sábado, 18 de janeiro de 2020

LÍDER DO IRÃ ATACA PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS


Khamenei chama Trump de "palhaço" e exalta ataque a bases dos EUA



                                               © Reuters/M. Nikoubazl Khamenei diz que 



O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, acusou nesta sexta-feira (17/01) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de agir como um "palhaço" que apenas finge apoiar o povo iraniano, enquanto se prepara para "enfiar uma adaga venenosa" nas costas da nação. Ele afirmou que os EUA tentam dividir o país e deflagrar uma guerra civil em solo iraniano, e insistiu que deveriam deixar o Oriente Médio.
Khamenei, que presidiu as preces de sexta-feira pela primeira vez desde 2012, negou que a população tenha se voltado contra seus líderes em meio à onda de protestos contra o governo nas últimas semanas, afirmando que a expressiva comoção popular gerada pela morte do general Qassim Soleimani, morto em um ataque dos EUA no Iraque, demonstra o apoio do povo à República Islâmica.
Durante as preces, o aiatolá condenou ainda o assassinato "covarde" do general que comandava a poderosa Força Quds da Guarda Revolucionária do Irã, a unidade de elite responsável pelo serviço de inteligência e por conduzir operações militares secretas no exterior. Segundo o aiatolá, a morte de Soleimani serve como demonstração da "natureza terrorista" dos EUA.
Ele exaltou a retaliação iraniana à morte do general com um ataque a bases americanas no Iraque, dizendo que "o fato de o Irã poder dar um tapa no rosto de uma potência mundial revela a mão de Deus" e que a investida "feriu a imagem da dos EUA" como uma superpotência. Ele, porém, disse que a "verdadeira punição" aos Estados Unidos seria forçar a retirada de suas tropas do Oriente Médio.
Khamenei pediu que a nação se mantenha unida e convocou a população a participar das próximas eleições marcadas para fevereiro, após as manifestações populares que eclodiram com a admissão tardia do governo sobre o abate não intencional de um Boeing 737-800 da Ukrainian international Airlines, no qual 176 pessoas morreram.
Khamenei ressaltou que medidas devem ser tomadas para evitar acidentes trágicos como o que derrubou o avião ucraniano. O incidente ocorreu durante a investida contra as bases americanas, em um momento em que o país estava em alerta máximo.
"A queda do avião foi um acidente trágico, que queimou nossos corações", disse o aiatolá. "Mas, alguns tentam retratá-lo de maneira para esquecer o martírio e sacrifício" de Soleimani, observou.
O aiatolá argumentou que as forças antagônicas ao Irã tentam tirar proveito da tragédia. "Nossos inimigos estavam felizes com a queda do avião, enquanto nós estávamos tristes", disse. "Eles encontraram algo para poder questionar a Guarda Revolucionária, as Forças Armadas e nosso sistema."
O líder também criticou os países europeus que fazem parte do acordo nuclear assinado em 2015 com o Irã, dizendo que não são dignos de confiança, e que a pressão que tentam exercer sobre seu país não surtirá efeito. Os ocidentais são fracos demais para "deixar os iranianos de joelhos", afirmou.
Khamenei classificou como "desprezíveis" os governos da Alemanha, França e Reino Unido, dizendo que são "servos" dos EUA. Nesta semana, os três países europeus acionaram um mecanismo de solução de controvérsias previsto no pacto, que, em tese, poderia levar a imposição de novas sanções contra os iranianos. Ele afirmou ainda que seu país estaria disposto a negociar, mas não com os Estados Unidos.
Khamenei, de 80 anos, se tornou o líder supremo do país em 1989, após a morte do aiatolá Khomeini.
EUA admitem que ataque deixou feridos
O Comando Central dos EUA afirmou nesta quinta-feira que ao menos 11 soldados americanos ficaram feridos no ataque iraniano às bases do país no Iraque. Inicialmente o comando militar havia dito que a investida não havia deixado vítimas.
"Enquanto nenhum membro das Forças Armadas foi morto no ataque de 8 de janeiro à base aérea de Al-Asad, alguns foram tratados por sintomas de concussões provocadas pelas explosões, e ainda estão em avaliação", afirmou o porta-voz do Comando Central, o capitão Bill Urban, em nota.
No momento do ataque, mais de 1,5 mil soldados americanos estavam no local e se abrigaram em bunkers após serem alertados por seus superiores. Na manhã seguinte, o próprio presidente Trump chegou a declarar que o ataque não deixou feridos.
Entretanto, a nota do Comando Central afirma que "nos dias que se seguiram ao ataque, em razão de cuidados adicionais, alguns membros das Forças Armadas foram transferidos da base", sendo que oito foram transportados para um centro médico na Alemanha e três para outra clínica no Kuwait.
"Quando forem considerados aptos para o trabalho, os militares deverão retornar ao Iraque para novas avaliações", dizia a nota. Além da base de Al-Asad, no oeste do Iraque, mísseis iranianos atingiram também a base de Arbil que abriga militares americanos e de outros países que integram a coalizão que combate o grupo extremista "Estado Islâmico" na região.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

REAJUSTE DO SALÁRIO MÍNIMO FOI IRRISÓRIO


Um bife ou três pastéis: acréscimo de R$ 6 no salário mínimo chega a ser irrisório para trabalhador

Paulo Henrique Lobato 






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Natália, funcionária de uma pastelaria em BH, mostra as notas do “extra” do salário mínimo de fevereiro: “Esse aumento não resolve nada”
O aumento de R$ 6 no salário mínimo, que passará a partir do próximo dia 1º para R$ 1.045, vai garantir ao trabalhador a compra no mês, por exemplo, apenas de um bifinho de 200 gramas de chã de dentro. O produto, usado para o cálculo da cesta básica pelo Ipead, em Belo Horizonte, tem custo médio de R$ 30,3 o quilo.
O valor “extra” também equivale a três pastéis em muitas lanchonetes de BH que vendem o salgado a R$ 2. Caso do estabelecimento onde trabalha Natália Carvalho, de 24 anos, na região Oeste da cidade. Ela se diz indignada com o “novo reajuste” do mínimo. “Dá para comprar só três pasteis, no mês inteiro. Para quem vive com um salário, esse aumento não resolve nada”, disse.
Embora a alta do mínimo pareça irrisória para muita gente, é suficiente, por exemplo, para um dia completo de refeições no restaurante popular da prefeitura. Por R$ 6, você pode tomar um café da manhã (R$ 0,75), almoçar (R$ 3) e jantar (R$ 1,50). Ainda guardará R$ 0,25 de troco.
“Seis reais... É uma quantia pequena, mas dá para a gente aliviar momentaneamente do calor neste verão”, comentou a artesã Maria do Socorro Souza, de 56 anos, enquanto pagava R$ 2 numa casquinha com mistura de chocolate e baunilha numa lanchonete no Centro.
Se ela desejasse usar os R$ 6 no mesmo estabelecimento, poderia ter saboreado mais dois sorvetes. Ou apreciar um caldo de cana, cujo copo de 300 ml numa tradicional lanchonete na Galeria do Ouvidor sai a R$ 2.
Essa é a mesma quantia que Roberto Visconti, dono de um restaurante na rua São Paulo, cobra de quem não é cliente para usar o banheiro do estabelecimento. “Com R$ 6, a pessoa pode levar uma coxinha e um refrigerante. O total é de R$ 4,80. Neste caso, vai sobrar R$ 1,20 de troco. É menos que os R$ 2 que cobro para a pessoa usar o banheiro”, disse o comerciante.
Maycon Aurélio Pereira de Jesus, que ganha a vida na Praça Sete, negocia panos de prato com estampas de marcas famosas de cerveja a R$ 6 cada. O preço é convidativo. “Vendo, em média, mais de 100 unidades por mês. E tem várias estampas de cervejas”, mostra o rapaz.
O ponto de venda dele é próximo ao do pipoqueiro Márcio Reis. Ele oferece a iguaria na opção doce e na salgada pela metade do adicional do novo salário mínimo: “Cada saquinho médio custa R$ 3. Vem gastar, aqui, os R$ 6 a mais no salário mínimo”, convida o rapaz, em tom nitidamente irônico.


Alta atípica da inflação em dezembro levou ao reajuste do piso

A origem do segundo aumento do piso nacional neste ano está na disparada do preço da carne. Em Belo Horizonte, chã de dentro é a única peça de carne que compõe a cesta básica elaborada pela Fundação Ipead.
Um cesta básica em BH precisa ter seis quilos de chã de dentro. Esse montante sai a R$ 181,84, segundo a última edição do levantamento da Fundação Ipead, divulgado na semana passada. Dessa forma, um quilo do alimento custa R$ 30,3. Portanto, R$ 6 equivaleriam a 200 gramas, ou um bife, do produto.</CW>
Na terça-feira, quando anunciou o novo salário-mínimo, o presidente Jair Bolsonaro lamentou a disparada do preço da carne: “Nós tivemos uma inflação atípica em dezembro, a gente não esperava que fosse tão alta assim, mas foi em virtude, basicamente, da carne, e tínhamos que fazer com que o valor do salário mínimo fosse mantido, então ele passa, via Medida Provisória, de R$ 1.039 para R$ 1.045, a partir de 1º de fevereiro”.
O primeiro reajuste do mínimo (de R$ 998 para R$ 1.039,00) foi anunciado pelo governo no fim do ano passado. Para isso, a União levou em conta a estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que determina o valor do piso nacional para o ano seguinte.
A expectativa era a de que o INPC ficasse em 4,1%, mas a disparada do preço da carne elevou o indicador para 4,48%. Desta forma foi necessário corrigir o primeiro aumento.
O governo federal ainda não detalhou de onde irá tirar o extra para bancar o novo mínimo. Para cada R$ 1 a mais, o custo é de R$ 355,5 milhões. Mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou, na mesma oportunidade em que Bolsonaro divulgou o valor de R$ 1.045,00, que o Palácio do Planalto deverá anunciar, em breve, uma arrecadação extra de R$ 8 bilhões.
Só o fim da dedução dos patrões com empregados domésticos no Imposto de Renda, a partir deste ano, irá gerar R$ 700 milhões ao erário.






NOVA TABELA DE FRETE PARA CAMINHÕES


ANTT atualiza tabela dos valores do piso mínimo do frete

Agência Brasil




 
A Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) publicou nesta quinta-feira (16), no Diário Oficial da União, a resolução que atualiza a tabela com os valores do piso mínimo de frete para o transporte rodoviário de carga. Entre as mudanças nas regras, está a inclusão no cálculo do piso das diárias do caminhoneiro. A nova tabela entra em vigor na próxima segunda-feira (20).



                                       Nova tabela entra em vigor na próxima segunda-feira (20)


A partir de agora, as regras se aplicam a 12 categorias, pois houve a inclusão de um novo tipo de carga, a pressurizada. Também foram criadas duas novas tabelas para as cargas de alto desempenho, aquelas que levam menor tempo para carga e descarga. Na resolução anterior não havia esse tipo de diferenciação. Houve ainda a atualização monetária de itens que compõem a tabela, como pneu e manutenção do caminhão.
Pelas novas regras, não entram no cálculo do piso mínimo a margem de lucro do caminhoneiro, custos com pedágios e relacionados às movimentações logísticas complementares ao transporte de cargas com uso de contêineres e de frotas dedicadas ou fidelizadas e, também, despesas de administração, tributos e taxas. Esses itens serão negociados entre caminhoneiros e embarcadores para compor o valor final do frete.
De acordo com a agência, a nova resolução também prevê o pagamento do frete de retorno para as operações proibidas de trazer carga de retorno, como, por exemplo, no caso de caminhão que transporta combustível e não pode voltar transportando outro tipo de carga.
Outro tema presente na resolução da ANTT é o detalhamento da multa para quem contratar o serviço abaixo do piso mínimo. A pena a ser aplicada é de duas vezes a diferença entre o valor pago e o piso devido, sendo que é de no mínimo R$ 550 e de, no máximo, R$ 10.500. Já quem ofertar contratação do transporte de rodoviário de carga abaixo do piso mínimo pode ser multado em R$ 4.975.
Criada após a greve dos caminhoneiros de 2018, a Lei 13.703, de 2018, que instituiu a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, especifica que os pisos mínimos de frete deverão refletir os custos operacionais totais do transporte, definidos e divulgados nos termos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com priorização dos custos referentes ao óleo diesel e aos pedágios.
De acordo com a legislação, a tabela deve trazer os pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado por eixo carregado, consideradas as distâncias e as especificidades das cargas, bem como planilha de cálculos utilizada para a obtenção dos pisos mínimos. Esses valores serão reajustados sempre que houver uma variação negativa ou superior de 10% no preço médio ao consumidor do óleo diesel.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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