumento real do salário mínimo,
devem levar as contas públicas de volta ao vermelho e elevar a dívida do
governo.
Base no Congresso. Enquanto isso, aliados de Lula trabalham na
construção de uma base aliada junto a partidos de centro no Congresso, a
fim de garantir a governabilidade a partir de 2023. Saiba como estão as
negociações.
Política, Economia e Mundo Relatório sobre as urnas. O Ministério
da Defesa comentou o relatório sobre a fiscalização das urnas
eletrônicas e disse que ele “não exclui a possibilidade de fraude ou
inconsistência”. Veja também como reagiram a base do presidente Jair
Bolsonaro e seu partido, o PL.
Manifestações nos quartéis. As manifestações em frente a quartéis
indicam que Lula terá uma oposição forte vinda das ruas. Veja o que
dizem alguns parlamentares. Nossa reportagem acompanhou a mobilização em
Brasília, onde manifestantes dizem que “não há data para acabar”.
Giro pelo mundo. Promotores de Los Angeles arquivaram o caso contra
uma empresa acusada de enviar à China dados sobre funcionários
eleitorais. Ainda nos EUA, derrotas de aliados na midterms ameaçam a
candidatura de Donald Trump em 2024.
Opinião da Gazeta O desafio das estradas. Entre as áreas nas quais
o governo de Jair Bolsonaro mais se destacou nesses quatro anos está a
da infraestrutura. No entanto, ainda há muitas razões para preocupação
em relação ao principal modal de transporte do país. Veja um trecho da
opinião da Gazeta:
O prejuízo causado por estradas ruins é enorme e amplamente
conhecido: o principal está nas vidas perdidas em acidentes causados
pela má condição das pistas, aliada ao mau comportamento dos motoristas.
Mas também existe impacto econômico e ambiental: segundo a CNT, o custo
com acidentes supera há muitos anos o investimento feito nas estradas.
O que mais você precisa saber hoje Censura de parlamentares. “Há uma ditadura do poder Judiciário em relação a outros poderes”, diz Marcel van Hattem
Futuro governo. Após se destacar na campanha, Tebet ganha autonomia do MDB para “escolher” ministério
Pandemia. Como o ensino remoto e o fechamento de escolas derrubaram o desempenho escolar nos EUA
Artigo. Maduro e Kerry dão risadinha juntos na Conferência do Clima da ONU
Colunas e artigos Censura escancarada. Depois do economista Marcos
Cintra, foi a vez do jornalista Adrilles Jorge ficar impedido de se
comunicar com seus quase um milhão de seguidores por ordem de Alexandre
de Moraes. Cristina Graeml conversou com ele sobre mais esse caso de
censura.
J.R. Guzzo mostra que os 33 milhões de famintos no Brasil sumiram após a eleição de Lula.
Luís Ernesto Lacombe faz uma crônica sobre o rei dos porões.
Para inspirar As tendências para decoração natalina. O Natal vem
aí e, para os entusiastas dessa época, a decoração é uma atração à
parte. A cada ano, as inovações surpreendem com temáticas, cores e
personagens variados. Por isso, levantamos as principais tendências para
você fazer apostas certeiras.
Relatório do Ministério da Defesa não conclui nem que houve
fraude, nem que o processo é totalmente inviolável.| Foto: José
Cruz/Agência Brasil
As fake news continuam. Vejam só: o Ministério da Defesa, na
quarta-feira, soltou uma nota explicando, em resumo, que durante a
eleição houve acesso à rede na hora que estavam distribuindo o
código-fonte e gerações de códigos binários. Portanto, não é possível
assegurar que o sistema está isento de códigos maliciosos e, por isso, o
Ministério da Defesa recomenda investigar o ocorrido com o código-fonte
e analisar códigos binários que foram executados nas urnas. Mas o
jornalismo de hoje em dia abriu manchete dizendo: “o Ministério da
Defesa confirma que não houve fraude”.
Então, o Ministério da Defesa teve de soltar outra nota para repetir o
que havia dito na primeira nota. Parece que não entenderam; é claro que
não quiseram entender. “O Ministério da Defesa não descartou a
possibilidade de fraude, porque o TSE restringiu o acesso ao
código-fonte dos aparelhos e às bibliotecas do software das urnas. Não é
possível, então, assegurar que os programas executados nas urnas estão
livres de inserções maliciosas que alterem seu funcionamento”, diz o
ministério, que pediu uma comissão para estudar isso. Só que o
presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, parece que cortou o
barato; já disse que este assunto se encerrou, usando o passado.
Enquanto isso, o presidente eleito Lula, antes de visitar o Supremo,
fez um discurso dizendo que o presidente Bolsonaro humilhou as Forças
Armadas ao pô-las para fiscalizar as eleições, quando quem devia
fiscalizar era a sociedade civil. Ele sabe, você sabe, eu sei que não
foi o presidente Bolsonaro quem fez isso; foi o TSE que pediu para as
Forças Armadas integrarem aquele mutirão de fiscalizadores que tinha
OAB, partidos políticos, TCU etc. Então, o que o futuro presidente fez
foi tentar jogar as Forças Armadas contra Bolsonaro. Como assim? Já
estamos nas tentativas de jogar uns contra os outros? Estranho…
MDB na transição e Lula no Egito A transição tem mais
duas pessoas importantes, notáveis, e que você conhece. O MDB anunciou,
para integrar a equipe de transição – que agora tem 13 partidos –, dois
grandes nomes do partido: Renan Calheiros e Jader Barbalho. Pois é…
enquanto isso, Lula vai para o Egito, a Sharm El Sheikh, numa pontinha
do Mar Vermelho, para a conferência mundial do clima. Vão com ele Janja,
Marina Silva, Simone Tebet, Celso Amorim, Fernando Haddad, Aloizio
Mercadante e mais 20 deputados e 13 senadores, inclusive o presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco, o mesmo que vem segurando os requerimentos
sobre ministros do Supremo. A ex-corregedora do Superior Tribunal de
Justiça, ministra Eliana Calmon, disse na Jovem Pan, em entrevista da
qual eu participei, que o Supremo segura inquéritos envolvendo
parlamentares, e os parlamentares seguram os requerimentos do Supremo.
Aquela história de uma mão lava a outra.
Mas falando em Egito, vocês todos lembram que em 2011 o povo foi para
a rua e não saiu de lá até que, no 18.º dia de protesto, caiu o
ditador Hosni Mubarak, que estava havia 30 anos do poder. Foi parte da
Primavera Árabe.
Onde teriam ido parar, à esta altura do
jogo, os “33 milhões” de brasileiros que passam “fome?” Eles foram um
tema de grande sucesso na propaganda eleitoral de campanha – afinal,
segundo o PT, o presidente Jair Bolsonaro era pessoalmente responsável
por este horror, e não se pode votar num candidato que impede as pessoas
de comer, não é mesmo? O problema, naturalmente, iria sumir a partir de
1º. de janeiro de 2023 com o começo do governo Lula; no mesmo dia, na
hora da janta, já estaria todo mundo de bucho cheio. Claro que sim –
prepare-se para passar os próximos anos ouvindo que o Brasil não tem
problema nenhum, de qualquer tipo, e se tiver algum a culpa será da
“herança maldita” de Bolsonaro etc. etc. etc. Mas, neste caso, não foi
preciso nem esperar a posse: o problema já não existe mais, pela
excelente razão de que nunca existiu.
Quem afirma isso não é nenhum marqueteiro bolsonarista – é o Banco
Mundial, considerado a autoridade pública mais realista na avaliação de
questões ligadas à miséria. Segundo o seu último relatório, que acaba de
ser divulgado, a extrema pobreza no Brasil caiu em 2020 para o patamar
mais baixo da série histórica dessas medições, iniciadas em 1980. Os
brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, considerada o marco
básico para a medição da fome, caíram para menos de 2% da população –
1,9%, mais exatamente, o que equivale a pouco mais que 4 milhões de
pessoas. Em relação ao ano anterior, 2019, mais de 7 milhões de
brasileiros saíram da miséria – pelos critérios do Banco Mundial, a
situação de quem ganha 2,15 dólares por dia, ou algo como 330 reais por
mês. De 2020 para 2022, o número de miseráveis caiu mais ainda, com o
começo do pagamento do “Auxílio Brasil”, de 400 reais por mês. Ou seja,
no mundo dos fatos: nunca o Brasil teve um número tão baixo de pessoas
vivendo na pobreza extrema e, portanto, sujeitas à fome. É exatamente o
contrário da “verdade” revelada por Lula e pelo PT durante toda a
campanha eleitoral.
O fato, auto evidente desde sempre pelo raciocínio lógico, é que o
número de “33 milhões” de mortos de fome jamais fez sentido nenhum; é
resultado do boletim de uma ONG, nada mais que isso, e sem a mais remota
comprovação ou fundamento técnico. Não é uma informação do IBGE, ou de
qualquer entidade séria, brasileira ou internacional – sempre foi uma
invenção de militantes de esquerda, com objetivos claramente políticos.
Como poderia, aritmeticamente, haver 33 milhões de pessoas passando fome
no Brasil? Em maio deste ano, segundo os números do Cadastro Único do
Ministério da Cidadania, havia cerca de 185.000 moradores de rua no país
– um número que ajuda muito a definir as dimensões da miséria nacional.
Este número está subestimado? Não inclui os miseráveis que não moram na
rua, ou que vivem em áreas rurais? Muito bem: multiplique-se a cifra
por dez. Vai dar menos de 2 milhões de pessoas. Ainda não está bom?
Então que se multiplique por vinte. Vai dar menos de 4 milhões – o que
está perto dos números do Banco Mundial. Num caso e no outro, o que
esses totais têm a ver com os “33 milhões” do PT? Não têm absolutamente
nada a ver.
Nunca o Brasil teve um número tão baixo de pessoas vivendo na pobreza
extrema e, portanto, sujeitas à fome. É exatamente o contrário da
“verdade” revelada por Lula e pelo PT durante toda a campanha eleitoral
Ainda bem que com a volta de Lula ao governo essas e quaisquer outras
desgraças vão desparecer. Não vai mais haver fome, nem gente pobre,
todo mundo vai ter carro, morar num apartamento com varanda e viajar de
avião. Está tudo resolvido.
A responsabilidade fiscal não é uma maldade para beneficiar
banqueiros, mas obrigação de um governo sério para proteger a todos,
principalmente os mais pobres
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ia muito bem, na
articulação de apoios e nas manifestações, mas começou a tropeçar nas
palavras. E começou cedo, numa área muito delicada: a economia. Chorar
ao falar da fome é digno de Lula, de sua biografia e de seus
compromissos de campanha, mas atacar “a tal estabilidade fiscal”? Como
assim?
É coisa para um Jair Bolsonaro em guerra com o submisso Paulo Guedes,
não para um Lula em incessante busca de apoios. A reação foi rápida: o
mercado se alvoroçou, o dólar disparou para R$ 5,39, a Bolsa caiu.
Desnecessariamente.
A responsabilidade fiscal não é uma maldade para beneficiar
banqueiros, mas obrigação de um governo sério para proteger a todos,
principalmente os mais pobres. Estourar as contas públicas é tirar
dinheiro de quem mais precisa do Estado e soa como o velho mantra de que
“um pouco de inflação não faz mal a ninguém”. Faz, sim, mais ainda para
os pobres que Lula acha que está defendendo ao atacar a
responsabilidade fiscal.
Na quarta, Lula foi no ponto, ao enfatizar suas prioridades, falar da
“dívida social de 500 anos com os pobres” e definir, em tese, a
diferença entre gastos e investimentos quando se trata de educação,
saúde e pobreza – de gente, enfim. E deu um passo adiante, mas no
limite: “Guardar dinheiro para pagar dívida de banqueiro?”
Faz sentido, sem jogar para o alto a responsabilidade e sem
atrapalhar o objetivo maior, de manter força na sociedade, sólida base
no Congresso e confiança dos setores produtivos e financeiros, para
botar o barco na água, navegar com segurança em águas turvas e fazer a
transição até a terra firme.
Nesta quinta-feira, 10, porém, Lula voltou ao palanque: “Por que as
pessoas falam que é preciso cortar gastos, fazer superávit e teto de
gastos?”. Pôs Janja num lugar que não cabe a ela e errou no tom e no
discurso, que agrada ao PT e à esquerda, mas não convém a um governo de
união, comprometido com o desenvolvimento sustentável. Para repetir o
óbvio, a prioridade de combater a miséria, precisa atacar princípios de
boa governança e uma política econômica responsável?
Lula acerta na transição com Persio Arida e André Lara Resende, bons
quadros petistas, aliados e mulheres admiráveis, batendo nas teclas da
“normalidade”, “harmonia entre os Poderes”, “reconstrução”, “esperança”.
Não deveria voltar a falar mal da herança de FHC nem atacar Bolsonaro e
meter as Forças Armadas no meio. É hora de deixar Bolsonaro para trás e
olhar para frente. Sem ódio e com responsabilidade. Aliás, não só
fiscal.
Detalhe da Alegoria do Mau Governo, afresco de Ambrogio
Lorenzetti no Palazzo Pubblico de Siena (Itália). O Tirano é rodeado
pelas figuras da Avareza, do Orgulho e da Vanglória; aos seus pés, a
Justiça aparece amarrada.| Foto:
Ele é a verdade. Ele é a
justiça. Ele tem todos os poderes. Suas leis são nossas leis. Suas
ordens não podem demorar a ser cumpridas. E o prazo deve ser curto
mesmo. Ele é bonzinho, oferece solidariamente algumas horas para que
entendam suas boas intenções e se rendam. Ele é a bondade, o detentor de
todas as virtudes. Não há ser mais correto, mais bem intencionado.
Seu argumento é claro: é assim, e pronto. Liberdade de expressão
apenas para aqueles que a mereçam, que saibam o que se pode e o que não
se pode falar. Onde já se viu? Esqueçam as leis que não são dele,
calúnia, injúria, difamação… Esqueçam essa história de que alguém que se
sinta prejudicado deve pedir ressarcimento. Ninguém faz pedidos,
ninguém tem esse direito, exceto seus companheiros. Todos devem cumprir
ordens, as ordens dele, o que a cabeça e o fígado dele determinam.
Nosso pensamento foi sequestrado por um santo homem. O resgate é a
purificação da nossa alma. Ele cuida de nós, cuida da nossa vida, é
nosso tutor. Só ele sabe que informações devemos receber, só ele sabe o
que devemos dizer
Não perguntem, não indaguem, não contestem. Isso é coisa de moleque,
de rebelde, de gente que não enxerga o lindo caminho da pacificação por
meio do poder absoluto. Pensem como ele, sigam seus ensinamentos. Não
façam birra. Ele já explicou tão explicadinho o que é fake news, o que é
desinformação. Suas verdades devem ser as verdades de todos. Se você
não pensa como ele, sua intolerância fica patente e justifica um
castigo.
Parlamentares, campeões de votos, cantores, empresários, jornalistas,
comunicadores, calem a boca! Povo nas ruas, povo pacífico e ordeiro,
cale a boca! E volte para casa. O autoritarismo está aí para defender
nosso bem maior: a democracia. É assim tão difícil de entender? Ou será
preciso desencarcerar mais bandidos de verdade e aprisionar metade da
população?
Nosso pensamento foi sequestrado por um santo homem. O resgate é a
purificação da nossa alma. Ele cuida de nós, cuida da nossa vida, é
nosso tutor. Só ele sabe que informações devemos receber, só ele sabe o
que devemos dizer. Sua democracia é tão clara: ou pensa como ele ou não
pensa. Tão simples.
Do que posso falar? Não é intimidação nem controle nem
manipulação. É carinho, é preocupação paterna, fraterna, é cuidado
extremo. Não há nada a denunciar. Temos de agradecer. A luz que vem dele
nos guiará. Ele é o mais poderoso dos poderosos de todos os tempos.
Devemos ser gratos… Contestar seu reinado é atacar a democracia.
Por isso, se ele perguntar, como aquele antigo personagem de Jô
Soares: “Dessa terra que eu amo, desse povo que eu piso o que sou, o que
sou, o que sou?” Nós, os pisoteados, devemos responder, num coro só,
compreendendo a salvação, a redenção que ele representa: “Sois rei! Sois
rei! Sois rei!”
Impulsionados por marcas e grandes empresas. E o que marketing digital?
Profissionais da área de Marketing falam sobre o impacto do Metaverso
nas relações de consumo e avaliam como será implantado no marketing
digital.
O aceleramento do consumo causado pela pandemia evidenciou um
movimento que até então era popular apenas no mundo dos games. O termo
metaverso ganhou destaque quando em meados de 2021, Mark Zuckerberg, o
CEO do Facebook, modificou o nome da sua empresa para Meta Platforms,
essa movimentação deu vazão para o termo que surgiu há pelo menos 30
anos, em uma obra literária de ficção científica.
O metaverso é definido por um espaço virtual compartilhado, uma
tecnologia capaz de inserir pessoas e coisas reais em um universo
virtual. Além da tecnologia de realidade virtual, outras tecnologias
descentralizadas como criptomoedas e NFTs também contribuem para a
construção desse ciberespaço.
O Head de Marketing da Sphynx, Danilo Matos explica que hoje temos
inúmeros tipos de metaverso, como o metaverso descentralizado, que foi
criado para o funcionar dentro de um blockchain, ou seja, tudo ali
dentro ou é um NFT ou tem criptomoedas ou tem tokens funcionando ali
dentro.
“O metaverso que eu acredito que demorará mais para funcionar e se
popularizar é justamente esse, porque ele depende do onboarding de
blockchain.Se a pessoa quiser participar do The SandBox por exemplo, ela
obrigatoriamente precisa abrir uma carteira e infelizmente atualmente
esse onboarding não é tão fácil quanto a gente pensa”.
Para além da abertura de carteira no metaverso, Danilo conta que
existem processos burocráticos para se explorar o universo virtual da
Web3.
NFT para endomarketing
O movimento de ativos digitais e do ciberespaço, empresas de todos os
tipos e segmentos têm encontrado formas de se inserir, mesmo que de
forma gradual e pontual.
O Head conta que empresas têm cada vez mais aumentado a sua abertura e
intenção em se conectar com o metaverso. Danilo explica que
recentemente entregou um projeto de NFT para uma empresa do ramo
hospitalar.
” A ideia da empresa era comemorar o sucesso de implementação de um
aplicativo, junto ao seu time de marketing e TI, distribuindo NFTs aos
membros participantes do projeto, a empresa não só presenteou seus
colaboradores com o NFTs, mas também uma trilha de conteúdo sobre web3,
criptomoedas, sobre carteira”, avalia.
Marketing digital no Metaverso
Como dito anteriormente, o metaverso hoje orbita o mundo dos games e
de marcas e personalidades que pontualmente se mostram abertos a essa
tecnologia. Para o Marketing Digital existem oportunidades a médio
prazo, com o foco no desenvolvimento interfaces de realidade virtual
para criação de ambientes totalmente digitais e imersivos.
A integração entre real e virtual se dá através de dispositivos tão
familiares quanto os óculos que usamos no dia a dia, porém capazes de
processar informações sob a forma de sons, imagens e texto projetando-os
no espaço físico.
Para o CEO da TRIWI consultoria em Marketing Digital Ricardo Martins,
as empresas de marketing digital podem despontar nesse primeiro momento
para testarem o melhor formato que faça sentido aos seus clientes e aos
objetivos da empresa, criando um paralelo entre mundo real e virtual.
“Acredito que quando o metaverso estiver estabelecido, o marketing
digital pode aproveitar oportunidades de anúncios de outdoor em redes de
display, por exemplo, assim como a possibilidade de segmentar público
nos anúncios de forma unificada” Finaliza.
Com inúmeras possibilidades o metaverso é a grande aposta de empresas
de tecnologia e comunicação, com a capacidade de ser formatado nos
próximos anos, as empresas especulam e se movimentam em busca do seu
lugar no ciberespaço.
Sobre a TRIWI
A TRIWI é uma agência de Marketing Digital e Assessoria de Imprensa
especializada em B2B. Com atuação focada em Agronegócio, Indústria,
Tecnologia e Serviços.
Fundada em 2018, a TRIWI iniciou as atividades para atender uma
demanda do mercado, com soluções práticas, individualizadas e
personalizadas, visando atender as reais necessidades de seus clientes,
com planejamento estratégico, geração de negócios e auxílio das
inovações digitais.
A importância do bom site da Valeon para o seu negócio
Moysés Peruhype Carlech
Antigamente, quando um cliente precisava de um serviço, buscava
contatos de empresas na Lista Telefônica, um catálogo que era entregue
anualmente ou comprado em bancas de jornais que listava os negócios por
áreas de atuação, ordem alfabética e região de atuação.
De certa forma, todos os concorrentes tinham as mesmas chances de
serem encontrados pelos clientes, mas existiam algumas estratégias para
que os nomes viessem listados primeiro, como criar nomes fantasia com as
primeiras letras do alfabeto.
As listas telefônicas ficaram no passado, e, na atualidade, quando um
cliente deseja procurar uma solução para sua demanda, dentre outros
recursos, ele pesquisa por informações na internet.
O site da Valeon é essencial para que sua empresa seja encontrada
pelos seus clientes e ter informações sobre a empresa e seus produtos 24
horas por dia. Criamos uma marca forte, persuasiva e, principalmente,
com identidade para ser reconhecida na internet.
Investimos nas redes sociais procurando interagir com o nosso público
através do Facebook, Google, Mozilla e Instagram. Dessa forma, os
motivos pelos quais as redes sociais ajudam a sua empresa são inúmeros
devido a possibilidade de interação constante e facilitado como o
público-alvo e também a garantia de posicionamento no segmento de
marketplaces do mercado, o que faz com que o nosso cliente sempre acha o
produto ou a empresa procurada.
A Plataforma Comercial site Marketplace da Startup Valeon está apta a
resolver os problemas e as dificuldades das empresas e dos consumidores
que andavam de há muito tempo tentando resolver, sem sucesso, e o
surgimento da Valeon possibilitou a solução desse problema de na região
do Vale do Aço não ter um Marketplace que Justamente por reunir uma
vasta gama de produtos de diferentes segmentos e o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso
proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores
que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
meio dessa vitrine virtual. Justamente por reunir uma vasta gama de
produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso
proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores
que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
meio dessa vitrine virtual.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que
são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e
escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é
possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua
marca.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de
Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua
empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar
consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e
serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos
para o nosso crescimento.
Existem várias empresas especializadas no mercado para desenvolver,
gerenciar e impulsionar o seu e-commerce. A Startup Valeon é uma
consultoria que conta com a expertise dos melhores profissionais do
mercado para auxiliar a sua empresa na geração de resultados
satisfatórios para o seu negócio.
Porém, antes de pensar em contratar uma empresa para cuidar da loja online é necessário fazer algumas considerações.
Por que você deve contratar uma empresa para cuidar da sua Publicidade?
Existem diversos benefícios em se contratar uma empresa especializada
para cuidar dos seus negócios como a Startup Valeon que possui
profissionais capacitados e com experiência de mercado que podem
potencializar consideravelmente os resultados do seu e-commerce e isto
resulta em mais vendas.
Quando você deve contratar a Startup Valeon para cuidar da sua Publicidade online?
A decisão de nos contratar pode ser tomada em qualquer estágio do seu
projeto de vendas, mas, aproveitamos para tecermos algumas
considerações importantes:
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e
a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos
smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia
digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo
o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é
colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e
de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma
permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão
interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não
estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar
potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos:
computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso
proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores
que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas
vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver
seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do
nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a
visibilidade da sua marca.
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TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Jornais da Alemanha consideram vitória de Lula boa notícia
tanto para a proteção climática como para a democracia. Críticas à falha
de Bolsonaro em reconhecer derrota, e ao mito de que ele foi bom para a
economia.
A vitória de Lula é boa para a Amazônia e, portanto, para o mundo. Mas ele também pode curar seu país?
O fato de Lula da Silva, esse velho obstinado da esquerda
latino-americana, ter vencido as eleições brasileiras fez grande parte
do mundo suspirar aliviada. Esta eleição também preocupava muito o
mundo. Pois a vitória de Lula era, sem dúvida, a última chance para a
Amazônia, cuja preservação é tão crucial para o clima e a
biodiversidade.
O presidente atual, Jair Bolsonaro, havia explicitamente deixado a
maior floresta tropical do planeta à mercê da destruição por
madeireiros, mineradoras e fazendeiros saqueadores; enquanto Lula
assumiu um compromisso sério com a proteção da floresta já na noite da eleição,
que pode até chegar ao reflorestamento parcial. Ele também quer exigir
fundos internacionais maciços e apoio técnico para isso. É por este
motivo que no último minuto se fez convidar para a conferência do clima
no Egito.
Pelo menos tão ameaçada como a floresta tropical está a democracia. Mas o mundo democrático pode
ter esperanças de obter de Lula um comportamento muito diferente: que
ele encontre uma receita para desfazer o dano imposto à democracia
brasileira nos últimos quatro anos.
[…]
Os exemplos mostram a velocidade com que um regime de ultradireita
pode atualmente erodir uma democracia e suas instituições. Eles também
mostram o quão sobre-humanas são as expectativas que pesam sobre Lula:
que, com sua mistura de carisma e mentalidade representativa, apelos à
reconciliação nacional e negociação paciente na velha tradição sindical,
encontre um antídoto para o veneno da era Bolsonaro.
Se ele fracassar, Jair Bolsonaro ou seus imitadores voltarão em
breve. Eles vão se vingar. Claro que também na floresta tropical.
Die Tageszeitung – Os vagos dois minutos de Bolsonaro (03/11)
Após 45 horas de silêncio, o presidente do Brasil derrotado nas
urnas, Bolsonaro, diz que a transição de governo está prestes a começar.
No entanto, ele não admite sua derrota diretamente.
O Brasil debate sobre um discurso de dois minutos.
Passadas 45 horas desde sua derrota eleitoral, o presidente Jair
Bolsonaro compareceu diante da imprensa na tarde de terça-feira. Não
parabenizou Luiz Inácio “Lula” da Silva pela vitória eleitoral, nem
admitiu diretamente a derrota. No entanto, Bolsonaro se comprometeu com a
Constituição e anunciou, por meio do chefe da Casa Civil, que a
transferência do cargo seria iniciada.
Em seu perfil no Twitter, a Suprema Corte confirmou que, com o
anúncio, o governo reconhecera os resultados das eleições. Segundo
informações da imprensa, Bolsonaro teria dito em reunião com ministros
da Corte: “Acabou”. Em 1º de janeiro, Lula, que foi eleito no domingo e
governou o país de 2003 a 2011, toma posse na capital, Brasília.
[…]
O fato de Bolsonaro não estar buscando um grande rompimento também se
deve à pressão externa. Vários aliados já reconheceram a eleição, e
muitos no exterior também já contam com uma mudança de poder. O
presidente dos EUA, Joe Biden, foi um dos primeiros a parabenizarem Lula no domingo.
Bolsonaro também poderia tentar abrir espaço para negociação – porque
várias investigações estão em andamento contra o político de
ultradireita, o que pode ser perigoso para ele, sem sua imunidade
presidencial.
Wirtschaftswoche – Clima ao invés de motosserra (04/11)
O novo presidente do Brasil, Lula, quer reposicionar seu país como
pioneiro em proteção climática global. Em Berlim já existem planos
concretos de cooperação. Mas o maior obstáculo aguarda Lula em seu
próprio país.
Os protetores climáticos do governo alemão voltam a ter esperança. E
essa esperança tem sua fonte a vários milhares de quilômetros de
distância. Após as eleições presidenciais, o Brasil deve voltar a ser a
força motriz, uma potência líder entre os países emergentes no que diz
respeito à proteção climática – bem a tempo da cúpula mundial do clima,
que começa neste fim de semana na estância balnear egípcia de Sharm
el-Sheikh.
“Queremos apertar a mão do Brasil muito rapidamente”, diz o
secretário de Estado Jochen Flasbarth, do Ministério do Desenvolvimento
da Alemanha. O veterano alemão em cúpulas do clima, que já negociou no
encontro várias vezes em nome da Alemanha, já tem um projeto muito
específico em mente: o Fundo Amazônia para a preservação da
floresta tropical, que Noruega e Alemanha congelaram há três anos.
Agora, milhões devem fluir novamente, mesmo que Flasbarth ainda não
queira se comprometer com quantias exatas.
[…]
A vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva agrada aos amigos da
proteção climática em Berlim e em outros lugares. Lula também tem
Marina Silva, sua ex-ministra do Meio Ambiente, de volta a seu lado. E
mesmo que o ícone do movimento ambientalista enfrente dificuldades,
porque os conservadores ainda têm muito poder no sistema político: no
exterior, muitos contam com um recomeço depois da derrota nas urnas do
atual presidente Jair Bolsonaro.
Frankfurter Allgemeine Zeitung – Esperança para o Brasil ( 07/11)
É bom que Lula tenha ganhado a eleição. Mas ele enfrenta tarefas difíceis.
Tem sido uma boa semana desde que o Brasil elegeu um novo presidente.
Muitos dizem que os brasileiros tiveram que escolher entre a peste e a
cólera. De um lado, o atual presidente populista de direita Jair
Bolsonaro; do outro, o esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva, ex-líder
sindical e presidente do Brasil de 2003 até o fim de 2010.
Lula venceu a eleição, embora por pouco, com 50,9% dos votos. Que os
brasileiros o tenham escolhido, é uma boa notícia para o Brasil e para o
mundo. Porque a suposição de que Lula e Bolsonaro são ambos igualmente
ruins não é correta.
Há uma diferença fundamental de qualidade entre os candidatos que
nunca deve ser esquecida, apesar de todos os pontos pessoais fortes e
fracos: Lula seguiu as regras democráticas durante toda a sua vida. Ele
se resignou às derrotas eleitorais: antes de se tornar chefe de Estado
pela primeira vez em 2003, perdeu três eleições presidenciais
consecutivas. Ele resistiu à tentação de buscar um terceiro mandato
ilegítimo em 2011 (a Constituição do Brasil só permite dois mandatos
consecutivos) – mesmo tendo quase 90% de aprovação popular na época.
[…]
Mesmo assim, persiste entre os empresários brasileiros o mito de que
Bolsonaro fez bem à economia do país. É verdade que ele conseguiu fazer
algumas privatizações e pelo menos iniciou uma reforma previdenciária.
Mas na verdade Bolsonaro causou danos duradouros ao seu país. Na
pandemia, recusou a compra antecipada de vacinas, apesar de seu governo
ter recebido tal oferta. Resultado: em quase nenhum outro país do mundo
morreram tantos pelo coronavírus como no Brasil.
Bolsonaro assustou investidores internacionais com sua retórica
agressiva e não se importou com o livre comércio. E gastou muito
dinheiro em caros presentes eleitorais para salvar sua presidência nos
últimos metros da corrida. Uma abordagem inteiramente baseada no modelo
da esquerda, que Bolsonaro tanto gosta de criticar.
Alckmin, Lira e Lula em encontro nesta quarta-feira: governo
eleito não deve abrir discussão sobre o orçamento secreto com o
Congresso atual.| Foto: Reprodução/Instagram
Apesar das críticas
do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha
ao “orçamento secreto”, líderes petistas dizem que a promessa de acabar
com as emendas de relator não está no radar do governo de transição.
Aliados de Lula avaliam que, neste momento, não será produtivo um embate
com o Congresso Nacional diante da necessidade de aprovar medidas como a
proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa furar o teto de gastos
para garantir o pagamento de R$ 600 para o Auxílio Brasil no ano que
vem.
“A PEC tem caráter específico. Não tratará de RP-9 [sigla técnica do
orçamento secreto] e de emendas do gênero”, explicou o deputado Paulo
Pimenta (PT-RS). A expectativa é de que o PT apresente o texto da PEC
ainda nesta semana. Lula se reuniu com os presidentes da Câmara, Arthur
Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta quarta-feira
(9). A PEC deve começar a tramitar pelo Senado.
De acordo com integrantes da bancada petista, a discussão sobre o fim
orçamento secreto será construída pelo futuro governo com a nova
legislatura do Congresso a partir do ano que vem. Para esses membros, um
embate com os parlamentares da atual legislatura poderia travar o
avanço de pautas de interesse do governo de transição na Câmara e no
Senado.
Orçamento secreto é o nome pelo qual ficaram popularmente conhecidas
as chamadas emendas de relator, que são controladas pelo parlamentar
escolhido pelo Congresso para elaborar o parecer da Lei Orçamentária
Anual (LOA). Todos os deputados e senadores podem sugerir ao relator
qual deve ser a destinação desses recursos. Contudo, não existe uma
regra específica para a aplicação dessas emendas. Não há, por exemplo,
uma distribuição igualitária das verbas e, na maioria das vezes, não é
possível saber o nome do parlamentar que registrou o pedido, tampouco o
destino desses recursos.
Aliado de Lula, o relator do Orçamento no Congresso Nacional, senador
Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou que a discussão sobre o fim do
mecanismo não está no radar. O emedebista vem costurando com o PT a
construção do texto para a PEC fura-teto.
“Eu não vou propor isso [fim do orçamento secreto]. O presidente Lula
já deu declarações de que é contrário. Ele deve tratar desse assunto
quando assumir a presidência da República”, disse o senador.
Aliados de Lula vão esperar definição sobre o comando da Câmara e do Senado Durante
a campanha, Lula chegou a comparar as emendas de relator ao escândalo
de corrupção do mensalão, ocorrido em seu governo, no qual parlamentares
de vários partidos receberam dinheiro de empresas para votar a favor de
pautas do Executivo. “Fizeram um tremendo carnaval com o mensalão e,
hoje, estão aprovando o orçamento secreto, que é a maior excrescência
política orçamentária do país. O presidente não tem poder sobre o
orçamento, é a Câmara dos Deputados que dirige o orçamento”, disse Lula
na ocasião.
O mensalão foi um esquema ilegal baseado no pagamento de uma “mesada”
mensal para parlamentares que votassem a favor de projetos do
Executivo. O esquema foi denunciado pelo então deputado Roberto
Jefferson (PTB) e resultou na prisão do ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu, do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do ex-deputado e atual
presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
As emendas de relator (RP9), por sua vez, foram criadas pelo
Congresso em 2019. O modelo foi batizado de “orçamento secreto” e criou
uma brecha para beneficiar determinados grupos de parlamentares na
liberação de verbas do orçamento.
Agora, aliados de Lula indicam que o petista vai precisar aguardar as
definições sobre o futuro da presidência da Câmara e do Senado para
propor mudanças no orçamento secreto. Na Casa Alta, a expectativa é de
que a bancada do PT apoie à reeleição de Rodrigo Pacheco, enquanto na
Casa Baixa ainda não há uma definição sobre um eventual apoio ao nome de
Arthur Lira, um dos principais defensores das emendas do relator.
“[O fim do orçamento secreto] é um tema bem mais amplo e envolve uma
série de questões políticas e será tratado prioritariamente com os
presidentes da Câmara e do Senado e depois, mais adiante, à medida que
este debate evoluir, se precisar uma readequação orçamentária, ela será
feita no momento oportuno”, completou o deputado Paulo Pimenta.
Governo vai tentar “carimbar” as emendas de relator no Orçamento de 2023 Em
outra frente, aliados do governo eleito estudam uma estratégia para
“carimbar” o montante destinado para as emendas de relator previstas no
projeto orçamentário para o ano que vem. Como Marcelo Castro será o
relator do Orçamento, ele terá a prerrogativa de assinar a destinação
das verbas do orçamento secreto durante todo o ano de 2023.
Ao todo, a LOA do próximo ano prevê um montante de R$ 19,397 bilhões
para as emendas RP-9. Uma das alternativas estudadas pelo governo de
transição é o de tentar costurar um acordo com os deputados e senadores
para que eles façam indicações para determinadas áreas de interesse do
futuro governo, como saúde e educação. A medida, segundo integrantes da
base de Lula, visa garantir a manutenção de programas como Minha Casa
Minha Vida, Farmácia Popular e o aumento acima da inflação para o
salário mínimo.
Para viabilizar a proposta, o PT pretende discutir o tema com outros
partidos que pretende atrair para a base de Lula, como o MDB, o PSD e o
União Brasil. A costura vem sendo feita pela presidente nacional do PT,
deputada Gleisi Hoffmann (PR), que vai oferecer aos partidos
participação nas discussões do governo de transição.
“Gostaríamos muito que o MDB participasse desse conselho político do
governo de transição para a gente discutir as questões programáticas, o
que vem pela frente, as dificuldades que podemos ter”, disse Gleisi
nesta terça-feira (8), depois de um encontro com o presidente nacional
do MDB, deputado Baleia Rossi (SP). Nesta quarta, o partido indicou os
senadores Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), e o ex-governador
gaúcho Germano Rigotto para representar o MDB no gabinete de transição.
Lula aguarda julgamento do STF sobre o orçamento secreto
Além de evitar um embate direto com o Congresso sobre o orçamento
secreto, aliados de Lula indicam que o julgamento no Supremo Tribunal
Federal (STF) sobre a constitucionalidade do mecanismo precisa ser
aguardado. A presidente da Corte, ministra Rosa Weber, pode levar o
processo para o plenário ainda neste ano.
A avaliação de integrantes da base petista é de que uma decisão
contra o orçamento secreto via STF evitaria desgastes do governo eleito
junto aos congressistas. Weber é a relatora do processo e, em novembro
do ano passado, ela suspendeu o orçamento secreto com uma liminar.
No mês seguinte, a ministra flexibilizou a própria decisão e liberou o
pagamento das emendas de relator, desde que houvesse transparência na
distribuição dos recursos. A decisão foi confirmada pelo plenário do
STF. Agora, o plenário precisa julgar o caso em definitivo.
Fachada do Ministério da Economia, na Esplanada dos Ministérios.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Bras
A economia não é uma ciência exata, especialmente em sua vertente de
política econômica, quanto às medidas de atuação do governo e as normas
de regulação do mercado e intervenção no cotidiano operacional das
pessoas, empresas e instituições. Ainda que haja inúmeras questões
técnicas de natureza macroeconômica que já foram testadas nos últimos
300 anos e sobre as quais se conhecem causas e efeitos, há outras
questões incursas nas opções de natureza política que podem ir em uma ou
outra direção, com efeitos não exatos e todos válidos. Entre as
questões técnicas beirando às ciências exatas está a relação entre o
tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) expresso em valores monetários e o
volume de meios de pagamento em circulação. Se a expansão monetária for
maior que o aumento do PIB por anos seguidos, inevitavelmente a
inflação aparece, corroendo o poder de compra da moeda, empobrecendo os
assalariados, desorganizando o sistema de preços e, ao fim, jogando a
economia em recessão.
Sobre esse primeiro ponto – o controle do estoque de moeda circulante
vis-a-vis o desempenho do PIB –, é essencial que Lula e sua equipe
deixem claro como será comandada a área econômica, quem estará à frente
da política monetária e as demais medidas que o governo pretende
implantar. Se em 2018 o Brasil sabia desde o minuto seguinte à vitória
de Jair Bolsonaro que a economia estaria a cargo do liberal Paulo
Guedes, hoje o arco de possibilidades vai de economistas defensores da
responsabilidade fiscal até o ex-ministro da Educação Fernando Haddad,
nome que já deixou o mercado financeiro alarmado nos últimos dias. As
escolhas para a equipe de transição também não ajudam a prever o rumo
futuro, pois, se por um lado ela tem dois “pais do real” (André Lara
Resende e Pérsio Arida), por outro conta também com um ex-ministro
gastador (Nelson Barbosa) e pode, ainda, ter Guido Mantega, a julgar por
declarações do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.
O Brasil elegeu um candidato conhecido e uma política econômica
desconhecida, cenário esse que contribui para criar um vácuo de dúvidas,
incertezas e receios
Enquanto não realiza tais definições, o governo eleito contribui para
aumentar as incertezas e, como consequência, induz a certa retração nos
investimentos privados e pisada no freio dos negócios nacionais, sem os
quais o PIB não cresce. Em um país que vem de duas crises graves –
pandemia e seca prolongada –, tudo o que um presidente eleito não devia
fazer é manter o país em suspense, no mínimo porque um PIB estagnado ou
em crescimento lento produz o pior dos males sociais: o desemprego, que
vem regredindo até o momento.
Se o próprio Lula não toma a iniciativa de eliminar as dúvidas, a
sociedade em geral e os agentes de mercado em particular precisam
redobrar a cobrança sobre o eleito para que diga logo qual é o plano de
seu governo nessa questão. Vale lembrar que recentemente o Brasil
aprovou legislação regulamentando o mandato da diretoria do Banco
Central, de forma que a atual diretoria tem ainda dois anos de mandato.
Como o atual presidente do banco, Roberto Campos Neto, desfruta da
credibilidade do mercado e também no meio político, o normal seria estar
claro para todos que ele e seus diretores seguem até o fim de seu
mandato. O problema é que o Brasil não é um país habituado a seguir o
normal e as leis vigentes, embora o então candidato Lula tivesse se
pronunciado a favor da manutenção dos atuais dirigentes do Banco
Central, conforme reza a lei.
Um segundo aspecto relevante para indicar o futuro da economia é a
política fiscal, especialmente o que o governo pensa sobre o equilíbrio
das contas públicas e o controle do déficit. Como ao longo da campanha
Lula fez inúmeras declarações contra o teto de gastos, que limita a
gastança do governo, há preocupações sobre o que realmente seu governo
irá fazer, especialmente depois que começaram as negociações para a PEC
da Transição. A boa gestão das contas do governo tem a ver no mínimo com
duas questões essenciais para a saúde econômica do país: a inflação,
pois déficits públicos crônicos são financiados por emissão de moeda ou
aumento da dívida pública; e as taxas de juros, porque, se houver
expansão monetária e inflação, o Banco Central eleva os juros para
combatê-la ou, se o déficit for financiado por mais empréstimos tomados
pelo governo, diminuem os fundos disponíveis para financiamento ao setor
privado e, portanto, ocorre pressão altista sobre a taxa de juros.
O terceiro aspecto importante se refere ao fato de, caso o governo
mantenha a gastança e despreze o teto de gastos, começarem ameaças para
elevar impostos destinados a bancar o crescimento dos gastos públicos. A
carga tributária efetivamente arrecadada pelo governo (municípios,
estados e União) atingiu a marca dos 34%; logo a carga nominal é muito
maior e já chegou ao limite técnico aceitável, acima do qual a
tributação passa a atuar como inibidora do crescimento do PIB. Nesses
três pontos, além de outros, não existe compromisso público firmado e
explicado em detalhes pelo presidente nem por seus assessores conhecidos
durante o período eleitoral. Lula foi eleito sem que a população
soubesse qual é seu plano de governo, embora se conheçam suas ideias
gerais e o que foram seus dois mandatos anteriores na Presidência, em
grande parte dominados por corrupção sistêmica e constante.
O Brasil elegeu um candidato conhecido e uma política econômica
desconhecida, cenário esse que contribui para criar um vácuo de dúvidas,
incertezas e receios. Um cenário de incertezas e falta de definições em
geral freia o ímpeto empreendedor e leva à suspensão, definitiva ou
temporária, de investimentos. É hora de o governo eleito dizer a que
veio e o que pretende fazer no amplo espectro da economia.
O vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo
Alckmin, apresentou em coletiva nomes que comporão os grupos técnicos da
transição| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
O coordenador-geral da transição para o novo governo federal continua
trabalhando em Brasília e anunciou os nomes de várias pessoas que vão
participar desse período de transição. É o Geraldo Alckmin, que foi
eleito vice-presidente de Lula. Cada vez que eu junto os dois nomes, eu
lembro que em eleições lá atrás eu votei no Alckmin contra o Lula. Ele,
que falou tanto do Lula, que “quer voltar à cena do crime”, e agora
estão os dois juntos. São essas coisas que fazem o eleitor desacreditar
da política, que ajudam a haver tanta abstenção: mais de 30 milhões de
pessoas não foram votar, mais os votos brancos e nulos.
Geraldo Alckmin, que já foi governador de São Paulo, anunciou 31
prioridades. Quando alguém fala em 31 prioridades, é porque não tem
nenhuma. Ou algo é a prioridade e o resto é secundário, ou não é. São 31
“prioridades”. Eu implico muito porque eu gosto da nossa língua,
consagrada como oficial no artigo 13 da Constituição. E temos essa
história de “melhor”, “segundo melhor”, “terceiro melhor”. Não, esperem:
melhor é um só; os outros não são os melhores. Assim é com as
prioridades. Sabem por que 31 prioridades? Porque isso vai significar 31
ministérios, mais os três que Lula já prometeu por fora. Teremos 34
ministérios, é o que tudo indica. Vamos pular de 22 para 34 depois de
termos encolhido de 39 para 22. Cada ministério, como você sabe, tem um
ministro, um secretário-geral, um chefe de gabinete, um
secretário-executivo, secretário disso, secretário daquilo…
Mas por quê? Porque a comissão de transição tem representantes de uma
dúzia de partidos políticos. Está aí o trem da alegria, a reprise, o
déjà-vu, a distribuição de ministérios aos interessados. Vamos primeiro
aos quatro coordenadores: Janja, Gleisi Hoffmann, o ex-deputado tucano
Floriano Pesaro, que já trabalhou com Alckmin, e Aloizio Mercadante. Eu
vejo Mercadante como o nome de peso aí nesses quatro. Depois, no
conselho de transição eu encontro o Daniel Tourinho, que era o
braço-direito do Fernando Collor e agora está lá na transição pelo Agir.
E cada partido tem um representante: PSol, PCdoB, PV, Solidariedade,
Rede, PDT, Avante, PSD, PSB, Pros e PT. Todo mundo vai ser acomodado no
governo; só não tem lá Dilma e José Dirceu.
Novo Congresso terá lutadores pela volta da prisão em segunda instância Como lembrou
Deltan Dallagnol, José Dirceu foi condenado no mensalão, só cumpriu
dois anos e depois foi perdoado. Depois pegou mais 27 anos de prisão na
Lava Jato, mas o caso está na terceira instância e ele está em
liberdade, pois só se pode prender depois da última instância, quando o
hábito era prender depois que o tribunal revisor confirmasse a sentença
do juiz singular da primeira instância. Mas houve um 6 a 5 no Supremo,
que revogou a prisão em segunda instância. Dallagnol, eleito deputado,
disse que vai trabalhar para a prisão em segunda instância voltar.
Enquanto isso, a pessoa fica livre até que prescreva o crime. É uma
questão complicada.
Câmara está de joelhos diante do STF, diz Van Hattem
Marcel van Hattem, do Novo, que foi reeleito deputado federal pelo
Rio Grande do Sul, foi à tribuna e fez um discurso dizendo que a Câmara,
assim como o Senado, está de joelhos perante o Supremo. E que as
pessoas que estão indo para a frente dos quartéis deviam ir para a
frente da Câmara e do Senado, para exigir que recuperem seus poderes. Os
deputados entregaram Daniel Silveira à prisão a despeito do que está
escrito no artigo 53 da Constituição, que deputados e senadores são
invioláveis por quaisquer palavras, opiniões e votos. Ele foi preso em
um arroubo inconstitucional de outro poder que precisa voltar aos
caminhos normais. Aliás, a OAB do Mato Grosso cobrou da OAB nacional uma
posição. A OAB nacional tem por obrigação defender a Constituição e o
devido processo legal, mas está silenciosa.