Primeiro-ministro
australiano admite erros na gestão de incêndios
Agência Brasil
Desde setembro
passado, os incêndios na Austrália arrasaram uma superfície de mais de 8
milhões de hectares, equivalente ao território da Irlanda
O primeiro-ministro
da Austrália, Scott Morisson, admitiu neste domingo (12) que podem ter
sido cometidos erros na gestão dos incêndios florestais que atingem o país e
sobre a qual recebeu fortes críticas.
"Há coisas que
poderiam ter sido geridas muito melhor", reconheceu o primeiro-ministro em
entrevista à cadeia pública de televisão ABC, em que anunciou uma investigação
pública sobre a resposta aos incêndios.
A afirmação do
primeiro-ministro chega depois de, na sexta-feira (10), milhares de pessoas
terem se manifestado em várias cidades da Austrália. Os manifestantes pediram a
saída de Morisson e exigiram do governo mais meios para lutar contra as
alterações climáticas e os incêndios florestais, que já deixaram 28 mortos e
milhares de casas danificadas.
Morrison, que se
negou a relacionar a crise climática com o agravamento dos incêndios
florestais, tem sido objeto de críticas nas últimas semanas.
O primeiro-ministro
conservador foi criticado por ir de férias, sem avisar, para o Hawai, nos
Estados Unidos, em plena crise. Durante visita às regiões afetadas, ele foi mal
recebido pela população.
Em relação às
políticas para enfrentar os efeitos da crise climática, Scott Morrison afirmou,
durante a entrevista, que "o governo continuará os esforços para alcançar
os objetivos" de redução de emissões.
Desde que começaram,
em setembro passado, os incêndios arrasaram uma superfície de mais de 8 milhões
de hectares, equivalente ao território da Irlanda, e calcula-se que até 1
bilhão de animais selvagens tenham morrido.
Depois de vários
dias críticos devido às altas temperaturas, na próxima semana está previsto um
clima mais frio, o que poderia dar uma trégua.
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