terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

PRESIDENTE DA PETROBRAS DEMITIDO NÃO QUER RENUNCIAR

 

Castello Branco não cogita renunciar e general só deve assumir Petrobrás no fim de março

Fernanda Nunes – Jornal Estadão

RIO – O conselho de administração da Petrobrás vai dar nesta terça-feira, 23, o primeiro passo para que o general Joaquim Silva e Luna substitua o executivo Roberto Castello Branco na direção da estatal. O colegiado vai apreciar o pedido do governo federal para que os acionistas se reúnam em assembleia para aprovar a entrada do militar no conselho, segundo pessoas da linha de frente da companhia que pediram para não ter seus nomes revelados.

Enquanto isso, o atual presidente permanece no cargo. Ele já avisou a pessoas próximas que não está disposto a renunciar e cumprirá o mandato de dois anos até o dia 20 de março.

Um grupo de diretores está disposto a deixar a empresa junto com Castello Branco. Profissionais de confiança do executivo, eles estão alinhados às bandeiras do atual presidente, como a venda de ativos e reajustes recorrentes dos preços dos combustíveis. Em conversa com o ministro de Minas e EnergiaBento Albuquerque, no fim de semana, se mostraram irredutíveis, de acordo com as fontes.

© Fernando Frazão/Agência Brasil Roberto Castello Branco diz que vai até o final e não sai antes do dia 20 de março.

O general Joaquim Silva e Luna, na verdade, só vai assumir a presidência da Petrobrás no fim de março ou início de abril, após os acionistas da empresa – União e minoritários – se reunirem em assembleia e aprovarem sua entrada no conselho de administração da estatal – é preciso ser membro do conselho para assumir a presidência executiva. Ultrapassada essa etapa, o nome do militar ainda tem de ser apreciado pelos demais membros do colegiado em reunião, para só então ser confirmado oficialmente.

Acontece que o prazo entre a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) de acionistas e a sua realização é de 30 dias. E, a partir daí, vai ser necessária mais uma semana para que os conselheiros da empresa se reúnam para analisar a indicação do militar. Ou seja, o prazo para que Luna passe a comandar a Petrobras é de, pelo menos, 37 dias após a convocação da assembleia. Isso significa que, se a convocação acontecer amanhã, na melhor das hipóteses, Luna vai sentar na cadeira de presidente da petrolífera apenas em 31 de março.

Na última sexta-feira, 19, o Ministério de Minas e Energia (MME) encaminhou ofício à estatal pedindo que a empresa convoque a assembleia de acionistas para que seja votada a substituição de Castello Branco por Luna num dos 11 assentos do conselho de administração, e reconduzido o restante do conselho.

A convocação dessa assembleia deve ser aprovada pelos conselheiros, em reunião nesta terça-feira. No dia seguinte, eles vão avaliar o balanço financeiro de 2020, que será divulgado ao mercado após o fechamento da Bolsa brasileira, a B3.

Mudança deve acontecer

Conselheiros ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que preferiram não ter seus nomes revelados dão como certa a aprovação da AGE, que nada mais é do que o primeiro passo para cumprir todos os ritos de substituição do presidente da companhia, como quer Bolsonaro. Se o colegiado não convocar a assembleia, o governo pode fazê-la por conta própria e, de quebra, ainda pedir mudanças no colegiado. Isso atrasaria o processo, mas não impediria a saída de Castello Branco.

A demissão do executivo e, principalmente, a forma como aconteceu na última sexta-feira, via redes sociais, pegou de surpresa o conselho de administração da companhia, principalmente os representantes dos acionistas minoritários, alinhados à atual gestão. O anúncio da sua substituição pelo general Luna foi formalizado após sucessivos ataques de Bolsonaro à direção da empresa e à sua política de preços de combustíveis. O presidente da República ficou irritado com os sucessivos aumentos do óleo diesel, que têm prejudicado os caminhoneiros, uma de suas principais bases eleitorais.

Num primeiro momento, membros do conselho tentaram se manter coesos na defesa de Castello Branco e na tentativa de mantê-lo no cargo. Mas, segundo fontes, no fim de semana, a unidade foi perdendo força e, amanhã, o grupo iniciará a reunião já com a certeza de que não poderá resistir à indicação do general e a possíveis mudanças nos rumos da estatal.

Segundo as fontes, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, conversou com os representantes da União no colegiado na tentativa de acalmá-los sobre o processo de transição. E, do lado dos acionistas minoritários, mais resistentes às mudanças, a conclusão, no fim das contas, foi de que não há nada a fazer. Caso contrário, junto de Castello Branco cairá também todo o conselho e isso, não opinião deles, só prejudicaria a missão de ampliar a presença e representativa dos pequenos investidores na cúpula da empresa.

VIA LÁCTEA PODE TER MUITOS PLANETAS COM AS MESMAS CONDIÇÕES DA TERRA

 

Via Láctea pode ter incontáveis planetas com oceanos e continentes

PLANETA

©      Segundo Anders Johansen, da Universidade de Copenhague, todos os planetas da Via Láctea podem ser fo…

Há muito tempo os astrônomos olham para o universo na esperança de descobrir civilizações alienígenas. Mas, para um planeta ter vida como a que conhecemos, a água líquida deve estar presente. As chances desse cenário de descoberta pareciam impossíveis de calcular, porque se supunha que planetas como a Terra obtinham água por acaso – se um grande asteroide de gelo atingisse esse objeto.

Agora, uma equipe liderada por pesquisadores do Globe Institute da Universidade de Copenhague (Dinamarca) publicou um estudo que indica que a água pode estar presente durante a própria formação de um planeta. De acordo com os cálculos do estudo, isso é verdade para a Terra, Vênus e Marte. O trabalho foi apresentado na revista “Science Advances”.

“Todos os nossos dados sugerem que a água fazia parte dos blocos de construção da Terra, desde o início. E como a molécula de água ocorre com frequência, há uma probabilidade razoável de que ela se aplique a todos os planetas da Via Láctea. O ponto decisivo para saber se a água líquida está presente é a distância do planeta em relação a sua estrela”, diz o professor Anders Johansen, do Centro de Formação de Planetas e Estrelas do Globe Institute, que liderou o estudo.

Gelo e carbono

Usando um modelo de computador, Johansen e sua equipe calcularam a rapidez com que os planetas são formados e a partir de quais blocos de construção. O estudo indica que foram partículas milimétricas de poeira de gelo e carbono – que orbitam ao redor de todas as estrelas jovens da Via Láctea – que há 4,5 bilhões de anos se acumularam na formação do que mais tarde se tornaria a Terra.

“Até o ponto em que a Terra havia crescido a 1% de sua massa atual, nosso planeta cresceu capturando massas de seixos cheios de gelo e carbono. A Terra então cresceu cada vez mais rapidamente até que, após 5 milhões de anos, tornou-se tão grande quanto a conhecemos hoje. Ao longo do caminho, a temperatura na superfície subiu drasticamente, fazendo com que o gelo nos seixos evaporasse no caminho para a superfície, de modo que, hoje, apenas 0,1% do planeta é composto de água, embora 70% da superfície da Terra seja coberta por água”, diz Johansen. Ele e sua equipe de pesquisa na Universidade de Lund (Suécia) haviam apresentado há dez anos a teoria que o novo estudo confirma agora.

A teoria, chamada de acréscimo de seixos, diz que os planetas são formados por seixos que se aglomeram. Com isso, os planetas ficam cada vez maiores.

Segundo Johansen, a molécula de água (H2O) é encontrada em toda parte em nossa galáxia. A teoria, portanto, abre a possibilidade de que outros planetas possam ter se formado da mesma forma que a Terra, Marte e Vênus.

Ocorrência frequente

“Todos os planetas da Via Láctea podem ser formados pelos mesmos blocos de construção. Isso significa que planetas com a mesma quantidade de água e carbono que a Terra – e, portanto, locais potenciais onde a vida pode estar presente – ocorrem frequentemente em torno de outras estrelas em nossa galáxia, desde que a temperatura esteja certa”, diz ele.

Se os planetas em nossa galáxia tiverem os mesmos blocos de construção e as mesmas condições de temperatura da Terra, também haverá boas chances de que eles possam ter aproximadamente a mesma quantidade de água e continentes que nosso planeta.

O professor Martin Bizzarro, também do Globe Institute e coautor do estudo, afirma: “Com nosso modelo, todos os planetas recebem a mesma quantidade de água, e isso sugere que outros planetas podem ter não apenas a mesma quantidade de água e oceanos, mas também a mesma quantidade de continentes como aqui na Terra. Isso oferece boas oportunidades para o surgimento da vida”.

Novos telescópios espaciais

Se, por outro lado, a quantidade de água presente nos planetas fosse aleatória, os planetas poderiam parecer muito diferentes. Alguns planetas seriam muito secos para desenvolver vida, enquanto outros estariam completamente cobertos pela água.

“Um planeta coberto por água seria bom para os seres marinhos, mas ofereceria condições aquém das ideais para a formação de civilizações que possam observar o universo”, diz Anders Johansen.

Ele e sua equipe de pesquisa estão ansiosos para a próxima geração de telescópios espaciais, que oferecerá oportunidades muito melhores para observar exoplanetas orbitando uma estrela diferente do Sol. “Os novos telescópios são poderosos. Eles usam espectroscopia, o que significa que ao observar que tipo de luz está sendo bloqueado na órbita dos planetas ao redor de sua estrela, você pode ver quanto vapor d’água existe. Pode nos dizer algo sobre o número de oceanos naquele planeta”, observa Johansen

LIÇÕES DE EMPREENDORISMO TIRADAS DE UM ROUBO A BANCO

 

Vale a pena ler qualquer semelhança será mera coincidência !!!

Autor desconhecido

Um ladrão entrou no banco gritando para todos:

” Ninguém se mexe, porque o dinheiro não é seu, mas suas vidas pertencem a vocês.”

Todos no banco ficaram em silêncio e lentamente se deitaram no chão.

Isso se chama CONCEITOS PARA MUDAR MENTALIDADES

Mude a maneira convencional de pensar sobre o mundo.

Com isso, uma mulher ao longe gritou: ” MEU AMOR, NÃO SEJA RUIM PARA NÓS, PARA NÃO ASSUSTAR O BEBÊ “, mas o ladrão gritou com ela:

“Por favor, comporte-se, isso é um roubo, não um romance!”

Isso se chama PROFISSIONALISMO

Concentre-se no que você é especializado em fazer.

Enquanto os ladrões escapavam, o ladrão mais jovem (com estudos profissionais de contabilidade) disse ao ladrão mais velho (que tinha acabado de terminar o ensino fundamental):

“Ei cara, vamos contar quanto temos.”

O velho ladrão, obviamente zangado, respondeu:

“Não seja estúpido, é muito dinheiro para contar, vamos esperar a notícia para nos contar quanto o banco perdeu.”

Isso se chama EXPERIÊNCIA

Em muitos casos, a experiência é mais importante do que apenas o papel de uma instituição acadêmica.

Depois que os ladrões foram embora, o supervisor do banco disse ao gerente que a polícia deveria ser chamada imediatamente.

O gerente respondeu:

“Pare, pare, vamos primeiro INCLUIR os 5 milhões que perdemos do desfalque do mês passado e relatar como se os ladrões os tivessem levado também”

O supervisor disse:

“Certo”

Isso se chama GESTÃO ESTRATÉGICA

Aproveite uma situação desfavorável.

No dia seguinte, no noticiário da televisão, foi noticiado que 100 milhões foram roubados do banco, os ladrões só contaram 20 milhões.

Os ladrões, muito zangados, refletiram:

“Arriscamos nossas vidas por míseros 20 milhões, enquanto o gerente do banco roubou 80 milhões em um piscar de olhos.”

Aparentemente, é melhor estudar e conhecer o sistema do que ser um ladrão comum.

Isto é CONHECIMENTO e é tão valioso quanto ouro.

O gerente do banco, feliz e sorridente, ficou satisfeito, pois seus prejuízos foram cobertos pela seguradora no seguro contra roubo.

Isso se chama APROVEITANDO OPORTUNIDADES ..

ISSO É O QUE MUITOS POLÍTICOS FAZEM ESPECIALMENTE NESTA *PANDEMIA, ELES A USAM PARA ROUBAR E RESPONSABILIZAR O VÍRUS.

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POSTOS DE GASOLINA SERÃO OBRIGADOS A INFORMAR A COMPOSIÇÃO DO PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS

 

Decreto de Bolsonaro obriga postos a informar composição do preço de combustível

Postos de gasolina deverão apresentar qual percentual de impostos da gasolina, do etanol e do diesel

Por FOLHAPRESS

Preço da gasolina está pesando no bolso dos consumidores

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou um decreto que obriga postos de gasolina a informar a composição do valor cobrado por combustíveis na bomba.

De acordo com a Secretaria-Geral da presidência, o objetivo é que os consumidores tenham “mais clareza dos elementos que resultam no preço final”.

“Isso dará noção sobre o real motivo na variação de preços. O decreto também obriga os postos a dispor informações sobre os descontos vinculados ao uso de aplicativos de fidelização”, diz a Secretaria-Geral, em nota.

A norma deve ser publicada no Diário Oficial da União de terça-feira (23).
Bolsonaro enfrenta pressão pela alta no preço dos combustíveis, principalmente de caminhoneiros que se queixam das variações do valor cobrado pelo diesel.

O medo do Planalto é que a insatisfação da categoria –próxima a Bolsonaro– leve a uma nova greve, como a que paralisou o Brasil em 2018.

O presidente costuma se defender responsabilizando o ICMS cobrado por estados.

Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional um projeto que prevê a unificação das alíquotas do imposto, mas a ideia sofre resistência de estados que perderiam arrecadação.

Em meados de fevereiro, Bolsonaro chegou a pedir a seus seguidores nas redes sociais que abastecessem seus veículos com R$ 100 e compartilhassem a nota fiscal. O objetivo do presidente era questionar o ICMS dos combustíveis cobrado pelos estados.

Em outra frente, ele prometeu zerar tributos federais sobre o diesel durante dois meses e determinou a troca do atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna.

O presidente está insatisfeito com a política de preços da estatal e a troca foi entendida pelo mercado como uma intervenção política do Planalto, o que gerou forte abalo no valor de mercado da empresa.

O governo alega que o novo decreto fortalece o “direito à informação” de consumidores.

“Como a oscilação nos preços dos combustíveis está atrelada aos preços das commodities no mercado internacional, e suas cotações variam diariamente, o consumidor muitas vezes não compreende o motivo da variação no preço final”, diz o comunicado divulgado pelo governo.

“Quanto aos aplicativos de fidelização, o governo quer assegurar aos consumidores o direito de serem devidamente informados sobre os preços praticados e sobre as possibilidades de aderirem ao programa de fidelização para obtenção de descontos, devolução de parte do valor pago e outros benefícios”.

PFIZER QUER TRANSFERIR EFEITO DA VACINA PARA O GOVDERNO

 

Após encontro com Pfizer, Pacheco diz que não pode impor condições brasileiras

Presidente do Senado afirma que o legislativo pode destravar as negociações com a Pfizer e a Janssen

Por FOLHAPRESS

Após se reunir com representantes da Pfizer e da Janssen, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse nesta segunda-feira (22) que o Brasil não pode impor aos laboratórios desenvolvedores de vacinas contra a Covid-19 condições específicas, contrariando a tendência mundial.

O senador, por outro lado, disse que iria se encontrar nesta tarde com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e que vai oferecer alternativas legislativas para tentar destravar as negociações para a compra das imunizações.

“Se houver uma cláusula no contrato, que seja uma cláusula uniforme, aplicável a todos os demais países e contratantes do laboratório, não se pode impor que haja algum tipo de modificação específica no caso do Brasil”, disse Pacheco, na tarde desta segunda-feira.

O Brasil mantém negociações para a aquisição das vacinas desenvolvidas pela Pfizer e pela Janssen. No entanto, o Ministério da Saúde vem resistindo a cláusulas das propostas de contrato, em particular da Pfizer.

Pazuello vem falando que as cláusulas são “impraticáveis” e “leoninas”. O laboratório americano exige, por exemplo, imunidade em relação a potenciais efeitos adversos da vacina e só aceita ser processado em tribunal nos Estados Unidos.

“Quantas vezes eu falei com a Pfizer que nós queremos a Pfizer em grande quantidade e queremos sem as condições leoninas que nos são impostas. Nós não somos um país que precisa se submeter a isso. A primeira cláusula da Pfizer é: o governo federal deverá assumir, de hoje a eternamente, a responsabilidade por efeitos colaterais advindos da vacina, de hoje a eternamente”, disse o ministro, durante audiência no Senado, há 11 dias.

“Ativos brasileiros no exterior deverão ser disponibilizados para a Pfizer, para cobrir como caução ações no exterior. A Justiça brasileira deverá abrir mão da sua capacidade de julgar a Pfizer. Está escrito em todos os documentos. Só será submetida a julgamento pelos Estados Unidos, Nova York. E ela não forneceria o diluente e a responsabilidade a partir dali, inclusive da eficácia, seria nossa, porque o diluente não seria fornecido junto”, acrescentou Pazuello.

Por conta do impasse, Pacheco afirma que o legislativo pode destravar as negociações, com a aprovação de medidas que autorizem o governo federal a celebrarem os contratos, independentemente das cláusulas.

“Então o que nós temos de buscar? Qual é a alternativa que o governo federal tem para poder adquirir de acordo com as cláusulas estabelecidas nesse contrato padrão, uniforme, do laboratório? E uma alternativa que se vislumbrou foi essa autorização legislativa, através de um projeto de lei, ou de uma emenda à Medida Provisória 1026, que tramita na Câmara, que é a autorização à União para assumir os riscos inerentes a essa vacina, inclusive podendo constituir garantias e seguros para essa finalidade”, afirmou.

“Outra alternativa que se ventilou é autorização dos estados federados. Os estados podendo adquirir dos laboratórios, mas respeitando o plano nacional de imunização para que não haja privilégio de um ou de outro em detrimentos estado da federação”, completou Pacheco, que disse, no entanto, que a negociação cabe ao Ministério da Saúde e não cabe ao legislativo “interferir”
Também presente na reunião virtual com os laboratórios nesta segunda-feira, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lembrou que outros países começaram a vacinação aceitando as cláusulas impostas pela Pfizer.

“O que nós estamos querendo é no âmbito da Medida Provisória 1026 apresentar uma emenda, a emenda 066, em que a União passa a assumir essa responsabilidade civil. Assumindo essa responsabilidade, que é um detalhe que não teve nenhum empecilho para que Chile, Estados Unidos, Reino Unido, toda Europa e Israel assumissem esse compromisso”, afirmou o parlamentar.

“Resolvendo isso e com autorização da Anvisa, essas vacinas da Johnson [Janssen] e da Pfizer e outras que vierem, que com certeza apresentarão essa cláusula de exigência, passarão a ter entrada em território nacional e poderão ser utilizadas no Brasil. O maior problema tem sido a resistência da União nesse momento em assumir essa cláusula de responsabilidade civil. Eu repito: cláusula essa que outros países já assumiram. É um entrave burocrático”, completou.

Na noite de domingo, o Ministério da Saúde decidiu pedir ajuda e compartilhar com o Palácio do Planalto a responsabilidade de comprar a imunização da Pfizer e da Janssen.

A pasta divulgou uma nota na qual afirma que mantém interesse em comprar as vacinas dos dois laboratórios americanos, mas afirma que as propostas apresentadas vão “além da sua capacidade de prosseguir negociações” e por isso solicitou orientação à Casa Civil da Presidência.

Na nota divulgada, o Ministério da Saúde afirmou que espera entre segunda e sexta-feira, respectivamente 22 e 26 de fevereiro, uma orientação do Palácio do Planalto sobre como proceder para solucionar impasses nas negociações, que foram iniciadas em abril do ano passado, com a Janssen, e no mês seguinte com a Pfizer.
As negociações estão paralisadas “por falta de flexibilidade das empresas”, segundo o texto.

A Pfizer informou em nota que, ao longo do encontro, reforçou que até o momento 69 países assinaram contrato com a companhia, com condições em linha com as apresentadas ao Brasil.
“Ao longo das negociações, ficou claro que é necessária uma adequação legislativa para que o país tenha, assim como outros países, um amplo acesso às vacinas disponíveis em todo o mundo”, afirma o texto, que acrescenta que não foi feita nenhuma menção ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante o encontro.

ALTA DOS DERIVADOS DE PETRÓLEO INFLUI NOS PREÇOS AO CONSUMIDOR

 

Alta de derivados do petróleo impacta gás de cozinha, sacolão e a mesa dos consumidores

André Santos

Magno diz que valor das compras de hortifruti dobrou desde janeiro

Os aumentos de preços de derivados de petróleo nos últimos meses, especialmente do diesel – que subiu nas bombas de BH quase 16%, desde o início do ano –, já começa a encarecer o frete dos alimentos, sobretudo produtos vendidos em sacolões. Na mesma linha, os reajustes do GLP (gás de cozinha), que fizeram com que o botijão passasse de R$ 100 em alguns pontos de venda da capital, reforçam o impacto dessas altas na mesa dos consumidores.

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No caso do gás, segundo pesquisa divulgada ontem pelo site Mercado Mineiro, a elevação média do recipiente de 13 quilos foi de 12,16% em BH, saltando de R$ 77,13 para R$ 87,17. Em alguns distribuidores, contudo, o valor pode chegar a R$ 105,00.

Em relação aos sacolões, levantamento feito pelo HD em estabelecimentos de BH, Contagem e Betim mostra que alguns produtos como a banana, o tomate e o pimentão dobraram de preço, em comparação com valores praticados no fim de janeiro – tomando como base pesquisas feitas pelo Mercado Mineiro.A banana prata foi encontrada a R$ 9,98, o quilo, ontem – no mês passado, era R$ 6,75, segundo o Mercado Mineiro. Já o tomate foi visto a R$ 5,98 – contra R$ 5,60 em janeiro.

Tais remarcações já seriam fruto do aumento dos fretes pagos pelos agricultores para transportar as mercadorias até os centros de distribuição – como o Ceasa Minas –, decorrentes, por sua vez, da salta do diesel. De acordo com o presidente da Cooperativa dos Produtores de Hortifrutigranjeiros de Minas Gerais (Coophemg), José Antônio Dias da Silveira, o frete já estaria entre 20 a 25% mais caro desde o fim do ano passado.

“Com os custos maiores, não há como conter o repasse para frente. Existem pequenos produtores que tem o seu próprio caminhão e tiveram que aumentar o preço, pois se não perderiam a produção na lavoura”, explica Silveira.

E com o produto mais caro saindo da roça, vai ficar mais caro também para quem faz o papel de distribuí-lo para quem revenderá ao consumidor final. Na opinião de Noé Xavier da Silva, presidente da Associação Comercial da Ceasa Minas (ACCeasa/MG), a tendência é que os preços fiquem ainda mais altos ao decorrer de março.

“Este novo aumento do diesel ainda será refletido nos preços. É uma disparada que não tem como ser contida. Se eu compro mais caro, tenho que revender mais caro. É apenas questão de sobrevivência”, garante o presidente da ACCeasa/MG.

O empresário Magno Batista, de 38 anos, tem visto os preços dispararem a cada semana que vai ao sacolão, em Contagem. Se até o mês passado as compras ficavam em torno de R$ 50 por semana, agora com menos de R$ 100, diz ele, não é possível levar a mesma quantidade de produtos. Batista reclama: manter o padrão alimentar está cada vez mais difícil. “Só estou levando os itens mais necessários, mas, mesmo assim, a compra fica mais cara”, destaca Batista.

Especialistas não enxergam ‘freio’ na atual escalada de preços

A tendência de alta nos preços dos combustíveis aparenta estar bem longe de um “freio”, segundo especialistas ouvidos ontem pelo HD. Mesmo com a possível troca de comando na Petrobrás, sinalizada pelo presidente Jair Bolsonaro – com a substituição de Roberto Castello Branco pelo general da reserva Joaquim da Silva e Luna -, seria necessário mudar toda a atual política de preços e o modelo de gestão da estatal para que se conseguisse barrar as seguidas altas dos derivados de petróleo.

Para o economista Felipe Leroy, uma mudança na composição dos valores dos combustíveis pela Petrobras, por exemplo, poderia contrariar a lógica do mercado internacional. “Estaríamos indo contra a maré, na contramão completa de como o mercado precifica a commodity”, afirma ele.

“Mexer nisso agora seria um sinal claro para o mercado de que não há compromisso com a gestão”, completa Leroy.

Segundo a também economista Rita Mundin, a possibilidade de a Petrobras retomar algo como um “controle dos preços”, política utilizada em passado nem tão distante, poderia gerar danos enormes nas contas do país.

“As finanças públicas já estão combalidas e qualquer impacto negativo a mais que sofram pode causar prejuízo e graves problemas para o futuro”, afirma.

Enquanto os preços nas bombas de combustíveis continuam em alta, supermercados e sacolões, por exemplo, devem seguir com as remarcações. E o gás de cozinha deve repetir essa toada.

Para o economista Feliciano Abreu, do Mercado Mineiro, a pressão nos preços permanece. “É muito evidente que os preços vão continuar subindo, porque não há receita mágica. Se sobe lá no início da cadeia produtiva, vai desaguar lá na outra ponta, que é o consumidor”, explica.

IMPRENSA ALARMISTA APROVEITA ESSA OCASIÃO PARA DEPRECIAR OS ATIVOS DA PETROBRAS

 

Por que o mercado reagiu tão mal à interferência de Bolsonaro na Petrobrás?

Redação – Jornal Estadão

O anúncio do presidente Jair Bolsonaro, na sexta-feira, 19, de que iria tirar da presidência da Petrobrás o executivo Roberto Castello Branco e colocar em seu lugar o general da reserva Joaquim Silva e Luna provocou um estrago generalizado no mercado nesta segunda-feira, 22. As ações da Petrobrás caem cerca de 20%, e levam na esteira as do Banco do Brasil (cerca de 11% de queda) e da Eletrobrás (pouco menos de 3%). Por que isso acontece? É porque o mercado é “irritadinho”, como disse Bolsonaro no início do mês?

© Gabriela Biló/Estadão Mercado viu volta de uma política intervencionista, muito usada no período do governo Dilma Rousseff, que se acreditava estar enterrada.

O mercado – nesse caso, os investidores, acionistas da Petrobrás – é sensível, e reage rapidamente toda vez que vê a possibilidade de ganhar ou perder dinheiro. Nesse caso, viu uma probabilidade grande de perder. Roberto Castello Branco vinha fazendo uma gestão ao gosto desses investidores. A empresa vinha sendo enxugada, ativos não prioritários estavam sendo vendidos. O lucro está em alta e todos viam a possibilidade de receber mais dividendos. Uma troca nesse momento, por essa lógica, não faria sentido.

Mas Bolsonaro se disse irritado com a política de preços da empresa, que acompanha a variação do petróleo no mercado internacional – com uma enorme volatilidade. O preço às vezes cai. Mas, nos últimos meses, só vem subindo, e os caminhoneiros, base de apoio do governo, reclamaram e ameaçaram mais uma greve. A troca por um general de confiança do presidente foi a solução mais fácil de ser tomada.

O que o mercado viu nisso? A volta de uma política intervencionista, muito usada no período do governo Dilma Rousseff, que se acreditava enterrada. Na época de Dilma, os preços dos combustíveis foram segurados para evitar que a inflação disparasse. Isso provocou um enorme rombo nos cofres da empresa, que ainda paga por isso.

E o que o Banco do Brasil tem a ver com isso? Em janeiro, Bolsonaro já quis demitir o atual presidente, André Brandão, que anunciou um plano de corte de pessoal e de fechamento de agências – algo feito usualmente pelos bancos privados. A equipe econômica conseguiu segurar a demissão. Mas, no sábado, o presidente disse que haveria mais cortes. E as especulações em cima do Banco do Brasil voltaram com força.

Quem é o mercado?

No caso da Bolsa de Valores, o “mercado”, que é sempre visto como uma entidade etérea, tem CPF e CNPJ. São os investidores, pessoas físicas ou jurídicas. Eles investem nas empresas esperando que elas cresçam, deem lucro, distribuam seus dividendos. E não é mais uma coisa só para ricos ou grandes investidores. A Bolsa tem se tornado uma saída cada vez mais usada pelos pequenos investidores, que buscam uma alternativa para turbinar sua poupança, já que a renda fixa deixou de ser atraente com a queda da taxa de juros.

Petrobrás e Banco do Brasil, principalmente, são papéis bastante procurados, até por serem marcas muito conhecidas dos brasileiros. Então, uma queda tão profunda nas ações acaba prejudicando os grandes investidores, mas também os pequenos, aqueles que têm fundos de ações de seus bancos ou corretoras.

Ao fazer mudanças bruscas, da forma como Bolsonaro fez na Petrobrás, sem que ninguém tenha conseguido entender seu objetivo, traz perdas para todos.

Os grandes investidores adoram esse momento, pois aproveitam para comprarem mais ações dos desinformados e que agem por impulso, influenciados pela mídia alarmista

BOLSONARO CRITICA ALTA REMUNERAÇÃO DO PRESIDENTE E DIRETORES DA PETROBRAS

 

Criticada por Bolsonaro, remuneração de presidente da Petrobrás está dentro da realidade de mercado – será?

Mariana Durão e Vinicius Neder – Jornal Estadão

RIO – Apontada como excessiva pelo presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, 22, a remuneração – quando se soma salários fixos com bônus e outros benefícios – do comando da Petrobrás pode chamar atenção quando comparada com os demais cargos do serviço público e, principalmente, com os ganhos médios do brasileiro, mas parece comum ou até abaixo da média no mundo corporativo.

O salário médio dos presidentes de companhias abertas que compõem o Ibovespa – ou seja, as principais empresas do mercado – foi de R$ 11,3 milhões ao ano em 2019. Principal executivo da Petrobrás, Roberto Castello Branco ganhou R$ 2,7 milhões naquele ano, um quarto do valor médio. Em bases mensais, a remuneração média dá um salário de R$ 940 mil por mês, enquanto o presidente da Petrobrás ganhou “apenas” R$ 226 mil ao mês.

© Wilton Júnior/Estadão Apesar de impressionantes, valores pagos ao atual presidente da Petrobrás estão abaixo da média do mercado.

No fim de 2019, a remuneração média do trabalhador brasileiro, entre formais e informais, foi de R$ 2,3 mil por mês, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados sobre executivos de alto escalão são de levantamento do especialista em governança corporativa Renato Chaves, ex-diretor da Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil (BB). Os valores foram levantados em outubro, nas informações que as empresas abertas são obrigadas a passar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do mercado. As empresas precisam informar a remuneração anual total da diretoria, discriminando o valor mais baixo e o mais alto – o mais alto, quase sempre, é o do presidente.

O levantamento de Chaves incluiu 71 companhias. Quando ordenadas conforme a maior remuneração paga ao presidente, a Petrobrás fica na posição 58. Entre as dez empresas que pagam melhor seus presidentes, se destacam os bancos – ItaúBradesco e Santander estão entre as dez.

Para Marcelo Apovian, sócio da consultoria global especializada em recrutamento de executivos de alto escalão Signium, não parece que os valores de remuneração do presidente da Petrobrás estejam fora da realidade do setor de petróleo e gás, na média global. “A remuneração do primeiro nível e segundo nível está adequada com valor de mercado”, afirmou Apovian.

A título de comparação, o presidente da BP recebe o equivalente a R$ 11,8 milhões (1,5 milhão de libras) por ano, enquanto o presidente da Shell teve remuneração anual de R$ 64,7 milhões (9,9 milhões de euros) em 2019.

Remuneração excessiva

Segundo o especialista, a remuneração dos executivos de alto escalão varia conforme o setor. Tradicionalmente, setores cujas margens de lucro são mais apertadas pagam menos. É o caso do varejo de supermercados, exemplificou Apovian. O setor de petróleo e gás, globalmente falando, paga bem a seus executivos de alto escalão, porque é um “negócio que precisa ter pessoas boas e a margem (de lucro) permite pagar bem”, disse o consultor.

Chaves, que levantou os dados sobre remuneração, avalia que o montante pago pela Petrobrás está dentro do normal para uma companhia estatal com ações em Bolsa. Por outro lado, o especialista em governança corporativa vê excessos nos salários médios pagos aos altos executivos do País.

“A remuneração de presidentes de companhias no Brasil é excessiva, quase sempre descolada de seus resultados e extremamente desigual em relação às dos demais funcionários”, diz Chaves.

O levantamento de Chaves comparou a remuneração do presidente de cada companhia com o salário médio pago aos funcionários como um todo. No caso extremo, o presidente ganha 600 vezes mais do que a média da empresa. No quesito desigualdade, a petroleira está entre aquelas com menores diferenças, com oito vezes. Isso porque a remuneração média de todos os empregados da petroleira foi de R$ 332 mil por ano em 2019, conforme o levantamento de Chaves. São R$ 27,6 mil por mês.

Conforme dados sobre 2019 de um relatório do Ministério da Economia, as estatais brasileiras pagam salários médios de até R$ 31,3 mil, sem contar as diretorias executivas, bem acima do salário médio de R$ 2,3 mil por mês.

Sócio da empresa de recrutamento de executivos Palafita Consultoria, Rafael Meneses chamou atenção para a crítica feita por Bolsonaro à adoção do trabalho remoto por Castello Branco desde o início da pandemia da covid-19.

“A declaração preocupa porque mostra um certo desalinhamento com o que vem acontecendo no mercado de trabalho. As pessoas podem produzir efetivamente o que se espera delas no home office. Não acredito que seja diferente com o presidente da Petrobrás”, disse o consultor.