terça-feira, 14 de dezembro de 2021

NECESSÁRIO DESENVOLVER VÁRIAS HABILIDADES OU APENAS UMA?

 

Estudo mostra se é preciso desenvolver várias habilidades ou focar apenas em uma para se destacar no mercado

Lucas Fernandes, analista de treinamento e desenvolvimento do Nube

Diante da evolução tecnológica exponencial, os trabalhadores precisarão continuar sempre aptos a se instruir e adaptar suas maestrias às novas configurações. Nesse sentido, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa entre 4 e 15 de outubro, com a participação de 15.670 jovens entre 15 e 30 anos, perguntando: “para ser um profissional do futuro, é melhor desenvolver várias habilidades ou focar apenas em uma?”. Como resultado, encontramos fatores comuns para se destacar na carreira.

Com 40,70% (ou 6.378) dos votos, entender além do proposto e com diversidade, é um diferencial para estar antenado. Para o analista de treinamento e desenvolvimento do Nube, Lucas Fernandes, a proatividade e o interesse em aprender algo novo é de grande valor no mercado de trabalho. “Conhecimento nunca é demais. Ao compreender algo novo, o colaborador desenvolve ideias inovadoras, além de estabelecer melhores conexões interpessoais”, diz.

De acordo com ele, o “lifelong learning” traduz bem isso. “O termo diz respeito à nossa capacidade de aprender a todo momento, em qualquer lugar e sobre qual for o assunto. Sobretudo, é a sabedoria de fazer conexões entre o conhecimento novo e sua atividade em uma corporação. Não existe uma separação por categorias, tudo está interconectado e será útil de alguma forma”, complementa.

Outros 30,86% (4.835), acreditam na necessidade de compreender várias esferas para tornar-se um especialista completo. Segundo o analista, as companhias, principalmente as mais modernas, optam por quem domine com profundidade suas áreas de atuação, mas também vá além do convencional. “O conceito de ‘profissional em T’ está associado a essa maestria de ser expert em um campo e, mesmo assim, entender outros de forma abrangente. Uma ótima maneira de desenvolver essa aptidão é buscando diversas fontes e maneiras de instruir-se, por exemplo ouvindo podcasts, lendo livros, etc.”, explica.

Já para 15,22% (2.385), somente se as competências estiverem dentro do seu ramo é importante saber todas. De acordo com Fernandes, isso pode ser um problema, pois esse indivíduo está, intencionalmente, deixando de descobrir algo útil. Além disso, o objetivo de se destacar pode ser alcançado de muitas maneiras. “Pessoas com noções divergentes podem ter a mesma função em uma equipe, pois cada um vai atingir essa meta de um modo. Bem como um mesmo contratado pode ter mais de uma incumbência dentro da entidade e, consequentemente, pressupor outros planos é um significativo”, alerta.

Ademais, 9,52% (1.492) preferem ser melhor em uma destreza em vez de mediano em várias. “Certamente, a profundidade é boa, porém, se limitar e desconsiderar a influência e importância de outras características pode ser um obstáculo, principalmente com os negócios em constante transformação”, expõe o especialista.

“O ‘Mundo Vuca’, por exemplo, aborda a volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade atuais. Ou seja, os setores sofrem alterações muito rápido, exigindo adaptação de todos. Se um sujeito não conseguir se ajustar aos modelos de serviço ou a carência de atualização, ele também corre o risco de ficar ultrapassado”, adverte Fernandes.

Por fim, para 3,70% (580) “o ideal é atuar com satisfação e ser superior aos demais”, se for o âmbito favorito. O trabalho em equipe, colaborativo, com respeito à diversidade e inclusão, faz parte das estratégias de diversas corporações e, com certeza, é uma tendência crescente. “Ou seja, um empregado qualificado não precisa saber mais em relação a todos, mas, sim, atuar em conjunto, convivendo bem e conseguindo alcançar o melhor de todos colegas”, finaliza o analista do Nube.

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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

COMBUSTÍVEIS ALIMENTAM A INFLAÇÃO

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

combustivel – gasolina –

Apenas a gasolina respondeu por metade do IPCA de novembro de 2021, segundo o IBGE.| Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

Se algo de bom pode ser dito sobre os números da inflação de novembro, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, é apenas que poderia ter sido pior. O IPCA fechou o mês passado em 0,95%, abaixo das expectativas do mercado financeiro e também 0,30 ponto porcentual abaixo da inflação de outubro. A desaceleração, no entanto, teve pouco efeito sobre os números acumulados, que seguem em alta: o IPCA dos 11 primeiros meses de 2021 foi para 9,26%, e o acumulado dos últimos 12 meses subiu para 10,74%; a esta altura, praticamente todos os agentes do mercado financeiro dão como certo que a inflação terminará o ano acima de 10%, o que não ocorria desde 2015, quando a “herança maldita” da política econômica petista ficou escancarada.

Sem surpresa, os combustíveis voltaram a ser o item que mais contribuiu para a elevação dos preços. O grupo Transportes subiu 3,35% e respondeu por 0,72 ponto porcentual do IPCA de novembro; apenas a gasolina saltou 7,38% em novembro, com efeito de 0,46 ponto porcentual – ou seja, metade da inflação do mês passado veio única e exclusivamente deste combustível, que já subiu quase 50% em 12 meses, assim como o óleo diesel. O etanol registra alta acumulada ainda maior, com quase 70% no mesmo período. Energia elétrica e o botijão de gás também subiram acima do índice geral em novembro: 1,24% e 2,12% respectivamente.

Executivo e Legislativo se rendem à pressão gastadora enquanto o poder de compra do brasileiro volta a ser corroído

Será este o início de uma reversão? Infelizmente, ainda é muito cedo para fazer este tipo de afirmação, ainda mais levando em conta que, segundo o próprio IBGE, a inflação de novembro foi afetada por um “efeito Black Friday”, com descontos fortes em itens como lanches e produtos de higiene, a ponto de eles registrarem deflação no mês. Como, no entanto, trata-se de evento bastante específico, qualquer futura desaceleração da inflação dependerá de outros fatores; no melhor cenário, haveria uma melhora no regime de chuvas, arrefecendo a crise hídrica, ou uma valorização do real e uma queda no preço internacional do petróleo, que puxem para baixo o preço dos combustíveis, excluindo canetadas intervencionistas que têm efeito de curto prazo, mas criam uma bomba-relógio que explode a seguir, trazendo ainda mais inflação, como se viu em 2015.

Ainda melhor que contar com fatores que dependem do clima ou do humor de cartéis produtores de commodities seria realizar o dever de casa e fortalecer a economia por meio de reformas e ajuste fiscal, mas este é um caminho que governo e Congresso não andam empenhados em trilhar. As reformas administrativa e tributária estão paradas; em Brasília só têm avançado os projetos que ampliam gastos, o que deixa o Banco Central no papel de único agente empenhado em conter a inflação, como afirmamos neste espaço dias atrás. O BC usa a ferramenta que tem à disposição, aumentando juros e, consequentemente, freando a recuperação da economia e a geração de emprego e renda. Seria estratégia certeira caso a inflação brasileira fosse a típica “inflação de demanda”, mas, como também já lembramos, este recente surto inflacionário é motivado mais por outras causas que por um tradicional excesso de demanda.


As perspectivas para 2022 também já começam a se deteriorar, com o mercado financeiro estimando um IPCA de 5,02%, acima do limite superior de tolerância da meta de inflação do ano, que será de 3,5% – um estouro da meta por dois anos seguidos é algo que não ocorreu nem mesmo durante a crise lulopetista de 2015-2016, embora naquele período a meta fosse mais alta que a atual. Fato é que, independentemente do cumprimento ou não dos índices estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional, Executivo e Legislativo se rendem à pressão gastadora enquanto o poder de compra do brasileiro volta a ser corroído.


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FROTAS MILIONÁRIAS DE VEÍCULOS DA JUSTIÇA BRASILEIRA

 

Por
Lúcio Vaz – Gazeta do Povo

Fachada do edificio sede do Supremo Tribunal Federal – STF

STF comprou carros blindados para os seus ministros. Medida chegou aos sertões.| Foto: Marcello Casal Jr/Agencia Brasil

Em Brasília, São Paulo ou nos sertões do país, veículos oficiais dos tribunais têm custo acima de R$ 200 mil. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) contam com 14 veículos blindados com preço unitário de R$ 200 mil – no valor total de R$ 2,8 milhões. No TJSP, são 345 carros para desembargadores, incluindo 138 Renault/Fluence e 112 GM/Astra. Ao todo, o tribunal conta com 1.158 veículos. O TJRJ tem 178 carros de representação no modelo VW Jetta. Custaram R$ 24 milhões. Nos tribunais do Nordeste, há carros luxuosos ou robustos como Hilux, Trailblazer, Pajero, Triton, Corolla.

Cada veículo do STF custou R$ 138 mil, mas a blindagem adicionou uma despesa extra de R$ 61 mil. O contrato, assinado em 2018, previa a aquisição de veículos oficiais de representação, com proteção balística (blindados), tipo sedan de grande porte. A lista de veículos do tribunal revela que são veículos Hiunday/Azera. A frota completa, incluindo carros de representação, institucionais e de serviço, chega a 87 unidades.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) conta com 24 veículos de representação para seus ministros, com valor total de R$ 3 milhões. São modelos Ford/Fusion, ano 2018, com preço unitário de R$ 126 mil. O tribunal utiliza ainda 12 veículos institucionais Nissan/Sentra, ano 2019, ao custo unitário de R$ 87 mil, totalizando R$ 1 milhão. A frota completa conta com 153 carros oficiais.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) conta com 32 veículos de representação, modelo Ford/Fusion. Na última compra, foram adquiridos 22 carros 2017/2018 por R$ 2,6 milhões – no valor de R$ 119 mil a unidade. O tribunal conta ainda com 13 veículos de transporte institucional, a maioria modelo Renault/Fluence. Neste ano, foram adquiridos cinco Toyota/Corolla. E o tribunal está em processo de aquisição de mais cinco unidades. A frota total chega a 63 carros oficiais.


Justiça dos estados tem mais carros
No maior tribunal do país, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que conta com 360 desembargadores, são 340 veículos institucionais, incluindo 138 Fluence e 112 Astra, e cinco de representação – modelo Honda Accord, ano 2020, com valor de mercado em R$ 260 mil. Entre os 813 veículos de serviço, há quatro Mitsubischi Pajero e mais quatro Toyota Hilux. Ao todo, o tribunal conta com 1.158 veículos.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) tem 178 carros de representação no modelo VW/Jetta. Custaram R$ 24 milhões. Entre os veículos de serviço, há mais 80 Jetta de modelos mais antigos. São 693 veículos em uso atualmente.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) conta com 189 veículos. Entre os institucionais há 35 Ranault/Fluence, sendo quatro Fluence Privilege. A última aquisição aconteceu em 2019. Foi adquirido um veículo de representação, modelo Kia Sorento, no valor de R$ 236 mil.


Carrões chegam aos sertões
Como mostrou reportagem do blog, as mordomias oferecidas a magistrados em Brasília ou nas grandes capitais chegam também aos tribunais instalados nos sertões do país. Os desembargadores também querem conforto, luxo e segurança.

A última aquisição de veículos feita pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) foi em junho de 2020. Foram comprados seis veículos blindados utilizados para o transporte de magistrados. Segundo o tribunal, em função das suas atribuições, eles foram ameaçados e trabalham com escolta. Foram adquiridos seis Toyota/Corolla, com custo unitário de R$ 202 mil, num total de R$ 1,2 milhão. O Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) comprou um Ford/Focus blindado para o seu presidente e um Renault/Fluence blindado de reserva.

No Amapá, os ocupantes de cargos de direção utilizam duas Hilux e um Fiat/Essence. Há mais três Hilux e 27 Triton na frota de serviço. A maioria está lotada em comarcas do interior, mas 13 Triton e 2 Hilux ficam em Macapá.

O Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT) tem duas Hilux e duas Pajero Outdoor à disposição da cúpula do tribunal. Na frota de carros de serviço, há mais 6 Hilux, 10 VW/Amarok e 19 GM/S10.

Assistência no Pantanal
Questionado pelo blog sobre a farta utilização de veículos 4X4, o tribunal respondeu que algumas comarcas ficam situadas em regiões não pavimentas. “Em períodos de chuva é necessário a utilização de veículos com essas características. Esses veículos também são utilizados em ações de assistência jurídica e de saúde às localidades mais distantes da capital, como na região do Pantanal”, diz nota do TJMT.

O TJMA conta com três GM/Trailblazer para a cúpula do tribunal. Os demais desembargadores têm à disposição 30 Toyota/Corolla. Entre os 205 carros de serviço, há 18 Hilux, 16 Mitsubischi/Triton e 4 Nissan/Frointier para atender as comarcas no interior. No Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), a cúpula do tribunal conta com 1 Hilux, 1 Accord, 1 Trailblazer e 5 Honda Civic.

O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), após realizar estudo de análise de viabilidade, optou por ter sua frota ativa por meio de locação de veículo. A última aquisição de veículos foi realizada pelo TJCE em 2014, quando comprou duas Triton, no valor unitário de R$ 113 mil, e duas Pajero Dakar, no valor de R$ 156 mil.


Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/conheca-as-frotas-milionarias-dos-carroes-oficiais-do-judiciario/
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STF ACEITA TODOS OS PEDIDOS DA OPOSIÇÃO POLÍTICA

 

Partidos nanicos

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Ministro Luiz Fux, presidente do STF: Suprema Corte acolhe quase todas as reclamações feitas pela oposição| Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

Muita chuva no sul da Bahia e em Minas Gerais, uma calamidade pública. O governo tratou logo de liberar verbas para os municípios da região que foram afetados. A Caixa Econômica está em contato com os prefeitos para agilizar a liberação do Fundo de Garantia e do Auxílio Brasil para as famílias atingidas pelas enchentes. Muita chuva no Rio de Janeiro também.

Pior que estamos num momento em que precisamos de chuva, que ajuda a encher os reservatórios. O problema é que também inunda as cidades. Em Brasília não para de chover, mas em compensação não há nenhum problema com abastecimento de água. Sempre tem os dois lados, infelizmente.

Oposição via Supremo

Fiquei sabendo de parlamentar que queria sair aqui do Brasil e passear na Europa. Pegar um frio danado lá na Holanda para levar o relatório final da CPI da Covid no Tribunal de Haia. Só que o tribunal ficou sabendo e mandou dizer que ele não precisava vir “porque não é com a gente”.

É que tem gente que está acostumada a recorrer ao Supremo Tribunal Federal e sempre consegue o quer. São partidos pequenos, como Rede e Psol, que não têm força nenhuma no Congresso, mas não por alguma injustiça, é porque não conseguiram votos nas eleições mesmo. Mas o STF sempre dá força a eles como se fossem um partido majoritário no Congresso.

Isso não acontecia no passado. Essas coisas eram arquivadas sob o argumento de que questões políticas têm que ser decididas na arena política, que são os plenários da Câmara e do Senado. Hoje não tem acontecido mais isso. Esses partidos recorrem ao Supremo todas as semanas e aí atrapalha um bocado a governabilidade. Eles fazem oposição via Supremo.

Injustiça revoltante

O Estadão fez um cálculo que mostra que a soma das penas que foram subtraídas de condenados por corrupção com uma ajudinha da própria Justiça chega a 277 anos. Tiraram, por exemplo, 26 anos de condenação do Lula, mais 38 anos do Eduardo Cunha, outros 14 anos do Sérgio Cabral, e por aí vai.

É uma lista enorme de pessoas que foram presas durante as operações da Polícia Federal porque embolsaram o dinheiro dos nossos impostos. E hoje estão todos soltos. Quem está preso é por crime de opinião, o resto está tudo em liberdade.

O julgamento que foi feito 9 anos depois do incêndio na Boate Kiss condenou quatro réus, mas eles continuam soltos porque no Brasil tem segunda instância, última instância, eterna instância, transitado em julgado… Uma infinidade de dificuldades para se fazer cumprir a lei e punir condenados. Lá nos EUA, quando o juiz bate o martelo dando a sentença, a pessoa vai para cadeia. E é lá da cadeia que ela vai entrar com recurso em um tribunal superior. Aqui não.

Collor homenageado

No último dia 11 de dezembro foi aniversário da absolvição do ex-presidente Fernando Collor na esfera criminal. Ele sofreu impeachment em 1992 e o processo foi parar no Supremo. Mas o tribunal absolveu ele por falta de provas.

A gente sabe que o impeachment é um julgamento político e lá Collor foi condenado. Mas no julgamento “preto no branco” ele foi absolvido, em 1994. Na semana passada, Collor foi condecorado na embaixada do Marrocos como presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal. Fica o registro.

E a saúde, como fica?
O Congresso está saindo de férias, mas não pode sair com a consciência tranquila diante da situação que a gente vê na área da saúde. Tem coisas relevantes, claríssimas, que foram levantadas no primeiro congresso mundial do Médicos pela Vida.

São questões que envolvem crianças, adolescentes, gestantes, idosos, vacina, passaporte, eficácia, segurança, tratamento, mil coisas. O Congresso não pode dar as costas para isso, fingir que não vê. Tem que examinar, tomar decisões, pressionar a Anvisa, o Ministério da Saúde, e até a OMS. A saúde do povo brasileiro vem em primeiro lugar.


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LULA É UM POLÍTICO POPULISTA

 

Política

Por
Diogo Schelp – Gazeta do Povo

Lula com o presidente e a vice-presidente da Argentina, Alberto Fernández e Cristina Kirchner| Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

A leitora ou o leitor pode não acreditar em pesquisas de intenção de voto, mas são elas que balizam as estratégias dos políticos em períodos pré-eleitorais — inclusive aqueles que, em público, dizem desconfiar de seus números. E, pelas mais recentes pesquisas, se a eleição fosse hoje, Lula, do PT, seria eleito para um terceiro mandato presidencial, talvez até no primeiro turno, segundo o levantamento Genial/Quaest divulgado na última quarta-feira (8). Não é certo que Lula vai voltar ao poder, pois muita água ainda vai rolar por baixo da ponte até o dia da votação. Mas a fotografia do momento é essa.

Se essa imagem instantânea não lhe agrada, espere para saber como será o filme a partir de 2023 caso Lula vença as eleições. Lula vai voltar mais populista e messiânico do que antes.

Ainda que se diga o contrário com frequência, Lula não foi um presidente populista em seus dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2010. A razão para isso é que ele se elegeu com um discurso moderado, de acomodação com as elites políticas e econômicas, o tal Lulinha paz e amor.

Já apresentei antes, ao discorrer sobre o estilo de governar do presidente Jais Bolsonaro, os cinco elementos que definem um líder populista, segundo o cientista político australiano Simon Tormey. Um populista: 1) diz estar ao lado do “povo” contra certas “elites” que atravancam o verdadeiro potencial nacional; 2) investe contra o establishment político, alegadamente em crise; 3) apresenta-se como um salvador da pátria, que não precisa recorrer a soluções tecnocráticas; 4) é carismático; 5) tem uma retórica simples, voltada para o confronto.

Quando presidente, Lula enquadrava-se nos itens 1, 4 e 5, apenas. Apesar de, por vezes, atacar as “elites”, na prática ele não investiu contra o establishment político nem antes, nem depois das eleições. Ao contrário, abraçou a velha política e vivia fazendo encontros na Fiesp. E, apesar do tom messiânico das suas falas e da atitude de desprezo do seu governo em relação aos antecessores, resumida no slogan “nunca antes na história desse país…”, Lula rendeu-se às “soluções tecnocráticas”, com políticas ortodoxas na economia e em outras áreas.

Há alguns sinais de que Lula vai voltar mais populista e mais messiânico em 2023, se de fato voltar. Primeiro, porque sua perspectiva eleitoral hoje é mais confortável do que era em 2002, quando precisou se despir do antigo radicalismo de esquerda para vencer a resistência de alguns setores da classe média e do mercado. Lula não precisa mais fazer esse jogo de cena. Na campanha, ele vai apagar o desastre que foi Dilma Rousseff e concentrar-se em reavivar a memória dos anos de bonança (graças à conjuntura internacional e ao preço das commodities) de seus dois mandatos.

Lula não precisa, portanto, ser tão paz e amor. Prova de que não tem essa preocupação são as frequentes ameaças de enquadrar a imprensa, com o eufemismo de “regulação da mídia”, por causa da cobertura dos seus problemas com a Justiça, que o levaram à prisão. A “grande mídia” e a Justiça que o prendeu são as elites que Lula escolheu para apresentar como adversárias do povo, do qual se diz o verdadeiro representante.

Segundo, a escolha do vice em sua chapa não se destina a moderar o discurso e atrair votos do centro. Como observou Thomas Traumann, um astuto jornalista com bom trânsito no petismo, a busca por um vice com o perfil do tucano Geraldo Alckmin tem como objetivo garantir a posse de Lula (há um entendimento de que Bolsonaro vai contestar o resultado e que os militares podem ficar inquietos com a volta do PT) e ajudar na governabilidade. Isso exposto, minha interpretação é que Lula, assim como Bolsonaro, vai, sim, apostar na polarização durante campanha, o que tende a acentuar o discurso populista e messiânico.

Terceiro, tenta-se reeditar a aliança de esquerda na América Latina que marcou boa parte do período dos governos petistas. Vale a pena analisar o discurso feito por Lula em visita à Argentina, neste fim de semana, em palanque montado para “celebrar a democracia”, ao lado do presidente Alberto Fernández, da vice (e ex-presidente) Cristina Kirchner e do ex-mandatário uruguaio José Mujica.

No palanque, ao lado dos velhos amigos da fase bolivariana da região, Lula vangloriou-se de ter matado a Alca, uma proposta americana de criação de um bloco de livre comércio nas Américas, e fez-se de vítima de uma suposta perseguição do Judiciário. Cristina, que também tem problemas com a Justiça, pegou carona no vitimismo e disse que, na atualidade, os golpes de Estado “não vêm com uniformes nem com botas, vêm com togas de juízes e a mídia hegemônica”.

“Estes companheiros foram parte do melhor momento da democracia da nossa Grande Pátria, da nossa querida América Latina”, disse Lula. Foi, sim, um grande momento de tenebrosas transações, de grandes esquemas de corrupção, de desmantelamento da democracia venezuelana com a conivência de governos vizinhos, entre os quais os do PT, e da transformação da Venezuela e da Bolívia em narcoestados.

O intuito de reeditar o domínio bolivariano na região, apresentando-o como um idílico passado recente, ajuda a reforçar a imagem de salvador da pátria que, cada vez mais, Lula constrói para si.

Se eleito, Lula vai voltar disposto a fazer diferente, para não ter o projeto de poder de seu grupo político interrompido como ocorreu anteriormente. E isso exigirá uma abordagem mais populista e mais messiânica.


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JUSTIÇA INCONSTANTE GERA DESCONFIANÇA

 


  1. Política
     

Oscilações na interpretação das regras aumenta a desconfiança no Poder Judiciário

Carlos Pereira, O Estado de S.Paulo

Ao longo dos últimos anos o Brasil tem vivido uma verdadeira montanha russa com idas e vindas em decisões judiciais controversas, especialmente relacionadas a casos de corrupção.

STF
‘Como confiar na Justiça diante de tamanha oscilação das suas próprias decisões? O ambiente de polarização política tem piorado ainda mais essa situação, pois a confiança das pessoas nas decisões judiciais não é livre de viés’. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O começo do cumprimento da pena, inicialmente admissível apenas após o trânsito em julgado, tornou-se possível depois de uma condenação em segunda instância, mas, recentemente, retornou ao trânsito em julgado; as condenações de LulaEduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves foram anuladas; os crimes de corrupção associados a caixa dois, antes de competência da justiça criminal, são agora da justiça eleitoral; o compartilhamento de dados bancários e fiscais do Coaf e da Receita com a PF e MP passou a depender de prévia autorização judicial, etc.

Como confiar na Justiça diante de tamanha oscilação das suas próprias decisões? O ambiente de polarização política tem piorado ainda mais essa situação, pois a confiança das pessoas nas decisões judiciais não é livre de viés. Ou seja, a aparente racionalidade das pessoas para confiar ou não na Justiça pode ser motivada pela congruência da sua ideologia com a do acusado.

Será que a Justiça só seria justa e confiável quando punisse um desafeto, mas injusta e não confiável quando punisse o líder que ama?

Junto com os colegas da FGV André Klevenhusen e Lúcia Barros, fiz uma pesquisa de opinião experimental para investigar o papel da ideologia na confiança na Justiça em casos de corrupção.

Os resultados mostram que eleitores que possuem ideologia divergente da do candidato condenado apresentam níveis inalterados de confiança nas decisões judiciais. Este padrão se verificou em cenários de congruência (o candidato rejeitado é condenado) e indiferença (nem o candidato preferido nem o rejeitado são condenados) em relação aos veredictos da Justiça. No entanto, quando o candidato congruente com a ideologia do eleitor é condenado, a confiança no sistema de justiça diminuiu.

Os eleitores consideram os tribunais uma instituição imparcial para punir corruptos apenas quando seu candidato preferido não é o réu. Independentemente da volatilidade das decisões da Justiça, o eleitor já tem uma tendência de desconfiar dela quando ela causa dano ao objeto do seu afeto. Essa percepção tenderia a se potencializar se as decisões judiciais continuarem a apresentar esse perfil errático em curtos intervalos de tempo. Afinal de contas, a Justiça não pode ser um árbitro confiável, como é esperado em democracias, se as instâncias uniformizadoras superiores não forem vistas como consistentes e estáveis.

EMPRESAS DIGITAIS ABREM LOJAS FÍSICAS

 

  1. Economia 

Movimento já feito por gigantes online como Amazon busca aproximar cliente da marca e gerar maior engajamento

Fernanda Guimarães, O Estado de S.Paulo

Depois do forte crescimento do comércio online durante a pandemia, empresas nativas digitais estão fazendo o caminho inverso e abrindo lojas físicas. Com isso, esperam acelerar a captação de novos clientes e ampliar a divulgação da marca. O movimento inclui nomes como a Wine, especializada em vinhos, a Mobly, de móveis, e o brechó online TROC, entre outros.

“O varejo físico proporciona complementos importantes. Além da captação de novos clientes a um custo baixo, traz relacionamento, engajamento dos clientes e também funciona como um ponto de distribuição para as vendas online”, explica Alberto Serrentino, sócio da consultoria Varese Retail, lembrando que esse mesmo caminho já foi seguido antes, nos EUA, pela gigante online Amazon.

No caso da Wine, a primeira loja foi inaugurada em Belo Horizonte (MG) pouco antes do início das medidas de isolamento social, no fim de 2019. A exemplo do restante do varejo, a empresa teve de baixar as portas logo em seguida, mas foi buscar na geolocalização uma forma de encontrar clientes próximos do ponto físico para o atendimento das vendas online – e a loja acabou virando um centro de distribuição de produtos para a região. PUBLICIDADE

Quando o comércio em geral voltou a funcionar, as entregas realizadas a partir da loja continuaram sendo estratégicas, mas outro ponto se mostrou um diferencial: com o crescimento do consumo de vinhos no País, o ponto físico se tornou uma importante arma de captação de novos clientes, aponta German Garfinkel, diretor da Wine

Garfinkel em loja da Wine em São Paulo; além da venda direta, pontos vão abrigar eventos e degustações
Garfinkel em loja da Wine em São Paulo; além da venda direta, pontos vão abrigar eventos e degustações Foto: Daniel Teixeira/Estadão

“A ideia é a gente cortar a distância dos nossos sócios e clientes”, afirma o executivo. Pelo modelo adotado pela empresa, sócios ou assinantes da plataforma Clube Wine recebem, periodicamente, os rótulos selecionados pela casa.

Depois da loja em Belo Horizonte, a Wine abriu mais sete lojas em 2020 e outras oito neste ano. Em 2022, a ideia é abrir uma ou duas lojas por mês, diz Garfinkel. Mas os pontos de venda serão usados mais do que para vender: passada a pandemia de covid-19, a ideia é elaborar uma rotina de eventos e degustações, ampliando a interação com a clientela.

MÓVEIS E MODA

 No e-commerce de móveis Mobly, a loja física deu um empurrão para que a marca fosse reconhecida pelos clientes. Essa foi a ideia que pautou a abertura, em 2019, da primeira megastore, com 3 mil metros quadrados, na Marginal Tietê. 

A tese se provou correta e, agora, já são 15 lojas. Depois da capitalização vinda da recente oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), está nos planos da companhia dobrar o número de pontos de atendimento até o fim de 2022, comenta o fundador e presidente da Mobly, Victor Noda. “A loja física não é somente um importante canal de venda, mas é muito rentável”, afirma o executivo, que atua em um setor em que as vendas são predominantemente no mundo físico: cerca de 90%. 

No caso da Mobly, a ideia não foi deixar de lado as características do e-commerce. O executivo conta que, hoje, 40% do que é vendido no ponto físico não está na loja. “A loja acaba sendo uma extensão do digital.”

O brechó online TROC, recém-adquirido pelo Grupo Arezzo, é outro que se lançou ao mundo físico. Além das duas lojas em funcionamento, a companhia mapeou três localizações para as próximas unidades. “Queremos desmistificar a visão que muitas pessoas ainda possuem em relação à moda circular”, afirma a presidente da TROC, Luanna Toniolo.

Já a startup de produtos para bebês Grão de Gente fará sua estreia com uma unidade de 500 metros quadrados em Santos – cidade natal do fundador da empresa, Gustavo Ferro, que também já prepara seu desembarque na capital paulista. No ano passado, a Grão de Gente faturou R$ 250 milhões, alta de 25% em relação ao ano anterior. Nativa digital, a empresa quer trazer todo o conhecimento do mundo online para a loja física. “Vamos ter muita interação, tecnologia, games. Queremos brincar bastante com a tecnologia”, afirma Ferro.

Já na Amaro ter uma loja física já se provou há muito tempo uma estratégia acertada. No início, em 2015, a varejista começou a abrir o que chamou de guide shops, que eram pequenos pontos que funcionavam como locais para trocas e para as clientes conhecerem os produtos, mas sem estoque. Com o tempo, no entanto, a Amaro começou a ofertar mais produtos, como itens de beleza e roupas para crianças. Com isso, a estratégia mudou e a companhia começou a abrir lojas com mais de mil metros quadrados – e com estoque.

“Antes os guide shops era uma extensão de marketing, como showroom, para a Amaro ter um alcance maior e para a cliente ter contato com o produto”, afirma a diretora da varejista, Daniela Valadão. Hoje a Amaro tem um total de 19 lojas, sendo sete já nesse novo formato. Para o ano que vem o planejamento inclui de oito a dez novos pontos.

Nas lojas, a Amaro decidiu criar uma ligação firme com o mundo online. Eliminou os tradicionais caixas e inclui o que batizou de ponto de check-out, no qual a cliente consegue fazer o pagamento. “A ideia é que nossas clientes se tornem omnichannel”, comenta. O cálculo da Amaro é de que essas clientes têm um tíquete médio de compra 35% superior daquela que compra em um único canal.

Na Simple Organic, de produtos para beleza, empresa adquirida no começo do ano pela Hypera Pharma, a primeira loja saiu do papel há dois anos e a decisão ocorreu pela demanda das cientes de ter mais contato com os produtos.  “No próximo ano continuaremos a expandir pelo Brasil e seguimos também para a internacionalização, processo que começou também com vendas online e projetos locais”, afirma Patricia Lima, fundadora e presidente da marca.

SEDENTARISMO E CÂNCER MATAM

Danielle Laperche – Médica Oncologista

45 minutos de atividade física todos os dias pode ajudar a diminuir risco de câncer

Estudos mostram que a atividade física diminui riscos de pelo menos 13 tipos de câncer e pode impactar o sistema imunológico, aumentando a capacidade do corpo de lutar contra o tumor

Um estudo publicado nos Estados Unidos avaliou a incidência de câncer e os hábitos de quase 600 mil pessoas e concluiu que existe uma estreita relação entre o sedentarismo e doenças malignas. Segundo a descoberta, cinco horas semanais de atividade física moderada poderiam evitar mais de 46 mil casos de câncer por ano naquele país. “Temos diversos estudos, inclusive em pacientes já diagnosticados, que mostram mudança do prognóstico da doença quando comparamos pacientes sedentários e ativos”, afirma a médica oncologista Danielle Laperche.

Segundo ela, o que se sabe hoje é que a atividade física regular tem o poder de controlar a cascata de inflamação dentro do nosso corpo. “Esse processo diminui a produção de substâncias inflamatórias que vão se acumulando em um corpo sedentário, melhora o controle metabólico de gasto energético, de produção e de acúmulo de gordura. Isso culmina no controle da parte endócrina, com diminuição da secreção exagerada de alguns hormônios com efeito favorável ao surgimento de tumores. O exercício é como um regulador endocrinometabólico do corpo”, diz.

Laperche explica que os principais tumores relacionados ao estilo de vida são os tumores de mama, endométrio, colorretal, próstata e câncer de pulmão. “Não por coincidência, esses são também os tumores mais incidentes. Temos um estudo sobre câncer de mama que mostra claramente que as chances de retorno do tumor em pacientes que se mantém ativas são muito menores do que em pacientes sedentárias. O papel do exercício físico na prevenção de tumores é enorme”, explica a oncologista.

Segundo matéria do jornal O Globo, em 2016, uma revisão de estudos no JAMA Internal Medicine concluiu que ser fisicamente ativo diminui os riscos para pelo menos 13 tipos de câncer, e um relatório publicado em 2019 mostrou que essas reduções poderiam chegar a 69%. “Os hábitos de vida impactam fortemente na incidência de câncer no mundo hoje e a população precisa se conscientizar que a atividade física vai muito além de mera questão estética. Se manter ativo é uma medida mínima para aumento da saúde e da expectativa de vida e para prevenção de doenças, desde problemas cardiovasculares e diabetes, como também o câncer”, finaliza Laperche.

 

MICHAEL STOTT EDITOR DO FINANCIAL TIMES ANALISA A SITUAÇÃO ECONÔMICA E POLÍTICA BRASILEIRA DO GOVERNO LULA

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