sábado, 9 de maio de 2020

O DESEMPREGO NOS ESTADOS UNIDOS ESTÁ MUITO ALTO DEPOIS DO CORONAVÍRUS


Trump diz não ter pressa para novo pacote de ajuda, apesar de desemprego alto


 


© MANDEL NGAN O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, em 8 de maio de 2020

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (8) que não tem pressa em costurar um acordo com a oposição democrata para um novo pacote de ajuda que permita aliviar a crise provocada pelo novo coronavírus, apesar do nível recorde de desemprego.
A líder da Câmara baixa, Nancy Pelosi, destacou que está trabalhando em um novo pacote de estímulo, depois que o Congresso aprovou em março e abril vários planos de ajuda que somam quase três trilhões de dólares para tentar frear o derretimento do emprego e estimular a economia.
A nova iniciativa contra a crise, em um momento em que o desemprego subiu 14,7%, poderia ser outro pacote de vários trilhões de dólares, orientado a dar fundos aos governos estaduais e locais e ajudas para o aluguel e o pagamento de hipotecas.
Pelosi informou que a medida poderia ser votada quando a Câmara baixa voltar a celebrar sessões, na semana que vem.
Mas o presidente não demonstrou urgência.
"Não temos pressa", disse Trump, em mesa redonda com legisladores republicados, ao ser consultado sobre as negociações depois do relatório do Departamento do Trabalho mostrou, nesta sexta-feira, que em abril mais de 22 milhões de pessoas perderam seus empregos.
Trump disse que queria ver o que os democratas vão propor no esboço e que seu governo "teve o que queria" no pacote de resgate anterior.
Atualmente, os líderes republicanos do Congresso, que controlam o Senado, e a Casa Branca consideram fazer uma pausa para ver como o atual pacote de estímulos está funcionando.

O GOVERNO ENTREGA AO STF O FAMOSO VÍDEO DA REUNIÃO MINISTERIAL DO DIA 22/04/2020


Governo entrega vídeo de reunião ministerial para STF; Celso põe sigilo


Rafael Moraes Moura





A Advocacia-Geral da União (AGU) entregou na noite desta sexta-feira, 8, ao Supremo Tribunal Federal (STF) o vídeo da reunião do presidente Jair Bolsonaro com o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro e outros auxiliares do governo. O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, decidiu colocar temporariamente sigilo sobre o material.
Segundo a AGU, o vídeo entregue ao Supremo "contém o inteiro teor" da reunião, "sem qualquer edição ou seleção de fragmentos". "Determino que incida, em caráter temporário, a nota de sigilo sobre o HD externo encaminhado a esta Corte, no dia de hoje, pelo Senhor Advogado-Geral da União, mediante petição protocolada sob o nº 29.860/2020", determinou Celso de Mello.

CELSO IMPÕE SIGILO
"Esse sigilo, que tem caráter pontual e temporário - autorizado pela cláusula inscrita no art. 5º, inciso LX, da Constituição da República, cuja possibilidade de aplicação expressamente ressalvei na decisão proferida no dia 05/05/2020 -, será por mim levantado, em momento oportuno", observou Celso de Mello, que vai aguardar um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) para decidir sobre o tema.
O material vai agora compor o inquérito que investiga as acusações de interferência política na Polícia Federal que Moro levantou contra Bolsonaro.  Segundo o ex-ministro, o presidente queria ter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência.
O encontro foi citado por Moro como o momento em que Bolsonaro teria ameaçado demiti-lo caso se recusasse a trocar o comando da Polícia Federal. Conforme o Estado apurou, palavrões, briga de ministros, anúncio de distribuição de cargos para o Centrão e ameaça de Bolsonaro de demissão "generalizada" a quem não adotasse a defesa das pautas do governo.
Revisão. A AGU pedia, desde quarta, 6, que o decano revisasse a ordem de entrega da gravação, inicialmente afirmando se tratar de uma reunião que tratou de assuntos sensíveis. Na quinta, 7, a defesa do governo pediu para enviar somente trechos do vídeo e, nesta sexta, pediu pra saber quem teria acesso à gravação quando as imagens fossem enviadas à Corte. O governo alega que na reunião foram tratados "assuntos potencialmente sensíveis e reservados de Estado".
Após o depoimento de Moro no último sábado, 2, e pedido da Procuradoria-Geral da República, Celso de Mello cobrou o envio da íntegra da reunião, sem edições ou alterações. "As autoridades deverão preservar a integridade do conteúdo de referida gravação, em ordem de impedir que os elementos nela contidos possam ser alterados, modificados ou, até mesmo, suprimidos", determinou o ministro na ocasião.

© Fornecido por Estadão
Em manifestação, a defesa de Moro alegou ao decano que 'destacar trechos que são ou não importantes não pode ficar a cargo do investigado'. De acordo com os advogados do ex-ministro, 'eventuais colocações constrangedoras' de Bolsonaro, passíveis de constatação durante a reunião, "não são motivos aptos a impedir o atendimento de determinação judicial pois não se trata de 'segredo de Estado".

SÉRGIO MORO VAI DEPOR NA COMISSÃO DE IMPEACHMENT DA OAB


Moro dará informação a comissão da OAB que avalia impeachment de Bolsonaro

Roberta Paduan 


 

 
© Marcos Corrêa/PR Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro 


O ex-ministro Sergio Moro prestará esclarecimentos à Comissão de Estudos Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que estuda se o Jair Bolsonaro tentou, de fato, interferir indevidamente na Polícia Federal, e, assim, cometeu crime de responsabilidade. O parecer da comissão é um dos passos necessários para que a entidade decida se deve ou não entrar com um pedido de impeachment contra o presidente na Câmara dos Deputados.
Além de Moro, a comissão da OAB também enviou ofício ao presidente da República para que ele também possa se manifestar e se defender das acusações. Ambos foram intimados em 29 de abril e têm 10 dias para se manifestar, caso queiram, pois não são obrigados. Até agora, apenas o ex-juiz respondeu à intimação. Nesta sexta-feira, 8, Moro afirmou por e-mail que se manifestará no prazo, que termina na próxima quarta-feira 13.
Leia aqui o ofício enviado pela OAB a Moro. E abaixo a resposta do ex-ministro.


© Reprodução/Reprodução –
A comissão é formada por 15 professores de direito constitucional das principais faculdades do país. O grupo iniciou a análise do caso em 27 de abril, logo após o pedido de demissão do ex-ministro, que afirmou que o presidente da República tentou interferir na PF em várias ocasiões, desde agosto do ano passado.
Além dos esclarecimentos de Moro e Bolsonaro, a OAB pediu ao ministro Celso de Mello,do Supremo Tribunal Federal — responsável pelo inquérito sobre o mesmo tema, aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República –, que compartilhe informações sobre a investigação, sempre que não houver impedimento legal.
Se a comissão concluir que há indícios relevantes de que o presidente cometeu crime de responsabilidade, o parecer será submetido ao Conselho Nacional da OAB, formado por 81 conselheiros, três de cada estado e do Distrito Federal.
De acordo com o presidente da comissão, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, o grupo não tem prazo para entregar o parecer. “Tudo depende da análise das provas. Um pedido de impeachment não pode ser banalizado. Só deve ocorrer se houver embasamento técnico e criterioso”, afirmou. Na próxima semana, a comissão deve se reunir para avaliar se serão necessárias novas diligências.
O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, também é cuidadoso ao tratar do tema. “Nosso ex-presidente Marcelo Lavenère costuma dizer que a OAB tem de ser a última entidade a tomar a iniciativa de pedir o impeachment de um presidente da República, porque se trata de um processo muito doloroso, de ruptura política e social”, afirma Santa Cruz, que não participa da comissão e não vota no conselho. Lavenère foi autor do pedido de impedimento do ex-presidente Fernando Collor de Mello e está internado em estado grave com Covid-19.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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