segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

ERROS NA GESTÃO DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS DA AUSTRÁLIA


Primeiro-ministro australiano admite erros na gestão de incêndios

Agência Brasil







Desde setembro passado, os incêndios na Austrália arrasaram uma superfície de mais de 8 milhões de hectares, equivalente ao território da Irlanda

O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morisson, admitiu neste domingo (12) que podem ter sido cometidos erros na gestão dos incêndios florestais que atingem o país e sobre a qual recebeu fortes críticas.
"Há coisas que poderiam ter sido geridas muito melhor", reconheceu o primeiro-ministro em entrevista à cadeia pública de televisão ABC, em que anunciou uma investigação pública sobre a resposta aos incêndios.
A afirmação do primeiro-ministro chega depois de, na sexta-feira (10), milhares de pessoas terem se manifestado em várias cidades da Austrália. Os manifestantes pediram a saída de Morisson e exigiram do governo mais meios para lutar contra as alterações climáticas e os incêndios florestais, que já deixaram 28 mortos e milhares de casas danificadas.
Morrison, que se negou a relacionar a crise climática com o agravamento dos incêndios florestais, tem sido objeto de críticas nas últimas semanas.
O primeiro-ministro conservador foi criticado por ir de férias, sem avisar, para o Hawai, nos Estados Unidos, em plena crise. Durante visita às regiões afetadas, ele foi mal recebido pela população.
Em relação às políticas para enfrentar os efeitos da crise climática, Scott Morrison afirmou, durante a entrevista, que "o governo continuará os esforços para alcançar os objetivos" de redução de emissões.
Desde que começaram, em setembro passado, os incêndios arrasaram uma superfície de mais de 8 milhões de hectares, equivalente ao território da Irlanda, e calcula-se que até 1 bilhão de animais selvagens tenham morrido.
Depois de vários dias críticos devido às altas temperaturas, na próxima semana está previsto um clima mais frio, o que poderia dar uma trégua.

DESEMPENHO FRACO DA ECONOMOMIA ENTRE 2010 A 2019


Nova 'década perdida': após período dramático de 2010 a 2019, economia busca caminhos para crescer

Paulo Henrique Lobato







PÉSSIMO DESEMPENHO – Sinduscon atribui resultados negativos do setor à crise econômica, à instabilidade política e à corrupção no país

A previsão do Banco Mundial de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 2% em 2020 animou o empresariado mineiro, sobretudo porque trata-se do primeiro ano após o que parte deles considera uma nova “década perdida”. Para outros, contudo, o intervalo 2010 a 2019 deve ser chamado de “década do aprendizado”.
As expressões foram cunhadas após setores considerados termômetros da economia constatarem que a média de resultados no acumulado de 2010 a 2019 foi dramática.
A construção civil, por exemplo, fechou 2019 no mesmo patamar de 2008 – 11 anos antes. E vale lembrar que a década passada foi marcada por uma Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil.
“Tivemos uma década perdida. Só o Minha Casa, Minha Vida foi positivo”, disse Teodomiro Diniz, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
O setor amargou 30 trimestres consecutivos em queda a partir de julho de 2014, num dos meses da Copa do Mundo. O indicador só ficou positivo no terceiro trimestre de 2019, no último balanço oficial do setor.
Além de projetar o crescimento do PIB brasileiro em 2% para 2020, o Banco Mundial calculou que o indicador deverá avançar 2,5% em 2021. Se confirmados, esses percentuais serão os melhores desde 2013, quando o salto foi de 3%
“Os resultados negativos se devem à crise econômica e à instabilidade política, o que afastou investimentos. Também à corrupção, ao desastre da gestão econômica e à gastança desenfreada”, lamentou Diniz.
A retração do PIB nacional foi confirmada pelo IBGE em 2015 (-3,55%) e em 2016 (-3,31%), reflexos de uma instabilidade política que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e à prisão de figuras importantes da política nacional, como o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.
A partir de 2017, o PIB cresceu, mas o aumento ocorreu diante de uma base de comparação fraca, que havia ficado negativa nos dois anos imediatamente anteriores.




Comércio
Os supermercados mineiros, outro segmento tido como termômetro da economia, também lamentam os números, sobretudo na segunda metade da década. O setor ainda não repetiu o balanço de 2013, no melhor ano do período, quando as empresas cresceram, em média, 4,93%.
O Presidente da Associação Mineira dos Supermercados (Amis), Antônio Claret Nametala, prefere, contudo, considerar o acumulado de 2010 a 2019 como a década do aprendizado.
“Tivemos de 2014 a 2017 uma coisa mais travada. Em 2018, começaram sinais de que a economia está caminhando para um lado positivo. A gente aprendeu muito na década. A política interferiu muito na economia e isso trava negócios. Houve dúvidas de como ficaríamos, para onde iríamos. Tivemos uma década de apreensão, preocupação, mas de aprendizado”, disse.
Guilherme Almeida, economista da Fecomércio, também classifica os últimos dez anos como um tempo de aprendizado: “Foi similar ao que houve nos anos 1980, com a expansão da dívida pública. A diferença é que lá atrás havia descontrole inflacionário”, sustenta.

UCRÂNIA PEDE JUSTIÇA POR AVIÃO ABATIDO PELOS IRANIANOS


Presidente da Ucrânia pede justiça e indenizações por abate de avião

Agência Brasil




O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, exigiu neste sábado (11) a punição dos responsáveis pelo abate de um avião ucraniano com 176 pessoas a bordo e o pagamento de indenizações por parte do Irã, que admitiu ter abatido a aeronave por engano.
"A manhã trouxe a verdade. A Ucrânia insiste em um pleno reconhecimento de culpa. Esperamos do Irã que leve os culpados à Justiça, devolva os corpos, pague uma indemnização e publique um pedido de desculpas oficial", escreveu Volodymyr Zelensky em sua conta no Twitter.
"A investigação tem de ser completa, aberta e deve continuar sem atrasos ou obstáculos", acrescentou.
O primeiro-ministro do Canadá, país de origem de dezenas dos passageiros mortos na queda do avião, também exigiu hoje "transparência" na realização de um "inquérito completo e aprofundado" para apurar responsabilidades.
"A nossa prioridade continua a ser esclarecer este caso em um espírito de transparência e justiça", afirmou Justin Trudeau, em comunicado.
"Esta é uma tragédia nacional e todos os canadenses estão de luto. Vamos continuar a trabalhar com os nossos parceiros em todo o mundo para garantir a realização de um inquérito completo e aprofundado", afirmou.
Trudeau acrescentou que "o governo do Canadá espera a plena colaboração das autoridades iranianas".
O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou hoje que o país "lamenta profundamente" ter abatido o avião civil ucraniano, ressaltando que foi "uma grande tragédia e um erro imperdoável".
"O inquérito interno das forças armadas concluiu que lamentavelmente mísseis lançados por engano provocaram a queda do avião ucraniano e a morte de 176 inocentes", admitiu Hassan Rohani, em uma mensagem divulgada na rede social Twitter.
"As investigações continuam para identificar e levar à justiça" os responsáveis, acrescentou.
O Boeing 737 da companhia Ukrainian Airlines caiu na quarta-feira nos arredores de Teerã, causando a morte de todas as 176 pessoas a bordo, na maioria iranianos e canadenses.
O acidente ocorreu horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, em uma operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...