domingo, 4 de abril de 2021

BOAS ESCOLHAS E MÁS ESCOLHAS NA VIDA

 

Dom Pedro Conti

Acordados ou dormindo, inexoravelmente, os dias irão transcorrer. Mais cedo ou mais tarde, seremos obrigados a reconhecer isso. “Esperança” é outra coisa.

– Mestre, como faço para me tornar um sábio? – perguntou.

– Boas escolhas. Ele fica pensativo por alguns instantes e depois torna a perguntar:

– Mas como fazer boas escolhas?

– Experiência – diz o mestre.

– E como se adquire experiência, mestre? – Más escolhas

Aprenda a fazer boas escolhas 

Monica Buonfiglio

Escolher é respeitar o seu desejo em primeiro lugar; não é possível fazer uma escolha sobre algo que mudará sua vida pensando nos outros pois você é a pessoa mais importante nessa história.

Passamos a maior parte do tempo fazendo escolhas, o que implica em dizer que somos o que escolhemos, pois isso é resultante de um pensamento que envolve um julgamento.

Os psicólogos e psiquiatras informam que, ao tomar uma decisão, usamos um “arquivo” da memória e conseguimos calcular naquele momento os benefícios daquela decisão, ou seja, sempre fazemos as escolhas que são boas para aquela questão, pois o cérebro age muito rápido, fazendo um ensaio de uma futura mudança no estilo de vida; assim antecipa os resultados para que se encontre a melhor saída para o impasse.

Quando escolhemos entre X e não Y muitas vezes teimamos em dizer que a resposta veio do nada; na verdade, o cérebro procurou no arquivo-memória todos os prós e contras desta decisão e a resposta final coube a um pequeno detalhe que fez toda a diferença.

Por isso não tenha medo de escolher, pois não será um impulso como pode parecer para alguns, mas algo que já foi planejado sem que se perceba.

Use a criatividade, elabore uma boa resposta e dê mais significado às suas escolhas; explique corretamente aos outros o motivo da sua decisão. Uma dica de um exercício simples: escreva em um papel no lado esquerdo a palavra “agora” e no lado direito “depois”. Descreva abaixo de cada item dez sentimentos que traduzem o que pode definir (ou não) uma nova postura; se estiver faltando itens no “depois” é melhor esperar.

Claro que ninguém ganha sempre e tomar uma nova atitude consiste em assumir acertos e erros; por isso devemos lembrar que a emoção interfere nas decisões especialmente para as mulheres quando estão na TPM ¿ portanto, calma neste período. Também não dá para decidir usando apenas a razão como a maioria dos homens, mas é possível saber se a pessoa tem um bom equilíbrio mental, moral e ético através das escolhas. Trocar ideias com quem não tem nenhuma relação com esta nova fase da sua vida também ajuda bastante.

Não decida sobre algo importante quando se está muito feliz ou muito triste, pois dessa maneira, não é possível avaliar direito o que é melhor. Também é importante levar em conta o quanto essa decisão vai afetar as pessoas que estão próximas a você; por isso, em alguns casos, cautela.

Aprenda a tomar decisões ao fazer escolhas importantes com as dicas a seguir.

1. MANTENHA OS DOIS PÉS NO CHÃO

Seja realista e encare os fatos na hora de tomar uma decisão. Isso diminui a chance de se frustrar depois. Mantenha o otimismo e evite criar expectativas mirabolantes. Para isso, leve em consideração suas experiências de vida.

Vá para um lugar tranquilo e pense em tudo que deu certo e errado, considerando diversas possibilidades. Aproveite para deixar suas emoções e intuições aflorarem nesse momento de decisão, tendo o devido cuidado de não se desprender da realidade.

2. ENCARE A SITUAÇÃO E IDENTIFIQUE OPÇÕES

Independentemente da decisão que precisa tomar, é fundamental que você olhe para a situação a partir de diferentes pontos de vista. O objetivo é identificar as diversas opções disponíveis.

Para facilitar o seu processo de tomada de decisão, pegue uma folha de papel e faça nela uma lista de todos os pontos positivos e negativos acerca da sua situação. Depois de escrevê-los, imagine as possibilidades que podem existir a partir do cruzamento deles.

3. BUSQUE O MÁXIMO DE INFORMAÇÕES

Por trás de uma tomada de decisão pode aparecer a insegurança, que surge do medo daquilo que é novo. Isso é normal, ok? Só não é saudável que deixemos esse sentimento tomar conta de nossas mentes e decidir por nós o que é melhor para as nossas vidas.

Se você estiver com medo, busque o máximo de informações sobre a decisão que você pretende tomar. Esses dados servirão de suporte para que você decida com base em fatos, não somente em emoções.

4. CONHEÇA AS SUAS CAPACIDADES

Cada pessoa tem suas características, que as tornam única no mundo. Você sabe quais são as suas? A partir do momento que você conseguir enxergar o seu potencial, isso poderá ajudá-la a desenvolver a autoconfiança necessária para tomar suas decisões.

A autoconfiança é adquirida quando você conhece todas as suas habilidades, sabe quais são os seus pontos fortes e aqueles que necessitam de aprimoramento. Isso se torna possível quando você investe em autoconhecimento.

5. CONTROLE A IMPULSIVIDADE

Dar passos sem ver e falar palavras sem medir: agir com impulsividade pode trazer arrependimentos. Na hora de tomar decisões, coloque todo o seu empenho em frear seu lado impulsivo para conseguir se relacionar de maneira mais tranquila consigo.

Dessa forma, analise quais serão as consequências das suas ações. Antes de decidir, descanse e coloque na sua mente a seguinte frase: “preciso pensar melhor”. Com a cabeça fria, sem pressões e com aquela lista de prós e contras, tudo se tornará mais simples e fácil de resolver.

Tenha em mente que o controle da impulsividade é um esforço que leva tempo, mas que, ao ver os primeiros resultados, você notará que esse trabalho vale a pena.

6. TENHA UM PLANO ALTERNATIVO

Nós sabemos que a vida é imprevisível, não é verdade? Por isso é importante que as suas decisões sejam tomadas considerando as adversidades que podem surgir pelo caminho. Antecipe-se aos possíveis obstáculos.

Para que você esteja seguro das suas escolhas, tenha um ou mais planos alternativos. Lembra-se das possibilidades que listamos a alguns tópicos atrás? Considere-as e tenha em mente um modo de seguir em frente caso as coisas não saiam como o esperado.

7. FILTRE AS OPINIÕES ALHEIAS

Quando nós precisamos tomar uma decisão importante e compartilhamos isso com amigos e familiares, é muito comum que surja e o famoso “conselho”, seguido de um “no seu lugar, eu faria”. Ouvir as opiniões dos outros é importante, mas é fundamental saber filtrá-las.

Conversar com as pessoas sobre as nossas decisões nos ajuda a externar o dilema que existe dentro de nós, bem como discutir as possibilidades. Quando isso é feito em uma conversa normal, em voz alta, facilita a análise da situação.

O fato é que alguns fatores que pesam para os outros talvez não sejam os mesmos que você levaria em consideração. Afinal, o que faz bem para alguém pode não ser interessante para você. Ouça cada opinião construtiva com atenção, mas lembre-se de que no fim é você que lidará com o resultado de sua decisão.

8. OLHE PARA O FUTURO

Se a decisão que tiver que tomar significa uma mudança drástica em sua vida, tente não se prender somente ao passado. Olhe para o futuro! Deixar de seguir em frente por causa de um pensamento destrutivo que diz que você está jogando algo construído fora é uma grande cilada.

Culpe-se menos pelo passado e pense na decisão sem considerá-lo como o único fator de peso. Raciocine com lógica e, diante de um dilema que envolva o que passou, considere também a possibilidade de corrigir as coisas no futuro.

9. RESPEITE O SEU TEMPO

Não seja impulsivo! Você não precisa decidir agora. Normalmente, alguns dias são suficientes para que você consiga organizar todas as suas ideias e argumentos acerca da escolha. Esse tempo é necessário para tomar uma boa decisão.

Durante o dia, aproveite para refletir, pesquisar, buscar ajuda com um amigo ou familiar, conversar com o seu terapeuta ou simplesmente se distrair. É durante a noite, no sono, que o seu subconsciente será capaz de reavaliar tudo o que foi visto durante o dia.

Depois de alguns dias, a análise de sua decisão será mais profunda.

10. NÃO OLHE A DECISÃO COMO UM TODO

É muito difícil avaliar uma situação por cima, sem a profundidade devida. Por isso, evite olhar a decisão como um todo. Se necessário, divida-a em pequenas partes para olhar cada uma delas.

Dessa forma, torna-se possível considerar de maneira mais prática todos os prós e contras que essa decisão tem. Isso facilita bastante a sua escolha.

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Quando você escolhe não é um impulso, mas algo que já foi planejado sem que se perceba

BOLSONARO NÃO QUER SE VACINAR

 

Gabriel Mascarenhas – VEJA

No dia em que poderia ter tomado a vacina contra a Covid-19, Jair Bolsonaro saiu para dar uma passeio e voltou a criticar o ‘lockdown’. Ao lado do novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, ele visitou um projeto social que distribui pratos de sopa à população desassistida na localidade de Itapõa, em Brasília.Bolsonaro x Lula 4© Presidência da República/Divulgação Bolsonaro x Lula 4

A dupla se alimentou no local, e Bolsonaro gravou um vídeo. Nele, reafirmou sua contrariedade com o que classificou como “política radical do feche tudo” e lembrou que o número de brasileiros sem renda aumentou durante a pandemia. “É o que sempre disse lá atrás: o desemprego e o vírus, dois problemas. Nos preocupamos com os dois. Lamentamos as mortes […]. Cada vez mais, com mais desemprego na política de fecha tudo e fica em casa, mais gente está comendo menos”, criticou.

O presidente disse que defende medidas protetivas, mas, segundo ele, com limites: “A guerra, da minha parte, não é política. É uma guerra que, realmente, tem a ver com o futuro de uma nação. Não podemos esquecer a questão do emprego. O vírus estamos combatendo com vacinações e apoiamos medidas protetivas, agora, tudo tem um limite”, concluiu.

Bolsonaro já poderia ter se vacinado em Brasília. A partir deste sábado, 3, o imunizante começou a ser aplicado aos moradores da capital com 66 anos, a idade do presidente. Por ora, entretanto, porém, não há previsão de que ele vá se vacinar. Bolsonaro costuma emitir sinais difusos sobre o que pensa a respeito do assunto. Na maior parte do tempo, rechaça a pretensão de se imunizar. Em algumas ocasiões, no entanto, indica que pode ceder à ciência, como ocorreu hoje, mais cedo.

Ao chegar de visita a Itapõa, Bolsonaro disse em frente ao Palácio da Alvorada que não descarta ir receber a sua dose. “Acho que essa vacina minha tem que ser dada para alguém que não contraiu o vírus e tem risco muito, mas muito maior do que o meu. Da minha parte não tenho problema nenhum em buscar um posto de saúde, já que entrou a minha faixa etária, e me vacinar”, afirmou o presidente, que já contraiu a Covid-19.

O EXÉRCITO PROFISSIONAL DEMITE O MILITAR QUANDO NÃO PRECISA MAIS DELE

 

Com ou sem guerra, é melhor uma estrutura profissional nas Forças Armadas

Lourival Sant’Anna, O Estado de S.Paulo

Nas minhas coberturas de conflitos armados ao longo de décadas, convivi com muitos militares, dos mais diversos países e culturas. Aprendi a apreciar o que se chama de “a alma militar”, e a observar como as circunstâncias podem moldá-la e conduzi-la para concepções inteiramente destoantes sobre seu papel.

A formação de um soldado é diferente da de qualquer outro profissional. Consiste em introjetar a obediência a uma ordem que pode levá-lo à morte; a aceitação de que ele, e não seu colega ao lado, tenha sido o escolhido para ir na frente, numa posição que diminui em muito suas chances de voltar vivo. O objetivo principal da formação do soldado é torná-lo parte de um corpo, e não mais um indivíduo. A isso se dá o nome de “espírito de corpo”.

Ao longo da carreira, o militar prova muitas vezes essa entrega à pátria: nos treinamentos exaustivos, nos exercícios arriscados, no rigor da disciplina e da hierarquia, na vida austera da caserna e nas mudanças periódicas de cidade que desorganizam sua vida familiar. A guerra, o risco de morte, galvaniza essa entrega, numa prova suprema de doação e de lealdade. 

CERIMÔNIA
Desfile da Guarda de Honra do Exército Sérvio,  durante cerimônia militar, em Belgrado, na Sérvia. Foto: Andrej Isakovic / AFP

Por tudo isso, a alma militar é sensível. Qualquer afirmação que pareça colocar em dúvida a veracidade dessa entrega, e o seu valor na sociedade, causa profunda mágoa. Não há nada mais valioso que alguém pode oferecer do que a própria vida.

O que dá sentido à existência e aos sacrifícios dos militares é a guerra — ou a ameaça dela. Quanto mais distante essa ameaça, maior o desafio de manter a corporação sintonizada com o espírito de entrega e de doação à pátria. Na ausência da guerra, o espírito de corpo e a sensibilidade da alma militar podem facilmente degenerar numa mentalidade autocomplacente, num exército de pessoas mimadas e egoístas, que se sentem merecedoras de todos os privilégios, sem disposição para concessões, mesmo quando a penúria impõe sacrifícios ao restante da sociedade.

Essas circunstâncias geram um tipo de funcionário público que é o oposto à alma militar: em vez de ele servir à pátria, é ela que lhe deve servir. No extremo, esse estado mental pode levar às ditaduras militares. Em situações intermediárias, a Forças Armadas que mantêm a nação como refém de suas exigências, de seus caprichos.

Existem dois tipos de Exército: o “nacional”, que recruta soldados por meio do serviço militar obrigatório, e combina esse contingente com voluntários mais qualificados que entram como cadetes, aspirantes à carreira de oficial; e o voluntário e profissional. Os dois diferem pelo tipo de contrato com seus integrantes, que determina duas culturas militares bem diferentes.

No Exército “nacional”, os que entram para a carreira como cadetes e vão galgando as patentes têm a expectativa de um emprego para a vida toda, até se aposentarem jovens, de preferência com alta patente e boa renda por décadas a fio.

O Exército profissional demite o militar quando não precisa mais dele. Com a economia decorrente de não ter efetivos inchados, pode investir mais em armamento e treinamento dos que ficam. O profissional demitido não sai considerando que a Força lhe deve algo. Ao contrário, ela lhe deu formação valorizada no mercado, que o qualifica para outras profissões na vida civil. É assim nos Estados Unidos e na Europa.

Mesmo na ausência da guerra, a cultura das Forças Armadas profissionais serve de antídoto para a degeneração da alma militar em um ser mimado, que sente que a nação está sempre em dívida com ele. 

Você não verá o militar de um Exército profissional celebrando uma vitória sobre guerrilheiros e militantes civis que conduziu à subjugação da própria população por décadas. Vitórias e derrotas ocorrem entre exércitos. Com ou sem guerra, é sempre melhor uma estrutura profissional nas Forças Armadas.

É COLUNISTA DO ESTADÃO E ANALISTA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS

DISPUTA ENTRE EUA E CHINA

 

Biden definiu rivalidade entre EUA e China como o confronto entre democracia e autocracia

Lourival Sant’Anna, O Estado de S.Paulo

O presidente Joe Biden definiu a rivalidade entre Estados Unidos e China como a disputa do século entre democracia e autocracia. . Essa visão se aplica não só às relações internacionais, mas também à dinâmica interna das democracias, a começar pela americana, ameaçadas por uma cultura supremacista em vários sentidos.

Na Guerra Fria, havia uma diferença não só entre os modelos democrático e autoritário, mas também entre sistemas econômicos baseados na livre iniciativa e no dirigismo estatal. As ineficiências inerentes à intervenção excessiva do Estado na economia levaram o bloco socialista à debacle econômica, militar e tecnológica. 

Em resposta, os chineses reorganizaram seus sistemas de ensino, pesquisa, comércio e indústria de modo a se inserir na globalização. Com sua mão de obra abundante e barata, regulação precária em matéria trabalhista e ambiental e um mercado interno crescente, a China se tornou o celeiro de manufatura do mundo. O regime de partido único continuou intacto e, com ele, o controle político da economia, da ciência e da cultura.

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Biden definiu rivalidade entre EUA e China como o confronto entre democracia e autocracia Foto: Brendan Smialowski/AFP

O deslocamento de grande parte da indústria para a China significou para muitos americanos e europeus sem ensino superior uma perda de renda e de status social. Esse grupo se tornou cliente de líderes populistas que manipulam seu ressentimento e nostalgia com a promessa da volta aos “velhos e bons tempos” por meio da exclusão de quem supostamente os “roubou”.

Esse discurso tem um núcleo supremacista, mais ou menos velado numa embalagem nacionalista, conservadora, religiosa e individualista. O veículo emocional dessa agenda política é a desconfiança da democracia, da liberdade econômica e do chamado “globalismo”. Isso gera uma incongruência interna, que confunde os liberais na economia e na cultura.

Cobri várias eleições presidenciais nos Estados Unidos, e encontrei um tipo de eleitor submerso em um dilema: de um lado, ele é moralmente conservador, o que o atrai para os candidatos republicanos; de outro, sente que precisa da ajuda do Estado, da regulação dos serviços e de outras preocupações típicas dos democratas. 

Não existia um candidato para esse eleitor, cujo voto representava uma escolha de Sofia. Até que Donald Trump conseguiu conciliar essas duas aspirações contraditórias, com um discurso moralmente conservador, porém protecionista, com uma forte identificação cultural com as pessoas de baixo nível de instrução, ao mesmo tempo que atende também às suas crenças individualistas e sonhos de ascensão social. O mesmo se pode dizer de Marine Le Pen na França e de tantos outros líderes da extrema direita.

O que move esse contingente de desiludidos e ressentidos é o “arrivismo” – o desejo de chegar a um patamar superior de prosperidade e status social e, ao chegar (“arriver”, em francês), simbolicamente chutar a escada, para impedir que outros de baixo também ascendam, e com isso anulem seus ganhos comparativos.

A desconfiança da democracia e das liberdades, combinada com a identificação com líderes considerados “fortes”, produziu uma admiração por autocratas como o russo Vladimir Putin. O chinês Xi Jinping poderia preencher esse papel também, se a China não fosse identificada como a raiz dos problemas dessa classe social – e se ele fosse caucasiano.

“Temos de provar que a democracia funciona”, exortou Biden, numa resposta à noção de que sistemas autoritários como o chinês produzem mais resultados. “No momento em que um presidente se afasta disso, como fez o último, perdemos nossa legitimidade ao redor do mundo.” 

O futuro da democracia depende da resposta a essa pergunta: a legitimidade do liberalismo econômico está na meritocracia, que pressupõe oportunidades não tão desiguais, ou na exclusão supremacista?

* É COLUNISTA DO ESTADÃO E ANALISTA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS

BOLSONARO APLICA NO BRAIL TÉCNICAS DE DONALD TRUMP NOS EUA

 

Os mais suscetíveis são os que foram menos expostos ao pensamento racional

Lourival Santanna, O Estado de S.Paulo

Brasil vive a maior tragédia de sua história. A epidemia do coronavírus é um desafio de gestão, mas adquiriu tamanha dimensão no Brasil por causa da estratégia de poder do presidente. Jair Bolsonaro está aplicando no Brasil técnicas testadas por Donald Trump nos Estados Unidos. Essa abordagem encontra no Brasil condições ainda mais favoráveis do que nos EUA.

O objetivo é capturar a adesão de um contingente suficiente da população para tornar o país refém de seu líder. Não é preciso que seja a maioria, como não foi nos EUA e não é no Brasil. O mais importante é a intensidade da adesão, o grau de fidelidade.

Como o restante da população está desmobilizado e aturdido, essa minoria se torna dominante pela coesão e lealdade ao líder.

Não é uma lealdade construída sobre fatos nem sobre raciocínios lógicos, mas sobre a emoção. Para entender o cimento que une o líder e os seguidores, é preciso fazer uma analogia com a religião. Não é escolha racional. É fé. Tanto assim que parte desse contingente associa o líder a sua igreja. Outra parte segue apenas o líder político, o que torna sua fé ainda mais intensa, já que sua demanda pelo sagrado está centrada exclusivamente nele.

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Bolsonaro e admiradores posam com livro do Coronel Ustra Foto: Arquivo Bolsonaro

Da mesma maneira como a fé religiosa, a crença num líder político também se constrói com convicções que não podem ser comprovadas empiricamente. O benefício é intangível. Nas religiões, os fiéis são instados a realizar sacrifícios para provar sua fé. Essa é a chave que desconecta o seguidor da realidade material, e o eleva a uma experiência sobrenatural. Daí a necessidade de desprezar a gestão, a ciência, a estatística, o jornalismo e qualquer atividade ancorada no empírico. 

Outra analogia é com a linguagem dos sonhos. Quando sonhamos, nossas experiências do dia anterior são armazenadas em nossa memória. Enquanto assiste a esse fluxo cerebral, o inconsciente reorganiza as imagens que representam essas experiências de acordo com as emoções que elas provocam.

Os sonhos usam representações de coisas reais. Mas elas aparecem associadas de forma muito diferente da realidade. Coisas separadas no tempo e no espaço na nossa experiência real se juntam nos nossos sonhos, e adquirem significado totalmente diferente. Por serem representações do real, acreditamos na trama que estamos sonhando.

Pela história desfila uma longa linhagem de governantes que inspiraram esse fervor messiânico, do imperador romano Júlio César à dinastia Kim na Coreia do Norte, passando por Adolf Hitler, Benito Mussolini, Juan Domingo Perón, Getúlio Vargas, Fidel Castro, Hailé Selassié, Idi Amin Dada e tantos outros.

As narrativas desses líderes coletam experiências reais e as reordenam de uma nova forma, para dar aparência de lógica e legitimidade a suas posições. Seus seguidores não despertam do sonho. Passam a interpretar o mundo segundo o pensamento mágico, em que o desejo se sobrepõe à realidade, e a interpretação passa a criar o fato. 

É um giro copernicano ao contrário. É como voltar a acreditar que o Sol gira em torno da Terra (ou que ela é plana). A partir dessa inversão fundamental na ordem entre realidade e emoção, o indivíduo ingressa em um mundo paralelo.

É uma revolução. No campo político, líder e seguidor estabelecem relação direta, sem a mediação de partidos, leis, parlamento, sistema judiciário ou qualquer referência externa. É uma identificação: líder e seguidor se tornam, no plano afetivo, a mesma pessoa.

A coesão é alimentada cotidianamente por parábolas que provocam medo e raiva nos seguidores. São teorias conspiratórias que provam que o líder é um salvador ameaçado por forças malignas, externas ao seu culto.

As pessoas mais suscetíveis ao magnetismo dessa liderança são as que foram menos expostas, de forma sistemática, organizada e atraente, ao pensamento racional. Noutras palavras, as menos educadas (e não necessariamente mais pobres). Essa não é uma regra absoluta, mas estatisticamente muito consistente.

É por isso que no Brasil essa abordagem do poder tende a ter mais tração do que nos Estados Unidos, onde a penetração e a qualidade do ensino são muito maiores. Além disso, a elite americana é muito mais bem preparada do que a brasileira, e as instituições, mais sólidas.

É preciso entender tudo isso para esboçar uma resposta eficaz a esse desafio, e ao menos gerenciar o seu enorme dano. Grande parte da elite brasileira acreditou que ficaria protegida do efeito destrutivo da precariedade da educação no País. Foi preciso uma pandemia para escancarar a incongruência desse projeto.

*É COLUNISTA DO ESTADÃO E ANALISTA DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS

STF LIBERA CULTOS NAS IGREJAS MESMO COM AGRAVAMENTO DA PANDEMIA

 

Para o ministro do STF, Estados e municípios não podem proibir totalmente a realização de missas e cultos religiosos. ‘Estamos em plena Semana Santa, a qual, aos cristãos de um modo geral, representa um momento de singular importância’, afirmou

Rafael Moraes Moura/ BRASÍLIA e Rayssa Motta/ SÃO PAULO

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Enquanto o país enfrenta o pior momento da pandemia do novo coronavírus, com mais de 330 mil mortos, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques decidiu neste sábado (3) autorizar a realização de celebrações religiosas em todo o País. Indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, Nunes Marques determinou que sejam aplicados protocolos sanitários em igrejas e templos, limitando a presença em cultos e missas a 25% da capacidade do público. A decisão do magistrado – que proíbe Estados e municípios de suspenderem completamente as celebrações religiosas presenciais – destoa de outras decisões tomadas pelo STF, como a que garantiu autonomia para que governadores e prefeitos decretem medidas de isolamento.

Documento

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) já avisou que não vai seguir a decisão do ministro. “Em Belo Horizonte, acompanhamos o Plenário do Supremo Tribunal Federal. O que vale é o decreto do Prefeito. Estão proibidos os cultos e missas presenciais”, escreveu Kalil em seu perfil no Twitter.https://platform.twitter.com/embed/Tweet.html?dnt=false&embedId=twitter-widget-0&frame=false&hideCard=false&hideThread=false&id=1378464517039005704&lang=pt&origin=https%3A%2F%2Fpolitica.estadao.com.br%2Fblogs%2Ffausto-macedo%2Fem-plena-pandemia-kassio-libera-cultos-e-missas-em-todo-o-pais%2F&siteScreenName=estadao&theme=light&widgetsVersion=e1ffbdb%3A1614796141937&width=550px

A decisão do ministro foi tomada em ação movida pela Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), que alega que a suspensão dos cultos e missas viola o direito fundamental à liberdade religiosa e o princípio da laicidade estatal. A Anajure questionou decretos de Estados e prefeituras de todo o País que suspenderam a realização de eventos religiosos.

“Reconheço que o momento é de cautela, ante o contexto pandêmico que vivenciamos. Ainda assim, e justamente por vivermos em momentos tão difíceis, mais se faz necessário reconhecer a essencialidade da atividade religiosa, responsável, entre outras funções, por conferir acolhimento e conforto espiritual”, observou Nunes Marques em sua decisão.

“Estamos em plena Semana Santa, a qual, aos cristãos de um modo geral, representa um momento de singular importância para as celebrações de suas crenças — vale ressaltar que, segundo o IBGE, mais de 80% dos brasileiros declararam-se cristãos no Censo de 2010”, acrescentou.

Igreja Nossa Senhora do Brasil com fieis na pandemia. Foto: Marcelo Chello/ Estadão

Nunes Marques também determinou que sejam adotadas medidas como distanciamento social (com ocupação de forma espaçada entre os assentos e modo alternado entre as fileiras de cadeiras ou bancos), a obrigatoriedade quanto ao uso de máscaras, a disponibilização de álcool em gel nas entradas dos templos e aferição de temperatura do público.

A decisão do ministro está alinhada aos interesses do Palácio do Planalto, que vive guerra com governadores e prefeitos de todo o País contra toque de recolher, lockdown e outras medidas de distanciamento social. “Nunes Marques concede medida cautelar para o fim de determinar que: estados, DF e municípios se abstenham de editar ou exigir o cumprimento de decretos ou atos administrativos locais que proíbam a realização de celebrações religiosas presenciais”, escreveu o presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais.

O deputado Marco Feliciano (Republicanos-SP) elogiou a liberação dos cultos. “O ministro Nunes Marques restabeleceu a vigência da Constituição. Não pode um governador tratar como dispensável aquilo que o constituinte originário definiu como fundamental! Vitória da liberdade. Vitória da democracia!”, disse o parlamentar ao Estadão.

Grau de controle.

Em uma decisão de 16 páginas, o ministro ainda apontou que diversas atividades essenciais continuam durante a pandemia, como o transporte coletivo. “É importante reconhecer que o transporte coletivo tem sido considerado essencial, a exemplo de mercados e farmácias ― que, de fato, o são. Tais atividades podem efetivamente gerar reuniões de pessoas em ambientes ainda menores e sujeitos a um menor grau de controle do que nas igrejas”, observou.

O magistrado destacou um parecer do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, a favor da abertura de templos e igrejas, “desde que respeitados os protocolos sanitários para evitar a disseminação da covid-19”. Esse parecer foi enviado em outra ação, de relatoria do ministro Gilmar Mendes, em que o PSD contesta decreto do governo de São Paulo que vetou atividades religiosas coletivas presenciais durante as fases mais restritivas do plano de combate ao coronavírus. Na prática, Nunes Marques se antecipou a Gilmar.

“A lei, decreto ou qualquer estatuto que, a pretexto de poder de polícia sanitária, elimina o direito de realizar cultos (presenciais ou não), toca diretamente no disposto na garantia constitucional”, escreveu Kassio, ao destacar que a Constituição assegura o livre exercício dos cultos religiosos.

Em São Paulo, o decreto que vetou atividades religiosas coletivas foi editado após recomendação do procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo. Membros do gabinete de crise da covid-19 instituído no Ministério Público paulista consideraram a medida ‘imprescindível’ em razão do aumento do número diário de pessoas infectadas, de internações e de mortes por covid-19.

Vacinação.

Esta não foi a primeira vez em que Nunes Marques tomou decisão que contraria a recomendação de autoridades sanitárias do mundo inteiro. Em dezembro do ano passado, em um revés para o Palácio do Planalto, o Supremo decidiu a favor da vacinação obrigatória contra o novo coronavírus. Por 10 a 1, o tribunal entendeu que Estados e municípios podem decidir sobre a obrigatoriedade da imunização e até mesmo impor restrições para quem se recusar a ser vacinado. A medida, contudo, não significa vacinação à força, sem o consentimento do indivíduo.

Na prática, o STF deu a Estados e municípios de todo o País o poder de definir as sanções contra os indivíduos que não queiram ser vacinados, desde que sejam medidas razoáveis – e amparadas em leis. A carteira de vacinação em dia já é exigida, por exemplo, para matrícula em escolas, concursos públicos e pagamento de benefícios sociais.

Naquele julgamento, Nunes Marques colocou uma série de empecilhos para a vacinação obrigatória. Exigiu que o Ministério da Saúde fosse ouvido e frisou que a vacinação compulsória deveria ser a “última medida de combate” contra o novo coronavírus,  após campanha de vacinação e “esgotamento de todas as formas menos gravosas de intervenção sanitária”. O ministro acabou isolado nesses pontos.

QUE PAÍS É ESSE?

 

ISTOÉ

Respondendo as perguntas que fiz no título desta coluna, começo pelo Brasil: um país com 330 mil mortos por Covid-19, numa razão diária de quase 4 mil vítimas fatais, com 80 mil novos doentes por dia, tendo seu sistema público de saúde colapsado, prestes a assistir ao mesmo colapso no sistema de saúde privado, na iminência da falta de oxigênio e de remédios para intubação, sem vacinas, sem ações governamentais conjuntas, atual epicentro mundial da pandemia, responsável por quase 50% das mortes por Covid, na última semana, em todo o mundo, incapaz, inclusive, de enterrar seus mortos.

STF: uma casa de decisões políticas e não, constitucionais, onde a lei deixou de ser o norte para se tornar justificativa de julgados monocráticos, movidos por interesses pessoais, sejam ideológicos, políticos ou empresariais, carente de respeito e confiança pela sociedade, com a reputação no subsolo do porão, constituída por ministros considerados (pela maioria absoluta da população) despreparados, corruptos, corporativistas, indignos, ditadores, ilegais e outras características mais, nada abonadoras, perdida em disputas de ego e de poder, insensível ao sofrimento da nação, presa em seus próprios labirintos.

Ministro: recentemente indicado por Bolsonaro, por suas características bolsonaristas, para fazer bolsonarices. Mas tudo bem. Ele tem apenas 48 anos. Trinta anos passam rapidinho.

sábado, 3 de abril de 2021

ENCONTRO ENTRE COMANDANTES DO EXÉRCITO

 

‘Laços inquebrantáveis de respeito, camaradagem e lealdade’, ressalta publicação nas redes sociais após trocas nas Forças Armadas

Idiana Tomazelli, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Após a crise gerada pela troca no comando das Forças Armadas, o Exército publicou em suas redes sociais uma foto do encontro de seu novo comandante, general Paulo Sérgio Nogueira, com seus dois antecessores, Edson Pujol e Eduardo Villas Bôas.

“Antigo, atual e futuro Comandante do Exército de Caxias: laços inquebrantáveis de respeito, camaradagem e lealdade”, diz a postagem do Exército. 

Exército
Os generais Edson Pujol, Paulo Sérgio Nogueira e Eduardo Villas Bôas, em foto publicada pelo Exército Foto: Reprodução/Twitter

A publicação vem depois de a mudança feita pelo presidente Jair Bolsonaro ter gerado desgaste pela tentativa de politização das Forças Armadas, com mais apoio explícito a seu governo. Foi a primeira vez na história que um presidente trocou a cúpula militar do País no meio do mandato.

Villas Bôas, um dos presentes no encontro, é apontado como um dos fiadores da indicação do general Paulo Sérgio Nogueira, que não era a primeira opção de Bolsonaro para o posto. Ele contrariou o presidente em recente entrevista ao jornal Correio Braziliense, na qual apontou a possibilidade de uma terceira onda de covid-19 no País e defendeu o isolamento social. Bolsonaro, por sua vez, é crítico às restrições adotadas por governadores e prefeitos como forma de conter a propagação da doença.

Também pesou a favor de Paulo Sérgio o fato de ter um perfil apaziguador, hábil no trato com subordinados e um estilo “um manda, outro obedece”, como definiu certa vez o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde que teve a gestão marcada apenas pelo cumprimento de ordens do presidente.

O novo comandante do Exército também é próximo do ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva, que deixou o cargo por, entre outros motivos, se recusar a substituir Edson Pujol, com quem Bolsonaro nunca teve boas relações, e a confrontar decisões do Supremo Tribunal Federal.

DEPUTADO PEDE PARA A JUSTIÇA ANULAR REAJUSTES NO REEMBOLSO MÉDICO

 

Kim Kataguiri classifica como ‘imoral’ ato da gestão Arthur Lira que elevou o limite das despesas médicas de parlamentares

Camila Turtelli, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) entrou com uma ação na Justiça Federal pedindo o cancelamento do reajuste de 170% para o reembolso de despesas médicas de parlamentares na Câmara. Como o Estadão/Broadcast mostrou na quarta-feira, 31, o presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), mais do que dobrou o limite para os gastos feitos na rede privada de saúde por parlamentares. 

A ação também é assinada pelo vereador de São Paulo Rubinho Nunes (Patriota). Nunes e Kataguiri fazem parte do Movimento Brasil Livre (MBL). 

Plenário da Câmara dos Deputados
Plenário da Câmara dos Deputados Foto: Dida Sampaio|Estadão

O valor que pode ser reembolsado com dinheiro público passou de R$ 50 mil para R$ 135,4 mil. Pelas regras internas, gastos acima disso também podem ser devolvidos ao parlamentar, mas apenas após aval da Mesa Diretora da Casa. A medida acontece no momento em que a rede pública de saúde do País registra falta de leitos e de medicamentos para atender pacientes da covid-19.

“Cada deputado ganha um limite adicional de R$ 85.400,00,  o que, multiplicado por 513 (número de deputados federais), resulta em R$ 43,8 milhões. Este é o impacto que tal ato administrativo pode gerar”, diz Kataguiri na ação. O parlamentar do DEM define o ato da Mesa que autorizou o reajuste como “imoral”.

A ação a concessão de tutela de urgência, para sustar os efeitos da medida, e que o Ministério Público acompanhe o caso.  O pedido ainda tenta anular os efeitos de outro ato da Mesa Diretora de 2013, o que poderia impossibilitar reembolsos de qualquer valor aos deputados.

O reembolso, porém, não é a única forma de os deputados terem despesas médicas pagas pelos cofres públicos. Os parlamentares têm direito a um plano de saúde, ligado à Caixa Econômica Federal, que permite o atendimento em hospitais privados. O valor pago para aderir ao benefício é de R$ 630 mensais, além de uma quota-participação de 25% sobre cada gasto realizado, segundo tabela adotada pelo convênio. O salário de um deputado é de R$ 33,7 mil.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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