sábado, 9 de maio de 2020

CÂMARA DOS DEPUTADOS AUTORIZA O GOVERNO A ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS



Câmara conclui votação de medida provisória que facilita venda de imóveis da União

Amanda Pupo 





BRASÍLIA - A Câmara dos Deputados concluiu nesta sexta-feira, 8, a votação de uma medida provisória que facilita a venda de imóveis da União. O texto segue agora para o Senado, que tem de votá-la até 1º de junho para que não perca a validade.
Os deputados já haviam aprovado o texto principal da matéria, em 29 de abril, mas faltava a análise das sugestões de mudança no texto, concluída nesta sexta.
O presidente Jair Bolsonaro editou a MP em 30 de dezembro de 2019. Por se tratar de medida provisória, o ato tem força de lei assim que é publicado no "Diário Oficial", mas precisa ser aprovado no Congresso em até 120 dias para se tornar lei em definitivo.
O texto prevê a possibilidade da venda em lotes e a permissão para que qualquer interessado apresente proposta para a aquisição de bens da União. Além disso, a compra de imóveis federais poderá ser intermediada por corretores de imóveis.
O intuito da proposta, segundo o governo, é acabar com imóveis da União em situação de abandono e reduzir os custos com a manutenção de bens sem utilidade. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil tem ativos imobiliários que chegam a mais de R$ 1 trilhão.
De acordo com o Ministério da Economia, 750 mil imóveis são de propriedade da União. O número inclui bens inalienáveis, como as praias brasileiras, que não podem ser vendidas e têm acesso livre.
O texto da MP também define que qualquer interessado poderá apresentar proposta de aquisição de imóveis por meio de requerimento à Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União.
Imóveis classificados no regime enfitêutico (no qual alguém adquire um imóvel por meio de contrato e pagamento de taxas, mas não é o dono efetivo) terão tratamento específico para alienação.
A proposta estabelece ainda as condições para leilões públicos sem interessados. Segundo o texto, a Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio poderá realizar uma segunda concorrência com desconto de 25%.
Se o leilão fracassar por duas vezes consecutivas, os imóveis serão disponibilizados para venda direta, também com desconto de 25% sobre o valor de avaliação.
A administração pública também poderá realizar contratos de gestão para a ocupação de imóveis no prazo de até 20 anos, podendo incluir a realização de obras para adequação do imóvel.
A pedido da liderança do governo, os deputados fizeram um acordo para diminuir o número de destaques (sugestões de alterações ao texto-base) a serem votados.
Pela negociação, foi retirado de pauta um destaque que sofria resistência da oposição. A mudança permitiria que imóveis de universidades federais, não utilizados para atividades de ensino, pudessem ser transferidos à União, por ato do Ministério da Educação.
Na justificativa apresentada com a emenda, o deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO), autor da sugestão, afirmou que as residências universitárias são subutilizadas e encontram-se em locais de "grande valorização imobiliária", podendo se tornar ativos financeiros para União.
A oposição, contudo, alegou que a mudança seria um ataque direto às residências e restaurantes universitários e que esses edifícios não poderiam ser usados para cobrir déficits federais.
Em troca da retirada deste destaque, a oposição concordou em retirar de pauta outros três destaques e aprovar, de forma simbólica, uma emenda que estende a vedação de nepotismo nas contratações. Além disso, concordaram em rejeitar um destaque que tratava de condições de igualdade na venda de imóveis em concorrência ou leilão público.
Mudanças
Uma das mudanças no texto ampliou a cláusula de nepotismo em relação a contratações, pela União, de empresas especializadas na avaliação de imóveis.
No texto original, enviado pelo governo, a União não poderia contratar empresas cujos sócios fossem servidores da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União ou de parentes até o segundo grau.
Com a mudança, foram incluídas na lista empresas cujos sócios sejam funcionários da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, além de seus parentes até o terceiro grau.
Os deputados também incluíram dispositivo que permite a venda, sem licitação, de partes de rios e lagos de domínio da União para fins de aquicultura.
O texto ressalva que a dispensa de licitação só será permitida em benefício ao requerente que tiver projeto aprovado perante a Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Defensores da medida afirmam que isso irá desburocratizar mais o processo, entregando aos interessados a cessão de uso assim que a regularização estiver pronta.
Assentamento
Os deputados também aprovaram uma emenda que exclui do território da Floresta Nacional de Brasília (Flona) a área do Assentamento 26 de Setembro, em Vicente Pires, no Distrito Federal. A emenda diz que a retirada será compensada com acréscimo em outra parte da Flona.
O objetivo é possibilitar que o Distrito Federal consiga fazer a regularização fundiária urbana do assentamento. Alguns partidos, como o PSOL e PROS, foram contra a aprovação da emenda por entender que a mudança não poderia ser feita por meio de medida provisória, mas somente por projeto de lei.
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal de 2018 considerou inconstitucional a alteração de áreas protegidas via medidas provisórias.
Imóveis de parlamentares
Os deputados rejeitaram uma emenda para autorizar a venda de imóveis da União usados por membros do Poder Legislativo, exceto as residências oficiais dos presidentes do Senado e da Câmara.
Além disso, a mudança também permitiria a venda de imóveis usados por ministros e pelo procurador-geral do Tribunal de Contas da União (TCU), ministros de tribunais superiores e por subprocuradores-gerais do Ministério Público Federal, do Trabalho e Militar. A exceção seria para os imóveis ocupados por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Procurador-Geral da República.
"Tal medida visa à racionalização e à modernização do funcionamento dos Poderes da União, ao mesmo tempo em que promove significativa economia para os cofres da União em momento de grave crise econômica", afirma a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), na justificativa da apresentação da emenda.
Atualmente, a lei que trata da alienação de bens imóveis residenciais da União classifica esses imóveis como exceções entre os que podem ser vendidos.
Pela lei, também não podem ser vendidas as residências administradas pelas Forças Armadas e ocupadas por militares; os imóveis destinados a funcionários do serviço exterior; e imóveis ocupados por servidores de confiança, pelo Poder Executivo, "indispensáveis ao serviço público".


Câmara conclui votação de medida provisória que facilita venda de imóveis da União

Amanda Pupo

BRASÍLIA - A Câmara dos Deputados concluiu nesta sexta-feira, 8, a votação de uma medida provisória que facilita a venda de imóveis da União. O texto segue agora para o Senado, que tem de votá-la até 1º de junho para que não perca a validade.
Os deputados já haviam aprovado o texto principal da matéria, em 29 de abril, mas faltava a análise das sugestões de mudança no texto, concluída nesta sexta.
O presidente Jair Bolsonaro editou a MP em 30 de dezembro de 2019. Por se tratar de medida provisória, o ato tem força de lei assim que é publicado no "Diário Oficial", mas precisa ser aprovado no Congresso em até 120 dias para se tornar lei em definitivo.
O texto prevê a possibilidade da venda em lotes e a permissão para que qualquer interessado apresente proposta para a aquisição de bens da União. Além disso, a compra de imóveis federais poderá ser intermediada por corretores de imóveis.
O intuito da proposta, segundo o governo, é acabar com imóveis da União em situação de abandono e reduzir os custos com a manutenção de bens sem utilidade. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil tem ativos imobiliários que chegam a mais de R$ 1 trilhão.
De acordo com o Ministério da Economia, 750 mil imóveis são de propriedade da União. O número inclui bens inalienáveis, como as praias brasileiras, que não podem ser vendidas e têm acesso livre.
O texto da MP também define que qualquer interessado poderá apresentar proposta de aquisição de imóveis por meio de requerimento à Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União.
Imóveis classificados no regime enfitêutico (no qual alguém adquire um imóvel por meio de contrato e pagamento de taxas, mas não é o dono efetivo) terão tratamento específico para alienação.
A proposta estabelece ainda as condições para leilões públicos sem interessados. Segundo o texto, a Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio poderá realizar uma segunda concorrência com desconto de 25%.
Se o leilão fracassar por duas vezes consecutivas, os imóveis serão disponibilizados para venda direta, também com desconto de 25% sobre o valor de avaliação.
A administração pública também poderá realizar contratos de gestão para a ocupação de imóveis no prazo de até 20 anos, podendo incluir a realização de obras para adequação do imóvel.
A pedido da liderança do governo, os deputados fizeram um acordo para diminuir o número de destaques (sugestões de alterações ao texto-base) a serem votados.
Pela negociação, foi retirado de pauta um destaque que sofria resistência da oposição. A mudança permitiria que imóveis de universidades federais, não utilizados para atividades de ensino, pudessem ser transferidos à União, por ato do Ministério da Educação.
Na justificativa apresentada com a emenda, o deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO), autor da sugestão, afirmou que as residências universitárias são subutilizadas e encontram-se em locais de "grande valorização imobiliária", podendo se tornar ativos financeiros para União.
A oposição, contudo, alegou que a mudança seria um ataque direto às residências e restaurantes universitários e que esses edifícios não poderiam ser usados para cobrir déficits federais.
Em troca da retirada deste destaque, a oposição concordou em retirar de pauta outros três destaques e aprovar, de forma simbólica, uma emenda que estende a vedação de nepotismo nas contratações. Além disso, concordaram em rejeitar um destaque que tratava de condições de igualdade na venda de imóveis em concorrência ou leilão público.
Mudanças
Uma das mudanças no texto ampliou a cláusula de nepotismo em relação a contratações, pela União, de empresas especializadas na avaliação de imóveis.
No texto original, enviado pelo governo, a União não poderia contratar empresas cujos sócios fossem servidores da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União ou de parentes até o segundo grau.
Com a mudança, foram incluídas na lista empresas cujos sócios sejam funcionários da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, além de seus parentes até o terceiro grau.
Os deputados também incluíram dispositivo que permite a venda, sem licitação, de partes de rios e lagos de domínio da União para fins de aquicultura.
O texto ressalva que a dispensa de licitação só será permitida em benefício ao requerente que tiver projeto aprovado perante a Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Defensores da medida afirmam que isso irá desburocratizar mais o processo, entregando aos interessados a cessão de uso assim que a regularização estiver pronta.
Assentamento
Os deputados também aprovaram uma emenda que exclui do território da Floresta Nacional de Brasília (Flona) a área do Assentamento 26 de Setembro, em Vicente Pires, no Distrito Federal. A emenda diz que a retirada será compensada com acréscimo em outra parte da Flona.
O objetivo é possibilitar que o Distrito Federal consiga fazer a regularização fundiária urbana do assentamento. Alguns partidos, como o PSOL e PROS, foram contra a aprovação da emenda por entender que a mudança não poderia ser feita por meio de medida provisória, mas somente por projeto de lei.
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal de 2018 considerou inconstitucional a alteração de áreas protegidas via medidas provisórias.
Imóveis de parlamentares
Os deputados rejeitaram uma emenda para autorizar a venda de imóveis da União usados por membros do Poder Legislativo, exceto as residências oficiais dos presidentes do Senado e da Câmara.
Além disso, a mudança também permitiria a venda de imóveis usados por ministros e pelo procurador-geral do Tribunal de Contas da União (TCU), ministros de tribunais superiores e por subprocuradores-gerais do Ministério Público Federal, do Trabalho e Militar. A exceção seria para os imóveis ocupados por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Procurador-Geral da República.
"Tal medida visa à racionalização e à modernização do funcionamento dos Poderes da União, ao mesmo tempo em que promove significativa economia para os cofres da União em momento de grave crise econômica", afirma a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), na justificativa da apresentação da emenda.
Atualmente, a lei que trata da alienação de bens imóveis residenciais da União classifica esses imóveis como exceções entre os que podem ser vendidos.
Pela lei, também não podem ser vendidas as residências administradas pelas Forças Armadas e ocupadas por militares; os imóveis destinados a funcionários do serviço exterior; e imóveis ocupados por servidores de confiança, pelo Poder Executivo, "indispensáveis ao serviço público".


sexta-feira, 8 de maio de 2020

COLUNA ESPLANADA DO DIA 08/05/2020


Sorteios nas TVs
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 








Essa Medida Provisória 923 dos sorteios de prêmios pelos canais de televisão, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, vai atender em cheio os interesses da Rede TV! Os donos da emissora, Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho, ficaram ricos anos atrás com serviço de telefone 0900 pelos quais tinham serviços e sorteios. Lançaram prêmios pela TV como sorteio de carro, televisores e telefones, entre outros. Os sorteios poderão ser feitos pela TV, sites, aplicativos e telefones. Eles vão se tornar concorrentes de Silvio Santos, do SBT, que vende títulos de capitalização pela Telesena.

Malandragem 

Coisas do Brasil. Um traficante conseguiu o auxílio emergencial de R$ 600 do Governo. Fez churrasco, em Caratinga (MG), e jogou vídeo seu no whatsapp. Viralizou.

Punição

A Polícia Civil da cidade “descobriu” que ele tinha mandado de prisão há meses, o localizou rapidamente e o mandou para a cadeia – sem ‘quentinha’ da festa.

Rebate

A Comissão de Ética da Presidência jura que são inverídicas as irregularidades denunciadas em carta pelo conselheiro Erick Biill, e que “serão tratadas ao modo e tempo oportunos”. Biill não confirmou se vai provocar o MP e Justiça como escreveu.

Oi, fui!

O delegado de Polícia Federal Delano Bunn deixa uma diretoria da corporação, nessa transição, e será adido policial na embaixada do Brasil em Madri. Passou o cargo da Diretoria de Gestão de Pessoal da PF para a delegada Cecília Franco.

Sonho 

Um cargo de adido num país de primeiro mundo é sonho para muitos delegados, com salários de US$ 14 mil, por baixo, mais ajuda de moradia em torno de US$ 3 mil. O ex-DG da PF Fernando Segóvia foi para Roma depois da passagem relâmpago no comando da PF no Governo Michel Temer.

Atualização
 

O ministro Luiz Fux (STF) decidiu pelo não conhecimento da ADPF 679, do partido Rede, que pediu revisão de norma da Funai sobre demarcação de terras de particulares vizinhos a aldeias indígenas ainda não homologadas.

Toque de recolher

Em São Paulo de Olivença (AM), a prefeitura decretou que lanches e refeições por delivery devem ser entregues até 20h. A mais afetada é a turma do jaleco nos hospitais. Desabafo de leitora chegou ao whatsapp da Coluna.

Tá feia a coisa

Um cidadão que viajou de Goiás para a Bahia de carro contou 11 ambulâncias – 10 deças com giroflex ligados, por emergência – em 1.305 km de trajeto, num percurso que conhece há anos, no qual nunca viu mais de duas ambulâncias. Em Brumado (BA), topou com um carro funerário lotado de corpos ensacados.


MERCADO

BBB do home

Há um novo filão no mercado diante do home office consolidado com essa pandemia: o monitoramento online de funcionários por softwares instalados nos computadores, sob consentimento. Segundo anúncio encontrado pela reportagem, dá para saber “que horas estão trabalhando”, “quantos estão em tempo real”, “no que estão gastando o tempo (histórico de páginas visitadas)” e outros recursos.

Que será de Vegas?

Publicado no Boletim de Notícias Lotéricas: os cassinos de Portugal e Las Vegas estão praticamente quebrados, fechados desde março, com milhares de empregos em risco.

Pela causa


A TetraPak, a mega de embalagens com filiais em Monte Mor (SP) e Ponta Grossa (PR), recebeu orientação da direção internacional para doar 500 mil euros aos hospitais locais para compra de produtos e insumos.
 

ESPLANADEIRA
#   O Laboratório Merk do Rio de Janeiro vai doar álcool em gel de sua fabricação para hospitais que combatem o coronavírus, e para seus funcionários. # Visa adiciona à sua plataforma a iniciativa "Vai de Visa", para apoio a micro e pequenos empreendedores. # A Medlevensohn lança o programa "MedSocial" para ajudar famílias carentes do Rio de Janeiro, com cartão alimentação de R$ 120, por três meses. # Grupo Oncoclínicas realiza hoje, às 17h, live sobre riscos do Covid-19. # TransUnion, de dados, aponta que há no Brasil 18,7 milhões de mães com filhos maiores de 18, que devem mobilizar 41,5 milhões deles para mensagens e presentes.

BOLSONARO VAI VETAR REJUSTES DO FUNCIONALISMO PÚBLICO PARA TODAS AS CATEGORIAS


Para cumprir promessa a Guedes, Bolsonaro terá que vetar reajuste para todas categorias

Adriana Fernandes e Tânia Monteiro 






BRASÍLIA - Para garantir a promessa ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro terá que vetar toda a lista das categorias que ficaram de fora do congelamento de salários no projeto de auxílio aos Estados e municípios.
Isso porque todas as flexibilizações, que deixaram de fora do reajuste salarial diversas categorias, estão num único parágrafo do artigo 8° do projeto. Ou veta o parágrafo todo ou não veta nada, explicou um integrante da equipe econômica.
© Gabriela Biló/Estadão Da forma como foi aprovado no Congresso, texto libera o reajuste para 7 de cada 10 servidores públicos.
Como mostrou o Estado, o projeto foi aprovado no Senado com o aval do próprio presidente para beneficiar o funcionalismo, principalmente da área de segurança, atropelando a orientação do ministro Guedes de garantir essa contrapartida ao socorro de R$ 125 bilhões aos Estados e municípios.
O ministro ficou irritado com a orientação do líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), na orientação do voto e reclamou com o presidente. O presidente conversou com Guedes sobre a possibilidade de veto antes da entrevista em que anunciou a intenção de seguir a orientação da equipe econômica para manter o congelamento até 2021. O congelamento integral garante economia de R$ 130 bilhões para União, Estados e municípios. Da forma como foi aprovado no Congresso, o texto dá alívio de apenas R$ 43 bilhões.
No Palácio do Planalto, a percepção foi de que Guedes surpreendeu o presidente na hora da entrevista após a ida ao Supremo Tribunal Federal (STF), com a participação de empresários. Na entrevista, Guedes defendeu o veto.
Os jornalistas, então, perguntaram ao presidente o que ele faria. Bolsonaro acabou acompanhando a posição de Guedes, que estava ao seu lado. Bolsonaro responsabilizou o Congresso por deixar várias categorias de fora do congelamento.
A estratégia da área econômica será buscar o apoio popular para garantir que o Congresso não derrube o veto presidencial. O discurso será de que esse é sacrifício menor comparado ao dos trabalhadores da iniciativa privada que estão perdendo o emprego e tendo corte de salários com a crise. De acordo com os dados oficiais, 5,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada já tiveram o salário reduzido ou o contrato suspenso. Outros 50 milhões de informais e desempregados já solicitaram o auxílio emergencial de R$ 600.
Foram poupados do congelamento servidores da área de saúde (como médicos e enfermeiros), policiais militares, bombeiros, guardas municipais, policiais federais, policiais rodoviários federais, trabalhadores de limpeza urbana, de assistência social, agentes socioeducativos, técnicos e peritos criminais, professores da rede pública federal, estadual e municipal, além de integrantes das Forças Armadas.
Como mostrou o Estado, da forma como foi aprovado no Congresso, o texto libera o reajuste para 7 de cada 10 servidores públicos de Estados e municípios. Já entre os funcionários públicos federais, as carreiras blindadas representam 60% do total da folha.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...